quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Manual - As TIC na Primeira-infância: Manual para formadores


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EFA - STC - Exercício - Movimentos Migratórios Registados em Portugal no sec. XX - Sociedade, Tecnologia e Ciência


Depois de ler os textos que se seguem responda de forma clara e sucinta às seguintes questões:

1. Identifique fluxos migratórios (de entrada e saída) verificados em Portugal ao longo dos tempos, em particular no que se refere ao sec.XX.

2. Identifique as causas para a existência dos fluxos migratórios que enumerou na alínea anterior e relacione esses fluxos com estruturas de oportunidades nos diferentes países (a nível económico, politico, cultural,…).


Texto 1: Panorama histórico da emigração portuguesa

Não obstante a ausência de dados estatísticos consistentes sobre a emigração portuguesa até ao séc. XIX, é possível afirmar-se que a génese do fenómeno emigratório remonta já ao período das Descobertas. Embora alguns autores, como Eduardo Lourenço (1), salientem que as saídas massivas de população portuguesa registadas, ao longo dos séculos XV e XVI, quer para as índias quer para o Brasil não constituem verdadeiros fluxos emigratórios, a verdade é que o contexto histórico que lançou os portugueses além-mar definiu, em certa medida, os destinos preferenciais da primeira vaga emigratória. A abordagem histórica da emigração portuguesa contempla forçosamente a avaliação de dois movimentos distintos — o movimento transoceânico e o movimento intra-europeu.
O movimento transoceânico é o mais antigo e dominou ao longo de todo o século XIX, dirigindo-se predominantemente para o Brasil. Ao longo do século XX, para além do Brasil, os EUA, o Canadá, a Venezuela e a África do Sul contam-se entre os destinos mais procurados no contexto desta corrente. O movimento intra-europeu, bastante mais recente, estabelece-se sobretudo na segunda metade do século XX, constituindo a França e a Alemanha os principais pólos de atracção.
O movimento transoceânico
A partir do século XVII, com um fluxo emigratório para o Brasil constituído, em grande parte, por indivíduos provenientes do campesinato que saem do país em busca de melhores condições de vida (de início, nas plantações de tabaco e da cana-de-açucar e, mais tarde, na extracção mineira), começam a desenhar-se os contornos da corrente que designámos por "movimento transoceânico".
Desde o século XVII até meados do século XX, a corrente para o Brasil dominou o panorama da emigração portuguesa, apresentando valores sempre superiores a 50% do total da emigração, que só vieram a decair na década de 60. Factores relacionados com a estrutura social e económica portuguesa contam-se entre as causas deste movimento; o atraso no desenvolvimento industrial e uma economia assente num sector primário fortemente deficitário propiciaram uma quantidade excessiva de mão-de-obra disponível que, sem outra alternativa, veio engrossar o contingente emigratório para o Brasil.
A perspectiva de uma melhoria das condições materiais alimentou o sonho de um enriquecimento fácil, que nem sempre se concretizou. São, no entanto, de salientar, ao longo do século XIX, as obras de benemerência que emigrantes portugueses retornados do Brasil (os "brasileiros" (2)) ergueram após o regresso ao país. Refira-se ainda que, em meados do século XIX, e na sequência do desaparecimento do tráfico negreiro, a carência de mão-de-obra então gerada levou o governo brasileiro à implementação de uma política de imigração (redes de "engajadores" encorajados pelo governo procuravam atrair emigrantes oriundos da Europa) que em muito contribuiu para a eleição do Brasil como destino preferencial.
Actualmente, e graças à presença constante dos portugueses ao longo de vários séculos, encontra-se no Brasil uma das maiores comunidades de luso-descendentes, já fortemente enraizada na sociedade de acolhimento.
Nas duas primeiras décadas do século XX, os EUA impõem-se como um dos principais destinos da emigração portuguesa, assumindo o contigente emigratório para este país proporções que só viriam a repetir-se nas décadas de 60 e 70. Ao contrário do movimento para o Brasil que é geralmente composto por indivíduos oriundos de Portugal continental, a corrente que se dirige para os EUA provém maioritariamente das ilhas dos Açores. Este ciclo teve início, ainda no século XIX, com uma vaga emigratória, de natureza familiar, dos arquipélagos da Madeira e dos Açores para as ilhas do Hawai. O fluxo para o Hawai manteve-se especialmente activo na segunda metade do século XIX, vindo a extinguir-se quase totalmente já nas primeiras décadas do século XX.
Tal como se verificou com a emigração para o Brasil, a corrente para os EUA desenrolou-se numa conjuntura em que condições económicas altamente desfavoráveis obrigaram milhares de portugueses, muitos deles ligados à vida rural e jovens do sexo masculino com baixas qualificações, a sair do país. As comunidades portuguesas nos EUA viriam então a concentrar-se num número reduzido de regiões — Massachusetts, Califórnia, Rhode Island, New Jersey, Connecticut e o Hawai surgem como as principais zonas de fixação. Refira-se ainda que os portugueses residentes distribuem-se por um número muito diverso de actividades profissionais. Nos dias de hoje, as políticas de restrição à imigração impostas pelo governo americano provocaram uma retracção considerável desta vaga emigratória, mantendo-se todavia a preferência por este destino.
O Canadá surge nas décadas de 60 e 70 como um novo pólo de atracção, embora com números sempre inferiores aos registados para os EUA. Originários na sua grande maioria das ilhas atlânticas (contando o arquipélago dos Açores o maior número de saídas), estes emigrantes do sexo masculino, detentores de baixos níveis de qualificação, partem sozinhos para o Canadá em busca de emprego nos grandes centros urbanos, distribuindo-se, com particular incidência, pêlos sectores da hotelaria, restauração e construção civil. Mais tarde, logo que as condições económicas o permitissem, juntavam-se-lhes a mulher e os filhos. Os portugueses residentes concentraram-se, sobretudo, em cidades como Toronto, Otawa, Montreal, Hamilton, Kitchener e Winnipeg.
Um outro ponto de chegada da emigração portuguesa para as Américas que importa considerar é a Venezuela. O movimento para este país desenvolveu-se essencialmente, e sem grandes oscilações, entre as décadas de 50 e 70. Tratando-se de um fluxo maioritariamente oriundo da ilha da Madeira, a emigração para a Venezuela é composta por indivíduos pouco qualificados, que acabam por encontrar emprego na agricultura ou nos sectores dos transportes e da construção civil. Mais recentemente, registou-se um aumento do nível de qualificação dos emigrantes que seguem para este país. É de notar que a comunidade residente se revelou bastante dinâmica na promoção de actividades associativas (como a Casa da Madeira, o Clube Desportivo Português e o Centro Social Português de Caracas) e no estabelecimento de órgãos de comunicação social dirigidos à comunidade portuguesa (é o caso dos semanários Ecos de Portugal e o Lusitano).

