quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Powerpoint - Energia da Biomassa


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Notícia - Lua atrapalha observação da melhor chuva de estrelas do ano

A chuva de estrelas originada pelas Perseidas vai alcançar nesta madrugada de sábado a intensidade máxima. O único problema é a Lua, que por estar quase cheia, vai dificultar a observação dos meteoritos que atravessam a atmosfera da Terra.

Todos os anos o fenómeno das Perseidas acontece durante Agosto, quando a Terra atravessa uma região do espaço cheia de material deixado pelo cometa Swift-Tuttle, que faz uma órbita a cada 133 anos.

No céu, estes meteoritos pareciam cair inicialmente da constelação Perseus, que deu o nome a esta chuva de estrelas, actualmente o ponto de origem fica mais perto da Cassiopeia.

Há mais chuvas de estrelas em outros períodos do ano, mas a das Perseidas atinge uma frequência maior do que qualquer outra chuva, com uma média de 90 meteoritos a cair por hora, de acordo com o site Space.com.

Os conselhos para ir ver a chuva de estrelas são os mesmos de sempre: roupa para a noite, um encosto confortável, um local longe da poluição visual das cidades e paciência. Impossível vai ser fugir à luz da Lua que vai estar praticamente cheia e, por isso, vai dificultar a observação dos meteoritos.

Conteúdo - Grécia Antiga 1


A filosofia antiga teve início no século VI a.C. e se estendeu até a decadência do império romano no século V d.C. Pode-se dividi-la em quatro períodos: 
(1) o período dos pré-socráticos; 
(2) um período humanista, em que Sócrates e os sofistas trouxeram as questões morais para o centro do debate filosófico; 
(3) o período áureo da filosofia em Atenas, em que despontaram Platão e Aristóteles; 
(4) e o período helenístico. Às vezes, se distingue um quinto período, que compreende os primeiros filósofos cristãos e os neoplatonistas. Os dois autores mais importantes da filosofia antiga em termos de influência posterior foram Platão e Aristóteles.

Os primeiros filósofos gregos, geralmente chamados de pré-socráticos, dedicaram-se a especulações sobre a constituição e a origem do mundo. O principal intuito desses filósofos era descobrir um elemento primordial, eterno e imutável que fosse a matéria básica de todas as coisas. Essa substância imutável era chamada de physis (palavra grega cuja tradução literal seria natureza, mas que na concepção dos primeiros filósofos compreendia a totalidade dos seres, inclusive entidades divinas), e, por essa razão, os primeiros filósofos também foram conhecidos como os physiologoi (literalmente “fisiólogos”, isto é, os filósofos que se dedicavam ao estudo da physis). A questão da essência material imutável foi a primeira feição assumida por uma inquietação que percorreu praticamente toda a filosofia grega. Essa inquietação pode ser traduzida na seguinte pergunta: existe uma realidade imutável por trás das mudanças caóticas dos fenômenos naturais? Já os próprios pré-socráticos propuseram respostas extremas a essa pergunta. Parmênides de Eleia defendeu que a perene mutação das coisas não passa de uma ilusão dos sentidos, pois a razão revelaria que o Ser é único, imutável e eterno. Heráclito de Éfeso, por outro lado, defendeu uma posição diametralmente oposta: a própria essência das coisas é mudança, e seriam vãos os esforços para buscar uma realidade imutável.

Tais especulações, que combinavam a oposição entre realidade e aparência com a busca de uma matéria primordial, culminaram na filosofia atomista de Leucipo e Demócrito. Para esses filósofos a substância de todas as coisas seriam partículas minúsculas e invisíveis – os átomos – em perene movimentação no vácuo. E os fenómenos que testemunhamos quotidianamente são resultado da combinação, separação e recombinação desses átomos.

