segunda-feira, 12 de junho de 2017

Biografia - M'As Foice


BIOGRAFIA
Os M'As Foice são actualmente um dos projectos mais interessantes que existem neste país e provam que imaginação e técnica são coisas que não lhes faltam. Fazem-nos sentir orgulhosos da música feita em Portugal. Quem ainda não os viu ao vivo, perdeu uma boa dose de humor, de saber estar em palco, de saber como se faz um bom espectáculo.

Recentemente tocaram mais uma vez no Rock Rendez-Vous e mais uma vez deram um excelente espectáculo, coisa rara nos grupos portugueses. O início sarcástico do "Mário Guia Um Veículo Sem Luzes"(1) foi brilhante, assim como o foi o modo como eles se apresentaram em palco, inovando mais uma vez e mostrando o filão de ouro que está ali para ser explorado. Quem conseguirá esquecer  a divertida performance de JêPê, a mostrar às sopeiras que estavam junto ao palco como se lavava o chão do Rock Rendez-Vous. Quem conseguirá esquecer  todo aquele humor negro?Foto de João Tabarra

Os M'As Foice são sete rapazes, provenientes de coimbra. Os seus nomes: Sérgio (guitarra), Alex (guitarra), João Paulo (bateria), Nito (voz), Miguel (baixo), Tony (coros e performance) e JêPê (performance). Na primavera de 1989, compilaram numa cassete para amigos alguns dos seus temas, limitados claro por meios técnicos mas não suficientes para impedir o seu sucesso junto do ouvinte. Deram-lhe o nome de "Super Máxi 89". Edit Mixes do hino nacional, António Sala, Júlio Isidro, entre outros, abre o Lado A deste futuro megamáxi (desta vez, em vinil, espera-se)(3). Remixes samplados fazem também de separadores entre as músicas. Estas, excelentes ensaios de como se deve ser irreverente, original e competente tecnicamente, provocam no ouvinte uma sensação de...como que... O destaque vai particularmente para "Galinheiro", "Martelo e Foice", "Coca Cola Billy" e "É".(4) Ao vivo, foram também excelentes os temas "Ónião" e "Fado do Tony".

Miguel Cunha, Blitz 28-11-1989

(1) Foram injustamente afastados da final do Concurso de M.M. do Rock Rendez-Vous, quando mereciam ter alcançado o lugar cimeiro. (MC)

(2) «...deste o início do grupo que estava dentro de nós aquele espírito de nos divertirmos em Palco (...) Inicialmente o performer era para actuar numa música, depois em várias e no fim acabou por ficar sempre. (...) Mas essas performances não são pré-planeadas, elas saem do improviso, acontecem naturalmente. Leva-se uma ideia que depois se desenvolve em palco. É por isso que nos faz divertir, porque todas as vezes é diferente.» M'As Foice / Blitz

(3) Venceram um concurso organizado pela RUC cujo prémio era a gravação e edição de um máxi-single. O disco que deveria chamar-se "Super Maxi" foi gravado mas não chegou a ser editado. O grupo acabou em 1991 porque tinham decidido que o grupo só existiria enquanto se divertissem.

(4) «As letras são muito básicas. É mesmo aquilo - nha, nha/nha, nha, nha - não têm nada de épico, não têm nada de Luís de Camões, mas é mesmo assim, é M'as Foice. Fala-se do dia-a-dia, das pessoas de Coimbra. Há letras que até nem falam de nada. Que são a gozar com as próprias letras. Por exemplo "Coca Cola Billy" fala do Bar Moçambique e das pessoas que o frequentam, "Cu Nimbriga de Morcegos" fala das festas académicas de Coimbra e dos estudantes, "É (Mas foi-se)" é um instrumental...»  M'As Foice / Blitz

DISCOGRAFIA
Umas Fitas dos Émasfoi-se K7s Perdidas (CD, Lux, 2005)

Colectâneas
Insurrectos (1990) - Yuppie Yuppie, lálálá
Ruc 10 anos sempre no ar (1996) - Galinheiro

NO RASTO DE...
Sérgio Cardoso fez parte da formação inicial dos Tédio Boys. Esteve também nos Tomtom Macoute e nos FDP (Foragidos da Placenta). Está nos The Wray Gunn desde 1999.

Alex Magno fez parte dos Lordose, que viriam a dar origem aos Belle Chase Hotel, e dos Eden.

João Paulo Camilo fez parte dos Primus Inter Pares e Carne de Porco. Toca em grupos de baile.