Finalmente, com a corrente dirigida para a África do Sul fechamos o ciclo do movimento transoceânico. Os dados estatísticos disponíveis a partir dos anos 50 permitem-nos concluir que é durante os anos 60 que este fluxo atinge maior relevância, apresentando valores pouco significativos já a partir do final da década. A generalidade dos indivíduos que integram esta corrente são originários da ilha da Madeira ou portugueses vindos de Moçambique. Enquanto os emigrantes madeirenses apresentam um baixo estatuto sócio-económico, que acabaria por se reproduzir no país de acolhimento, os portugueses chegados de Moçambique, com alto nível de escolaridade e poder económico, contribuíram para um aumento significativo do prestígio social e influência política da comunidade portuguesa.

O movimento infra-europeu
O fluxo para a Europa, sobretudo para a França e para a Alemanha, apresenta características distintas do movimento transoceânico. As políticas de restrição à imigração promulgadas pelo Brasil e o sucesso do plano Marshall, que gerando um déficit de mão-de-obra obrigou os países industrializados da Europa ao recrutamento de trabalhadores estrangeiros, determinaram fortemente o estabelecimento e a orientação do movimento intra-europeu. É neste contexto que redes de engajadores, com promessas de salários superiores e beneficiando da cumplicidade dos governos dos países receptores, aliciam muitos portugueses para o trabalho nos sectores da construção civil, obras públicas, serviços domésticos e agricultura, em especial na França e na Alemanha.
Na década de 60, a França, superando o Brasil, impõe-se como destino preferencial, iniciando-se assim um novo movimento na história da emigração portuguesa.
O fluxo para França começou a desenhar-se a partir dos finais dos anos 50, mas é na década seguinte que se regista o maior número de saídas. Segundo estatísticas oficiais, se ao longo dos anos 50 o número de emigrantes para França se ficou pelos 15 000, o balanço para a década de 60 indica um contingente emigratório superior a 300 000 indivíduos. A partir da década de 70, esta vaga emigratória vai-se reduzindo progressivamente atingindo, já no final dos anos 80, valores bastante diminutos.
A emigração para a Alemanha registou-se, quase exclusivamente, durante as décadas de 60 e 70. Apresentando sempre um volume de saídas inferior ao verificado para França, o número de emigrantes que se dirigiu para este país ao longo dos anos 70 quase duplica o verificado na década anterior, vindo a atingir valores quase residuais no decorrer da década de 80. Saliente-se, no entanto, que as estatísticas oficiais não contemplam os números relativos à emigração clandestina, que se crê muito superior à oficialmente registada.
O perfil do emigrante português para a Europa é relativamente fácil de traçar: de início, tratava-se sobretudo de jovens do sexo masculino, muitos deles casados, de baixo estatuto sócio-económico e habilitações literárias muito fracas ou mesmo inexistentes que, dadas as deficiências estruturais da economia portuguesa (designadamente no que se refere à incapacidade do país para absorver a mão-de-obra excedentária do sector primário), se viram obrigados a procurar trabalho nos países industrializados da Europa central. Posteriormente, e sobretudo em virtude do reagrupamento familiar, verifica-se um aumento progressivo da emigração feminina. A generalidade destes indivíduos era proveniente de Portugal continental, continuando a população das ilhas atlânticas a preferir as Américas. Ao contrário da corrente transoceânica que apresenta um fraco movimento de retorno, o fluxo para a Europa, graças às ligações à terra natal (concretizadas nas deslocações frequentes ao país de origem) e à possibilidade do regresso definitivo, desenvolveu uma forte interdependência entre locais de origem e pontos de chegada, que torna ainda mais evidente essa característica marcante da emigração portuguesa — a "especialização de destinos" (a correspondência entre regiões de origem e pontos de chegada no país de acolhimento).
Na viragem para os anos 80, e na sequência da crise petrolífera de 1973/74 que levou os países desenvolvidos da Europa a restringir acentuadamente a entrada de imigrantes, assistimos a uma grande retracção do movimento intra-europeu, sendo no entanto de registar a Suíça e o Luxemburgo como novos pólos de atracção. O grosso do fluxo emigratório português tem dirigido desde então para as Américas (em especial, EUA e Canadá), embora com um volume inferior ao verificado em décadas anteriores, e para a Austrália.
Maria Luís Rovisco in Janus 2001