A teoria de Demócrito representou o ápice da filosofia da physis, mas também o seu esgotamento. As transformações sociopolíticas, especialmente em Atenas, já impunham novas demandas aos sábios da época. A democracia ateniense solicitava novas habilidades intelectuais, sobretudo a capacidade de persuadir. É nesse momento que se destacam os filósofos que se dedicam justamente a ensinar a retórica e as técnicas de persuasão – os sofistas. O ofício dessa nova espécie de filósofos trazia como pressuposto a ideia de que não há verdades absolutas. O importante seria dominar as técnicas da boa argumentação, pois, dominando essas técnicas, o indivíduo poderia defender qualquer opinião, sem se preocupar com a questão de sua veracidade. De fato, para os sofistas, a busca da verdade era uma pretensão inútil. A verdade seria apenas uma questão de aceitação coletiva de uma crença, e, a princípio, não haveria nada que impedisse que o que hoje é tomado como verdade, amanhã fosse considerado uma tolice.

O contraponto a esse relativismo dos sofistas foi Sócrates. Embora partilhasse com os sofistas certa indiferença em relação aos valores tradicionais, Sócrates dedicou-se à busca de valores perenes. Sócrates não deixou nenhum registro escrito de suas ideias. Tudo o que sabemos dele chegou-nos através do testemunho de seus discípulos e contemporâneos. Segundo dizem, Sócrates teria defendido que a virtude é conhecimento e as faltas morais provêm da ignorância. O indivíduo que adquirisse o conhecimento perfeito seria inevitavelmente bom e feliz. Por outro lado, essa busca simultânea do conhecimento e da bondade deve começar pelo exame profundo de si mesmo e das crenças e valores aceites acriticamente. Segundo contam, Sócrates foi um inquiridor implacável e fez fama por sua habilidade de levar à exasperação os seus antagonistas. Ao concidadão que se dizia justo, Sócrates perguntava “O que é a justiça?”, e depois se dedicava a demolir todas as tentativas de responder à pergunta.

Powerpoint - Qualidade, Higiene e Segurança Alimentar


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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Notícia - Gigante dos mares já navega

Quando for lançado, no final de 2009, o ‘Oasis of the Seas’ será o maior navio de cruzeiros do Mundo, com 16 andares, 220 mil toneladas (a mesma do que a dos ‘Queen Mary 2’ e ‘Queen Elizabeth’ juntos) e capacidade para 5400 hóspedes, com base na ocupação dupla de suas 2700 cabinas.

Este Golias dos mares, da Royal Caribbean, com 361 metros de comprimento e 72 de altura, acabou de sair da doca seca dos estaleiros finlandeses de Turku com mais de 65% da sua construção já completada. Vai estar, durante um ano, a ser alvo de trabalhos de interiores e de decoração, sendo o primeiro a lançar um novo conceito de navios com praças temáticas distintas para que os hóspedes tenham experiências únicas, de acordo com o estilo, estado de espírito e preferências.

Entre as suas atracções está um parque de vegetação tropical ao ar livre do tamanho de um campo de futebol. Baptizada ‘Central Park’, a floresta será equipada com modernos equipamentos de controlo das condições ambientais, sistemas de irrigação e drenagem. Para além da arquitectura e design, muita engenharia vai a bordo.

Actualmente, os transatlânticos não possuem motores propulsores dentro do navio com eixos gigantes atravessando metade do navio: os motores são eléctricos e ficam dentro de casulos fora do navio totalmente submersos na água. Isso diminui muito a vibração e o barulho causado pela rotação do eixo. Geradores diesel, dentro do navio, fornecem energia eléctrica aos motores propulsores. Alguns ou todos os casulos podem girar 360º e com esse sistema não há necessidade de lemes. Pequenas hélices na proa, juntamente com os casulos giratórios, dispensam o uso de rebocadores nos portos.

Por outro lado, dois estabilizadores hidrodinâmicos em cada lado do navio são usados para reduzir drasticamente o balanço do mar, funcionando como nos submarinos e aviões e são controlados por computador. Podem ser estendidos ou girados rapidamente: quando o mar levanta o navio, eles giram de modo a que a força da água force o navio para baixo e vice-versa.

PORMENORES
Entre 91 mil sugestões para o nome do novo gigante, ganhou a de um norte-americano, baptizando também toda a linha de cruzeiros: Oasis Class.

Os estabilizadores, o peso e o comprimento do navio fazem com que o passageiro quase não perceba o balanço do mar.

Neste projecto foi adaptado o conceito de equipar o navio com várias praças públicas.

Uma espaço importante é especialmente reservado às crianças e adolescentes.

