quarta-feira, 22 de março de 2017

Powerpoint - Sistemas Operativos


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Biografia - Abu Bakr Muhammed ibn Zakariya al-Razi, latin

Filósofo radical e talentoso médico persa nascido em Ravy, próximo a Teerã, na Pérsia. Escreveu sobre quase todos os aspectos da medicina e, entre numerosos trabalhos sobre medicina, o mais importante foi al-Hawi (O Livro Compreensivo, ou Liber continens, como se tornou conhecido na Europa medieval), uma enorme enciclopédia sobre medicina, originalmente em 20 volumes, dos quais 10 sobreviveram. Nele se encontrava quase tudo sobre a medicina Grega, Síria e Arábica e estavam incluídos, virtualmente, todos os tópicos sobre a importância da medicina. Suas experiências pessoais e observações como médico fizeram de al-Hawi um marco extraordinário na história da medicina. Escreveu De Variolis et Morbillis (870), em que descreveu sistematicamente as diferenças entre varíola e sarampo. Exerceu a medicina com brilhantismo em Ravy e depois em Bagdá. Escreveu um livro, hoje desaparecido, sobre os truques dos profetas, onde justificava sua descrença em milagres e pregava a nocividade das religiões. Defendia a igualdade entre os homens bem como que estes não tinham necessidade de uma disciplina religiosa durante suas vidas. Para ele homens como Hipócrates e Euclides eram muito mais importantes que qualquer líder religioso. Escreveu muitos manuais de medicina que lhe valeram grande reputação como médico e também fez importantes contribuições para alquimia e filosofia, embora a maioria destes trabalhos estejam perdidos, mas suas opiniões em outras áreas, em função do seu radicalismo, valeram-lhe muita impopularidade. Classificou os materiais usados pelos alquimistas em: corpos (metais), pedras, vitríolos, bóraxes, sais e espíritos, estes os sublimáveis tais como mercúrio, enxofre, ouro-pigmento, realgar ou sulfeto de amônio e sal amoníaco ou cloreto de amónio. Seus escritos influenciaram fortemente o mundo islâmico tanto quanto a Europa Ocidental na Idade média. Conceituava-se como um antiaristoteliano, admirador de Platão e receptivo a teoria atômica da matéria e faleceu em sua cidade natal.

Notícia retirada daqui

Biografia - Marie Curie


(1867 - 1934) Física polaca nascida em Varsóvia e naturalizada francesa, famosa pesquisadora e criadora do termo radioatividade, juntamente com o marido. Bela filha de um modesto professor secundarista, aos dezessete anos arranjou um emprego e, assim, conseguiu economizar para ir para Paris (1891), matriculando-se na Sorbone, onde dois anos mais tarde formou-se em física e em matemática (1894). Trabalhando no laboratório de pesquisas de Gabriel Lippmann, conheceu o cientista francês (1894) Pierre Curie, com quem casaria no ano seguinte, formando o mais famoso casal de cientistas da história. Com dois diplomas universitários (1897) e uma bolsa de estudos, publicou seu primeiro trabalho importante, Investigações sobre as propriedades magnéticas do aço temperado. Apresentou no Congresso de Física de Paris (1900) as suas descobertas do polônio e do rádio. Ganharam a medalha Davy da Sociedade Real de Londres (1903) e o Prêmio Nobel de Física, dividindo-o com Antoine Becquerel, por suas descobertas no campo da radioatividade.

Nasceu sua segunda filha (1904), Eva, que se tornaria sua biógrafa. Ganhou a cátedra de física (1906) da Faculdade de Ciências de Sorbonne, após a morte de Pierre em um acidente de trânsito, tornando-se a primeira mulher a ocupar tal cargo na França. Publicou Traité sur la radiografie (1910), em que sintetizou as pesquisas realizadas com seu marido, e seu aluno Langevin. Recebeu pela segunda vez (1911), um Prêmio Nobel, agora de Química, por conseguir isolar o rádio metálico puro. Foi eleita (1922) membro da Academia de Medicina de Paris, justa homenagem por suas atividades na medicina experimental.

Durante a primeira guerra mundial, com a ajuda da filha Irène, devotou-se ao desenvolvimento das técnicas da radiografia. Foi também ela quem primeiro percebeu a necessidade de acumular fontes de radioatividade intensa para o tratamento de doenças e para realizar pesquisas de física nuclear. A formação de reservas por ela incentivada foi decisiva até o aparecimento dos aceleradores de partículas (1930).

Morreu em 4 de julho (1934), perto de Sallanches, França, de leucemia provocada por anos de exposição à radioatividade sem nenhuma proteção. Em honra ao casal Curie, o elemento químico de número atômico 96 foi batizado com o nome de cúrio e a unidade de medida da radioatividade chamou-se curie. Sua primeira filha, Irène Joliot-Curie, nascida no segundo ano de casamento, que mais tarde se casaria com o físico Frédéric Joliot, e que começou colaborando na cátedra da mãe, posteriormente, junto com o marido Frederico Juliot, descobriu a radioatividade artificial. Isso valeu ao casal Joliot-Curie o Prémio Nobel de Química (1935).

Powerpoint - Madeira


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Notícia - Cafeína poderá prevenir cancro de pele causado pelo Sol

Um dos mecanismos que faz com que a cafeína previna o cancro foi comprovado em ratinhos submetidos a raios ultra-violeta que demoraram mais tempo a desenvolver cancro da pele. O estudo foi publicado nesta segunda-feira na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).

Há muitos estudos que sugerem que beber café pode prevenir certos tipos de cancro. Esses resultados, muitas vezes dependem de mais de seis cafés por dia.

Sabe-se que um dos outros efeitos da molécula que faz do café uma bebida estimulante, é a inibição de uma proteína chamada ATR que controla o ciclo celular. A ATR pára a divisão celular quando encontra danos no ADN de uma célula. Se esta enzima for inibida, uma célula com danos no ADN continua a dividir-se e no final acabará por morrer. Desta forma não há oportunidade da célula se tornar cancerosa.

Uma equipa de cientistas dos Estados Unidos, testaram esta teoria no caso do cancro da pele originado pela exposição aos raios ultra-violeta (UV) que se apanham, por exemplo, durante a exposição ao Sol.

Em vez de utilizarem a cafeína, alteraram directamente o funcionamento da ATR, utilizando ratinhos transgénicos, para que a função da proteína nas células da pele ficasse comprometida.

Depois, submeteram uma população de ratinhos normal e outra transgénica a raios UV durante 40 semanas. O aparecimento de tumores aconteceu três semanas mais tarde nos ratinhos transgénicos do que na população normal. E depois de 19 semanas do início da experiência, havia menos 69 por cento de tumores em ratinhos com a ATR comprometida.

“Tudo isto sugere a possibilidade de que a cafeína terá um efeito inibitório no cancro de pele induzido pelo sol”, disse citado pelo Guardian Allan Conney, um dos investigadores do estudo, da Universidade Rutgers, New Jersey. Apesar do efeito protector, na experiência todos os ratinhos acabaram por desenvolver cancro da pele devido ao período de tempo prolongado que foram submetidos aos raios UV.

Os cientistas querem agora perceber se a aplicação de cafeína na pele poderá ter efeitos semelhantes.

EFA - STC - Texto - Leis e Modelos Científicos - Sociedade, Tecnologia e Ciência


Naturalista britânico, inicia estudos de Medicina e de Teologia, mas em 1831, aprende bastante de Botânica, Entomologia e Geologia, é recomendado para uma expedição científica a bordo do Beagle. A volta ao mundo do Beagle dura cinco anos, durante os quais Darwin forma a sua colecção de naturalista, acumula observações práticas e modifica os postulados teóricos básicos da ciência biológica da época. Aos 27 anos, de regresso a Inglaterra, decide dedicar a sua vida à ciência. Em 1842, com a herança paterna, retira-se para uma casa no campo, onde vive consagrado ao estudo até à morte.
No estudo A Origem das Espécies formula a teoria da evolução dos seres vivos mediante uma selecção natural que favorece nos indivíduos variações úteis na luta pela existência; estas variações transmitem-se, reforçadas, aos descendentes.
Charles Darwin formula a doutrina evolucionista, segundo a qual as espécies procedem umas das outras por evolução. Em virtude da selecção natural sobrevivem os indivíduos e as espécies melhor adaptados. Estas ideias revolucionam as concepções biológicas da sua época.
A esta obra segue-se A Origem do Homem, em que aprofunda a sua teoria sobre a descendência do homem e do macaco de um antepassado comum. Por formular estas ideias vê-se violentamente combatido pelas mais diversas correntes religiosas, que vêem no homem a imagem de Deus. Consequentemente, em redor do pensamento de Darwin cristalizam as polémicas vitorianas sobre a natureza social, metafísica e fisiológica do homem.
O impacto desta obra é imediato e sensacional. O público culto já está introduzido na concepção da evolução, mas o facto de um cientista respeitado contribuir com tal quantidade de evidências para provar esta ideia revolucionária convence um grande número de cientistas importantes, de modo que, por muitos oponentes que tenha, a opinião geral torna-se favorável.
Darwin tem uma influência decisiva sobre a literatura da segunda metade do século XIX e contribui involuntariamente para o advento do naturalismo literário.