Texto 2: O impacte económico da imigração para Portugal

Numa perspectiva de análise histórica, podemos afirmar que Portugal tem sido um país de emigração cuja génese remonta ao séc. XV, com o início do movimento das descobertas. No entanto, os fluxos imigratórios para Portugal não são um fenómeno recente, remontando igualmente a sua origem ao séc. XV, com a importação de escravos, sobretudo oriundos de África, para compensar a carência de mão-de-obra decorrente do modelo de expansão colonial português. Estima-se que, no séc. XVII, na região de Lisboa e certas zonas do Alentejo e Algarve, a população de origem africana representaria 10 a 20% da população total (Tinhorão, pp. 101 e 112). A partir do séc. XVIII terminou essa imigração forçada para Portugal, continuando, porém, a processar-se com destino ao Brasil. No séc. XIX, os fluxos imigratórios para Portugal tornaram-se insignificantes, em termos demográficos, mas não em termos económicos, devendo salientar-se a presença de cidadãos estrangeiros originários de Espanha, Reino Unido, Alemanha e França, ligados à exploração mineira e à comercialização do vinho do Porto (Lopes, p. 93), assim como a presença de brasileiros, presença essa profusamente referenciada na literatura da época.
No séc. XX, na década de 60, começou a delinear-se um novo fluxo imigratório induzido pela progressiva abertura da economia portuguesa, por um lado, e pela escassez de mão-de-obra derivada do êxodo emigratório para a Europa e do recrutamento militar para as guerras coloniais, por outro lado (Pires, p. 198).
Neste contexto, o novo fluxo imigratório apresentou duas componentes principais bem distintas, uma predominantemente europeia constituída por quadros técnicos e empresariais mas também por reformados que se instalam no Algarve, e a outra por trabalhadores não qualificados, predominantemente oriundos de Cabo Verde. A quantificação deste último grupo é problemática, visto só depois da independência os cabo-verdianos terem passado a ter o estatuto de estrangeiros. No entanto, segundo o Censo de 1981, 30% dos 41.000 nacionais dos PALOP residentes em Portugal declararam ter imigrado antes de 1973, variando essa percentagem entre 14% para os angolanos e 47% para os cabo-verdianos (Pires, p. 198).
O processo revolucionário por que passou a sociedade portuguesa, na segunda metade da década de setenta, quando simultaneamente se enfrentavam as consequências da crise petrolífera, levou ao recuo da imigração de origem europeia, embora esse recuo tivesse sido compensado, quer em termos demográficos quer em termos económicos, pelo regresso dos exilados portugueses na Europa. Por outro lado, nesse mesmo período, a independência das colónias induziu não só o regresso de cerca de 600.000 portugueses mas também o incremento da imigração de cidadãos dos novos países africanos para Portugal.

Foi, no entanto, na década de 80 que a imigração oriunda dos PALOP explodiu, tendo registado um crescimento da ordem dos 114%, entre 1979 e 1989, isto considerando apenas os dados sobre a população com residência legal em Portugal. Foi também nesse período que descolou a imigração brasileira, cuja taxa de crescimento atingiu mais de 200%. Por sua vez, a população estrangeira residente de origem europeia aumentou 76%. Os diferentes ritmos de crescimento dos três grupos de imigrantes traduziu-se numa alteração do seu peso relativo no total da população estrangeira residente (ver gráfico). De assinalar que o grupo residual, constituído por outros imigrantes, subiu de 16 para 19%. Neste grupo destacam-se os imigrantes originários do Canadá, EUA e Venezuela, com quotas de 2, 6 e 5%, respectivamente, em 1989 (Esteves, Anexos Estatísticos).
Em 1992, o tratado da União Europeia instituiu a cidadania da União e, em 1993, Portugal aderiu à Convenção de Schengen, a qual define como estrangeiro qualquer pessoa que não seja nacional dos Estados membros das Comunidades Europeias (Vargas e Ruas, pp. 167 e 168). Estas disposições foram transpostas para a legislação portuguesa, a 3 de Março de 1993, pelo que os nacionais de países comunitários, residentes em Portugal, deixaram de ter o estatuto de imigrantes. No entanto, os cidadãos comunitários a quem foram atribuídos títulos de residência continuam a estar integrados no conjunto das estatísticas demográficas sobre estrangeiros. Entre 1993 e 1998, o total de cidadãos comunitários nessa situação registou um aumento percentual de 45%, representando, em média, 1/4 da população estrangeira com títulos de residência.
Os cidadãos comunitários apresentam uma elevada taxa de actividade, 56% em 1998, desempenhando essencialmente profissões científicas e técnicas (41%) ou cargos de direcção. Estes dados revelam que se trata de uma população ligada à gestão do investimento da UE em Portugal. Quanto aos cidadãos nacionais de países terceiros, com residência legal em Portugal, a tendência registada na década de 90 aponta para um crescimento sustentado, embora a um ritmo inferior ao da década de 80 (ver gráfico), apesar dos dois períodos de legalização extraordinária, em 1993 e 1996. Em 1998, o conjunto destes imigrantes totalizava 129.551, dos quais 64% eram originários dos PALOP e 15% do Brasil. No grupo dos PALOP a taxa de actividade era de 54,6% e nos brasileiros de 51%, situando-se, portanto, acima dos 50% da taxa nacional, sem contar que muito provavelmente a taxa de actividade dos nacionais dos PALOP está subestimada devido a ser prática comum a não declaração do trabalho das empregadas domésticas.
Em 1998, 79% dos naturais dos PALOP com profissão declarada eram operários ou trabalhavam na construção civil. Em 1999, segundo a Inspecção Geral do Trabalho, 80% dos cabo-verdianos e dos guineenses trabalhavam na construção e obras públicas, o que corresponde a cerca de 10% do total de trabalhadores nesse sector, onde predomina o recurso intensivo a mão-de-obra barata. Este padrão ocupacional reflecte-se na distribuição geográfica dos imigrantes naturais dos PALOP, assim como na incidência da imigração clandestina. Com efeito, em 1998, 82,5% dos naturais dos PALOP residiam nos distritos de Lisboa e Setúbal, onde tem sido maior o esforço governamental de construção acelerada de infra-estruturas. Em 1996, durante o período de legalização extraordinária, 89% dos pedidos foram feitos na região de Lisboa, num universo total de 35.082 dos quais 23.462 foram efectuados por nacionais dos PALOP (ver gráfico).
Se os imigrantes dos PALOP têm dado um contributo indispensável no âmbito da construção e obras públicas, a participação dos brasileiros tem sido mais diversificada, fruto de uma maior heterogeneidade profissional em que predominam os profissionais técnico-científicos, com uma quota de 46%, contra apenas 22% de trabalhadores manuais (Pires, p. 209).

