terça-feira, 27 de janeiro de 2009

«Jugulai» a senhora ministra!


Janeiro 8, 2009


«Jugulai» a senhora ministra!
8 de Janeiro de 2009 por Ricardo Santos Pinto
Sei que muitos professores nos lêem. Ainda não temos os leitores do «Umbigo», mas lá chegaremos.
É para eles este texto.
Com todo o respeito, chegou a hora de «decapitar» a senhora ministra. «Jugulai-a» de vez! É agora ou nunca. Mesmo que hoje em dia já não seja ministra de nada, que simbolicamente tenha morrido há muito, a carcaça do simbólico cadáver, com o devido respeito, continua por aí. Envergonhada. Escondida. Inexistente. Fantasmagórica. Mas continua por aí.
É preciso, pois, dar a estocada final.
Chega de humilhações públicas. Chega de maus-tratos constantes. Chega de todo um programa que só visou partir a espinha da classe docente.
Não partiu, reforçou-a. Conseguindo transformar pequenas reuniões de professores em mega-manifestações de 25 mil pessoas. De 100 mil. De 120 mil. Conseguindo adesões de 90% a greves habitualmente pouco concorridas. Conseguindo unir uma classe tradicionalmente pouco activa.
Afinal, o que é que está em questão? Sinceramente, já não interessa. Foram anos a ouvir que «quando se dá uma bolacha a um rato, ele a seguir quer um copo de leite!» (Jorge Pedreira, Auditório da Estalagem do Sado, 16/11/2008); que «vocês [deputados do PS] estão a dar ouvidos a esses professorzecos» (Valter Lemos, Assembleia da República, 24/01/2008); que «caso haja grande número de professores a abandonar o ensino, sempre se poderiam recrutar novos no Brasil» (Jorge Pedreira, Novembro/2008); que "admito que perdi os professores, mas ganhei a opinião pública" (Maria de Lurdes Rodrigues, Junho/2006); que
«[os professores são] arruaceiros, covardes, são como o esparguete (depois de esticados, partem), só são valentes quando estão em grupo!» (Margarida Moreira - DREN, Viana do Castelo, 28/11/2008).
No que me diz respeito, estou completamente à vontade. Na blogosfera em geral, no meu blogue e no «5 Dias», já disse o que tinha a dizer sobre a senhora ministra, já fiz as críticas e já propus as alternativas. Percebo mais destas coisas do que a senhora ministra, que, à excepção dos anos em que fez o Curso do Magistério para poder ser professora primária com o 9.º ano, nunca entrou numa sala de aulas. Nunca teve trinta miúdos problemáticos à sua frente. Nunca se viu entregue à sua própria sorte. Nunca foi insultada olhos nos olhos.
A senhora ministra não aguentava uma semana.
Por isso é que digo que, chegados a este ponto, nada interessa. Mil propostas pode a senhora ministra fazer e mil propostas os professores recusarão. Pode a senhora ministra cobrir-se de ouro que os professores irão ver não mais do que latão.
É a guerra. A guerra total. E, por mais que digam, não há maneira de salvar a face das duas partes. Não há. Ou os professores ou a senhora ministra.
Quanto aos professores, nada têm a perder. Após uma campanha de intoxicação da opinião pública de quatro longos anos, os portugueses continuam a confiar muito mais nos professores (42%) do que nos políticos (7%). E os alunos confiam nos seus professores. É o que interessa. Podem ameaçar com processos disciplinares e com tudo o que quiserem - todos sabem que a lei nada prevê para quem não entregar os objectivos individuais.
Mas se os professores não têm nada a perder, já os senhores da governação estão aflitos. Há eleições daqui a cinco meses e aquela gente, que nunca fez mais nada na vida, não sabe viver sem o poder. Adoece. Definha. Morre.
O exemplo vem de cima e a melhor escola pública do país, a Infanta D. Maria, de Coimbra, voltou a reunir e voltou a decidir que o processo de avaliação vai continuar suspenso. As 458 escolas e agrupamentos que já tinham decidido a suspensão da avaliação irão certamente reafirmar a sua posição. Irão certamente manter a suspensão.
E no Sábado, na reunião dos Presidentes dos Conselhos Executivos, estou em crer que vai sair uma nova posição de força. De muita força. A demissão em bloco se necessário for. E os professores, acredito, sairão em socorro dos seus Presidentes.
Chegou a altura de acabar com isto de uma vez por todas. Antes que os alunos saiam prejudicados. Antes que isto se torne completamente ingovernável.
Os próximos dez dias serão decisivos. Os professores vencerão se não se amedrontarem. Se continuarem unidos. «Há momentos em que a única solução é desobedecer», disse em Abril de 74 aquele que nunca quis cargos. Nem poder. Nem dinheiro. E que pagou por isso. Sigam o seu exemplo.