Charles Darwin nasceu a 12 de Fevereiro de 1809 no seio de uma família abastada. O seu pai era um médico famoso e altamente respeitado e Susannah, sua mãe, pertencia a uma importante família de fabricantes de cerâmica.
Darwin não foi um aluno brilhante, pois não se interessava pelas matérias que lhe ensinavam na escola. Estava destinado a viver da fortuna da família, mas o seu pai convenceu-o a optar por uma profissão. Em 1825, Charles Darwin foi estudar medicina, tendo desistido dois anos mais tarde, para ingressar no curso de direito na Universidade de Cambridge. Um dos seus professores, Prof. Henslow, convenceu-o a levar mais a sério o seu interesse pelas Ciências.
Em Janeiro de 1831, Darwin formou-se. O Prof. Henslow falou-lhe então de um navio, o H.M.S. Beagle, que iria partir para uma viagem à volta do mundo numa missão de investigação e, assim, em 27 de Dezembro de 1831, Darwin partiu numa expedição que iria durar cinco anos e que se iria tornar um marco da história da Ciência.
O governo inglês queria contribuir para a cartografia de zonas pouco conhecidas da costa sul-americana. Para esta tarefa, era necessário um naturalista, para observar e coleccionar tudo o que houvesse de interesse — Darwin, devido à sua juventude, era a escolha acertada.
A viagem do Beagle começou a 27 de Dezembro de 1831 e durou 5 anos. Durante este tempo percorreu toda a costa sul-americana, parou em todas as ilhas das Galápagos, continuando para a Austrália e depois para Sul de África.
Darwin teve oportunidade de observar diferentes fenómenos da natureza que lhe despertaram a curiosidade e que viriam a ser pilares no desenvolvimento da sua teoria. Na Argentina, desenterrou ossos de animais já extintos, mas que apresentavam algumas semelhanças com espécies actuais.
Mais tarde, no Chile, presenciou um vulcão em plena erupção; as Galápagos apresentavam uma fauna e flora peculiares, que lhe proporcionaram o estudo das iguanas, tentilhões e tartarugas.
Após a chegada do Beagle a Inglaterra, o trabalho de Darwin como naturalista tinha de ser terminado. Para isso, instalou-se em Londres, onde editou dois livros: um livro que descrevia o trabalho zoológico durante a viagem e outro que era o seu diário de bordo.
Pouco tempo depois do seu casamento com Emma Wedgwood, a família mudou-se para a aldeia de Down no Sudeste da Inglaterra. Foi aqui que desenvolveu a teoria que o tornaria famoso e que iria revolucionar o pensamento. Darwin permaneceu nesta casa o resto da vida rodeado apenas pela família e alguns amigos mais íntimos.
To das as informações recolhidas durante a viagem e os relatórios que os seus colegas prepararam (baseados nas espécies enviadas por Darwin) alertaram-no para algumas questões.
As tartarugas das Galápagos eram suficientemente parecidas para terem uma origem comum, mas pertenciam a 7 espécies diferentes, e cada espécie vivia numa só ilha. Um fenómeno semelhante acontecia com os tentilhões. Darwin concluiu que as ilhas tinham sido povoadas a partir do continente e que as características de cada ilha tinham condicionado a evolução das espécies, levando assim à sua diferenciação. Esta conclusão levou Darwin a juntar-se à corrente evolucionista, já defendida por outros como Lamarck.
Segundo Lamarck, todas as espécies tinham evoluído a partir de outras espécies ancestrais. E as novas características adquiridas pelos seres vivos deviam-se à necessidade de adaptação ao meio que os rodeava. Sendo assim, se um órgão ou função de um ser vivo fosse muito utilizado, este tornava-se mais forte, mais vigoroso e de maior tamanho. Mas se um órgão ou função não fosse utilizado, atrofiava e acabaria por desaparecer. Estas características eram, por sua vez, transmitidas às gerações seguintes. A adaptação era progressiva e caminhava para a perfeita interacção com os factores ambientais. Desta forma, Lamarck explicava o tamanho do pescoço das girafas ou dos flamingos.
Darwin veio modificar a teoria de Lamarck tornando-a mais verdadeira. Segundo esta teoria, o número de indivíduos de uma espécie não se altera muito de geração em geração, pois uma boa parte dos indivíduos de uma geração é naturalmente eliminada, devido à luta pela sobrevivência. Assim, os indivíduos que sobrevivem são os mais aptos e melhor adaptados ao meio ambiente, os outros são eliminados progressivamente. O resultado desta luta é uma selecção natural que ocorre na natureza, privilegiando os melhores dotados relativamente a determinadas condições ambientais. Como as formas mais favorecidas têm uma maior taxa de reprodução em relação às menos favorecidas, vão-se introduzindo pequenas variações na espécie que a longo prazo levam ao aparecimento de uma nova espécie. Como os mecanismos hereditários ainda não eram conhecidos, Darwin não conseguiu explicar como surgiam as variações dentro das espécies, nem como eram transmitidas às descendências.
Ao mesmo tempo que Darwin definia a sua teoria, o naturalista Wallace enviou-lhe o seu trabalho, com uma teoria muito próxima à sua, para que Darwin desse a sua opinião. Este facto apressou todo o processo e pouco tempo depois, Darwin apresentou a sua teoria e a de Wallace à Linnaean Society.
Dedicou o ano seguinte a escrever um livro, que em quatro volumes resumia a sua teoria, ao qual Darwin chamou de "On the origin of species" (A origem das espécies).
O livro esgotou no primeiro dia de vendas e levantou uma tempestade de ideias que dificilmente se acalmou. A Igreja Católica contestou ferozmente a teoria, pois esta desmentia alguns dogmas seculares. Além disso, reduzia-nos a um universo apenas material, onde todo o processo de criação se devia ao ambiente e não a Deus. Darwin sempre negou a sua intenção de destruir a imagem de Deus e manteve-se devoto até ao fim da sua vida.
Darwin publicou muitas outras obras expondo as suas teorias e a sua biografia. Foi igualmente pioneiro em muitos temas controversos no campo das ciências. As suas ideias foram realmente revolucionárias, tendo iniciada uma linha de pensamento totalmente original.
Morreu a 1 de Abril de 1882, tendo sido sepultado na Abadia de Westminster — devido à sua popularidade, o governo concedeu-lhe esta honra, ainda que contra a vontade da família.
Frases Célebres de Charles Darwin
"A man’s friendships are one of the best measures of his worth" (as amizades de um homem são uma das melhores medidas do seu valor).
"An American Monkey after getting drunk on Brandy would never touch it again, and this is much wiser than most man" (um macaco americano depois de se embebedar com brandy nunca mais volta a bebê-lo, neste sentido é muito mais sensato do que a maioria dos homens).
Há grandeza neste modo de ver a vida, com as suas potencialidades, que o sopro do criador originalmente imprimiu em algumas formas ou numa só; e assim, enquanto este planeta foi girando de acordo com a lei imutável da gravidade, a partir de um início tão simples evoluíram inúmeras formas mais belas e mais maravilhosas.
Charles Darwin - A origem das Espécies

Assim, a teoria da evolução das espécies baseia-se nestes conceitos: origem da vida; provas de evolução a partir de campos biológicos diversos (semelhanças quanto à forma, embriológicas, bioquímicas ou achados paleontológicos); factores de evolução: herança (que conserva os caracteres), variabilidade (mutação, recombinação de genes), selecção natural (o meio actua sobre as variações, com os mais fortes a imporem-se aos mais fracos) e isolamento.
O evolucionismo rapidamente se expande para além das ciências da vida a outras áreas do conhecimento, universalizando-se e adaptando-se aos seus princípios científicos. Na filosofia, é entendido como lei geral dos seres comum a toda a espécie de existência, em geral ou em particular; na antropologia e na sociologia, está por detrás da concepção de que o desenvolvimento das sociedades e das instituições seguiu uma certa orientação através de etapas vencidas por meio de leis demonstráveis (Comte); atinge também a política e a história. Abre, pois, novas perspectivas e considerações em variadíssimos ramos do saber, mantendo as suas questões tradicionais grandes e aceso debate a nível filosófico.
No mundo de hoje, o evolucionismo surge como uma doutrina extraordinariamente actual e dotada de argumentos capazes de criar rupturas com o tradicionalismo e as convenções clássicas, conduzindo o Homem a uma reabordagem constante da sua própria evolução biológica. O universo e a vida, em todas as suas manifestações, e a natureza nos seus múltiplos aspectos são cada vez mais entendidos como resultado do desenvolvimento, por oposição às ideias religiosas da criação inicial. O evolucionismo pressupõe serem mais plausíveis a mudança, o desenvolvimento e a adaptação como mecanismos de explicação do conjunto dos organismos vivos.