O ‘Oasis of the Seas’ é muito mais do que uma embarcação, é uma colecção de experiências surpreendentes que desafiam todas as limitações. Poder-se-á dizer que a capaciGigante dos mares já navegadade de imaginar não teve limites...

BILHETE DE IDENTIDADE

Proprietário: Royal Caribbean

Peso: 220 000 toneladas

Altura: 65 metros

Largura: 47 metros

Comprimento: 361 metros

Velocidade de cruzeiro: 20 nós (37 km/h)

Potência de saída: 60 mw

Calado: 9 metros

Mário Gil

Vídeo - A minha Fé é a minha Cultura - Fotógrafo Carlos Júnior

Conteúdo - Documento sobre a mulher do renascimento Inglês segundo a escolástica e a tradição medieval


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Powerpoint com Legislação sobre Gestão de Resíduos no Sector Automóvel


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Vídeo - Lição 3 - Obstrução da Via Aérea

Higiene e Segurança no Trabalho - Trabalhos em Altura com Andaimes de Pés Fixos


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terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Biografia - Adam Riese

1492 - 1559

Matemático algebrista alemão nascido em Staffelstein am Main, conhecido pelo uso pioneiro de cálculos em números arábicos em vez da utilização dos ábacos, introduzindo a matemática com algarismos indo-arábicos no Ocidente, e também conhecido como O grande, pelo trabalho desenvolvido na área da matemática computacional. Trabalhando como engenheiro civil em uma empresa de mineração saxônica, escreveu uma série de livros aritméticos comerciais populares empregando métodos computacionais com algarismos indo-arábicos em vez dos contadores tradicionais, como Rechenung auff der Linihen (1518) e o Rechenung auff der Linihen und Federn (1522), tornando-se o mais famoso e o mais influente aritmético alemão do século XVI. Aprofundando-se em álgebra escreveu seu célebre livro no assunto, Die coss (1524), onde manipulou algebricamente expressões quadráticas e e que apenas foi impresso quatro séculos depois (1922). Morreu em Annaberg im Erzgebirge.

Notícia retirada daqui

Powerpoint - Organização e o Ambiente


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Vídeo - Lição 4 - Desmaio

Higiene e Segurança no Trabalho - Trabalhos com Escadas Portáteis


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Biografia - Miguel Torga

Conheci Miguel Torga em Coimbra. Encontrava-o muitas vezes no eléctrico carreira nº 3, quando ambos regressávamos dos nossos respectivos trabalhos, nos anos 70, rumo à parte alta da cidade.