Aulas acabam mais cedo

Os alunos do 11.º e 12.º anos vão terminar as aulas mais cedo do que o inicialmente previsto, para que os exames nacionais possam estar concluídos antes do início das férias de Verão.

Segundo um despacho publicado em Diário da República, a ministra da Educação determinou que as aulas dos referidos anos terminam no dia 05 de Junho, quinta-feira, em vez de dia 09 do mesmo mês. Para os restantes anos de escolaridade as actividades lectivas acabam a partir de19 de Junho.

A primeira fase dos exames dos últimos dois anos do Ensino Secundário tem início dia 18 de Junho.

Vídeo - Exemplos de Dinossauros

Vídeo - Extinção dos Dinossauros

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

UNANIMIDADE - Escola Secundária de Francisco Rodrig ues Lobo - Leiria

Os professores da Escola Secundária de Francisco Rodrigues Lobo reunidos em plenário no dia 20 de Janeiro de 2009 APROVARAM, por
UNANIMIDADE, a seguinte proposta:

Proposta
Considerando que, de momento, a melhor forma legal de provocar a suspensão do actual Estatuto da Carreira Docente e o presente modelo de avaliação de professores é a greve,
O Corpo Docente da ESFRL (Escola Secundária de Francisco Rodrigues Lobo) solicita às estruturas sindicais, suas representantes legais, que promovam, a curto prazo, uma greve de duração indeterminada.
Leiria, 20 de Janeiro de 2009.
Os professores da ESFRL

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À atenção Senhora Ministra da Educação

A propósito do sistema de Ensino da Finlândia, veja, Senhora Ministra, se consegue perceber as 9 diferenças:

1. Na Finlândia as turmas têm 12 alunos;

2. Na Finlândia há auxiliares de accção educativa acompanhando constantemente os professores e educandos;

3. Na Finlândia, os pais são estimulados a educar as crianças no intuito de respeitarem a Escola e os Professores;

4. Na Filândia os professores têm tempo para preparar aulas e são profissionais altamente respeitados.

5. Na Finlândia as aulas terminam às 3 da tarde e os alunos vão para casa brincar, estudar, usufruir do seu tempo livre;

6. Na Finlândia o ensino é totalmente gratuito inclusivamente os LIVROS, CADERNOS E OUTRO MATERIAL ESCOLAR;

7. Na Finlândia todas as turmas QUE TÊM ALUNOS com necessidades educativas especiais, têm na sala de aula um professor especializado a acompanhar o aluno que necessita de apoio;

8 . Na Finlândia não há professores avaliadores, professores avaliados nem Inspectores.!!!!!

9. Na Finlândia não há professores de primeira e de segunda;


Conseguiu perceber as diferenças???
Pois é...


Ministério da Educação admite rever natureza da prova de ingresso na carreira

O Ministério da Educação admite rever o tipo de prova a que serão sujeitos os candidatos a professor, mas não prescinde da existência de um exame para ingresso na carreira por duvidar da qualidade da formação de algumas instituições de ensino superior.

O secretário de Estado Adjunto e da Educação, Jorge Pedreira, afirmou que o Ministério “não tem absolutas garantias” de que a formação prestada por todas as instituições de ensino superior “corresponda aos padrões de qualidade exigível” à profissão, havendo “indícios” de facilitismo e eventual inflação de notas em alguns cursos.

“O Governo entende que a prova de ingresso não é só justificável, como necessária, mas está disponível para reconsiderar em alguns aspectos a natureza da prova e a classificação necessária [para ser admitido], assim como o universo dos que terão de sujeitar-se a ela”, disse Jorge Pedreira.