Bibliografia:
Porto Editora, Diciopédia 2003
www.vidaslusofonas.pt
www.ajc.pt
www.naturlink.pt


Manual - Segurança Alimentar - Lista de substâncias registadas para uso em aqüicultura em diversos países.


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Vídeo - Isto é Matemática T02E01 A Parábola da Parábola - Parte 1


Dezenas de secundárias só têm um curso


Há 61 escolas que apenas lecionam uma área no Secundário, qualquer que seja a vocação dos alunos. Pampilhosa e Oleiros remam contra a maré.

É uma realidade que escapa a quem vive nos grandes centros urbanos, mas há 61 secundárias onde os alunos não podem escolher o curso que querem, porque não há estudantes suficientes para abrir mais do que uma área de aprendizagem, no 10.º ano. O número foi enviado pelo Ministério da Educação, mas uma busca feita no portal Infoescolas indica que, em mais de uma dezena de casos, essa Secundária é a única do concelho. 

Mandarim, Filosofia e ioga no 1.º Ciclo? Sim, é possível


Filosofia, Mandarim, Programação ou Cultura Clássica podem ser disciplinas do 1.º Ciclo? Não só podem como já são em alguns agrupamentos.

O Governo pretende aumentar a flexibilidade curricular e diversificar as metodologias em sala de aula e muitas escolas já o fazem desde os primeiros anos de ensino. A maioria aproveita os tempos da oferta complementar para diversificar - há aulas de ioga, Robótica, Empreendedorismo e até Estudo do Meio ensinado em inglês, sob regime bilingue.

Apesar da diversidade, os objetivos são comuns: ensinar os alunos a pensar, a desenvolver o espírito crítico e a capacidade de reflexão, motivá-los para a aprendizagem e reforçar-lhes os níveis de confiança e autoestima. Em suma: promover o sucesso escolar.

Projetos são promovidos pelas respetivas autarquias em parceria com outras instituições
"Atualmente, as escolas podem ocupar até no máximo uma hora por semana em ofertas complementares. Estas ofertas são tanto mais enriquecedoras quanto servirem para promover melhores aprendizagens em qualquer área do currículo. Por exemplo, não faz sentido que as aprendizagens em Robótica e Programação não sejam integradas com o trabalho na Matemática ou nas Expressões", frisou ao secretário de Estado da Educação, João Costa.

Em escolas do 1.º Ciclo do Carolina Michaëlis (Porto), alunos dos 3.º e 4.º anos têm 20 aulas de uma hora por semana de Filosofia. Armindo Sousa, coordenador do 1.º Ciclo do Agrupamento, insiste nas mais-valias: "Ensinar a escutar, a saber pensar, desenvolver a oralidade e a reflexão". Os alunos do 1.º ano têm uma hora semanal de ioga, no tempo de Educação para a Cidadania. "O reforço da concentração e da autoestima" são os objetivos deste projeto que também é uma disciplina multidisciplinar, sublinha.

Os alunos dos 3.º e 4.º anos do agrupamento Oliveira Júnior (São João da Madeira) têm uma hora semanal de Mandarim. A professora Renata Oliveira não estabelece um impacto direto entre esta oferta e o sucesso educativo, mas admite que motiva os alunos e estimula o gosto por culturas diferentes, já que têm têm sessões de kung-fu e provas de gastronomia esporádicas no âmbito do projeto.

Os alunos do 4.º ano também têm Programação, mas nas Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC). O agrupamento investiu em tablets e os alunos "fazem problemas, histórias animadas e constroem jogos digitais".

Já o agrupamento de Oliveira do Hospital (Viseu) aderiu ao desafio da Associação de Professores de Latim e Grego e introduziu a disciplina de Cultura e Línguas Clássicas. "Os conteúdos lecionadas no 1.º Ciclo são, essencialmente, relacionados com as narrativas da mitologia clássica e costumes dos romanos e gregos", explica a presidente da associação. O objetivo é mostrar a origem da nossa cultura, despertando-lhes o gosto pela investigação, destaca Isaltina Martins.

Todos estes projetos são promovidos pelas respetivas autarquias em parceria com outras instituições. É esse apoio que falta às restantes escolas, insistem os presidentes das duas associações de diretores. "A autonomia acaba nos recursos disponíveis, a partir daí, só resta sonhar", afirma Manuel Pereira (ANDE).

Filinto Lima (ANDAEP) também admite que a diversidade oferecida depende dos recursos das escolas. Por exemplo, no Agrupamento que dirige, Dr. Costa Matos, os alunos aprendem teatro na oferta complementar por Gaia ser um concelho com longa tradição no teatro amador. No ano passado, por iniciativa de um professor, tiveram Língua Gestual. "São lições que ficam para a vida", frisa Filinto Lima.


Desde o 1.º ano que os alunos do agrupamento José Estêvão (Aveiro) aprendem Estudo do Meio em inglês. "Somando as horas de Estudo do Meio, Expressões, Oferta Complementar e AEC, os alunos estão em contacto com a língua inglesa, aprendendo conteúdos destas áreas cerca de sete horas", explica a coordenadora do projeto Paula Cruz. Os testes de Estudo do Meio são feitos nas duas línguas. "São discentes com maior capacidade da compreensão oral" e "que já tomam a língua inglesa como parte quase normal numa outra aula que não a de Inglês", explica.

Em Cascais, todas as escolas são "empreendedoras". Os alunos não têm tempo no horário, mas os docentes têm obrigatoriamente de cumprir o programa definido, explica o diretor do projeto Piteira Lopes. No final de cada ano letivo, há um concurso interescolas e os vencedores concretizam as suas ideias de negócio, como a aplicação criada para se tirar senhas na loja do cidadão através do telemóvel.

O concelho foi dos primeiros a avançar para a municipalização e o vereador Frederico Almeida garante que o balanço é positivo: Cascais tem um numero de auxiliares acima do rácio e conseguiu reduzir para metade o custo com o leite escolar ao lançar um concurso em vez de 11.

Informação retirada daqui

Explicador(a) de FQ - Telheiras e/ou Campo Pequeno

A Tabuada de Letras recruta professor(a)de FQ (Básico e Secundário) 

Procuramos: 
Licenciatura na área pretendida 
Domínio e experiência nos programas do Ensino Secundário 
Dinamismo e responsabilidade 
Capacidade de comunicação 
Residência em Lisboa 

Local: Telheiras e Campo Pequeno 


Se pretende candidatar-se a esta oferta envie o seu CV atualizado para


, com indicação da referência TL/FQ    

Biografia - Guilhermina dos Países Baixos


Rainha reinante dos Países-Baixos sucedeu ao pai Guilherme III apenas com três anos, tendo sido coroada em 1898. Casou em 1901 com um príncipe alemão. Teve uma única filha – Juliana que lhe sucedeu. Foi uma rainha exemplar pela austeridade de vida, pelas suas preocupações sociais e por ter vivido no exílio durante a ocupação do seu país pela Alemanha nazi, tornando-se o símbolo da resistência. De Londres e pela rádio animava os holandeses que lhe dedicaram especial carinho. Finda a Guerra, os Países Baixos organizaram os Jogos Olímpicos de 1948 o que teve enorme repercussão e granjeou ainda maior simpatia pela rainha Guilhermina. Depois de reinar oficialmente cinquenta anos, de 1898 a 1948 já doente, abdicou na filha e herdeira.