Merece ainda referência o facto da imigração de origem asiática ter registado uma taxa de crescimento da ordem dos 110%, durante a década de 90, indiciando a emergência de uma nova fileira de imigração, orientada para a prestação de serviços no âmbito da hotelaria e da restauração. No entanto, actualmente, os cidadãos de origem asiática representam apenas 0,6% do total de imigrantes.
Claro está que o contributo dos imigrantes para o desenvolvimento da sociedade portuguesa não se limita à participação na população activa. Com efeito eles contribuem também para o rejuvenescimento da pirâmide demográfica e, sobretudo, incentivam as transacções socioculturais, provavelmente o factor mais positivo nesta era da globalização.

Informação complementar: Perfil socioeconómico da imigração
Foi na década de 80 que a imigração oriunda dos PALOP explodiu e que des colou a imigração brasileira. Em 1998, 64% dos imigrantes eram originários dos PALOP e 15% do Brasil. Em 1999, 80% dos cabo-verdianos e dos guineenses trabalhavam na construção e obras públicas, o que corresponde a cerca de 10% do total de trabalhadores nesse sector, onde predomina o recurso intensivo a mão-de-obra barata. Este padrão ocupacional reflecte-se na dis tribuição geográfica dos imigrantes na turais dos PALOP, assim como na inci dência da imigração clandestina, ambas se concentrando nos distritos de Lisboa e Setúbal.
Entre os brasileiros predominam as pro fissões técnico-científicas, apresentando estes imigrantes um perfil ocupacional bastante semelhante ao dos cidadãos comunitários residentes em Portugal. Na década de 90 emergiu uma nova filei ra de imigração, proveniente da Europa de Leste e Ásia estando esta orientada para a hotelaria e restauração.
Helena Rato in Janus 2001

3ºAno - Estudo do Meio - Ficha de Trabalho - Antes de eu Nascer


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Higiene e Segurança no Trabalho - Norma de Procedimentos dos Espaços de Jogo e Recreio


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Powerpoint - O uso da vírgula entre as orações do período


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Resumo - Teoria dos Números - Algorismo de Controlo


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Powerpoint - Primeiros Socorros em Caso de Electrocussão


Manual sobre a Metodologia SEBRAE para Implementação de Gestão Ambiental


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Conteúdo - TDAH - Meu Deus, o que é isto?


O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) é caracterizado por uma constelação de problemas relacionados com falta de atenção, hiperatividade e impulsividade. Esses problemas resultam de um desenvolvimento não adequado e causam dificuldades na vida diária. O TDAH é um distúrbio bio-psicossocial, isto é, parece haver fortes fatores genéticos, biológicos, sociais e vivenciais que contribuem para a intensidade dos problemas experimentados. Foi comprovado que o TDAH atinge 3% a 5% da população durante toda a vida. Diagnóstico precoce e tratamento adequado podem reduzir drasticamente os conflitos familiares, escolares, comportamentais e psicológicos vividos por essas pessoas. Acredita-se que, através de diagnóstico e tratamento corretos, um grande número dos problemas, como repetência escolar e abandono dos estudos, depressão, distúrbios de comportamento, problemas vocacionais e de relacionamento, bem como abuso de drogas, pode ser adequadamente tratado ou, até mesmo, evitado.

Até há algum tempo atrás, pensava-se que os sintomas do TDAH diminuíam com a adolescência. As pesquisas mostraram que a maioria das crianças com TDAH chega à maturidade com um padrão de problemas muito similar aos da infância e que adultos com TDAH experimentam dificuldades no trabalho, na comunidade e com suas famílias. Também há registros de um número maior de problemas emocionais, incluindo depressão e ansiedade.

Em 1902, pesquisadores descreveram pela primeira vez as características dos problemas de impulsividade, falta de atenção e hiperatividade apresentados por crianças com TDAH. Desde então, o distúrbio foi denominado de várias maneiras, entre elas, Disfunção Cerebral Mínima, Reação Hipercinética da Infância e Distúrbio de Déficit de Atenção. A 4ª edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, da Associação Americana de Psiquiatria, atualmente descreve este conjunto de problemas como Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade.