Miguel Falcão esteve alguns anos nos Caffeine. Actualmente é músico de jazz.

Tony Fortuna era o vocalista dos Tédio Boys. Faz parte dos d3ö.

Cristina Sousa fez parte dos Voodoo Dolls.

Informação retirada daqui

Biografia - Charles Darwin


Depois de ter sido arremessado duas vezes pelo vento de sueste, o barco de sua majestade Beagle, um bergantim comandado pelo capitão Fitzroy da armada real, partiu de Davenport em 27 de Dezembro de 1831.

Charles Darwin nasceu a 12 de Fevereiro de 1809 no seio de uma família abastada. O seu pai era um médico famoso e altamente respeitado e Susannah, sua mãe, pertencia a uma importante família de fabricantes de cerâmica.

Aos 16 anos, Darwin foi estudar Medicina, mas rapidamente descobriu que não tinha vocação. Ainda assim, permaneceu na Universidade de Cambrigde, até ao dia em que surgiu um convite irrecusável.

O governo inglês queria contribuir para a cartografia de zonas pouco conhecidas da costa sul-americana. Para esta tarefa, era necessário um naturalista, para observar e coleccionar tudo o que houvesse de interesse — Darwin, devido à sua juventude, era a escolha acertada.


A viagem do Beagle começou a 27 de Dezembro de 1831 e durou 5 anos. Durante este tempo percorreu toda a costa sul-americana, parou em todas as ilhas das Galápagos, continuando para a Austrália e depois para Sul de África. Darwin teve oportunidade de observar diferentes fenómenos da natureza que lhe despertaram a curiosidade e que viriam a ser pilares no desenvolvimento da sua teoria. Na Argentina, desenterrou ossos de animais já extintos, mas que apresentavam algumas semelhanças com espécies actuais. Mais tarde, no Chile, presenciou um vulcão em plena erupção; as Galápagos apresentavam uma fauna e flora peculiares, que lhe proporcionaram o estudo das iguanas, tentilhões e tartarugas.

Após a chegada do Beagle a Inglaterra, o trabalho de Darwin como naturalista tinha de ser terminado. Para isso, instalou-se em Londres, onde editou dois livros: um livro que descrevia o trabalho zoológico durante a viagem e outro que era o seu diário de bordo.

Pouco tempo depois do seu casamento com Emma Wedgwood, a família mudou-se para a aldeia de Down no Sudeste da Inglaterra. Foi aqui que desenvolveu a teoria que o tornaria famoso e que iria revolucionar o pensamento. Darwin permaneceu nesta casa o resto da vida rodeado apenas pela família e alguns amigos mais íntimos.


Todas as informações recolhidas durante a viagem e os relatórios que os seus colegas prepararam (baseados nas espécies enviadas por Darwin) alertaram-no para algumas questões. As tartarugas das Galápagos eram suficientemente parecidas para terem uma origem comum, mas pertenciam a 7 espécies diferentes, e cada espécie vivia numa só ilha! Um fenómeno semelhante acontecia com os tentilhões. Darwin concluiu que as ilhas tinham sido povoadas a partir do continente e que as características de cada ilha tinham condicionado a evolução das espécies, levando assim à sua diferenciação. Esta conclusão levou Darwin a juntar-se à corrente evolucionista, já defendida por outros como Lamarck.

Segundo Lamarck, todas as espécies tinham evoluído a partir de outras espécies ancestrais. E as novas características adquiridas pelos seres vivos deviam-se à necessidade de adaptação ao meio que os rodeava. Sendo assim, se um órgão ou função de um ser vivo fosse muito utilizado, este tornava-se mais forte, mais vigoroso e de maior tamanho. Mas se um órgão ou função não fosse utilizado, atrofiava e acabaria por desaparecer. Estas características eram, por sua vez, transmitidas às gerações seguintes. A adaptação era progressiva e caminhava para a perfeita interacção com os factores ambientais. Desta forma, Lamarck explicava o tamanho do pescoço das girafas ou dos flamingos.

Darwin veio modificar a teoria de Lamarck tornando-a mais verdadeira. Segundo esta teoria, o número de indivíduos de uma espécie não se altera muito de geração em geração, pois uma boa parte dos indivíduos de uma geração é naturalmente eliminada, devido à luta pela sobrevivência. Assim, os indivíduos que sobrevivem são os mais aptos e melhor adaptados ao meio ambiente, os outros são eliminados progressivamente. O resultado desta luta é uma selecção natural que ocorre na natureza, privilegiando os melhor dotados relativamente a determinadas condições ambientais. Como as formas mais favorecidas têm uma maior taxa de reprodução em relação às menos favorecidas, vão-se introduzindo pequenas variações na espécie que a longo prazo levam ao aparecimento de uma nova espécie. Como os mecanismos hereditários ainda não eram conhecidos, Darwin não conseguiu explicar como surgiam as variações dentro das espécies, nem como eram transmitidas às descendências.