Informação retirada daqui

Biografia - Amélia dos Santos Costa Cardia


Amélia dos Santos Costa Cardia, uma das primeiras médicas portuguesas e escritora, nasceu em Lisboa, filha da parteira diplomada Justa Matilde de Carvalho e Costa e irmã da parteira da família real, Alice Cardia. Estudou num colégio interna e casou nova. Teve dois filhos do primeiro casamento. Voltaria a casar em 1903 com Francisco de Azevedo Coutinho e decidiu estudar na Escola Politécnica de Lisboa. Matriculou-se na Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa no ano lectivo de 1886. Amélia iria trabalhar com dois nomes grandes da Medicina portuguesa: Câmara Pestana e Moreira Júnior. Amélia foi tão boa e empenhada aluna que mereceu louvor da direcção do Hospital. Fez tese de doutoramento com o tema "Febre Amarela". Estudou e foi médica com consultório na Praça de Camões, em Lisboa. Visitou hospitais no estrangeiro para estar a par dos mais recentes equipamentos. Muitas mulheres a procuravam, pois as consultas eram gratuitas aos sábados. Amélia Cardia foi uma mulher empenhada como médica, tendo criado uma Casa de Saúde que dirigiu durante quase uma década e como mulher, fazendo parte da Liga Nacional Contra a Tuberculose e Associação das Ciências Médicas, pugnando pelo mais fácil acesso das mulheres à Medicina. Deixou diversos escritos na sua área e romances. Pertenceu à Federação Espírita Portuguesa.

Notícia retirada daqui

terça-feira, 21 de março de 2017

Notícia - Jovem agredido por Justin Bieber já não é fã: "Primeiro estou eu"


O jovem espanhol que foi agredido por Justin Bieber e que ficou a sangrar do lábio deu uma entrevista onde declara que deixou de ser fã do cantor. "Foi um dia horrível", conta.

O jovem agredido por Justin Bieber antes do concerto do cantor em Barcelona, na terça-feira, declarou que já não é fã do cantor de 22 anos. Em entrevista à rádio espanhola Happy Fm, Kevin, quando questionado se continua a admirar o artista, confessou: "Sinceramente, não. Primeiro estou eu."

O jovem defendeu-se, alegando que "só queria tocar no [seu] ídolo." Kevin revelou ainda que tocou ao de leve no cantor canadiano, que seguia de carro, com o vidro aberto. Bieber acabou por afastá-lo com um repentino soco, que o deixou a sangrar no lábio. "Foi um dia horrível", confidenciou o jovem, que acabou por não assistir ao concerto.

Justin Bieber esteve em Espanha para dois concertos, em Madrid e Barcelona, enquadrados na digressão mundial de apresentação do seu último álbum, "Purpose". O músico encerra a digressão europeia em Londres mas antes disso deu um concerto no MEO Arena, em Lisboa, esta sexta-feira.

Informação retirada daqui

Conteúdo - Autismo - Histórico


Foi descrito pela primeira vez em 1943, pelo médico austríaco Leo Kanner, trabalhando no Johns Hopkins Hospital, em seu artigo Autistic disturbance of affective contact, na revista Nervous Child, vol. 2, p. 217–250. No mesmo ano, o também austríaco Hans Asperger descreveu, em sua tese de doutorado, a psicopatia autista da infância. Embora ambos fossem austríacos, devido à Segunda Guerra Mundial não se conheciam.

A palavra "autismo" foi criada por Eugene Bleuler, em 1911, para descrever um sintoma da esquizofrenia, que definiu como sendo uma "fuga da realidade". Kanner e Asperger usaram a palavra para dar nome aos sintomas que observavam em seus pacientes.

O trabalho de Asperger só veio a se tornar conhecido nos anos 1970, quando a médica inglesa Lorna Wing traduziu seu trabalho para o inglês. Foi a partir daí que um tipo de autismo de alto desempenho passou a ser denominado síndrome de Asperger.

Nos anos 1950 e 1960, o psicólogo Bruno Bettelheim afirmou que a causa do autismo seria a indiferença da mãe, que denominou de "mãe-geladeira". Nos anos 1970 essa teoria foi rejeitada e passou-se a pesquisar as causas do autismo. Hoje, sabe-se que o autismo está ligado a causas genéticas associadas a causas ambientais. Dentre possíveis causas ambientais, a contaminação por metais pesados, como o mercúrio e o Chumbo, têm sido apontada como forte candidatos, assim como problemas na gestação. Outros problemas, como uso de drogas na gravidez ou infecções nesse período, também devem ser considerados.

Apesar do grande número de pesquisas e investigações clínicas realizadas em diferentes áreas e abordagens de trabalho, não se pode dizer que o autismo é um transtorno claramente definido. Há correntes teóricas que apontam as alterações comportamentais nos primeiros anos de vida (normalmente até os 3 anos) como relevantes para definir o transtorno, mas hoje se tem fortes indicações de que o autismo seja um transtorno orgânico. Apesar disso, intervenções intensivas e precoces são capazes de melhorar os sintomas.

Em 18 de dezembro de 2007, a Organização das Nações Unidas decretou todo 2 de abril como o Dia Mundial do Autismo. Em 2008 houve a primeira comemoração da data pela ONU.

Em novembro de 2010, a ciência, falou pela primeira vez em cura do autismo, com a publicação na revista científica Cell da descoberta de um grupo de cientistas nos EUA, com o pesquisador brasileiro Alysson Muotri, na Universidade da Califórnia, que conseguiu "curar" um neurônio "autista" em laboratório. O estudo, que se baseou na Síndrome de Rett (um tipo de autismo com maior comprometimento e com comprovada causa genética).

Notícia - Bióloga descobre espécie de insecto com milhões de anos em gruta algarvia

Existe há milhões de anos numa gruta algarvia mas só agora foi encontrado por uma bióloga portuguesa. O Litocampa mendesi, animal com três milímetros e sem olhos ou asas, será mais primitivo do que os insectos que hoje conhecemos. Mas as novidades do frágil mundo vivo cavernícola só agora estão a começar.

Sofia Reboleira, do Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro, tem estado atarefada a estudar as amostras que trouxe para a superfície, fruto de doze meses de trabalho de campo em 2009, a dezenas de metros de profundidade nas grutas portuguesas.

A 22 de Dezembro, a revista "Zootaxa" publicava a descoberta do Litocampa mendesi. “Procurámos a fauna das grutas através da observação do interior das cavidades e com a ajuda de armadilhas de queda colocadas no chão”, explicou hoje ao PÚBLICO a bolseira da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT). Nas armadilhas foram colocados iscos odoríferos para atrair os insectos. “Este tipo de armadilhas também ajuda a medir a actividade dos animais, porque os que mais andam são os que mais caem” nas armadilhas.

Mas este é um trabalho exigente. “São animais muito raros que apenas vivem em zonas difíceis de estudar”, disse Sofia Reboleira, também espeleóloga. Investigar a espécie em laboratório está fora de questão. “É impossível manter estes insectos em cativeiro. É muito difícil. Eu nunca vi [o Litocampa mendesi] vivo”, referiu.

A investigadora, que estuda a fauna cavernícola do país, está em condições para dizer que este insecto desenvolveu, ao longo de milhões de anos, impressionantes estratégias de poupança energética para conseguir sobreviver na escuridão das grutas, como a ausência de olhos e asas e a grande resistência ao jejum. Estima-se que este será um animal “mais primitivo do que os insectos” actuais.

A fragilidade das espécies cavernícolas

Sofia Reboleira estuda os animais que não vivem em mais nenhum local que não nas grutas, até aos 220 metros de profundidade, sob a orientação de Fernando Gonçalves (do Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro) e Pedro Oromí (da Faculdade de Biologia da Universidade de La Laguna, em Tenerife, Espanha). Até agora anunciou cinco novas espécies. Em Maio foi anunciada a descoberta de duas novas espécies de escaravelhos nas grutas das serras de Aire e Candeeiros e no início de Dezembro outra espécie de escaravelho em Montejunto e um pseudoescorpião nos maciços calcários do Algarve. Agora foi a vez do Litocampa mendesi, numa gruta algarvia a 30 metros de profundidade.