O responsável admitiu que os dois exames pedidos a todos os candidatos a professor possam vir a ser substituídos por um exame que avalia sobretudo “a capacidade de raciocínio e a resolução de problemas”. Neste sentido, já foi assinado um protocolo com um centro de investigação australiano, que colabora com a OCDE, para a futura elaboração desta prova.

O Ministério também já estabeleceu contactos com o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas e o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, ponderando vir a atribuir a algumas instituições de referência a elaboração das provas de conhecimentos científicos, caso estas se mantenham.

Na próxima semana, o Ministério e os sindicatos iniciam a revisão do Estatuto da Carreira Docente. A prova de ingresso será uma das primeiras questões a serem discutidas.

Lusa

domingo, 25 de janeiro de 2009

Valorização docente


1. Em Portugal, temos um Governo que calunia os professores, maltrata, insulta e passa para a opinião pública a ideia falsa de que os professores trabalham pouco e faltam muito.
2. Quando os professores são agredidos - e é raro o dia em que não há um professor vítima de agressão física - o Governo fica em silêncio.
3. Quando os professores se levantam numa luta prolongada pela defesa da sua dignidade, o Governo ameaça com a repressão e invoca a mão pesada da Lei e do aparelho repressivo do Estado.
4. Aqui ao lado, na Província da Extremadura, o Governo Autonómico faz passar anúncios na televisão e na rádio a valorizar os professores e a enaltecer o seu trabalho. Veja aqui o vídeo. Vale a pena ver. A Junta da Extremadura chama a esta campanha de Valoracion Docente. 5. Alguém consegue explicar o desdém que os governantes e alguns dirigentes do PS manifestam contra os professores? O que se passa na cabeça dessa gente para insultarem e maltratarem um grupo profissional que desempenha uma das missões mais necessárias à sociedade e ao país?6. Que traumas esses dirigentes do PS e governantes têm para humilharem e insultarem todo um grupo profissional que tem como missão transmitir a herança cultural às novas gerações?

Alandroal avança com dois novos centros escolares

O município alentejano de Alandroal vai avançar com a construção de dois centros educativos no concelho, num investimento global de 5,2 milhões de euros, revelou o presidente da autarquia, João Nabais.

Um dos pólos educativos fica situado na vila de Alandroal (3,3 milhões de euros) e o outro na localidade de Pias, freguesia de Santiago Maior, num investimento de 1,9 milhões de euros. Ambos os projectos, concretizados em parceria com a Direcção Regional de Educação do Alentejo, deverão contar com financiamento comunitário.

O transporte das crianças para os pólos é assegurado pelo município, que vai reforçar a rede de transportes. Actualmente, a autarquia tem em funcionamento cinco autocarros e o reforço da rede pode passar pela aquisição de mais duas viaturas.

Trata-se, segundo João Nabais, da “criação de dois grandes pólos educativos no concelho, reunindo as melhores infra-estruturas para a educação das crianças”.

De acordo com o município, o centro educativo a construir em Pias, em articulação com o Ministério da Educação, vai concentrar crianças provenientes das escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico, actualmente dispersas pelas freguesias de Santiago Maior e Capelins (Santo António).

O Centro Escolar de Santiago Maior inclui um bloco com cinco salas de aulas, um pavilhão gimnodesportivo e um campo de jogos ao ar livre. A nova unidade escolar será construída junto à actual escola do Ensino Básico existente na localidade que, depois de requalificada, vai funcionar como cantina e albergar a biblioteca e os serviços administrativos.

O espaço destinado ao ensino pré-primário, que já funciona em Pias, vai manter-se.

Na vila de Alandroal, o centro educativo, já em construção, vai reunir crianças desde a pré-primária até ao 12º ano de escolaridade.

LUSA

sábado, 24 de janeiro de 2009

PASSE: Programa de Alimentação Saudável em Saúde Escolar

O Programa de Alimentação Saudável em Saúde Escolar (PASSE) estrutura uma forma de intervenção que é multidisciplinar e pretende envolver as escolas no seu todo. Nasceu da intervenção de uma equipa de saúde escolar e foi rapidamente adoptado pelo Departamento de Saúde Pública do Norte. Deste modo, várias equipas de saúde escolar espalhadas pela Região Norte, em colaboração com as escolas e diversos agrupamentos estão a desenvolver este programa de intervenção.

