quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Esquema - Estrutura do Material Genético


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Fenprof denuncia erros no concurso

A Fenprof denunciou ontem alegadas irregularidades no concurso de docentes contratados. "Temos recebido várias queixas, porque foram retirados do concurso 4617 professores que não manifestaram preferência. Mas foram as escolas que os aconselharam a isso, prometendo-lhes a renovação do contrato", afirmou Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, instando as escolas a "assumir o erro e corrigi-lo".
A estrutura sindical recebeu ainda queixas de professores mais graduados, que ficaram no desemprego enquanto viram os contratos ser renovados a outros menos graduados.
"A lei não impõe critérios e os directores das escolas fazem o que entendem", explicou. Registaram-se situações de docentes que foram ultrapassados na lista graduada devido à influência do factor avaliação: "Temos o caso de uma professora que desceu 104 lugares na lista e não foi colocada".
A estrutura sindical revelou que este ano quase duplicou o número de docentes a contrato, de 9663 para 13 833. E estimou em 50 mil o total de professores a contrato, incluindo bolsa de recrutamento, contratações de escola e Actividades Extra Curriculares.
"Desde 2007 reformaram-se 15 210 docentes e ingressaram no quadro só 396", lamentou o dirigente, ameaçando com "acções fortes de rua". Ontem, a Fenprof lançou o ‘Guia de Sobrevivência do Professor Contratado’.


Retirado de CM

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Teste de Avaliação - Hereditariedade


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Docentes a contrato duplicam

A Fenprof assinalou esta quarta-feira o dia de abertura das escolas com a promessa de protestos de rua face ao aumento de professores contratados e para pressionar o Governo a abrir concurso extraordinário em 2011.

"Vamos trabalhar para encetar acções de rua fortes pelos professores contratados e desempregados, com o objectivo de garantir que integram os quadros. Há um compromisso do Governo de abrir concurso em 2011 e nem nos passa pela cabeça que não se realize", afirmou Mário Nogueira, lembrando que desde 2007 reformaram-se 15 210 professores e só entraram no quadro 396.

A estrutura sindical revelou que foram contratados este ano 17 276 professores, quase o dobro dos 9 663 do ano passado. E Nogueira estimou em 50 mil o total de professores a contrato para este ano lectivo, incluindo os que serão contratados via bolsa de recrutamento, directamente pela escolas e os que integrarão as Actividades de Enriquecimento Curricular.

O dirigente acusa o Governo de "suprir necessidades permanentes das escolas com soluções provisórias para poupar dinheiro": "Este clima não é propício a que o professor tenha o melhor desempenho e isso reflecte-se na qualidade do serviço público de ensino."

Para apoiar os docentes com vínculos precários, a Fenprof lançou um 'Guia de Sobrevivência do professor contratado e desempregado'. Os contratados não evoluem na carreira e recebem sempre o mesmo vencimento: 1 373 euros brutos para um horário completo de 22 horas lectivas. Já um docente do quadro com 10 anos de carreira pode ganhar 1 864 euros brutos.

Retirado de http://www.cmjornal.xl.pt

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Directores de escolas satisfeitos com videovigilância

O presidente da Associação de Directores das Escolas Públicas, Adalmiro Fonseca, mostrou-se esta quinta-feira “satisfeito” com a instalação de câmaras de videovigilância em 700 escolas já no início do ano lectivo.

“É óptimo, pois vai remediar um problema”, afirmou o responsável, considerando que “as escolas são o reflexo da sociedade e se a sociedade for mais violenta as escolas serão mais violentas”. De acordo com dados avançados pelo Ministério da Educação, em Março, 457 escolas já dispunham de câmaras de videovigilância, estando prevista a instalação destes sistemas em mais estabelecimentos de ensino até ao final do ano. Na altura, a tutela previa a instalação até ao final do ano lectivo, mas dúvidas levantadas pela Comissão Nacional de Protecção de Dados levaram ao atraso no processo.

Só agora é que a empresa que ganhou o concurso, Oni, vai avançar com a colocação das câmaras nas escolas. O Governo indica que este é um investimento de 24 milhões de euros.


(no Correio da Manhã)

Teste de Avaliação - Sistema Respiratório


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segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Conteúdo - Sismologia 5

Os efeitos dos tremores de terra, da maneira como se manifestam aos
sismos
 sentidos do homem, têm sido classificados por ordem de importância. As primeiras tentativas para a avaliação da intensidade dos sismos foram feitas no século XVII, decorrentes da necessidade de avaliar os abalos sísmicos no Sul de Itália. A escala era rudimentar. Os sismos eram classificados em ligeiros, moderados, fortes e muito fortes. Mais tarde desenvolveram-se escalas mais pormenorizadas com 12 graus, como a Escala Modificada de Intensidades de Mercalli, constituída por 12 graus de intensidades estabelecidos de acordo com um questionário-padrão, segundo a intensidade crescente do sismo.