O TDAH interfere na habilidade da pessoa de manter a atenção – especialmente em tarefas repetitivas – de controlar adequadamente as emoções e o nível de atividade, de enfrentar conseqüências consistentemente e, talvez o mais importante, na habilidade de controle e inibição. Inibição refere-se à capacidade de evitar a expressão de forças poderosas que levam a agir sob o domínio do impulso, de modo a permitir que haja tempo para o autocontrole. As pessoas com TDAH até podem saber o que deve ser feito, mas não conseguem fazer aquilo que sabem devido à inabilidade de realmente poder parar e pensar antes de reagir, não importando o ambiente ou a tarefa.

As características do TDAH aparecem bem cedo para a maioria das pessoas, logo na primeira infância. O distúrbio é caracterizado por comportamentos crônicos, com duração de no mínimo 6 meses, que se instalam definitivamente antes dos 7 anos. Atualmente, 4 subtipos de TDAH foram classificados:

1. TDAH – tipo desatento – a pessoa apresenta, pelo menos, seis das seguintes características:
.Não enxerga detalhes ou faz erros por falta de cuidado.
.Dificuldade em manter a atenção.
.Parece não ouvir.
.Dificuldade em seguir instruções.
.Dificuldade na organização.
.Evita/não gosta de tarefas que exigem um esforço mental prolongado.
.Frequentemente perde os objetos necessários para uma atividade.
.Distrai-se com facilidade.
.Esquecimento nas atividades diárias.

2. TDAH – tipo hiperativo/impulsivo – é definido se a pessoa apresenta seis das seguintes características:
.Inquietação, mexendo as mãos e os pés ou se remexendo na cadeira.
.Dificuldade em permanecer sentada.
.Corre sem destino ou sobe nas coisas excessivamente (em adultos, há um sentimento subjetivo de inquietação).
.Dificuldade em engajar-se numa atividade silenciosamente.
.Fala excessivamente.
.Responde a perguntas antes delas serem formuladas.
.Age como se fosse movida a motor.
.Dificuldade em esperar sua vez.
.Interrompe e se intromete.

3. TDAH – tipo combinado – é caracterizado pela pessoa que apresenta os dois conjuntos de critérios dos tipos desatento e hiperativo/impulsivo.

4. TDAH – tipo não específico; a pessoa apresenta algumas características mas número insuficiente de sintomas para chegar a um diagnóstico completo. Esses sintomas, no entanto, desequilibram a vida diária.

Na idade escolar, crianças com TDAH apresentam uma maior probabilidade de repetência, evasão escolar, baixo rendimento acadêmico e dificuldades emocionais e de relacionamento social. Supõe-se que os sintomas do TDAH sejam catalisadores, tornando as crianças vulneráveis ao fracasso nas duas áreas mais importantes para um bom desenvolvimento – a escola e o relacionamento com os colegas.

À medida que cresce o conhecimento médico, educacional, psicológico e da comunidade a respeito dos sintomas e dos problemas ocasionados pelo TDAH, um número cada vez maior de pessoas está sendo corretamente identificado, diagnosticado e tratado. Mesmo assim, suspeita-se que um grupo significativo de pessoas com TDAH ainda permanece não identificado ou com diagnóstico incorreto. Seus problemas se intensificam e provocam situações muito difíceis no confronto da vida normal.

O TDAH é com freqüência apresentado, erroneamente, como um tipo específico de problema de aprendizagem. Ao contrário, é um distúrbio de realização. Sabe-se que as crianças com TDAH são capazes de aprender, mas têm dificuldade em se sair bem na escola devido ao impacto que os sintomas do TDAH têm sobre uma boa atuação. Por outro lado, 20% a 30% das crianças com TDAH também apresentam um problema de aprendizagem, o que complica ainda mais a identificação correta e o tratamento adequado. Pessoas que apresentaram sintomas de TDAH na infância demonstraram uma probabilidade maior de desenvolver problemas relacionados com comportamento opositivo desafiador, delinqüência, transtorno de conduta, depressão e ansiedade. Os pesquisadores, no entanto, sugerem que o resultado desastroso apresentado por alguns adolescentes não é uma conseqüência apenas do TDAH mas, antes, uma combinação de TDAH com outros transtornos de comportamento, especialmente nos jovens ligados a atitudes criminosas e abuso de substâncias.

Relatos sobre adultos com TDAH mostram que eles enfrentam problemas sérios de comportamento anti-social, desempenho educacional e profissional pouco satisfatórios, depressão, ansiedade e abuso de substâncias. Infelizmente, muitos adultos de hoje não foram diagnosticados como crianças com TDAH. Cresceram lutando com uma deficiência que, freqüentemente, passou sem diagnóstico, foi mal diagnosticada ou, então, incorretamente tratada.

A maioria dos adultos com TDAH apresenta sintomas muito similares aos apresentados pelas crianças. São freqüentemente inquietos, facilmente distraídos, lutam para conseguir manter o nível de atenção, são impulsivos e impacientes. Suas dificuldades em manejar situações de “stress” levam a grandes demonstrações de emoção. No ambiente de trabalho, é possível que não consigam alcançar boa posição profissional ou status compatível com sua educação familiar ou habilidade intelectual.