A maioria dos invertebrados que constituem a fauna cavernícola são artrópodes, como as aranhas e insectos. Apesar de viverem em ambientes até agora pouco estudados, estas espécies merecem atenção. "As espécies cavernícolas não conseguem sobreviver em mais nenhum local, logo têm a sua distribuição geográfica muito reduzida. Qualquer perturbação pode pôr em causa a sua sobrevivência", sublinhou Sofia Reboleira. A investigadora lembrou, nomeadamente, a poluição por pesticidas e insecticidas que se podem infiltrar nas grutas e a perturbação ou mesmo destruição daqueles locais por actividades humanas.

Além disso, estas populações nunca são de grande dimensão. "Não tendo luz, as grutas onde vivem estes animais não têm plantas e as fontes de alimento são muito escassas. Por isso, as populações não podem ser muito grandes. Na verdade, estes são exemplares raríssimos".

Sofia Reboleira acredita que 2011 poderá trazer mais surpresas. “Ainda estamos a estudar a fauna encontrada no ano da amostragem, em 2009”, salientou.

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Biografia - Isabel II


            Isabel de Windsor tinha 25 anos quando o pai, Jorge VI, morreu em 6 de Fevereiro de 1952, às 7,30 horas. Como se encontrava em viagem no Quénia e o regresso demorou 24 horas foi declarada rainha in absentia, isto é, estava ausente do país quando foi declarada oficialmente monarca, facto que não acontecia desde o reinado de Jorge I (1714-1727). 
             Subiu ao trono com o título de «Isabel II, rainha do Reino Unido e da Irlanda do Norte». Em Fevereiro de 1952 a jovem rainha presidiu à primeira cerimónia pública. Os funerais do pai ocorreram no dia 15 de Fevereiro e no dia 5 de Maio a rainha, o marido, Príncipe Filipe e os dois filhos, Carlos e Ana, foram viver para Buckingham Palace. 
             A 4 de Novembro abertura do Parlamento com a presença da nova rainha. Esta é uma das cerimónias mais importantes da vida política da Grã-Bretanha, a que a rainha preside todos os anos. Em cinquenta anos, Isabel II apenas não abriu o Parlamento nos anos de 1959 e 1963. Para esta cerimónia há uma coroa específica e um traje especialmente concebido para este dia. A rainha desloca-se em coche do Palácio para o Parlamento. Muita gente vai para as ruas ver esta cerimónia. 
             A 25 de Dezembro de 1952 Isabel II leu a sua primeira mensagem de Natal, transmitida pela rádio, para toda a Commonwealth.
             A 2 de Junho de 1953 foi coroada rainha numa cerimónia sem precedentes, com milhares de convidados do mundo inteiro. Foi a primeira transmissão directa pela BBC de uma cerimónia com a monarquia. Ainda não havia muitas casas com aparelhos de televisão no Reino Unido, daí as famílias juntaram-se para não perderem tão importante e tão sumptuoso acontecimento. Em Novembro Isabel II e o marido fizeram a primeira grande viagem (cinco meses e meio) aos países da Commonwealth: Canadá, Bermudas, Jamaica, Ilhas Fidgi, Panamá, Tonga, Ilhas Coccos, Ceilão, Aden, Líbia, Malta e Gibraltar. Na Nova Zelândia e Austrália o casal real permaneceu três meses. Visitaram ainda a África do Sul e o Norte dos EUA.
             Em Maio de 1954 os príncipes Carlos e Ana foram transportados no novo iate real o Britânia até Gibraltar, onde os pais os esperavam. O primeiro-ministro Winston Churchill juntou-se à comitiva nos últimos dias da longa viagem de regresso.
             Em 1955 Isabel II posou para o pintor Pietro Annigoni. Dezasseis anos depois o mesmo pintor executaria novo retrato da rainha. A 4 de Abril Isabel II jantou com o primeiro-ministro Winston Churchill, em 10 Downing Street, residência oficial dos primeiros-ministros, na véspera do seu pedido de retirada da vida política. Em Junho o primeiro-ministro da Índia, Jawaharial Nehru visitou a rainha, em Londres. Nehru foi um homem fundamental na mudança de liderança na Índia. Quando da independência, em 15 de Agosto de 1947 assumiu a chefia do Governo. Em Agosto estalou o «escândalo» dos amores da princesa Margarida, irmã da rainha, com Peter Townsend, divorciado. Margarida renunciaria ao casamento por imperativos de Estado e por amor à irmã.
             No ano de 1956 a rainha e o Duque de Edimburgo realizaram uma viagem de três semanas à Nigéria. Foram recebidos por chefes tribais. Em Lagos foram homenageados com uma dança protagonizada por dez mil guerreiros com os seus trajes de festa. Em Abril a rainha recebeu Nikita Khrushchev, da URSS. O dirigente soviético escreveria, mais tarde, nas suas memórias, que a monarca britânica «era o género de rapariga que qualquer rapaz gostaria e encontrar a passear na Rua Gorky, num fim de tarde de Verão.»
             No início de Janeiro de 1957 o Governo britânico passou a contar com Harold Macmillan como primeiro-ministro. As conversas sobre assuntos de Estado da rainha com os primeiros-ministros são, ontem como hoje, extremamente importantes. A rainha está sempre bem informada. O seu Secretário todos os dias lhe dá conta dos factos relevantes do mundo. Neste ano Isabel II e o marido estiveram em visitas de Estado a Portugal, no mês de Fevereiro; em França, em Abril; na Dinamarca em Maio e no Outono Canadá e EUA tendo a soberana discursado na Assembleia-Geral da ONU. Em Portugal foi uma visita de cinco dias. Isabel II e o marido foram recebidos pelo Presidente da República, general Craveiro Lopes e mulher. Para lá do protocolo sabe-se que a rainha conversou muito com o general, que sendo de cavalaria era um entendido em assuntos de raças e performances de cavalos como o é a rainha. 
             A visita ao nosso país foi toda ela uma recepção sem precedentes na vida portuguesa, porque saíram dos museus bergantins (barcos a remos de grandes dimensões) e coches que foram restaurados para a ocasião. Portugal tem uma das mais ricas colecções de coches do mundo. Isabel II esteve também no Mosteiro da Alcobaça, tendo a rainha visitado os túmulos dos amantes infelizes Pedro e Inês, de quem conhecia a história. Também ali está sepultada a que foi rainha de Portugal, D. Filipa da Casa de Lencastre, que como sabemos era inglesa. Nessa altura Isabel II era jovem, bonita e trouxe um guarda-roupa extremamente elegante. O casal real esteve, a título privado, em casa dos duques de Palmela, por os ligar uma velha amizade. 
             No Natal a soberana inglesa leu a primeira mensagem dirigida a todos os países da Commonwealth, através da televisão.
             Em Março de 1958 a casal britânico retribui a visita da rainha Juliana dos Países-Baixos. Em Julho Isabel II concedeu ao filho primogénito, Carlos, o título de Príncipe de Gales, embora a cerimónia da investidura, só tivesse ocorrido em 1969. 
             Em Julho de 1958 a rainha pôs fim a uma tradição. O baile das debutantes, em Buckingham Palace. A chamada apresentação das meninas-família à rainha.
             O Presidente dos EUA Eisenhower e mulher visitaram a monarca em 1959 no castelo de Balmoral, tendo a rainha convidado famílias da aristocracia terra-tenentes para estarem presentes. «Ike» como era conhecido o Presidente dos EUA, era velho amigo de Jorge VI e tratava a rainha como se fosse uma «sobrinha» querida o que não desagradava a Isabel. Sabe-se pelas cartas que trocaram, que a rainha lhe mandou a receita da barbecue que tinham degustado em Balmoral. Muito festejada foi a notícia, em Agosto, de que a rainha ia ser novamente mãe. Carlos tinha doze anos e Ana dez.
             Uma das mais importantes visitas de Estado à Velha Albion foi, sem dúvida, em 1960, a do Presidente da República francesa, Charles de Gaulle, resistente e herói da 2ª Grande Guerra. A Grã-Bretanha honrou-o com manifestações de enorme apreço e admiração e, na ocasião o fotógrafo da Corte Cecil Beaton foi agraciado com a Legion d’Honneur, a mais alta condecoração francesa. Mais tarde outro Presidente francês seria recebido pela rainha, Jacques Chirac, em 1996, mas não foi mais do que uma visita entre outras. 
             Em Maio casou a irmã da rainha, princesa Margarida de quem fizemos uma biografia por ocasião da sua morte, em Fevereiro deste ano. 
             Também os monarcas da Tailândia e do Nepal foram recebidos em Buckingham Palace em 1960.
             Isabel II e o Duque de Edimburgo iniciaram o ano de 1961 com uma viagem à Índia, Paquistão, Nepal e Irão. Foi mais uma vez recebida com a tradição e beleza dos indianos, onde pontoaram os elefantes de Benares, luxuosamente ajaezados e pintados na própria pele, que deram aquele toque de exotismo que faz com que a Índia seja uma atracção para os europeus. A rainha vestiu trajes de linho, em homenagem à Índia que enquanto colónia britânica fez dessa indústria uma das mais prósperas do país. Em Maio a rainha esteve no Vaticano com o Papa João XXIII. 
             Nas décadas de 60 e 70 a monarquia britânica detinha grande prestígio, porque ainda se não avizinhavam as tormentas familiares dos anos 80 e 90. O príncipe Filipe sempre foi conhecido pelas suas afirmações directas aos jornalistas, às vezes pouco convenientes. O jornal Guardian era conhecido pelas suas «alfinetadelas» à monarquia, mas, como se sabe nas democracias é mesmo assim... 
             Em 1961 a Grã-Bretanha, depois de acesas discussões, entrou para a CEE, hoje União Europeia. Era então “A Europa dos Seis”! 
             Em Junho o Presidente dos EUA John Kennedy e a elegante Jackie visitaram a rainha, que gostou muito da senhora Bouvier. No ano seguinte a rainha convidou Jacqueline para uma visita privada a Londres.
             A vida da monarquia passou a pouco e pouco a ser mais familiar para o cidadão comum. Um filme sobre a família real no seu dia a dia foi realizado em 1959 e em 1962 foi aberta ao público uma galeria no palácio de Buckingham. 