Graus de intensidade da Escala Modificada de Mercalli

Designação

Efeitos

I

Imperceptível
Não é sentido pelas pessoas. Pássaros e outros animais podem manifestar uma certa inquietude. Apenas registado pelos sismógrafos.

II

Fraco
Sentido apenas por algumas pessoas em repouso, particularmente as que se encontram em andares superiores dos edifícios. Objectos suspensos oscilam.

III

Ligeiro
Sentido apenas pelas pessoas que se encontram em casa, assemelhando-se a uma vibração provocada pela passagem de um veículo pesado a grande velocidade.

IV

Moderado
Abalo perceptível pela maioria das pessoas, quer ao nível do solo quer nos edifícios. Vibração de portas e janelas, loiças nos armários e ranger do soalho. Ligeiras oscilações de alguns automóveis parados.

V

Ligeiramente forte
Sentido por toda a população. Os objectos suspensos oscilam; móveis podem deslocar-se; nas paredes e tectos, podem surgir pequenas fendas; estuques e cal podem cair das paredes e tectos; paragem dos pêndulos dos relógios.

VI

Forte
Sismo sentido por todas as pessoas, que entram em pânico saindo precipitadamente para a rua; os sinos das igrejas tocam espontaneamente.

VII

Muito forte
As pessoas têm dificuldade em permanecer em pé durante o abalo principal. Nas construções surgem fendas. Alterações nas nascentes. Produzem-se ondas na superfície dos tanques com água e as águas turvam-se. Sentido nos automóveis em movimento.

VIII

Destruidor
Pânico na população. As construções sólidas e com boas fundações sofrem alguns danos, os outros sofrem danos acentuados com desabamentos. Caem chaminés de fabricas. Dão-se derrocadas de terrenos. Surgem fendas no solo. A condução dos veículos pesados é perturbada. Variação do nível da água nos poços.

IX

Ruinoso
Desmoronamento de alguns edifícios. Há danos consideráveis em construções muito sólidas. Rotura de canalizações subterrâneas. Queda de pontes. Deformação das linhas férreas. Largas fendas no solo.

X

Desastroso
Destruição da maior parte dos edifícios. Forte movimentação de terrenos. Desmoronamento de estradas e barragens. Transbordamento de água em canais, lagos e rios.

XI

Muito desastroso
Destruição da quase totalidade dos edifícios, mesmo os mais sólidos. Caem pontes, diques e barragens. Destruição da rede de canalizações e das vias de comunicação. Formam-se grandes fendas no terreno, acompanhadas de desligamentos. Há grandes escorregamentos de terrenos.

XII

Catastrófico
Destruição total da área afectada. Profundas alterações nas montanhas, vales, cursos de água, enfim de toda a topografia.

O recurso à utilização das intensidades tem a vantagem de não necessitar de medições realizadas com instrumentos, baseando-se apenas na descrição dos efeitos produzidos. Tem ainda a vantagem de se aplicar quer aos sismos actuais, quer também aos sismos ocorridos no passado (sismicidade histórica). Contudo, tem vários inconvenientes importantes, sendo, talvez, o mais importante aquele que resulta da sua subjectividade. Face a esta limitação, era natural que se procurasse criar uma nova grandeza que fosse independente do factor subjectividade. Esta nova grandeza é a magnitude. A magnitude está relacionada com a quantidade de energia libertada durante um sismo. Em 1931, Wadati, cientista japonês concebeu uma escala para esta grandeza, que foi posteriormente aperfeiçoada nos Estados Unidos por Richter, pelo que ficou conhecida pela designação de escala de Richter. O modo como se pretende determinar a energia libertada pelo sismo assenta na medição da amplitude máxima das ondas registadas nos sismogramas. Foram definidos nove graus para a escala de Richter. O valor da magnitude correspondente a cada grau, é dez vezes superior ao valor anterior. Assim, por exemplo, a diferença entre a quantidade de energia libertada mum sismo de magnitude 4 e um outro de magnitude 7, é de 30X30X30=27.000 vezes. Um determinado sismo possui apenas uma só magnitude, mas é sentido com intensidade diferente conforme a distância do local ao epicentro.

domingo, 22 de agosto de 2010

Conteúdo - Formação de Montanhas 4


Cadeia Montanhosa Alpina
O mosaico de fotografias espaciais, abaixo representado, esplêndido na cor quase natural, proporciona uma visão sumária dos Alpes europeus e das cadeias montanhosas relacionadas. Este mosaico fornece material para as discussões mais detalhadas da tectónica dos Alpes e do seu desenvolvimento geomorfológico.