Mas o que é afinal o PASSE?

O PASSE nasceu da necessidade de se trabalhar o determinante da saúde alimentação saudável segundo o prisma da promoção da saúde. Ora, os modelos da psicologia da saúde desde há muito advogam a intervenção no ciclo CAC: conhecimentos atitudes comportamentos. Conjugando os contributos da saúde pública, nutrição e psicologia, surgiram uma série de sessões com jogos e dinâmicas de grupo, dirigidas a alunos do 3º ano de escolaridade. Estas sessões foram agrupadas num manual de procedimentos a que se junta o material indispensável para a condução das actividades.
Mas a comunidade escolar é muito mais abrangente… Por isso, desde essa altura, propôs-se uma série de actividades na área da educação para a saúde. Tratou-se de estudar os curricula e detectar pontos de sinergia entre a saúde escolar e a actividade lectiva. Assim, organizou-se uma série de actividades que podem ser conduzidas pelos professores e que têm como princípio organizador as dinâmicas de grupo. Procura-se sensibilizar não só o corpo docente, uma vez que as actividades podem ser aplicadas do 1º ao 4º ano, mas a comunidade discente no seu todo.
O PASSE pretende ainda tocar outras realidades da comunidade escolar. Assim, desenvolve-se neste momento um manual de intervenção para o serviço de alimentação, bem como outros níveis escolares, sendo que uma das prioridades será tipificar uma forma de intervenção nos jardins-de-infância. Além de contemplar cada agente educativo, o PASSE prevê abranger a componente extra-educativa onde o agrupamento se encontra inserido, de modo a facilitar o trabalho entre a educação, a saúde e os parceiros comunitários.
Iniciaram-se, em Junho de 2008, diversos planos formativos dirigidos a profissionais da saúde escolar dos diversos centros de saúde da Região Norte. Muitas destas equipas encetaram o programa este ano lectivo. Como se processa a intervenção? Nalgumas escolas, através da formação a professores nesta metodologia de trabalho, noutras é a própria equipa de saúde que intervém directamente com os alunos. Nem todos os centros de saúde têm equipas PASSE formadas, pelo que, se o agrupamento pretender trabalhar com esta metodologia, pode contactar a equipa regional do PASSE através do e-mail passe passe@crsp-norte.min-saude.pt, no sentido de se estudar a melhor forma de coordenar esforços.
O programa dá ainda os primeiros passos… esperemos que a caminhada seja longa e partilhada entre a saúde e a educação.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Perfil dos alunos à entrada do ensino secundário

O estudo 'Estudantes à entrada do ensino secundário' permite verificar que dois terços dos alunos à entrada deste nível de ensino alcançaram ou estão prestes a alcançar um patamar de qualificação mais elevado do que o dos seus pais, o que corresponde a um processo intergeracional de aumento de qualificações.


Realizado pelo Observatório de Trajectos dos Estudantes do Ensino Secundário (OTES) do Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação (GEPE), este estudo tem como objectivo produzir e analisar informação relevante para os processos de tomada de decisão, a nível local e central, relativamente a este nível de ensino.

Abrangendo 588 escolas públicas e privadas das diferentes regiões do País, o estudo baseia-se em inquéritos a 46.175 alunos do 10.º ano ou equivalente (correspondente a 44 por cento do universo de alunos a inquirir), a frequentar as diferentes modalidades do nível secundário de educação, no terceiro trimestre de 2007/2008.

Ao longo do estudo, são abordadas temáticas como o desempenho, as escolhas e os projectos escolares, as expectativas profissionais e os processos de mobilidade entre escolas e entre cursos.

De acordo com os resultados do inquérito, é possível constatar que, à entrada do ensino secundário, se verifica um peso expressivo de alunos oriundos de famílias com recursos escolares e profissões com estatuto socioeconómico elevado.

Outro dos indicadores considerados relevantes nas dinâmicas de selecção é o perfil de desempenho escolar da generalidade dos alunos que chegam a este nível de ensino.

Assim, quando se procede à comparação do trajecto escolar dos alunos que entraram no mesmo ano para o 1.º ciclo, verifica-se que os estudantes a frequentar o 10.º ano revelam percursos escolares mais lineares do que os restantes.