Ao mesmo tempo que Darwin definia a sua teoria, o naturalista Wallace enviou-lhe o seu trabalho, com uma teoria muito próxima à sua, para que Darwin desse a sua opinião. Este facto apressou todo o processo e pouco tempo depois, Darwin apresentou a sua teoria e a de Wallace à Linnaean Society. Dedicou o ano seguinte a escrever um livro, que em quatro volumes resumia a sua teoria, ao qual Darwin chamou de "On the origin of species" (A origem das espécies). O livro esgotou no primeiro dia de vendas e levantou uma tempestade de ideias que dificilmente se acalmou. A Igreja Católica contestou ferozmente a teoria, pois esta desmentia alguns dogmas seculares. Além disso, reduzia-nos a um universo apenas material, onde todo o processo de criação se devia ao ambiente e não a Deus. Darwin sempre negou a sua intenção de destruir a imagem de Deus e manteve-se devoto até ao fim da sua vida.

Morreu a 1 de Abril de 1882, tendo sido sepultado na Abadia de Westminster — devido à sua popularidade, o governo concedeu-lhe esta honra, ainda que contra a vontade da família

Glória Almeida

Vídeo - Já Conheces Esta App? ep.04

Biografia - D. Maria I

Filha primogénita de D. José I. Foi aclamada rainha em Maio de 1777. Por sofrer de doença mental foi afastada dos negócios públicos em princípios de 1792, tendo o príncipe D. João tomado conta do governo em nome de sua mãe até 1799, ano em que passou a governar em seu próprio nome, com o título de Regente.

Nascida em 1734, recebeu logo o título de "Princesa da Beira", passando com a ascensão ao trono do pai, em 1750, a ser chamada "Princesa do Brasil". Casou em 1760 com o seu tio D. Pedro de quem enviuvou.

A animosidade que sempre existiu entre os príncipes do Brasil e o marquês de Pombal e o desejo deste de ver D. Maria renunciar ao trono em favor de seu filho D. José, não permitiram à futura rainha que se familiarizasse com os assuntos políticos. No entanto sente-se que três preocupações absorveram o seu espírito desde os primeiros tempos do seu reinado: reparar as "ofensas" a Deus,  moralizar a vida pública e governar em certos campos de uma forma mais progressiva.

Perdoou aos criminosos do Estado que lhe pareceram dignos desse acto. Aceitou o pedido de escusa do marquês de Pombal de todos os seus cargos mas manteve-lhe os seus honorários de secretário de Estado.

Quando D. Maria subiu ao trono era delicada a nossa posição em política internacional: guerra com a Espanha no Brasil; situação difícil perante o conflito entre a Inglaterra e as colónias americanas.  Em relação ao primeiro problema, procurou desde logo a rainha um entendimento com a Espanha, o que deu origem aos Tratados de Santo Ildefonso, de Outubro de 1777, tratado preliminar de delimitação das zonas portuguesa e espanhola na América do Sul, e do Prado assinado em Março de 1778.  A solução do segundo tornou-se mais difícil quando a França e a Espanha apoiaram as colónias revoltadas. Na impossibilidade de tomar partido aberto por qualquer dos beligerantes procurou obter a neutralidade, o que aconteceu em Julho de 1782, com a assinatura da convenção marítima com a Rússia, e a aceitação da Neutralidade Armada, não sem dificuldades que o governo português conseguiu vencer com certa diplomacia.

A actividade legislativa é notável, sobretudo no que diz respeito à gestão económica. Puseram-se restrições ao monopólio da Companhia do Vinho do Porto. Foi suprimida a Companhia do Grão-Pará e Maranhão; criada a Junta da Administração de todas as fábricas deste Reino e Águas Livres. Impulsionou novas manufacturas.  Assinou um tratado de amizade, navegação e comércio com a Rússia. A exportação do vinho do Porto desenvolveu-se largamente.