Médico que sempre foi a par de escritor, terminava as consultas no seu consultório no Largo da Portagem, 45 e eu já apanhara o mesmo eléctrico duas paragens antes, na Av. Fernão de Magalhães onde trabalhava então, na Federação dos Grémios da Lavoura da Província da Beira Litoral, num prédio emblemático, todo forrado a azulejos amarelos, que felizmente ainda não sofreu a voragem das demolições, mesmo junto à estação dos caminhos-de-ferro, mais conhecida em Coimbra por Estação Nova.
O meu pai, Manuel de Paiva Boléo, foi professor da Universidade de Coimbra na Faculdade de Letras e, desde sempre, na minha família se falou de Miguel Torga, também porque a mulher do escritor, Andrée Crabbé Rocha também professora de Letras cruzava-se com o meu pai na faculdade. Uma irmã minha, amiga do Leandro Morais Sarmento morava ao lado de Miguel Torga e passavam lá muitos fins de tarde a conversar. Lembro-me da minha irmã comentar que lhe parecia Miguel Torga ter uma grande angústia perante a morte, o que é patente no seu «Diário».
A admiração e o conhecimento da obra de Miguel Torga eram partilhados na minha família, onde a minha mãe nos recitava «Herodes» “o tal das tranças” lá na Judeia que foi para o Inferno “só porque não gostava de crianças” e outros textos.
Como é sabido Miguel Torga não era uma pessoa muito dada, mas eu várias vezes meti conversa com ele, até porque era temas não faltavam dado vivermos na mesma cidade. Mais de uma vez fiquei ao seu lado no tal eléctrico, e, se muitas pessoas o conheciam, muitas mais naquela carreira ignoravam quem era aquele senhor, de faces magras, como que esculpidas em rocha, com um tom de pela escura e um olhar penetrante. Com o tempo muitas mais sabiam que ele era um escritor de repercussão mundial e uma das glórias de Coimbra, embora ali não tenha nascido.
Mais tarde, nos anos 90, conheci em Lisboa uma japonesa que foi professora de literatura portuguesa numa universidade de Tóquio e que traduziu vários textos de Miguel Torga para japonês. Chama-se Takiko Okamura e é muito conhecida no meio literário português, porque já foi bolseira do Instituto Camões e penso que da Gulbenkian e que além de Torga já traduziu José Cardoso Pires e «Os Lusíadas» para japonês e publicou há escassos anos (2003, salvo erro) uma bem documentada biografia de Wenceslau de Morais, em japonês. A professora Takiko admirava muito Miguel Torga com quem esteve na sua terra natal mais de uma vez e com quem tirou fotografias, que me mostrou.
A religiosidade de Torga que perpassa pela sua obra é tão autêntica, percebe-se que foi forjada na vida dura que levou em criança, na relação próxima entre o céu e a terra. Mais tarde, no Brasil em casa do tal tio que o obrigava a trabalhos duros, a imensidão da natureza e quantas vezes não se terá interrogado sobre o que afinal fazemos neste mundo e um Deus que nem sempre nos parece magnânimo, perante tanta rudeza que nos rodeia, nas relações humanas e da paisagem agreste.
Adolfo Correia Rocha, nasceu a 12 de Agosto (dia de Santa Clara) de 1907 em S. Martinho de Anta, numa pequena aldeia de Trás-os-Montes, distrito de Vila Real. Filho de camponeses pobres, o pequeno Adolfo foi sempre muito chegado à mãe por quem nutria uma enorme afeição, como ele próprio diria em «A Criação do Mundo». Eram três irmãos. Em 1913 Adolfo Rocha terminou a escola primária com o Sr. Botelho, a quem Miguel Torga dirá que deveu muito da sua formação.

«Um mundo! Um nunca acabar de terra grossa, fragosa, bravia, que tanto se levanta a pino num ímpeto de subir ao céu, como se afunda nuns abismos de angústia, não se sabe por que telúrica contrição»

Miguel Torga, pseudónimo que escolheu por duas razões: Miguel por ser o nome próprio de dois mestres da língua castelhana como Cervantes (1547-1616) e Unamuno (1864-1936) grandes escritores também preocupados com a alma humana. E Torga de «torgas» urzes que florescem nas terras transmontanas, cor de vinho, com profundas raízes bem metidas nas rochas. Que melhor nome poderia ter escolhido? Não é ele também uma rocha, até no nome? 
Adolfo terminou a 4ª classe com distinção e o pai percebeu que devia continuar a estudar, o que era raro na época nos meios rurais. Escapou assim à vida no campo e à enxada, que trocaria pela caneta. O pai ofereceu-lhe um cavaquinho quando terminou a 4ª classe e por não ter posses para o poder mandar estudar disse-lhe: «tens de escolher ou o Seminário ou o Brasil»
Adolfo Rocha esteve um ano no Seminário de Lamego, mas aos 13 anos (em 1920) optou pelo Brasil tendo ido para casa de um tio – fazenda de Santa Cruz, no Estado de Minas Gerais. Ali a vida do futuro escritor não foi fácil: mungir as vacas, cujo leite era o alimenta da casa, tratar dos porcos, ir ao moinho, ir a cavalo buscar o correio longe da fazenda, fazer a escrita e tudo o mais que fosse preciso. Foram dias de inferno para o jovem Adolfo, não tanto pelo trabalho, mas porque os tios lhe não dedicavam grande afecto, e ele que adorava a mãe, sentia fortemente a sua ausência.
Em 1925, como recompensa pelo trabalho de cinco anos o tio anuncia-lhe que lhe paga os estudos num colégio em Coimbra. Fez em três anos o liceu que era de sete.
Em 1928 entrou para o curso de medicina. Escreveu o primeiro livro de versos «Ansiedade» e em 1929 dá-se com o grupo da revista «Presença», onde pontoavam José Régio, Branquinho da Fonseca e João Gaspar Simões, mas cedo o individualismo de Torga o afasta do grupo.
É a altura em que o jovem estudante de medicina e literato lê os grandes nomes da literatura mundial: Gide, Dostoievski, Ibsen, Proust, Jorge Amado, Cecília Meireles, etc. Em 1930 publica «Rampa». «Tributo» e «Pão Ázimo» em 1931.
Em 1932 começou a publicar o que seriam dezasseis volumes do «Diário».
Acaba a licenciatura em 1933 e passa a exercer a sua especialidade de clínica geral, na sua terra natal e em Vila Nova de Miranda do Corvo, mas cedo se radica em Coimbra.
Em 1934 usa pela primeira vez o pseudónimo que o imortalizaria – Miguel Torga, em «A Terceira Voz».
Escreve, em 11 de Dez de 1934, o poema «Prece»:

«Senhor deito-me na cama/Coberto de sofrimento;/ E a todo o comprimento/Sou sete palmos de lama:/Sete palmos de excremento/Da terra-mãe que me chama./Senhor, ergo-me do fim/Desta minha condição:/Onde era assim, digo não,/Onde era não, digo sim;/Mas não calo a voz do chão/Que grita dentro de mim./Senhor acaba comigo/Antes do dia marcado;/O tiro de um inimigo.../Qualquer pretexto tirado/Dos sarcasmos que te digo.» 

Em 1937 escreve «A Criação do Mundo» iniciando uma autobiografia ficcionada. Viaja pela Europa: França, Itália, Bélgica, Espanha e por Portugal e colabora na Revista de Portugal dirigida pelo escritor Vitorino Nemésio. Escreve «Peregrinação»

«Corro o mundo à procura dum poema/Que perdi não sei quando, nem sei onde./Chamo por ele, e a voz que me responde/Tem o timbre da minha, desbotado./Às vezes no mar largo ou no deserto/Parece-me que sim, que o sinto perto/Da inspiração;/Mas sigo afoito em cada direcção/E é o vazio passado/Acrescentado.../Areia movediça ou solidão./Teimoso lutador, não desanimo/Olho o monte mais alto e subo ao cimo,/ A ver se ao pé do céu sou mais feliz./Mas aí nem sequer ouço o que digo;/O silêncio de Orfeu vem ter comigo/E nega os versos que afinal não fiz.»

Adolfo Rocha/Miguel Torga chegou a ter, em 1939, um consultório em Leiria, mas passava os fins-de-semana em Coimbra, com professores e intelectuais como Paulo Quintela e Vitorino Nemésio em casa de quem conheceu a futura mulher – Adrée Crabbé, de apelido, por casamento, Rocha.
Um texto de Miguel Torga sobre a guerra civil espanhola levou-o à prisão, onde esteve três meses. Casou em 27 de Julho de 1940.
Em 1941 abriu consultório de médico em Coimbra, no Largo da Portagem, com vista sobre o Mondego – a «sua» janela para o mundo.
Escreve os célebres contos «Montanha» (mais tarde com o título «Contos da Montanha» apreendido pela Censura. Começa a escrever o seu célebre «Diário».
Miguel Torga fez edições de autor, porque se recusava a entregar os textos previamente à Censura, como era obrigatório na época e porque, dizem os que o conheceram de perto que era extremamente económico.
O seu romance «O Senhor Ventura» data de 1943, mais tarde será transposto para o cinema e foi um dos primeiros a ser traduzido para o chinês, há poucos anos. Penso que também foi traduzido pela Takiko Okamura, de que falei, para japonês.
A sua vida literária decorre com regulares edições. A mulher completa o doutoramento em 1947. A filha nasceu em 1955.
Em 1954 recusou um prémio literário atribuído por ocasião das comemorações do Centenário de Almeida Garrett.
Em 1960 o prof. Jean-Baptiste Aquarone (da Faculdade de Letras de Universidade de Montpelier) propõe Miguel Torga para prémio Nobel da Literatura. O escritor recebe em 1969 o Prémio Literário Diário de Notícias.
Com o 25 de Abril de 1974 escreveu no Diário XII: 

«Golpe Militar. Assim eu acreditasse nos militares. Foram eles que durante macerados cinquenta anos pátrios, nos prenderam, nos censuraram, nos apreenderam e asseguraram com as baionetas o poder à Tirania. Quem poderá esquecê-lo. Mas pronto de qualquer maneira é um passo. Oxalá não seja duradoiramente de parada...»