             Acontecimento importante e repassado de significado foi, sem dúvida, a ida da soberana à Alemanha Ocidental, onde parou junto do Muro de Berlim, quando a unificação da Alemanha era um facto desejável, mas extremamente remoto.
             E como nem tudo pode correr de feição no «País das brumas», houve, em 1963 o chamado caso Profumo com contornos “politicamente incorrectos” com ministros de Sua Majestade envolvidos em casos sexuais e espionagem. 
             Também a visita dos reis da Grécia, Paulo e Frederica decorreu com alguns incidentes, dadas as simpatias, quando jovem, da rainha Frederica pela juventude hitleriana. O próprio líder do partido trabalhista, Harold Wilson manifestou reprovação ao não comparecer ao banquete dado em honra dos convidados. Em Outubro a rainha conheceu o novo primeiro-ministro inglês, precisamente Harold Wilson. Isabel II teve uma relação de franca amizade com o primeiro-ministro Macmillan, que deixou o cargo, depois de seis anos, por motivos de saúde. Quando este foi internado num hospital, a rainha, contra as regras do protocolo, foi visitá-lo bastante emocionada, como contou o médico, sir John Richardson. Em Novembro a rainha fez-se representar no funeral do presidente Kennedy, assassinado em Dallas.
             Em Março de 1964, vinte e uma salvas de canhão anunciaram o nascimento de mais um varão na família real, Eduardo António Ricardo Luís. Este viria a ser o filho mais amado da rainha, segundo os mais próximos, até porque só saiu de casa, para casar, em 1999.
             Em 1965 são prestados funerais de Estado a Winston Churchill, provavelmente um dos dez mais importantes estadistas do século XX. Cerimónia de pompa e brilho à inglesa. E como a rainha tem sempre visitas agendadas, neste ano deslocou-se ao Sudão e à Etiópia, em visita ao imperador Haile Selassie. Em Maio esteve na Alemanha durante dez dias, terminando com um banquete no seu iate Britânia. 
             No dia 26 de Outubro os Beatles foram condecorados por Sua Alteza Real, em Buckingham Palace. O mundo exultou, porque já nada faltava à mais famosa banda rock do mundo! 
             A rainha soube que o seu tio, o Duque de Windsor, ia ser sujeito a uma intervenção cirúrgica em Londres. Sabe-se que a rainha «ignorou» sempre os duques de Windsor. Qual seria a sua atitude perante o tio, agora com setenta e um anos? A rainha fez o mínimo que a decência ordenava, telefonou para o Hospital para saber como correra a operação. À imprensa estava ávida de notícias. 
             E as damas de companhia da rainha e os criados tiveram que fazer de novo as malas para a viagem da soberana e do marido rumo às Caraíbas.
             Muito mais interessante terá sido, em 30 de Julho de 1966, em Wembley entregar à equipa inglesa, campeã do mundo de futebol a almejada taça.
             Como durante todo os anos do seu reinado Isabel II e o Duque de Edimburgo visitaram e visitam países, nomeadamente o Canadá e no final do ano de 1967, receberam o Presidente da Turquia e mulher. A mensagem de Natal foi vista pela primeira vez com a rainha a cores na televisão!
             O Governo aprovou novas leis sobre o divórcio, embora a doutrina da Igreja Anglicana continue a não o aceitar. Nesse ano o conde de Harewood, filho da princesa real e primo direito da rainha divorciou-se, o que provocou bastantes dissabores à rainha. Numa política de abertura o banquete oferecido ao Presidente da República italiana, em 1968, foi filmado pela televisão e em 1969 todos puderam saber mais da família real com um documentário de hora e meia. A BBC transmitiu-o em Julho. Assim muita gente disse que não fazia ideia nenhuma como viviam a sua rainha e os familiares. Foi um filme didáctico, contando como era um ano da vida da soberana e a sua relação com os filhos. A partir desta data as viagens da rainha passaram a ser filmadas, como, em Novembro de 1968 na viagem ao Brasil.
             As primeiras férias de Verão de Isabel II e família fora do país só aconteceram, pela primeira vez, em Agosto de 1969. Viajaram no iate Britânia até aos fiordes da Noruega.
             No ano seguinte, 1970, mais uma vez a rainha viajou para o Canadá, Nova Zelândia e Austrália, desta acompanhada dos filhos Carlos e Ana. No Canadá juntou-se ao grupo o Duque de Edimburgo que passeara pelo México. O já mencionado filme sobre a soberana com o título Royal Family, tinha tido grande impacto nas comunidades de língua inglesa e foi um sucesso a chegada da rainha com os príncipes Carlos e Ana.
             Em 1971 começou a ser discutida a fortuna da rainha, dos seus gastos e das despesas com a Civil List. Assunto longamente discutido no Parlamento. Os tempos eram outros e o Governo de um país democrata exigia, mesmo à mais importante monarca europeia, uma atitude de maior transparência. Sim, porque os palácios da família real: Buckingham, Windsor, Holyrood House, Sandringham e Bolmoral tinham grandes despesas e os parlamentares queriam saber como eram geridos. Hoje sabemos que a monarquia britânica é altamente rentável. 
             Em Outubro de 1971 o velho imperador do Japão, Hirohito e a imperatriz visitaram a rainha. Foi a primeira visita de um monarca japonês, desde a 2ª Grande Guerra, onde, como sabemos, o Japão esteve contra a Grã-Bretanha.
             E o ano de 1972 assinalou vinte anos de reinado de Isabel II. E houve as celebrações que se impunham. Nem vale a pena falar das viagens que são sempre uma parte considerável da sua vida como monarca. E foram-na visitar a rainha Juliana e o Príncipe Bernardo dos Países-Baixos. Isabel II esteve em França e esteve com o tio, o Duque de Windsor, muito doente. Não perdeu as corridas de cavalos em Longchamp antes de estar com o tio. Tinham passado trinta e três anos desde que o Duque de Windsor fora «banido» da corte e da memória da rainha, da rainha-mãe e da maior parte da família real. O Duque morreu poucos dias depois e, apesar de muitas reuniões entre os conselheiros, a rainha e o Governo foi-lhe proporcionado um enterro real. O seu corpo esteve em câmara ardente dois dias na capela de São Jorge em Windsor. E a duquesa de Windsor voltou a pisar solo britânico. No funeral, e por um dia Wallis Simpson foi tratada como viúva de um rei. 
             Em Outubro deste ano (1972) a rainha e o duque visitaram a Jugoslávia. Foi a primeira visita da rainha a um país comunista. O ano terminou com os festejos das bodas de prata de casamento de Isabel e Filipe. 
             Os príncipes Carlos e Ana foram notícia. Carlos optou por ingressar no Royal Navy College, em vez da Universidade de Cambridge e Ana distinguiu-se em competições equestres e foi declarada «A desportista do Ano» (Sportswoman of the Year). É sabido que a princesa ganhou uma medalha de prata num Campeonato Europeu e que participou nos Jogos Olímpicos de Montreal, em 1976.
             O casamento da única filha da rainha foi anunciado. Casou pela primeira vez em Novembro de 1973. Neste ano a rainha esteve presente na gala em honra do Reino Unido ao entrar para o Mercado Comum.
             Em Março de 1974 foi reeleito primeiro-ministro Harold Wilson. Inovador mesmo, foi o facto da cerimónia de Abertura do Parlamento ter sido simples, sem procissão, e com a rainha envergando um fato normal.
             Em 1975 entre muitas outras viagens Isabel II esteve em Hong Kong antes de seguir para o Japão para retribuir a visita dos imperadores.
             Harold Wilson anunciou a sua retirada da vida política em 16 de Março de 1976 e a rainha aceitou o convite deste para um jantar na sua residência oficial. Este facto só acontecera com Churchill, vinte e um anos antes. Em 21 de Abril Isabel II celebrou o seu 50º aniversário do seu nascimento, em Windsor. Em Julho a soberana visitou os EUA, nas celebrações do bicentenário, e de seguida esteve presente com os filhos e marido na abertura dos Jogos Olímpicos de Montreal. E foi este o ano da separação da princesa Margarida de lorde Snowdon.
             Em 1977 comemorou-se o Jubileu de Prata do reinado de Isabel II, com imensos acontecimentos, festas, exposições e o esplendor a que os ingleses nos habituaram. Não houve latinha de bombons, nem cidadezinha que não tivesse retratos da rainha. Houve também vozes discordantes por parte de alguns e na Irlanda do Norte o clima era adverso. Em Novembro de 1977 a rainha foi avó pela primeira vez, visto a sua filha Ana ter tido um filho.
             O Presidente da República portuguesa, António Ramalho Eanes e mulher visitaram oficialmente o Reino Unido, em 1978, numa altura em que a democracia era já uma realidade no nosso país.
             O Médio Oriente foi o destino de mais uma viagem da monarca britânica, em 1979, passando pelo Kuwait, Bahrein, Arábia Saudita, Qatar, Oman e Emiratos Árabes Unidos. Aqui punham-se alguns problemas protocolares, dado os árabes não reconhecem uma mulher como rainha, apenas como rei e não admitirem mulheres jornalistas. Por fim os Emiratos Árabes cederam à entrada das jornalistas, que tiveram de se vestir segundo os costumes, isto é, não podiam ter os braços nem as pernas destapados. A rainha que tem costureiros e conselheiros nestas áreas não teve qualquer problema. Usou vestido comprido, écharpe e luvas altas. «Em Roma sê romano!» 
             E, caso inédito no Reino Unido, em Maio de 1979, «o» primeiro-ministro passou a ser uma primeira-ministra, aquela que ficaria famosa como «a dama de ferro» Margaret Thatcher. O seu polémico desempenho terminou, sem glória, em 1990, quando pediu a demissão, na sequência de um imposto muito impopular. Sucedeu-lhe John Major também pelo partido conservador. 
             O ano terminou com um profundo desgosto para Isabel II e para o duque de Edimburgo. Foi o assassinato de lorde Mountbatten e Burma, pelo IRA. O tio da rainha fora o último Governador da Índia e tinha sido como que um segundo pai para o marido da rainha.