Também no seu tempo se deu um impulso à cultura tendo-se procedido à criação de numerosas instituições, como: a Real Academia das Ciências de Lisboa, Aula Pública de Debucho e Desenho, no Porto, e a Aula Régia de Desenho de Lisboa. Fundou a Academia Real de Marinha e a Real Biblioteca Pública de Lisboa. Criou Hospitais no Brasil e na metrópole. Criou a lotaria para alargar os serviços da Misericórdia de Lisboa.

Uma das suas medidas mais importantes é a fundação da Real Casa Pia de Lisboa, obra de Pina Manique.

D. Maria I nasceu em Lisboa, a 17 de Dezembro de 1734, recebendo o nome de baptismo de Maria Francisca Isabel Josefa Antónia Gertrudes Rita Joana, e faleceu no Rio de Janeiro, a 20 de Março de 1816, estando sepultada na Basílica da Estrela.

Casou em 6 de Junho de 1760 com o seu tio, o infante D. Pedro, que era príncipe do Brasil e veio a ser, pelo casamento, o rei consorte D. Pedro III.

Do casamento nasceram:
1. D. José, príncipe da Beira e duque de Bragança. Nasceu no Paço da Ajuda, em 20 de Agosto de 1761, e faleceu no mesmo Paço a 11 de Setembro de 1788; está sepultado no Panteão de S. Vicente de Fora. Casou com a tia D. Maria Francisca Benedita;
2. D. João, infante de Portugal. Nasceu e faleceu em 1763, sendo sepultado no mesmo panteão);
3. D. João VI, que sucedeu no trono;
4. D. Maria Clementina. Nasceu em Lisboa, em 1774 e faleceu na mesma cidade em 1776, estando sepultada em São Vicente de Fora;
5. D. Maria Isabel. Nasceu em Queluz, em 23 de Dezembro de 1766, faleceu em Lisboa, em 1777, e jaz no mesmo panteão;
6. D. Mariana Vitória Josefa. Nasceu em Queluz, a 15 de Dezembro de 1768; faleceu em Madrid, a 2 de Novembro de 1788). Casou com Gabriel António Francisco Xavier de Bourbon, infante de Espanha, tendo havido descendência.


Fontes: 
Joel Serrão (dir.) 
Pequeno Dicionário de História de Portugal, 
Lisboa, Iniciativas Editoriais, 1976
Joaquim Veríssimo Serrão 
História de Portugal, Volume VI: O Despotismo Iluminado (1750-1807), 
Lisboa, Verbo, 1982

Caetano Beirão
D. Maria I, 1777-1792. Subsídios para a revisão da História do seu Reinado,
2.ª ed., Lisboa, Empresa Nacional de Publicidade, 1934

domingo, 11 de junho de 2017

Professor de Matemática para Explicações Secundário

O Centro de Estudos Aldeia do Saber procura Professor/a de Matemática para dar explicações individuais a Ensino Secundário. 

Perfil: 
- experiência em explicações;
- forte capacidade para motivar alunos;
- dinâmico, autónomo e pro-ativo;

Enviar CV para:
    ce.aldeiadosaber@gmail.com

Biografia - Mau-Mau


BIOGRAFIA 
Os Aqui d'el Rock foram o único grupo punk-rock português a editar em fins da década de 70 apesar de terem estado previstas edições de Faíscas e Minas & Armadilhas. Grupos como Xutos & Pontapés só gravariam mais tarde.

Em fins de 1981, O grupo de Fernando, Serra, Óscar e Alberto muda de nome para Mau Mau e assinam com a Rotação para a qual gravam um single com os temas "Vietsoul" e "Xangai".

--- Durante o período de existência da banda, passaram pelos > reg... os seguintes elementos: a > let... Óscar Martins voz e guitarra u > imp... jc Serra bateria m > ent... Fernando Gonçalves baixo e voz de apoio a > ext... Alberto Barradas guitarra e voz de apoio u > índ... Carlos Cabral guitarra "jc Serra - Eu acho pessoalmente que o grupo não vai durar muito tempo..." (in "Música & Som" nº 46 de Abril de 1979)

