segunda-feira, 21 de maio de 2018

Conteúdo - Alopecia androgenética


O que é a Alopécia? 
A queda de cabelo pode ter causas variadas. A mais frequente é a queda de cabelo determinada geneticamente – a alopécia androgenética.

Incide sobretudo na parte de cima do couro cabeludo, poupando mais as áreas de trás e de lado (isto deve-se a diferentes recetores hormonais nos cabelos dessas áreas), e afeta homens e mulheres, embora de forma diversa.

Quais os efeitos da Alopécia? 
A calvície não é inevitável para quem padece desta forma de queda de cabelo. Tem sentido tratar a alopécia na medida em que constitui uma preocupação para a maioria das pessoas, podendo afetar negativamente a autoimagem. 

Como se trata a Alopécia?
Existem três níveis de intervenção para o tratamento da alopécia: 

Médico/Tópico – Atualmente não existe dúvida de que o mais eficaz produto aplicado diretamente no couro cabeludo é o medicamento minoxidil. Os médicos associam, por vezes, champô apropriado.

Médico/Sistémico – A administração de Finasteride (comprimidos) por via oral, de modo a bloquear a ação da hormona masculina no folículo piloso, constitui, em muitos casos, uma ajuda preciosa. Sabe-se hoje que a dose eficaz na mulher é bastante mais alta que a dose eficaz no homem, embora na maior parte dos países a administração a mulheres não esteja ainda regulamentada. A associação de polivitamínicos/oligoelementos (via oral) é comum no tratamento da alopécia, embora a sua utilidade não seja óbvia, exceto em casos em que exista carência de algum nutriente.

Cirúrgico – O tratamento cirúrgico da alopécia consiste no transplante de cabelo. Os primeiros transplantes para minorar a alopécia androgenética efetuaram-se há meio século. A técnica evoluiu muito nos últimos anos. Desde há dez anos a técnica que realizamos chama-se FUT (Transplante de Unidade Folicular). 

Em que consiste o tratamento cirúrgico da Alopécia?
No Transplante de Unidade Folicular retira-se cabelo de áreas nas quais o cabelo não cai (área dadora), habitualmente sob a forma de uma fina tira de pele ou folículo a folículo. Os cabelos da tira são cortados de forma microscopicamente controlada. Realizam-se micro-orifícios na área em que queremos melhorar a densidade de cabelo e, finalmente, introduzem-se os folículos contendo um ou dois cabelos em cada orifício. O cabelo transplantado cai entre o 1º e o 2º mês. Entre o 3º e o 4º mês renasce, com um aspeto natural, e dura toda a vida.  

Uma história clínica cuidada é fundamental. Doenças como diabetes, hipertensão e discrasias hemorrágicas deverão estar controladas. A intervenção dura em média 4 ou 5 horas, após as quais o doente vai para casa. Os efeitos adversos comuns são um inchaço nas pálpebras que ocorre entre o 2º e 4º dia pós transplante e micro-crostas que se notam no local de cada folículo implantado durante 15 dias.

Com a técnica atual é possível efetuar sessões de mais de 1500 cabelos implantados. É importante a expectativa ser adaptada à realidade. Uma sessão de transplante melhora muito a densidade mas nunca permitirá a densidade de cabelo normal, já que redistribuímos cabelo de uma área pequena para uma bastante maior (ao nascer temos no couro cabeludo cerca 150.000 folículos). O resultado é tanto melhor quanto maior a espessura do cabelo e a densidade da área dadora. Quanto mais precoce se efetuar a intervenção menos impacto terá na imagem (o máximo impacto ocorrerá numa fase em que já não existam cabelos na área recetora).

A técnica é particularmente interessante na mulher, em que habitualmente não há áreas totalmente despovoadas, e na qual o reforço da área dos 2 ou 3 cm anteriores pode ter um efeito magnífico. No homem com alopécia androgenética são expectáveis, durante uma vida, três sessões: uma para reforço anterior, uma de reforço posterior, e uma que une ambas as áreas. As sessões medeiam entre elas, em média, 4 anos. 

Por outro lado, esta técnica também permite corrigir as cicatrizes determinadas por doenças do cabelo, por traumatismos, tumores, radioterapia, etc.

Informação retirada daqui

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