Mosaico de fotografias espaciais das cadeias montanhosas dos Alpes europeus.


Mapa feito a partir do mosaico fotográfico espacial, representado à esquerda, mostrando as principais cadeias montanhosas Alpinas.

Os Alpes fazem parte de uma extensa cadeia montanhosa que se estende pelo Sul da Europa, Ásia Menor(Turquia), India, Rússia, e Norte da China. Podemos considerar os Apeninos (Itália), a cordilheira Dinárica/Pindárica (Ex-Jugoslávia e Grécia) e os Cárpatos (Roménia e Ucrânia) como "ramos" da Cadeia Alpina. Uma série de eventos orogénicos que começaram no Mesozóico (VerTabela Cronoestratigráfica, no TEMA Tempo Geológico) e culminaram no Cenozóico, com os sedimentos cenozóicos acumulados no Mar de Tétis e deformados para geraram o sistema Alpino/Himalaiano. A grande deformação (orogenia) está, directamente, relacionada com as colisões dos Limites Convergentes de Placas Tectónicas do tipo continente/continente. Para os Alpes, esta colisão resultou do movimento, para Norte, da Placa Africana de encontro à Placa Eurasiática, fechando parcialmente o Mar de Tétis. Grande parte dos Alpes é formada, actualmente, por grandes dobras, dos mais diversos tipos, e falhas implantadas em rochas sedimentares. São características as dobras chamadas "nappes", em que os sedimentos foram carreados para cima de massas rochosas mais velhas. O transporte tectónico envolveu, em simultâneo, grandes forças de compressão associadas à força de gravidade. Os tipos de dobramentos variam desde as dobras abertas de "descolamento" do tipo-Jura, às dobras fechadas e deitadas altamente deformadas. A orogenia começou no início do Mesozóico (Ver Tabela Cronoestratigráfica, no TEMA Tempo Geológico) e culminou noMiocénico. O actual aspecto "em agulhas" dos cumes dos Alpes é o resultado do levantamento que prossegue actualmente, associado à erosão provocada pelas quatro glaciações do Período Quaternário. Façamos uma síntese dos eventos tectónicos que contribuíram para a formação dos Alpes. A América do Norte começou a separar-se da Pangea há aproximadamente 180 Milhões de Anos (M.A.), ao mesmo tempo que se separavam as placas Eurasiática e Africana. Uma série de pequenas placas (microplacas) formaram-se na zona do rift (Ver Tectónica de Placas); estas tendem a mover-se individualmente em diferentes sentidos e com diferentes velocidades. Cadeias montanhosas, espalhadas pelas zonas de subducção, e falhas transformantes, limitaram as microplacas. O colapso destas características quando a Placa Africana colide com a Eurasiática produziu os complexos padrões tectónicos (grandes dobras, carreamentos, falhamentos...) que marcam e definem a região alpina. A Península Ibérica terá resultado da separação das placas Americana e Eurasiática (há cerca de 100 a 400 M.A.). Durante o Cretácico, a Peninsula Ibérica situava-se ao longo da zona de falha Betic e dos actuais Pirinéus. O vulcanismo e as principais deformações começaram no final do Terciário; nesta data a microplaca de Carnics começou a colidir e a mergulhar para baixo da Europa do Sul, originando novos levantamentos e complexos dobramentos nas rochas. Durante o Miocénico, a microplaca Turca-Afegã moveu-se para Oeste ao longo da zona de falha da Anatólia. As microplacas de Apulian e de Rhodope uniram-se à microplaca de Carnics; houve grandes deformações no sentido Norte-Sul da Europa, enquanto um sistema de arco insular migrou (Península Italiana actual) para Este no final do Miocénico; formaram-se os Mares Tirreno e Adriático. A Grécia separou-se da Turquia (há cerca de 6 a 8 M.A.), originando o Mar Egeu.

sábado, 21 de agosto de 2010

Ministério da Educação encontrou alternativa à Escola Móvel

Em vez da Escola Móvel os alunos filhos de profissionais itinerantes vão poder continuar a estudar mas adstritos a outro projecto chamado "Ensino à distância para a itinerância".