Integravam a banda na sua formação original, a que se apresentou no seu 1º concerto no C.A.C.O. (Clube Atlético de Campo de Ourique), os já referidos Serra (bateria) e Fernando (baixo), o Alfredo Pereira (guitarra), os três que já faziam parte de uma formação anterior (Osiris), e o Óscar Martins (voz e guitarra), colega do Alfredo na Faculdade de Economia de Lisboa (I.S.E.) Em meados de 1978 gravam um 1º single que incluía o mítico “Há que violentar o sistema” e a apresentação oficial no já referido espectáculo no C.A.C.O. Seguiu-se um período de grande actividade onde o grupo gravou o 2º single, participou em programas das principais rádios nacionais (Renascença e Comercial), e actuou em vários espectáculos de norte a sul do país, nalguns até dando a mão a algumas das bandas que tentavam despoletar, nomeadamente: - UHF com o concerto no salão da cervejaria “O Canecão” em Cacilhas, Almada. - Os Faíscas e UHF na discoteca “Browns” em Alvalade, Lisboa. - Xutos & Pontapés e Minas & Armadilhas na escola “D. Pedro V” em Sete Rios, Lisboa. - Festival rock luso/espanhol, conjuntamente com os portugueses Tantra e duas bandas do país vizinho no estádio do Sporting Clube Farense, Faro. Festas de finalistas, primeiras partes de concertos de grupos estrangeiros, festas de cariz popular, etc. Efectuam a 1ª parte do 1º concerto de uma banda punk internacional em Portugal, os Eddie & Hot Rods no Coliseu de Lisboa em 1979. Na passagem para a década de 80 dá-se a crise de crescimento da banda, que coincide mais uma vez com a falta de local para ensaiar, com o final de curso e a entrada no mercado de trabalho dos elementos estudantis e com a necessidade de evolução do som do grupo. Sai o Alfredo e entra de imediato o Carlos Cabral – “Carlitos Police” (guitarra) e mais tarde o Alberto Barradas (guitarra e voz). E é já em plena década de 80 que finalmente conseguem alugar um estúdio de ensaio em Odivelas, o mesmo aonde trabalhava a Go Graal Blues Band, onde o colectivo se lança num imenso trabalho de composição e onde de uma forma quase insaciável, procura desenvolver as ideias que cada um dos elementos vai apresentando para se alcançar o desejado objectivo de construção de um novo reportório, assente numa nova estética musical. Todas estas mudanças impuseram novos figurinos em várias vertentes e uma necessidade de mudança até no nome da banda, que a liberta-se de um certo estigma que a ligava ao movimento punk e que acabava por lhe restringir algum espaço, que parecia tão necessário ao seu crescimento. Definitiva e envergonhadamente desapareciam os Aqui d’el-Rock e surgiam no seu lugar os Mau-Mau. Carlos Gonçalves – “Ultravioleta” (voz),faz parte da formação que ajuda a suprir a falta do Carlitos “Police”, impedido pelo serviço militar, aquando das primeiras partes dos concertos de Lene Lovich no Porto e em Cascais, no âmbito da celebração do 1º aniversário do programa de rádio Rock em Stock, em Maio de 1980: - Wilko Johnson & the Solid Senders e Xutos & Pontapés no Pavilhão do Restelo, Lisboa. - Cheap Trick na Nave de Alvalade, Lisboa. - Maratona do rock do jornal "Musicalíssimo" no Pavilhão de Feiras do Cevadeiro, Vila Franca de Xira. - Go Graal Blues Band na sede do Clube Oriental de Lisboa. - Concerto a solo no "Rock Rendez-Vous", Lisboa. - Concerto a solo na Escola Náutica de Paço d’Arcos, com produção de Manuel Cardoso (Tantra).

 Em 1982 chegava a fase decisiva da vida dos ex Aqui d’el-Rock, agora Mau-Mau, com a gravação e edição de um single, cujos os dois temas revelavam alguma da imaginação dos seus restantes quatro elementos, Fernando, Serra, Óscar e Alberto. “Xangai” no lado A, um tema construído em contratempos cujo o canto é feito sem recurso a líricas e “Vietsoul” no lado B, que como o próprio nome indica é cantado em inglês e que contou com a especial participação de João Allain (Go Graal Blues Band), no solo de guitarra. A edição foi efectuada pela etiqueta "Rotação", propriedade do conhecido locutor de rádio António Sérgio, que também assinou a produção e que manifestou mais uma vez a sua pouca consideração pela banda, ao efectuar as misturas sem a presença de qualquer elemento da mesma, contrariando o que havia sido estipulado. Aliás este foi o seu segundo acto de pouca lisura para com o grupo, pois já anos antes havia proferido de uma forma nada corajosa, declarações difamatórias da banda durante um seu programa na Rádio Renascença. Estes dois temas ainda serviram de inspiração ao apresentador de televisão Júlio Isidro, que os colocou como pano de fundo de um dos episódios dominicais do seu programa televisivo “O Passeio dos Alegres”, mas funcionaram como o canto do cisne da própria carreira. Efectivamente o grupo nunca foi capaz de assumir o profissionalismo que se impunha e traçar um rumo definido e definitivo, que o fizesse ultrapassar as dificuldades e o ajuda-se a impor no meio musical português, já de si pequeno, confuso e numa fase de muita competição. Por essa ocasião ainda, acentuaram-se as já notórias diferenças de expectativa de vida no seio dos elementos do colectivo, que aprofundaram o crescente défice de articulação, de liderança e de ambição, causas principais