Causa
Quando se pensa em TDAH, a responsabilidade sobre a causa geralmente recai sobre toxinas, problemas no desenvolvimento, alimentação, ferimentos ou malformação, problemas familiares e hereditariedade. Já foi sugerido que essas possíveis causas afetam o funcionamento do cérebro e, como tal, o TDAH pode ser considerado um distúrbio funcional do cérebro. Pesquisas mostram diferenças significativas na estrutura e no funcionamento do cérebro de pessoas com TDAH, particularmente nas áreas do hemisfério direito do cérebro, no córtex pré-frontal, gânglios da base, corpo caloso e cerebelo. Esses estudos estruturais e metabólicos, somados a estudos genéticos e sobre a família, bem como a pesquisas sobre reação a drogas, demonstram claramente que o TDAH é um transtorno neurobiológico. Apesar da intensidade dos problemas experimentados pelos portadores do TDAH variar de acordo com suas experiências de vida, está claro que a genética é o fator básico na determinação do aparecimento dos sintomas do TDAH.

Diagnóstico
O diagnóstico do TDAH é um processo de múltiplas facetas. Diversos problemas biológicos e psicológicos podem contribuir para a manifestação de sintomas similares apresentados por pessoas com TDAH. Por exemplo, a falta de atenção é uma das 9 características do processo de depressão. Impulsividade é uma descrição típica de delinqüência.

O diagnóstico de TDAH pede uma avaliação ampla . Não se pode deixar de considerar e avaliar outras causas para o problema, assim, é preciso estar atentos à presença de distúrbios concomitantes (comorbidades). O aspecto mais importante do processo de diagnóstico é um cuidadoso histórico clínico e desenvolvimental. A avaliação do TDAH inclui, freqüentemente, um levantamento do funcionamento intelectual, acadêmico, social e emocional. O exame médico também é importante para esclarecer possíveis causas de sintomas semelhantes aos do TDAH (por exemplo, reação adversa à medicação, problemas de tiróide, etc.) O processo de diagnóstico deve incluir dados recolhidos com professores e outros adultos que, de alguma maneira, interagem de maneira rotineira com a pessoa sendo avaliada. Embora se tenha tornado prática popular testar algumas habilidades como resolução de problemas, trabalhos de computação e outras, a validade dessa prática bem como sua contribuição adicional a um diagnóstico correto continuam a ser analisadas pelos pesquisadores.

No diagnóstico de adultos com TDAH, mais importante ainda é conseguir o histórico cuidadoso da infância, do desempenho acadêmico, dos problemas comportamentais e profissionais. À medida que aumenta o reconhecimento de que o transtorno é permanente durante a vida da pessoa, os métodos e questionários relacionados com o diagnóstico de um adulto com TDAH estão sendo padronizados e se tornando cada vez mais acessíveis.

Tratamento
O tratamento de crianças com TDAH exige um esforço coordenado entre os profissionais das áreas médica, saúde mental e pedagógica, em conjunto com os pais. Esta combinação de tratamentos oferecidos por diversas fontes é denominada de intervenção multidisciplinar. Um tratamento com esse tipo de abordagem inclui:

treinamento dos pais quanto à verdadeira natureza do TDAH e em desenvolvimento de estratégias de controle efetivo do comportamento;
um programa pedagógico adequado;
aconselhamento individual e familiar, quando necessário, para evitar o aumento de conflitos na família;
uso de medicação, quando necessário.
Os medicamentos mais utilizados para o controle dos sintomas do TDAH são os psicoestimulantes; 70% a 80% das crianças e dos adultos com TDAH apresentam uma resposta positiva. Esse tipo de medicamento é considerado “performance enhancer”. Portanto, eles podem, até certo ponto, estimular a performance de todas as pessoas. Mas, em razão do problema específico que apresentam, crianças com TDAH apresentam uma melhora dramática, com redução do comportamento impulsivo e hiperativo e aumento da capacidade de atenção.

O controle do comportamento é uma intervenção importante para crianças com TDAH. O uso eficiente do reforço positivo combinado com punições num modelo denominado “custo de resposta” tem sido uma maneira particularmente bem sucedida de lidar com crianças portadoras do transtorno.

O sucesso na sala de aula freqüentemente exige uma série de intervenções. A maioria das crianças com TDAH pode permanecer na classe normal, com pequenos arranjos na arrumação da sala, utilização de um auxiliar e/ou programas especiais a serem utilizados fora da sala de aula. As crianças com problemas mais sérios exigem salas de aulas especiais.

Os adultos com TDAH apresentam resposta aos estimulantes e outros medicamentos semelhante à das crianças. Eles também podem se beneficiar aprendendo a estruturar seu meio ambiente, desenvolvendo hábitos organizacionais e procurando um aconselhamento profissional. Quando necessário, uma psicoterapia de curto prazo pode ajudar a enfrentar as exigências da vida e os problemas pessoais do momento. Terapias mais prolongadas podem ensinar a mudar comportamentos e a criar estratégias de enfrentamento a pessoas que apresentam uma combinação de TDAH e problemas concomitantes – especialmente depressão.

Aumenta a cada dia o reconhecimento da eficiência dos tratamentos na redução dos sintomas imediatos apresentados por pessoas com TDAH. Os pesquisadores, no entanto, acreditam que somente reduzir os sintomas das crianças com TDAH não traz resultados satisfatórios a longo prazo. Assim, aumenta a consciência de que os fatores que predispõem todas as crianças à uma vida bem sucedida são especialmente importantes para as crianças que apresentam problemas relacionados a distúrbios como o TDAH. Há uma maior aceitação da necessidade de “equilibrar a balança” para as pessoas com TDAH. Portanto, os tratamentos são aplicados para permitir alívio dos sintomas enquanto se trabalha no sentido de assistir a pessoa a construir uma vida bem sucedida. A máxima “tornar as tarefas interessantes e fazer o pagamento valer a pena” parece ser extremamente importante para as pessoas com TDAH.