A intenção do Ministério da Educação (ME) é que os actuais alunos e os novos estudantes, mais 20, possam prosseguir os seus estudos, desta vez ligados a escolas de referência em cada região do país.

Em comunicado, o ME informa que a entidade institucional denominada Escola Móvel (que tinha o estatuto de escola pública) foi extinta, mas que o ensino à distância se mantém sobre a alçada da Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular (DGIDC). "O trabalho realizado até ao presente permitiu desenvolver uma matriz curricular e uma oferta formativa específica, acompanhadas da produção de recursos pedagógicos, que resultam do contributo de um conjunto alargado de docentes, técnicos e parceiros, mas também de um investimento financeiro significativo", diz a tutela.

Assim, no próximo ano, a DGIDC pretende assegurar o ensino dos alunos inscritos nos 2.º, 3.º ciclos e secundário, em escolas públicas de referência. A metodologia de ensino manter-se-á e o ministério garante "um número adequado de docentes que desempenhem as funções de professores e tutores".

Nas escolas de referência, os alunos poderão ter aulas presenciais, nomeadamente de Educação Física, Educação Musical e realizar os exames, bem como podem desenvolver a sua socialização e integração.

A DGIDC pretende "reforçar a cooperação com as entidades parceiras desta oferta educativa", "disponibilizar os recursos pedagógicos para outros contextos e públicos" e "assegurar o acompanhamento e avaliação desta oferta".

Este projecto vai acolher os 80 alunos itinerantes que o frequentaram em 2009/2010 e será alargado a 20 novos estudantes. Quanto às jovens apoiadas pela Associação Ajuda de Mãe "poderão continuar a beneficiar desta oferta educativa, nas mesmas condições".

Público

Conteúdo - Vulcanismo Secundário e Tipos de Placas Tectónicas

A energia calorífica libertada pela câmara magmática, origina a libertação de materiais líquidos e gasosos existentes nas rochas encaixantes. A esta actividade chama-se vulcanismo residual ou secundário. Os fenómenos de vulcanismo secundário mais comuns são os seguintes: 1) géiseres, são jactos intermitentes e periódicos de água e vapor de água, a elevada temperatura, 2) fontes ounascentes termais, são emanações de água, vapor de água e dióxido de carbono a elevada temperatura (cerca de 50 C); quando o calor libertado pelo magma em ascensão encontra aquíferos (acumulação de águas em profundidade), transforma as águas em águas termais ou juvenis; estas contêm sais minerais em diferentes proporções o que possibilita o seu uso para fins terapêuticos, 3)fumarolas, são emanações gasosas (vários compostos gasosos) exaladas através de fissuras em zonas próximas de vulcões activos; as fumarolas, com predomínio de gases sulfurados (dióxido e trióxido de enxofre, ácido sulfídrico) denominam-se sulfataras e podem produzir importantes depósitos de enxofre; quando, para além do vapor de água, existe libertação quase exclusiva de dióxido de carbono, as fumarolas designam-se por mofetas.

Géisere da Islândia
Géisere na Islândia.
Fumarola na Islândia
Fumarola na Islândia.
Sulfataras na Islândia
Sulfatara na Islândia.

Na primeira página deste Tema, fizemos uma breve referência à estrutura vulcânica que forma um vulcão, enquanto que na segunda página fizemos uma alusão ao magma. Chegou o momento de dizermos, de forma muito sumária, porque é que surgem os vulcões.
Os vulcões ocorrem porque, como sabemos a crosta da Terra está dividida num mosaico de placas rígidas - placas tectónicas - que se assemelham a um "puzzle" . Há 16 macroplacas. Já sabemos que estas placas rígidas flutuam sobre uma camada menos rígida (plástica) e superficial do manto superior a astenosfera. As placas movem-se separando-se,placas divergentes, ou colidindo umas com as outras, placas convergentes. A maioria dos vulcões ocorrem próximo dos limites das placas tectónicas. Quando as placas colidem, uma placa desliza para baixo da outra. Esta é uma zona de subducção. Quando a placa que mergulha atinge o manto, as rochas que a constituem derretem e originam o magma que pode mover-se para cima e causar uma erupção na superfície da terra, resultando um vulcão. Em zonas do "rift" (cristas ou dorsais), as placas divergem (afastam-se) uma da outra e o magma ascende à superfície e causa uma erupção vulcânica. Alguns vulcões ocorrem no meio das placas nas áreas chamadas "hotspots" (pontos quentes) - lugares onde o magma se forma, no interior da placa, e depois ascende à superfície terrestre originando um vulcão.