             Isabel II tem dado durante o seu reinado vários passos no sentido de uma aproximação à Igreja Católica, e nesse sentido esteve, mais uma vez no Vaticano, em Outubro de 1980, para conversar com João Paulo II. 
             O Zimbabué tornou-se independente da Grã-Bretanha.
             O ano de 1981 traria uma verdadeira revolução na vida da família real, quando o príncipe Carlos casou com a jovem e muito bonita lady Diana Spencer, que viria a ser até 1997, data da sua trágica morte, a verdadeira «rainha» em popularidade e glamour do Reino Unido e de todas as monarquias europeias.
             E nova década no reinado de Isabel II, em 1982. Dois factos importantes da Historia de Inglaterra foram a primeira visita de um Papa aquele País. Desde que o rei Henrique VIII, em 1531, cortara a ligação com a Igreja de Roma e se assumiu como chefe supremo da Igreja de Inglaterra. João Paulo II teve esse privilégio. O segundo grande acontecimento foi a viagem da rainha à China, tendo sido a primeira vez que um rei inglês visitou aquele imenso país. Os fotógrafos não deixaram de fixar o grande acontecimento da rainha e do duque de Edimburgo na muralha da China, nessa memorável visita. 
             O primeiro filho dos príncipes de Gales nasceu em 21 de Junho de 1982. Guilherme Artur Filipe Luís é, como se sabe, o segundo na linha de sucessão ao trono do Reino Unido. 
             Foi também neste ano que um facto deixou absolutamente estarrecidos os súbditos de Sua Majestade. Um intruso conseguiu penetrar nos aposentos da rainha, não lhe provocando qualquer dano e a rainha conversou com ele até que a segurança do palácio se apercebesse do incrível facto. 
             Incrível foi também o conflito nas Ilhas Malvinas ou Falklands (perto da Argentina, mas sob domínio britânico), ainda hoje com contornos pouco nítidos, para onde seguiu num navio de guerra, o terceiro filho da rainha, o príncipe André. O casal Reagan visitou a Grã-Bretanha. Foi o primeiro presidente dos EUA a ficar hospedado no castelo de Windsor.
             Em 1983 os Conservadores ganham as eleições por larga maioria e a senhora Thatcher permanece como Primeira-ministra. A rainha esteve, em Março no rancho do Presidente Reagan, e em Novembro, mais uma vez, viajou para a Índia onde concedeu a Ordem de Mérito à Madre Teresa de Calcutá, pelo seu empenhamento na melhoria das condições de vida das crianças pobres de Calcutá. Indira Gandhi, então primeira-ministra, conversou com a rainha em Nova Delhi e sabe-se que falaram de cooperação tecnológica e desenvolvimento.
             Em 1984 o IRA lançou bombas e matou mais uma vez. Mas as viagens da rainha continuam sempre. Neste ano visitou o rei Hussein da Jordânia. Em Setembro nasceu o segundo filho dos príncipes de Gales. Henrique Carlos Alberto David. A monarquia britânica está bem assegurada.
             E Portugal teve mais uma vez a honra de receber Sua Majestade, numa visita semi-privada em 1985. A rainha visitou Sintra.
             No Verão de 1986 casou o príncipe André com Sarah Ferguson e o filho segundo de Sua Majestade passou a usar o título de Duque de Iorque.
             Em Março de 1987 o rei Fahd da Arábia Saudita foi a Londres retribuir a visita da rainha. Como se sabe por detrás destas viagens há aspectos económicos significativos, que o Governo e os empresários tratam de ultimar. E como sempre acontece nas grandes famílias o filho mais novo da rainha, o príncipe Eduardo, depois de ser aluno brilhante no Colégio de Jesus em Cambridge, anunciou à família que se ia dedicar ao teatro. Causou algum desconforto e foi considerado um rebelde. Viria depois a dedicar-se a fazer pequenas metragens para televisão, até se casar, em 1999 com Sophie Rhys-Jones. Depois de ambos quererem continuar as suas carreiras, acederam a serem “apenas” membros da família real e a representar a monarquia.
             O livro The Enchanted Glass: Britain and its Monarchy, editado, em 1988, pelo ensaísta socialista da esquerda radical veio acender a polémica sobre a monarquia, afirmando que ela (monarquia) permanece por existir a nostalgia dos tempos do império, e o autor reconhece que a «mística» da monarquia é ainda muito forte, mas apelava a um «novo republicanismo.» E a rainha neste ano foi mais uma vez avó, desta vez de Beatriz Isabel Maria, filha dos duques de Iorque.
             O presidente da URSS, Mijail Gorbachev almoçou com a rainha no Castelo de Windsor, em Abril de 1989. Este foi o ano da queda do muro de Berlim, provavelmente o mais importante acontecimento da segunda metade do século XX. E O presidente George Bush foi recebido pela rainha no seu palácio.
             Em 1990 foi exaustivamente revisto o montante que o Governo deveria atribuir à família real, porque se falou em luxos que o País não podia arcar, mas tudo acabou em concórdia.              Glasgow foi em 1990 a Capital Europeia da Cultura e a princesa Eugénia Victória, irmã de Beatriz nasceu em Março. Em Agosto o líder do Iraque, Saddam Hussein invadiu o Kuwait e desencadeou-se a Guerra do Golfo, onde participou o Reino Unido como membro da Nato.
             Em 1991 regressam a casa as forças armadas britânicas no Golfo, que a rainha e os seus súbditos receberam numa parada especialmente concebida para o efeito. O novo primeiro-ministro, John Major beijou as mãos de Sua Majestade no final de Novembro. Dentre os oito primeiros-ministros que a rainha conheceu durante o seu reinado, John Major foi, como Churchill um dos que manteve a mais estreita relação de amizade com a família real, particularmente com a rainha. Isabel II esteve nos EUA, em Maio de 1991, tendo proferido um discurso no Congresso, em Washington. Foi o primeiro Chefe do Estado britânico a falar naquela Assembleia.
             1992 foi o annus horribilis para a rainha. Os casamentos dos dois filhos Carlos e André desmoronaram-se. Em 9 de Dezembro foi anunciada oficialmente a separação dos príncipes de Gales. Para terminar o ano, um pavoroso incêndio destruiu grande parte do Castelo de Windsor, o que deixou a rainha absolutamente inconsolável. As obras começaram quase imediatamente.
             Inédito, a rainha passou a pagar impostos, em 1993, ano em que várias salas do palácio de Buckingham foram abertas ao público. A rainha inaugurou com o Presidente Mitterand, de França o Túnel entre os dois países, que passa por baixo do Canal da Mancha.
             Em Junho de 1994 são comemoradas no Norte de França os 50 anos do Dia D, dia do desembarque dos Aliados na Normandia, com a presença de Isabel II. Em Outubro o Duque de Edimburgo visitou a Rússia a convite do Presidente Yeltsin e mulher.
             Em 1995 a rainha visitou o Presidente Mandela da África do Sul. Este líder carismático, que esperou décadas para ter um país independente governado por negros. Isabel de Windsor era ainda princesa quando visitara aquele território, em 1947.
            Em 1996 Nelson Mandela foi a Londres agradecer a visita. 
            Durante o seu longo reinado Isabel II conviveu também com membros das embaixadas e figuras das Artes e Cultura nos famosos garden parties, nos jardins de Palácio. A rainha e vários membros da família, além do duque de Edimburgo e os duques de Kent, primos da rainha chegam a receber por ano trinta mil convidados. Consoante a importância das pessoas podem aproximar-se mais ou menos da rainha ou do Duque, seu marido. A rainha festejou os 70 anos, a 21 de Abril.
             Pode dizer-se que o mundo ocidental parou ao ouvir a notícia da morte trágica de Diana de Gales, em Paris, no dia 31 de Agosto, de 1997, na sequência de um aparatoso e violento acidente de automóvel. Durante os dias e os meses subsequentes foi notícia de primeira página. Isabel II foi quase «forçada» pelo primeiro-ministro Tony Blair, a regressar de férias e mandar pôr a bandeira a meia haste no seu palácio, porque a reacção popular era de enorme indignação enquanto a rainha não apareceu a demonstrar o seu pesar. Depois foi o que todos sabemos. A pouco e pouco a vida da família real voltou à normalidade. Carlos, agora viúvo, passou a dedicar mais tempo aos filhos e o seu caso com Camilla Parker Bowles passou de «escândalo» a apenas o reatar de uma amizade iniciada em 1971, quando e ambos eram solteiros e jovens. Hoje as revistas dedicadas às monarquias, como o Point de Vue são muito favoráveis a esta mulher que soube esperar a sua oportunidade, sem se querer impor. Provavelmente um dia poderão casar. Também em 1997 foi inaugurado o real website: www.royal.gov.uk.
             Com 50 anos completados em 1998, o herdeiro do trono parece ganhar mais popularidade e aparece mais descontraído nestes últimos tempos.
             E em 1999 partiu Sua Majestade para a Coreia. O filho mais novo de Isabel II casou com Sophie Rhys-Jones, em Junho, e Hong Kong deixou de pertencer ao Reino Unido, mas em contrapartida Moçambique entrou para a Commonwealth.
             E chegou-se ao último ano do séc. XX. O acontecimento do ano 2000 no Reino Unido foram as comemorações dos 100 anos da rainha-mãe, em Agosto. Brilho, cor e festa! A respeitável rainha foi amada e respeitada por todos e um verdadeiro ícone do país. Para muitos a monarquia é um foco de unidade nacional. E o novo milénio trouxe mais paz à família real. O herdeiro do trono Guilherme (William) entrou para uma Universidade na Escócia e passou a ser o alvo dos fotógrafos, porque é muito fotogénico. O marido da rainha, o duque de Edimburgo, agora com 80 anos, completados em Junho, será ao lado da rainha o príncipe consorte que soube permanecer na sombra de uma monarca durante mais cinquenta anos. Teve os seus deslizes, mas quem os não tem? Se o Jubileu de Ouro é de Isabel II, também cabe ao marido uma parte do mérito, pois ser apenas rei consorte não é fácil. 