DISCOGRAFIA
Xangai/Vietsoul (Single, Rotação, 1982)

NO RASTO DE ...
Referência à iniciativa que o Óscar e o Alberto tentaram empreender logo depois (1984/86), à do Fernando também em parceria com o Alberto sob o título de Imortal Cancer (1987/90), às do Carlitos “Police” Cabral, quer como membro fundador dos extintos Margem Sul, quer como sócio do estúdio de gravação/produção - Boom Estúdio, à participação do Carlos “Ultravioleta” Gonçalves no grupo Raindogs como vocalista, à participação (final de 2005) do jc Serra na gravação de 1 EP dos Clockwork Boys que incluiu uma nova versão do clássico “Há que violentar o sistema” e ao projecto "Há alma" concebido em 2006 por aqueles que constituiram o seu núcleo duro - Fernando Gonçalves, Óscar Martins e jc Serra. © 2006 / jc serra

Informação retirada daqui

Vídeo - Já Conheces Esta App? ep.03

Biografia - Albert Einstein


Filho de Judeus Alemães, Albert Einstein nasceu em Ulm, na Alemanha, no dia 14 de março de 1879, e morreu na madrugada de 18 de abril de 1955 no Princeton Hospital, nos Estados Unidos. Seu testamenteiro e grande amigo, Otto Nathan, durante quase 35 anos impediu o acesso de pesquisadores aos arquivos, documentos e anotações pessoais de Einstein. Neste trabalho de ocultação foi auxiliado pela leal secretária do cientista Helen Dukas, que com ele trabalhou durante 27 anos, e colecionou até mesmo os rascunhos e notas que Einstein atirava na cesta de lixo. Devotos, ambos lutaram para preservar a imagem quase canônica de Einstein que foi projetada - e, de certa forma também montada - pela mídia ao longo dos anos. Na melhor das intenções, Otto e Helen prestaram um desserviço tanto à verdade e à ciência como à própria memória do amigo, ocultando parte de sua humanidade.

Pouco antes de Otto Nathan morrer, em 1987, uma ação judicial tirou os Arquivos Einstein de suas mãos e abriu-os aos pesquisadores. São milhares de documentos, uma pequena parcela do material, principalmente a correspondência de Einstein com sua segunda mulher, Elsa, e com os filhos, ainda continua interditada. A parte tornada visível oferece material tão farto que, certamente, com o tempo, tornará públicas novas e surpreendentes revelações.

Denis Brian mergulhou nesses arquivos e, com pertinácia de repórter linha de frente, foi atrás de pessoas que conviveram com Einstein, cientistas, amigos, discípulos. A abertura dos arquivos e a circunstância de a maioria dos envolvidos mais diretamente já estarem mortos romperam as barreiras do silêncio obsequioso, e desta pesquisa resultou uma biografia reveladora e inteira sobre o Einstein "terreno".

No prefácio de Einstein, a Ciência da Vida, Brian cita a evidência irrefutável da existência de uma filha ilegítima que o cientista jamais reconheceu. "Descobri que a vida de Einstein é repleta de triunfos e de trágicas ironias. O cientista cuja mente o levou aos pontos mais distantes do espaço tinha um filho esquizofrênico que não conseguia atravessar a rua sozinho. O pacifista, que literalmente não mataria uma mosca, foi obrigado a exigir a fabricação de uma bomba devastadora. O humanista que demonstrava carinho e interesse pelos filhos dos outros negligenciava os próprios e mantinha em segredo a existência de sua primeira filha, ilegítima. O amante da solidão vivia invariavelmente rodeado de mulheres, caçado pela imprensa e assediado pelas multidões. E o democrata dedicado era constantemente acusado de comunista ou inocentemente útil a eles."