É de salientar que mais de metade dos alunos inquiridos nunca reprovou ao longo do seu trajecto escolar, sendo quase inexistentes as situações de interrupção dos estudos.

A análise dos resultados permite, deste modo, constatar que as diferenças de desempenho escolar identificadas surgem associadas às qualificações escolares e às profissões exercidas pelos pais, sendo pouco relevantes factores como a origem étnico-nacional, as línguas faladas e a participação dos progenitores na vida escolar dos alunos.

Também de acordo com os dados recolhidos, a procura das diversas vias no ensino secundário divide-se essencialmente em duas modalidades de ensino e formação: os cursos científico-humanísticos, com pouco mais de metade dos estudantes, e os cursos profissionais, procurados por cerca de um terço dos inquiridos.

Associada à procura/oferta de cada uma das modalidades de ensino e formação, encontram-se diferentes perfis dos alunos.

Em termos globais, constata-se que à entrada do secundário existem mais raparigas do que rapazes, o que está associado a perfis de desempenho escolar mais elevados por parte das alunas.

Nos cursos científico-humanísticos e no ensino artístico especializado – artes visuais e audiovisuais – encontra-se uma maior proporção de raparigas, de estudantes com trajectos de elevado desempenho escolar, provindos de famílias alta e mediamente escolarizadas e com estatutos socioprofissionais mais favorecidos.

No que respeita às razões da frequência do ensino secundário, os motivos ligados ao prosseguimento de estudos são mais frequentes nos estudantes dos cursos científico-humanísticos e do ensino artístico especializado, enquanto as razões relacionadas com a inserção no mercado de trabalho são preponderantes nos alunos dos cursos tecnológicos, dos cursos profissionais e dos cursos de educação e formação.

No que se refere à escolha da escola, os estudantes seleccionam-na principalmente em função da proximidade da residência e da oferta escolar, embora o factor amigos e o facto de os próprios alunos já terem estado nesse estabelecimento também tenham alguma relevância.

Quanto à questão da mudança de cursos, é de notar que, na maioria das situações, são os alunos dos cursos científico-humanísticos que, proporcionalmente, mais referem pretender mudar para um curso profissionalmente qualificante.


Este estudo integra um conjunto de documentos divulgado recentemente pelo Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação – ver estudo em
http://www.gepe.minedu.pt/np4/newsId=7&fileName=Estudantes___entrada_do_secund_rio.pdf

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Ementas dos Refeitórios do Pré-Escolar (Rede Pública) e 1º Ciclo do Ensino Básico da lousã à distância de um clique


A Câmara Municipal da Lousã, através da sua acção de Modernização Administrativa e com recurso às novas tecnologias, dá mais um importante passo no sentido de facilitar aos seus munícipes, o acesso à informação dos diversos serviços desta Autarquia. Desta vez, dirigido de forma geral à Comunidade Educativa do seu Concelho e, em particular, aos pais e encarregados de educação dos alunos da rede pública do pré-escolar e 1º ciclo do ensino básico, a Câmara Municipal da Lousã passou a disponibilizar no seu sítio de Internet (www.cm-lousa.pt), através de um simples clique, as ementas mensais dos refeitórios escolares pertencentes a esta Autarquia. Assim, basta aceder ao endereço http://www.cm-lousa.pt/educacao/refeitorios.htm para ficar a conhecer a ementa dos refeitórios escolares da Autarquia em determinado mês, encontrando-se desde já disponível a ementa do mês de Janeiro. Com esta medida, pretende-se que os pais e/ou encarregados de educação tenham acesso rápido e cómodo à informação sobre as ementas naqueles refeitórios escolares, ficando assim a conhecer as refeições dos seus filhos e/ou educandos e permitindo verificar se as refeições são variadas e equilibradas e até mesmo poderem programar o jantar dos seus filhos e ou educandos, tendo em conta o almoço que estes tiveram.


quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

O PS suspendeu o modelo de avaliação nos Açores

Nos Açores, o Governo Regional suspendeu a aplicação do modelo de avaliação do desempenho docente.A Secretária Regional da Educação e Formação mostrou-se sensível aos argumentos do SPRA publicados no Correio dos Açores e no Diário Insular de 08 de Janeiro no sentido de se proceder a uma avaliação simplificada este ano, que passará pela elaboração de apenas um relatório, a realizar pelos docentes.A menos que a Ministra da Educação continue a entender que os Açores constituem uma realidade nacional perfeitamente desligada do resto do país, esta decisão tomada por um executivo do PS tem repercussões enormes no contexto nacional pela assimetria criada e pela diferenciação de tratamento que implica entre os docentes nacionais.Entretanto, e a esta luz, o errado despacho com a generalização do Bom que ocorreu na região da Madeira pode começar a ver-se a uma outra luz.
Mas, e isto é o mais importante, o PS suspendeu o modelo de avaliação nos Açores. Agora resta saber se isto é uma consequência inesperada e desconhecida do novo Estatuto da região e de no continente a suspensão poderá avançar com uma base distrital, para não ser tudo de uma vez.Que me desculpem os comentadores xibangas, silvas, ferreres e campos, mas entendam-se com os vossos camaradas, colegas, companheiros ou lá o que se chamam uns aos outros. O que não podemos viver é numa realidade alternativa para alguns, pois ainda não somos um estado federado como o Jardim diz desejar.Aguardo de igual modo a opinião do SE Pedreira e do legitimista Moreira sobre este assunto.

Quem não se sente, não é filho de boa gente.

"admito que perdi os professores, mas ganhei a opinião pública" (Maria de Lurdes Rodrigues, Junho/2006)


"vocês [deputados do PS] estão a dar ouvidos a esses professorzecos"
(Valter Lemos, Assembleia da República, 24/01/2008)


"caso haja grande número de professores a abandonar o ensino, sempre se poderiam recrutar novos no Brasil" (Jorge Pedreira, Novembro/2008)


"quando se dá uma bolacha a um rato, ele a seguir quer um copo de leite!" (Jorge Pedreira, Auditório da Estalagem do Sado, 16/11/2008)


"[os professores são] arruaceiros, covardes, são como o esparguete (depois de esticados, partem), só são valentes quando estão em grupo!" (Margarida Moreira - DREN, Viana do Castelo, 28/11/2008)

Depois disto... que se pode dizer?

Manifestação 24 de Janeiro



Manifestação 24 de Janeiro

Moção aprovada com 98% de votos favoráveis contra o modelo de avaliação na Escola E.B. 2,3 Abade Correia da Serra - Serpa