Informação retirada daqui
Bibliografia principal - PIMLOTT, Ben, The Queen: Elizabeth II and the Monarchy, Golden Jubilee Edition, Londres Harper Collins, 2001.

segunda-feira, 20 de março de 2017

Notícia - Seis factos essenciais sobre a vida de George Michael


O músico britânico George Michael, que morreu domingo aos 53 anos, foi um ícone da música pop conhecido tanto pelos êxitos que colocou no top de vendas um pouco por todo o mundo, como pela sua turbulenta vida pessoal.

O nome - Georgios Kyriacos Panayiotou, de ascendência grega, brilhou como membro do duo Wham e como solista ao longo de uma carreira na qual vendeu mais de 100 milhões de discos, que inclui temas que se tornaram clássicos da música pop como "Careless Whisper", "Faith", Wake me up before you go-go", "Freedom" ou "Last Christmas". Filho de pai grego-cipriota e de mãe britânica, Georgios Kyriacos Panayiotou nasceu a 25 de julho de 1963 no bairro de East Finchley, no norte de Londres.

A fama - George Michael saltou para a fama no início da década de 1980, depois de formar o duo Wham, com o seu companheiro de escola Andrew Ridgeley, com o qual conquistou êxito atrás de êxito com "Club Tropicana", Young Guns (Go For It)" ou "Last Christmas". Em 1985 os Wham tornaram-se a primeira banda pop ocidental a dar dois espetáculos na China comunista, numa altura em que ainda se encontrava muito fechada ao exterior, liderada pelo líder reformista Deng Xiaoping. Em 1986 saiu o último álbum do duo "The Edge of Heaven", que voltou a ser um êxito de vendas, e com o qual fizeram uma série de concertos no estádio de Wembley. O seu primeiro álbum como solista "Faith" foi um êxito de vendas em 1988, embora tenha aberto uma batalha legal entre o músico e a editora Sony, da qual George Michael tentava sair.

As polémicas - Em 1998 também o seu nome começou a aparecer nos 'media' pelas piores razões, depois de anos em que se recusou a falar sobre a sua alegada homossexualidade, foi detido por atentado ao pudor na Califórnia, nos Estados Unidos. O incidente foi posteriormente parodiado no videoclip "Outside" pelo próprio músico que veio a declarar abertamente ser homossexual, bem como a revelar a relação com o norte-americano Kenny Goss. Em 2006 voltou a protagonizar as páginas dos jornais pelas piores razões depois de ser detido pela polícia londrina por dormir ao volante do seu BMW, embriagado e supostamente sob o consumo de cannabis. Dois anos depois voltou a ser detido por posse de cocaína e outras substâncias, tendo em 2010 recebido uma sentença de oito semanas de prisão por um incidente no qual foi com o seu automóvel de encontro a uma loja no norte de Londres.

A separação - Em 2011, anunciou oficialmente o fim da sua problemática relação de 15 anos com Kenny Goss, embora tenha assegurado que se tinham separado dois anos antes e, em 2012, tentou relançar a sua carreira ao cantar na cerimónia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Londres.

À beira da morte - Durante a última década da sua vida teve alguns problemas de saúde, tendo estado à beira da morte em 2011 devido a uma pneumonia, tendo sido obrigado uma traqueotomia.

Em Portugal - George Michael esteve apenas uma vez em Portugal, em 2007 no Estádio Municipal de Coimbra, por ocasião dos 25 anos de carreira.

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