Em seus primeiros anos de estudo, Albert Einstein demonstrou tamanhas dificuldades que seus professores chegaram a aventar que sofresse de retardo mental. Quando cursava a escola secundária, praticamente só demonstrava interesse pela matemática. Seu baixo rendimento nas demais disciplinas o obrigou, na verdade, a sair da escola. Seus pais então o levaram à Suíça, para estudar. Ali, ao concluir o curso (ao que consta, auxiliado pelas notas de um amigo), tentou se tornar professor. Tudo o que conseguiu, porém, foi tornar-se funcionário do Escritório de Patentes da cidade de Berna, em 1901. Nesse ano ele também se naturaliza suíço.

Quatro anos mais tarde, entretanto, Einstein publicou nada menos que cinco trabalhos científicos no Anuário Alemão de física. Um deles oferecia uma explicação para o efeito fotoelétrico.. Nesse fenômeno, a luz, ao incidir sobre certos metais, provoca emissão de elétrons. Quanto maior é a intensidade da luz, maior é a quantidade de elétrons liberados. A energia dessas partículas, porém, não aumenta, e esse fato permanecia inexplicável pelas teorias então disponíveis. Einstein conseguiu elucidar esse problema aplicando a teoria quântica de Max Planck. Isso abriria o caminho que mais tarde levaria ao desenvolvimento da Física Quântica.

Em outro dos cinco trabalhos de 1905, Einstein oferecia uma explicação matemática do movimento browniano. Essa análise também serviria, mais tarde para permitir os primeiros cálculos confiáveis dos tamanhos dos átomos.

Num terceiro trabalho, abordou a velocidade da luz, que se revelara, em experimentos, surpreendentemente constante, independendo do movimento da fonte luminosa. Einstein admitiu que, de fato, essa velocidade independia tanto da fonte quanto do observador. Admitiu também que a luz tinha características quânticas. Essa concepção encerrava a velha disputa sobre a natureza da luz. Ele também suprimiu a necessidade do conceito de éter ao advogar que no universo não existem nem movimento absoluto nem repouso absoluto, mas que movimento e repouso são sempre relativos. Essa idéia o levaria à formulação da teoria da Relatividade Restrita.

Essas novas concepções mudaram rapidamente a visão de universo que se tinha desde Newton. Um dos aspectos mais notáveis dessa mudança é que afetava as próprias idéias de espaço e de tempo, que deixavam de ser considerados entidades absolutas. Na teoria da Relatividade Restrita, Einstein determinou a relação existente entre massa e energia, expressando-a na igualdade E = m . c2 (onde E é a energia, m a massa e c a velocidade da luz). Massa e energia passam a ser vistas como aspectos diferentes que as leis de conservação da massa (de Lavoisier) e de conservação da energia (de Helmholtz). Foi com essa teoria que se pôde explicar de onde provinha a energia liberada pelos elementos radiativos. Ela se faz à custa de uma diminuta perda de massa do núcleo atômico.

Apesar desses trabalhos revolucionários, Einstein, já então doutorado, só obteria um cargo de professor universitário quatro anos depois. Em 1913, retornou à Alemanha para trabalhar na sociedade científica Kaiser Guilherme, em Berlim. Trabalhou então na ampliação da teoria da Relatividade para casos mais gerais, conseguindo por fim nela englobar a própria teoria da gravitação de Newton. A nova Teoria da Relatividade Geral, de 1916, permitia, mais do que qualquer outra teoria até então formulada, explicar o maior número possível de fenômenos do universo, possibilitando inclusive prever fenômenos ainda não observados. Um destes é o desvio que a luz sofreria por ação da gravidade. Um eclipse solar ocorrido alguns anos depois, em 1919, serviria para confirmar o desvio teoricamente previsto da luz de algumas estrelas. (As medições foram efetuadas em Sobral, Ceará. Cientistas de todo o mundo para lá se dirigiram). Tais evidências levaram Einstein a ser indicado como concorrente ao Prêmio Nobel de Física, mas as objeções surgidas no meio científico ainda eram tão grandes que ele receberia o prêmio de 1921 apenas pelo trabalho sobre o efeito fotoelétrico.

Em 1930, Einstein visitou os Estados Unidos para proferir palestras, mas preferiu ali permanecer, já que o nazismo iniciava sua ascensão na Alemanha. Em 1940, naturalizou-se norte-americano.

Durante a Segunda Guerra Mundial, diante da possibilidade de que a Alemanha construísse uma bomba atômica, foi convencido a escrever uma carta ao presidente Franklin Roosevelt explicando ser necessário criar um programa de pesquisas para adiantar-se àquela ameaça. Seis anos depois disso, em 1945, a primeira bomba atômica era detonada em teste num deserto dos Estados Unidos. Com a derrota da Alemanha na guerra, a nova arma não chegou a ser utilizada na Europa, mas no Japão, que ainda permanecia no conflito.