Em 1976 foi-lhe atribuído o Grande Prémio Internacional de Poesia da XII Bienal de Knokke-Heist (Bélgica). Dois anos depois foi de novo proposto para prémio Nobel. Em 1978 a Fundação Calouste Gulbenkian prestou-lhe homenagem nos 50 anos de carreira literária. Em 1980 recebeu o Prémio Morgado de Mateus, ex-equo com o escritor brasileiro Carlos Drummond de Andrade.
A 10 de Junho de 1989 o júri do Prémio Camões dá-lhe esse prestigiado galardão e, em Janeiro de 1991, a revista «Le Cheval de Troie» dedica-lhe um número especial. É mais uma vez nomeado para o Nobel da Literatura pela Associação Portuguesa de Escritores.
Em 1993 publica o 16º vol. de «Diário». O último onde escreve o poema «Requiem por mim»
A 17 de Janeiro de 1995, às 12,33 minutos deixa este mundo.
Fiquemos com estas suas palavras:

«Ser livre é um imperativo que não passa pela definição de nenhum estatuto. Não é um dote, é um Dom». 

Biografia retirada daqui

Notícia - Turismo em Portugal - Drave (Arouca)


Rodeado de altos montes, Drave é um lugar mítico. A visão que do estradão se tem do povoado lá no fundo, é surpreendente. O Solar dos Martins e a capelinha dedicada à Nossa Senhora da Saúde destacam-se do ondular dos montes, uns atrás dos outros, a recortar-se da luz do poente, é sublime. Sublime é também a perspectiva que a seguir se tem do Vale de Paivô.

Informação retirada daqui

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Desenhos para colorir - Inverno


EFA - STC - DR3 - Ficha de Trabalho nº11 - Exportação de Resíduos - Sociedade, Tecnologia e Ciência


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Livro de Valter Hugo Mãe fica no Plano Nacional de Leitura apenas para o secundário


O romance O Nosso Reino, de Valter Hugo Mãe, que gerou polémica pelas passagens de cariz sexual, sairá das leituras recomendadas no 3.º ciclo pelo Plano Nacional de Leitura (PNL) para constar apenas do secundário, disse o comissário Fernando Pinto do Amaral, nesta segunda-feira.


“Não está em causa a sua qualidade literária, o que houve foi um problema de inserção na lista. O livro entrou no 3.º ciclo por lapso, porque foi escolhido para o secundário”, explicou o comissário do PNL. São centenas de livros e dezenas de listas que integram o PNL, pelo que é normal que ocorram erros deste tipo, explicou o responsável, exemplificando com um caso semelhante que aconteceu há uns anos com um livro da escritora Alice Vieira.

De qualquer forma, o poeta desvaloriza a polémica, explicando que não se trata de uma obra de cariz erótico, mas de um livro com memórias de infância e que tem umas passagens com conteúdo sexual, que apareceram descontextualizadas da narrativa. Assim, o livro continuará a integrar o PNL, mas na lista das leituras recomendadas para alunos do secundário.

O Nosso Reino estava nas listas dos livros de leitura recomendada para o 3.º ciclo do ensino básico, que abrange 7.º, 8.º e 9.º anos, portanto, alunos com idades compreendidas entre os 12 e os 15 anos.

A polémica surgiu quando pais de alunos do 8.º ano da Escola Secundária Pedro Nunes, em Lisboa, que leram o livro nas férias do Natal, se aperceberam do seu conteúdo e protestaram.

A decisão de passar o livro para as listas do secundário foi tomada após uma reunião na tarde desta segunda-feira com a comissão de especialistas que seleccionam os livros. Contudo, Fernando Pinto do Amaral sublinhou que esta decisão não foi uma “reacção” à polémica, mas sim a correcção de um lapso, que entretanto foi detectado.

Informação retirada daqui

Vídeo - Autismo - Tenho um irmão autista