Escola
Uma sala de aula eficiente para crianças desatentas deve ser organizada e estruturada. A estrutura supõe regras claras, um programa previsível e carteiras separadas. Os prêmios devem ser coerentes e freqüentes. Um programa de reforço baseado em ganho e perda deve ser parte integral do trabalho da classe. A avaliação do professor deve ser freqüente e imediata. Interrupções e pequenos incidentes têm menores conseqüências se ignorados. O material didático deve estar adequado à habilidade da criança. Estratégias cognitivas que facilitam a auto-correção, assim como melhoram o comportamento nas tarefas, devem ser ensinadas. As tarefas devem variar, mas continuar sendo interessantes para os alunos. Os horários de transição, bem como os intervalos e reuniões especiais, devem ser supervisionados. Pais e professores devem manter uma comunicação freqüente. Os professores também precisam estar atentos à qualidade de reforço negativo do seu comportamento. As expectativas devem ser adequadas ao nível de habilidade da criança e deve-se estar preparado para mudanças.

Os professores devem ter conhecimento do conflito incompetência x desobediência, e aprender a discriminar entre os dois tipos de problema. É preciso desenvolver um repertório de intervenções para poder atuar eficientemente no ambiente da sala de aula de uma criança com TDAH. Essas intervenções minimizam o impacto negativo do temperamento da criança. Um segundo repertório de intervenções deve ser desenvolvido para educar e melhorar as habilidades deficientes da criança com TDAH.

Sugestões para Intervenções do Professor
Há uma grande variedade de intervenções específicas que o professor pode fazer para ajudar a criança com TDAH a se ajustar melhor à sala de aula:

1. Proporcionar estrutura, organização e constância (exemplo: sempre a mesma arrumação das cadeiras ou carteiras, programas diários, regras claramente definidas)

2. Colocar a criança perto de colegas que não o provoquem, perto da mesa do professor, na parte de fora do grupo.

3. Encorajar freqüentemente, elogiar e ser afetuoso, porque essas crianças desanimam facilmente. Dar responsabilidades que elas possam cumprir faz com que se sintam necessárias e valorizadas. Começar com tarefas simples e gradualmente mudar para mais complexas.

4. Proporcionar um ambiente acolhedor, demonstrando calor e contato físico de madeira equilibrada e, se possível, fazer os colegas também terem a mesma atitude.

5. Nunca provocar constrangimento ou menosprezar o aluno.

6. Proporcionar trabalho de aprendizagem em grupos pequenos e favorecer oportunidades sociais.Grande parte das crianças com TDAH consegue melhores resultados acadêmicos, comportamentais e sociais quando no meio de grupos pequenos.

7. Comunicar-se com os pais. Geralmente, eles sabem o que funciona melhor para o seu filho.

8. Ir devagar com o trabalho. Doze tarefas de 5 minutos cada uma traz melhores resultados do que duas tarefas de meia hora. Mudar o ritmo ou o tipo de tarefa com freqüência elimina a necessidade de ficar enfrentando a inabilidade de sustentar a atenção, e isso vai ajudar a auto-percepção.

9. Favorecer oportunidades para movimentos monitorados, como uma ida à secretaria, levantar para apontar o lápis, levar um bilhete para o professor, regar as plantas ou dar de comer ao mascote da classe.

10. Adaptar suas expectativas quanto à criança, levando em consideração as deficiências e inabilidades decorrentes do TDAH. Por exemplo, se o aluno tem um tempo de atenção muito curto, não esperar que ele se concentre em apenas uma tarefa durante todo o período da aula.

11. Recompensar os esforços, a persistência e o comportamento bem sucedido ou bem planejado.

12. Proporcionar exercícios de consciência e treinamento dos hábitos sociais da comunidade. Avaliação freqüente sobre o impacto do comportamento da criança sobre ela mesma e sobre os outros ajuda bastante.

13. Favorecer freqüente contato aluno/professor. Isto permite um “controle” extra sobre a criança com TDAH, ajuda-a a começar e continuar a tarefa, permite um auxílio adicional e mais significativo, além de possibilitar oportunidades de reforço positivo e incentivo para um comportamento mais adequado.

14. Colocar limites claros e objetivos; ter uma atitude disciplinar equilibrada e proporcionar avaliação freqüente, com sugestões concretas e que ajudem a desenvolver um comportamento adequado.

15. Assegurar que as instruções sejam claras, simples e dadas uma de cada vez, com um mínimo de distrações.

16. Evitar segregar a criança que talvez precise de um canto isolado com biombo para diminuir o apelo das distrações; fazer do canto um lugar de recompensa para atividades bem feitas em vez de um lugar de castigo.

17. Desenvolver um repertório de atividades físicas para a turma toda, como exercícios de alongamento ou isométricos.

18. Estabelecer intervalos previsíveis de períodos sem trabalho que a criança pode ganhar como recompensa por esforço feito. Isso ajuda a aumentar o tempo da atenção concentrada e o controle da impulsividade através de um processo gradual de treinamento.

19. Reparar se a criança se isola durante situações recreativas barulhentas. Isso pode ser um sinal de dificuldades de coordenação ou auditivas que exigem uma intervenção adicional.