Esquema origem vulcões
Modelo esquemático representativo da origem e ocorrência dos vulcões à superfície da Terra.

Pontos Quentes
Mapa-mundi simplificado mostrando a distibuição dos "Pontos Quentes" e os Limites entre Placas Tectónicas.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Isabel Alçada tem ordem para poupar

Nem o Ministério das Finanças nem a Educação assumem onde nem quanto vão ter de cortar, mas já há duas entidades nomeadas para encontrar formas de emagrecer a despesa e optimizar recursos. 

E as medidas de contenção sucedem-se. As medidas para poupar na Educação têm-se multiplicado nas últimas semanas, mas não são suficientes. O Governo quer cortar e criou um grupo de trabalho, coordenado pelo Ministério das Finanças, e uma Comissão para a Optimização dos Recursos Educativos (CORE), para encontrar fórmulas para reduzir gastos.

As novas regras para a criação de turmas dos Cursos de Educação e Formação, a redução do número de bibliotecários, o corte nos apoios à Educação Musical, o fecho das escolas com menos de 21 alunos, a fusão de agrupamentos e o fim da Escola Móvel – serão formas de tornar mais magro o orçamento do Ministério, mas não são ainda suficientes.

Nem o Ministério das Finanças nem a Educação assumem, contudo, quanto nem onde querem poupar. Esta semana, o gabinete de Isabel Alçada não admitiu, por exemplo, que o fim da Escola Móvel – um projecto para os filhos de profissionais itinerantes – tivesse uma motivação de poupança. No entanto, acabou por admitir que se tratava de um «considerável investimento financeiro».

Nos despachos publicados em Diário da República para a nomeação do grupo de trabalho e da CORE, pode ler-se que o acompanhamento da reorganização da rede escolar, da implementação das medidas do Plano de Estabilidade e Crescimento (PEC) e da actividade da Parque Escolar são algumas das competências destes organismos.

Uma coisa é certa: no final deste mês, o grupo de trabalho que será coordenado por Joana Almodovar, do gabinete de Teixeira dos Santos, terá de apresentar «um relatório com propostas de medidas».

Com um orçamento para este ano de 7.275,7 milhões de euros, a maior fatia vai para as despesas com vencimentos, que representam 79,5% dos gastos do Ministério gerido por Isabel Alçada. Na Dinamarca, por exemplo, o custo do pessoal não ultrapassa os 65%.

António Avelãs, da Federação Nacional de Professores (Fenprof) acredita que a melhor forma de optimizar recursos seria reestruturar os serviços do Ministério. «A Direcção-geral de Recursos Humanos da Educação e as Direcções Regionais de Educação têm funções que se sobrepõem», afirma, apontando como dispensáveis «os custos da máquina burocrática».

Ramiro Marques, especialista em Educação, concorda: «A extinção dos departamentos centrais e das Direcções Regionais permitiria reduzir a despesa em dezenas de milhões de euros sem afectar a qualidade da Educação».

Paulo Guinote, professor e autor do blogue A Educação do Meu Umbigo, encontra outras fontes de despesismo no «péssimo planeamento da forma como os recursos tecnológicos foram ‘despejados’ nas escolas» – e que faz com que «muitos equipamentos não estejam a ser usados».

Os cerca de 4,3% do Produto Interno Bruto (PIB) que o país atribui à Educação colocam Portugal dentro da média dos países da OCDE. No entanto, este é um valor que tem vindo a descer: em 2005, o orçamento do Ministério representava cerca de 5,7%. «Mais do que os valores é a tendências que é preocupante», frisa Guinote, que contesta o «outsorcing que o Ministério está a fazer ao passar escolas para a tutela das autarquias». 

Ataca também a criação de mega-agrupamentos: «A lógica é similar à criação das super-esquadras nos anos 90 e reduz o custo por utente, mas não se sabe ao certo se a qualidade do serviço prestado não diminui». Certo é que um aluno português no Ensino Básico já só custa ao Estado pouco mais de cinco mil euros por ano, quando a média da OCDE está perto dos 6.500 euros.

Quanto à criação de duas entidades para ‘supervisionar’ os gastos da Educação, António Avelãs considera que «é um bom exemplo da falta de optimização de recursos: bastava apenas uma».

Já as necessidades educativas especiais e o pré-escolar são apontados pelo sindicalista como «algo em que nunca se pode poupar».

Sol

Ficha de Trabalho - Digestão


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