Tal como sucedeu na generalidade das Escolas do país, também a quase totalidade dos professores e educadores do Agrupamento de Escolas de Serpa manifestou, em abaixo-assinado e resolução do Conselho Pedagógico de Novembro de 2008, o seu repúdio pelo Modelo de Avaliação decorrente do Decreto-Lei 2/2008, exigindo a sua imediata suspensão. Perante a absoluta intransigência do Ministério da Educação, a determinação dos professores ficou bem expressa nas manifestações de Novembro e na Greve de 3 de Dezembro que, pela sua dimensão e significado, constituíram momentos históricos na luta pela dignificação do ensino e na defesa da classe docente portuguesa.
Este enorme movimento de protesto que, pela primeira vez, juntou numa Plataforma Sindical, sindicatos de todas as tendências e sensibilidades sociais e políticas, obrigou o Governo a alterações sucessivas do modelo imposto, o que constituiu, desde logo, o reconhecimento inequívoco da sua inaplicabilidade funcional e da sua inadequação pedagógica. Ainda assim, as alterações efectuadas não passaram de meros expedientes paliativos para um sistema globalmente absurdo e arbitrário, bem como profundamente injusto e discriminatório. Com efeito, as modificações pontuais introduzidas pelo Decreto Regulamentar nº1-A/2009 não passam de manobras dilatórias para a contestação existente, procurando sobretudo a divisão e desmobilização dos professores. Nenhum dos princípios que presidiram à elaboração do presente modelo de avaliação foram alterados, nem a filosofia que lhe está subjacente foi tocada, já que no próximo ano lectivo de 2009/2010, se manterão em vigor todos os aspectos que se retiraram nesta simplificação. Se permitirmos a implementação deste regulamento “simplex”, para o próximo ano lectivo teremos a aplicação do modelo na sua totalidade. Para além do mais, a implementação do actual modelo de avaliação, significa a aceitação tácita do tão gravoso ECD que promove a divisão artificial da carreira docente, com objectivos meramente orçamentais.
O modelo do Ministério da Educação só é de “avaliação do desempenho docente” nas palavras. Este modelo não tem carácter formativo, mas eliminatório, não visa a melhoria das práticas, mas a burocratização de procedimentos, não fomenta a partilha pedagógica, mas a competição e desconfiança generalizadas, não promove a qualidade de ensino, mas a disciplinarização de iniciativas e comportamentos. O exemplo flagrante das quotas para a menção de Muito Bom e Excelente aí está para o demonstrar. Desvirtuando qualquer perspectiva do reconhecimento dos méritos, conhecimentos, capacidades e investimento feitos pelos docentes na sua carreira profissional, é um factor determinante na degradação do relacionamento entre os professores e, desta forma, profundamente perturbador do ambiente escolar e da qualidade de ensino.
O Ministério da Educação sabe que está isolado dos profissionais do sector. Sabe também que depende deles para a implementação de todo o processo de avaliação. Por isso ameaça. Por isso faz tábua rasa dos princípios básicos da ética política e se recusa a uma negociação séria e responsável com os representantes dos professores. Por isso recorre à chantagem. Mas o Ministério também sabe que não vai conseguir impor este modelo de avaliação e o ECD contra a vontade expressa de toda uma classe profissional.
Por isso, em coerência com as posições assumidas ao longo deste processo, os professores e educadores do Agrupamento de Escolas de Serpa, reunidos em Assembleia Geral no dia 15 de Janeiro de 2009, reafirmam a sua determinação em manter suspensos todos os procedimentos relativos à avaliação de desempenho, nomeadamente aqueles que dizem respeito à definição dos objectivos individuais. Apelam ainda a um efectivo processo negocial de revisão do ECD e à substituição do actual modelo de avaliação por um outro que seja justo, transparente, motivador do trabalho e promotor do mérito, que permita credibilizar o estatuto profissional e dignificar a função docente, criando as condições necessárias para a melhoria da qualidade do ensino público.
Esta moção foi aprovada por 98% dos professores presentes (representando 85% do total dos docentes do Agrupamento).


Serpa, 15 de Janeiro de 2009

Concurso Escolar Museu Nacional da Imprensa 'Criatividade e a Inovação'


O Museu Nacional da Imprensa promove, desde a sua criação, em 1997, um concurso escolar, anual, de âmbito nacional, denominado 'Concurso Escolar Museu Nacional da Imprensa'.

Todos os anos define-se um tema diferente, sendo convidadas a concorrer todas as escolas integradas do Ensino Básico, Secundário e Superior, públicas e privadas. A adesão ao concurso contou já com mais de meio milhar de participações, de escolas do Continente e das Regiões Autonomas.

A edição do ano lectivo 2008/2009, será subordinada ao tema da 'Criatividade e a Inovação através da Educação e da Cultura'.

Pretende-se com esta temática promover uma reflexção sobre a sociedade actual e as várias perspectivas sobre a importância da Educação e da Cultura nos processos de criatividade e Inovacão.

No final do concurso, em Abril de 2009, os melhores trabalhos serão premiados com viagens, software, assinaturas de jornais e livros diversos. Os prémios serão para escolas, turmas ou alunos, individualmente, conforme se pode ler no regulamento.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

FORMAÇÃO PARA PAIS E ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO

Com o objecto de reflectir sobre temas educativos básicos e ajudar a resolver dúvidas sobre as práticas parentais, o Instituto Superior de Psicologia Aplicada, em colaboração com a CONFAP, realiza acções de formação parental, em horário pós-laboral. Este programa formativo desenvolve-se em módulos independentes de 2 horas, entre outros, com os seguintes temas: Rotinas familiares e desenvolvimento sócio-afectivo, Regressões e perturbações do desenvolvimento, Crianças irrequietas, Diferenças de género e descoberta do corpo, Segurança afectiva

DESTINATÁRIOS
Pais e encarregados de educação com filhos em idade escolar

OBJECTIVOS
Reflectir sobre temas educativos básicos
Ajudar a resolver dúvidas sobre as práticas parentais

PROGRAMA

Este programa formativo desenvolve-se em módulos independentes de 2 horas, sobre os seguintes temas:


Módulo 1 - Desenho infantil
Módulo 2 - Rotinas familiares e desenvolvimento
sócio-afectivo
Módulo 3 - Regressões e perturbações
do desenvolvimento
Módulo 4 - Crianças irrequietas
Módulo 5 - Diferenças de género e descoberta do corpo
Módulo 6 - Do brinquedo e do brincar
Módulo 7 - Segurança afectiva

METODOLOGIA

Exposições teórico-práticas, exploração de exemplos trazidos pelos participantes, reflexão em grupo

DURAÇÃO

2 horas / módulo


FORMADORA

Dr.ª Mira Senos
(Psicóloga educacional e formadora certificada)


CALENDARIZAÇÃOAs sessões decorrerão em horário pós-laboral, das 18h30 às 20h30 nos seguintes dias:


Módulo 1 – 22 de Janeiro
Módulo 2 – 5 de Fevereiro
Módulo 3 – 19 de Fevereiro
Módulo 4 – 5 de Março
Módulo 5 – 19 de Março
Módulo 6 – 2 de Abril
Módulo 7 – 7 de Maio


CERTIFICADO


Os formandos terão acesso a um certificado de formação correspondente a(os) módulo(s) que frequentar(em).


INSCRIÇÕES

(limitadas a 12 formandos / módulo)


Cada módulo – 10 euros
Todos os módulos – 60 euros



FICHA DE INSCRIÇÃO


Para se inscrever, por favor, imprima e preencha a ficha de inscrição.
Após o preenchimento queria, por favor, enviar juntamente com cópia do certificado de habilitações e do BI para:

Departamento de Formação Permanente
Rua Jardim do Tabaco, 34
1149-041 Lisboa



Mais informações em
http://www.ispa.pt/ISPA/vPT/DFP/ProximasAccoes/Detalhe/?id=1&cursoid=939
Telef.: 218811785

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Greve de professores: Governo desvaloriza, sindicatos congratulam-se

O Governo garante que a greve de professores desta segunda-feira foi "muito inferior" à realizada em Dezembro, mas os sindicatos asseguram que a adesão voltou a ficar acima dos 90% e prometem, desde já, novas paralisações.

De acordo com o Ministério da Educação (ME), a participação no protesto ficou-se pelos 41 por cento, menos 20 pontos percentuais do que a adesão avançada pela tutela na última greve nacional, a 3 de Dezembro.

Segundo os dados oficiais, 318 das 1.170 escolas e agrupamentos em todo o país fecharam portas devido à paralisação, o que representa 27 por cento, um valor praticamente idêntico ao registado no mês passado (30 por cento).

Já os sindicatos garantem que a adesão à greve de hoje chegou aos 91 por cento, menos três pontos percentuais do que na última paralisação, mas 50 pontos acima dos números do Governo.

Classificando esta greve como "extraordinária", o porta-voz da Plataforma que reúne todos os sindicatos do sector, Mário Nogueira, afirmou que a contestação dos professores saiu hoje "reforçada" e prometeu novas acções de luta, caso o Executivo socialista não suspenda o actual modelo de avaliação e não ceda na revisão do Estatuto da Carreira Docente.

Para já, os professores iniciam terça-feira e até 20 de Fevereiro uma greve às aulas assistidas, previstas no modelo de avaliação de desempenho, um protesto que o secretário de Estado Adjunto da Educação considerou constituir um "puro boicote" ao processo, além de ser de "legalidade duvidosa".

O Governo reforçou o tom das críticas aos sindicatos, acusando-os de intransigência e radicalismo por realizarem protestos quando estão agendadas reuniões negociais, já para o final deste mês.

Para a Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), as greves de docentes estão a tornar-se "atentatórias dos interesses dos alunos e até dos seus direitos mais elementares", não havendo qualquer justificação para o facto de serem encerradas escolas.

Em declarações à Lusa, o presidente da Confap, Albino Almeida, ameaçou recorrer aos tribunais para que sejam convocados serviços mínimos em futuras greves de professores, de forma a evitar que o fecho de estabelecimentos de ensino.

Os professores voltaram hoje à greve, menos de dois meses depois da última paralisação nacional, a 03 de Dezembro, que contou com uma adesão que atingiu os 94 por cento, segundo os sindicatos, tendo chegado aos 66,7 por cento, de acordo com o ME.
in J.N.