20. Preparar com antecedência a criança para as novas situações. Ela é muito sensível em relação às suas deficiências e facilmente se assusta ou se desencoraja.

21. Desenvolver métodos variados utilizando apelos sensoriais diferentes (som, visão, tato) para ser bem sucedido ao ensinar uma criança com TDAH. No entanto, quando as novas experiências envolvem uma miríade de sensações (sons múltiplos, movimentos, emoções ou cores), esse aluno provavelmente irá precisar de tempo extra para completar sua tarefa.

22. Não ser mártir! Reconhecer os limites da sua tolerância e modificar o programa da criança com TDAH até o ponto de se sentir confortável. O fato de fazer mais do que realmente quer fazer traz ressentimento e frustração.

23. Permanecer em comunicação constante com o psicólogo ou orientador da escola. Ele é a melhor ligação entre a escola, os pais e o médico.

Prognóstico
Crianças com TDAH estão sujeitas ao fracasso escolar, a dificuldades emocionais e a um desempenho significativamente negativo como adultos quando comparadas a seus colegas. No entanto, a identificação precoce do problema, seguida de tratamento adequado, tem demonstrado que essas crianças podem vencer os obstáculos.

O tópico TDAH provavelmente continuará sendo o mais amplamente pesquisado e debatido nas áreas da saúde mental e desenvolvimento da criança. Coisas novas acontecem a cada dia. O Instituto Nacional de Saúde Mental acaba de completar um estudo multidisciplinar de 5 anos sobre tratamento de TDAH que proporciona uma série de respostas mais abrangentes sobre o diagnóstico, tratamento e desenvolvimento de pessoas portadoras de TDAH. Os estudos sobre genética molecular possivelmente cheguem a identificar o gene relacionado com esse distúrbio.

Com a crescente conscientização e compreensão da comunidade em relação ao impacto significativo que os sintomas do TDAH têm sobre as pessoas e suas famílias, o futuro parece mais promissor.



* Sam Goldstein é psicólogo, diretor do Centro de Neurologia, Aprendizagem e Comportamento em Salt Lake City, Utah, USA, autor de inúmeros livros sobre TDAH.

créditos:http://www.hiperatividade.com.br/article.php?sid=14#tratamento

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Trabalho - Higiene e Segurança Alimentar


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EFA - STC - Texto - Migrações - Sociedade, Tecnologia e Ciência


Desde a época dos descobrimentos que o fenómeno emigratório é uma das constantes da História de Portugal.
Apesar disto o maior movimento emigratório português correspondeu ao período entre 1966 e 1972. Nos primeiros anos assistiu-se a uma emigração clandestina em que os homens emigravam em busca de sustento para a família, só alguns anos mais tarde as famílias se viriam a juntar a estes. A grande vaga de emigração deste período ficou a dever-se a diversos factores: o acentuado atraso económico do nosso país, em especial do mundo rural e da industrialização, a guerra colonial, as perseguições políticas e os elevados salários auferidos noutros países europeus.
Os destinos preferidos passaram a ser os países industrializados da Europa Ocidental e Central, com destaque para a França e a República Federal Alemã. Estes países que, após a 2ª Guerra Mundial, entraram numa fase de prosperidade e de expansão da sua economia, necessitavam de mão-de-obra barata para a indústria, construção civil e serviços pouco qualificados. Também emigraram para a América.
As consequências deste elevado fluxo migratório foram várias, de que se destacam: o envelhecimento da população portuguesa, o agravamento da crise agrícola e o aumento da importação de bens essenciais. Se, por um lado, a emigração trouxe estes inconvenientes, também teve aspectos positivos. Os próprios emigrantes viram melhoradas as condições de vida das suas famílias, e contribuíram também para modernizar as suas aldeias. Ao mesmo tempo, o País saiu beneficiado com as remessas dos emigrantes em divisas estrangeiras que, juntamente com as receitas do turismo, se tornaram indispensáveis ao equilíbrio da balança comercial deficitária e ajudaram a dinamizar a economia nacional.
A partir de 1973, a emigração permanente diminuiu. As principais causas, a nível internacional, foram a crise económica (provocada pela crise do petróleo) e a modernização das diversas actividades económicas, que deram origem ao aumento do desemprego, levando os países receptores a impor restrições à imigração. A nível nacional, a Revolução de 25 de Abril de 1974 contribuiu também para o decréscimo da emigração por causa do fim da guerra colonial, da democratização da sociedade portuguesa e da abertura da nossa economia ao exterior. Estes factores criaram novas expectativas, relativamente à melhoria das condições de vida em Portugal.
Actualmente, muitos portugueses emigram, temporariamente, para países como a Alemanha, a Suíça ou a França onde trabalham, sobretudo, na construção civil, na hotelaria e na agricultura. Também há portugueses que trabalham temporariamente no estrangeiro, como representantes de Portugal nas instituições comunitárias (UE), além dos arquitectos e técnicos de construção que exercem funções em alguns países do Médio Oriente ou nas antigas colónias portuguesas (sobretudo em Angola, Guiné e Moçambique).
Com a internacionalização de muitas empresas portuguesas, existem também quadros dirigentes e profissionais qualificados que vão trabalhar para outros países.
Portugal continua a ser um país de emigrantes, principalmente temporários, mas também nos transformámos num país de imigrantes. As comunidades imigrantes mais numerosas são as dos países de leste (ucranianos, moldavos, russos, romenos), de expressão portuguesa e da China.

3ºAno - Estudo do Meio - Ficha de Trabalho


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