Mais tarde, Einstein passou a trabalhar para o estabelecimento de acordos internacionais que afastassem a possibilidade de guerras atômicas, mas seus esforços tiveram pouco resultado. O acúmulo de artefatos bélicos nucleares continuou a crescer, e só na década de 1980 se iniciaria o desmonte de parte desse arsenal.


Cabeça grande, cabelos desgrenhados, roupas amarfanhadas e um inabalável bom humor. Esta é a imagem difundida daquele que, com certeza, foi uma figura carismática e o maior gênio do nosso tempo. Imagine que a foto famosa, transformada em pôster popularizado no mundo inteiro, ajudou a fixar.

Albert Einstein, os longos cabelos brancos eriçados, os olhos brilhantes, mostra a língua para o mundo que nunca mais foi o mesmo depois dele.

Queiramos ou não, entendamos ou não, vivemos no universo pôr ele decodificado quando, no início do século, definiu a teoria da relatividade. Séculos se passaram até que a concepção geocêntrica de Aristóteles fosse trocada pelo universo heliocêntrico de Copérnico, Kepler e Galileu que, por sua vez, foi modificado e quantificado pelo universo mecânico de Newton, até que Einstein, no amanhecer deste século poente, o substituísse pôr sua equação a um tempo magnífica e assustadora. Formulou uma teoria que o levou próximo à descoberta do mistério da Criação e, paradoxalmente, também o aproximou de Deus, não da divindade reverenciada pelas religiões organizadas, mas de Deus como uma metáfora para o incompreensível, o inexplicável.

Um dos obstáculos à melhor compreensão de Einstein, além da complexidade de seu pensamento, é o fato de ter sido o primeiro cientista a viver sob os refletores da mídia, transformado que foi em uma espécie de superstar da ciência. Outro paradoxo entre os muitos que emolduram a biografia deste homem raro. No capítulo a ele dedicado em Gigantes da Física (Jorge Zahar Editor, 1998) Richard Brennan lembra que as teorias de Einstein tornaram-se os primeiros assuntos científicos que os meios de comunicação de massa, emergentes nos anos 30, tentaram popularizar. " Mas como até as mais simples explicações das teorias pareciam à imprensa contrárias ao bom senso e de difícil entendimento, a atenção se voltou para o próprio homem. Os refletores da mídia criaram uma espécie de caricatura, que se transformou na imagem popular de um cientista moderno ".

sábado, 10 de junho de 2017

Vídeo - Isto é Matemática T03E09 Hoje Lavas Tu a Louça

Curiosidade - Ibiza - Ilhas europeias para férias de verão inesquecíveis


Famosa no mundo inteiro pela sua vida nocturna agitada, é durante o verão que acontecem os festivais de música electrónica que movem multidões.Tem uma seleção de bares de renome mundial, belíssimos hotéis e uma linha costeira que não fica atrás.

Informação retirada daqui

Biografia - Megahertz


BIOGRAFIA MHZ
Grupo de Cantanhede que participou no Só Rock, em Coimbra. O grupo era formado por Idalécio (teclados e voz), João Lopes (guitarra, ocarina e voz), José Luis (baixo) e Carlos Lopes (bateria).

Lançaram o primeiro single, "Ele É o Freak da Sua Rua", em 1981.

Em 1982 lançaram um novo single, produzido por Frodo, com "Febre dos Tempos" no lado A e uma versão de "A Lenda de El Rei D. Sebastião", do Quarteto 1111, no lado B.

DISCOGRAFIA
Ele É o Freak da Sua Rua/Tu (Single, Roda, 1981)
Febre dos Tempos/A Lenda de El Rei D. Sebastião (Single, Roda, 1982)

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Biografia - Adam de la Halle

Adam de la Halle (1237-1285) foi um trovador francês, também conhecido como Adam, o Corcunda. É considerado o precursor da comédia francesa. Nascido em Arras, revela habilidade com as palavras e os sons desde a juventude. Muda-se para Paris, onde aperfeiçoa seu talento em apresentações na corte francesa. Acompanha o rei Carlos I, duque de Anjou, em viagens à Sicília e a Nápoles.
Compõe rondós e motetes – forma introduzida pela Ars Antiqua que consiste na apresentação simultânea de mais de um texto em cena. Halle desvincula a música do caráter religioso, comum na época. Seu trabalho é tido como o início da Ars Nova, estilo criado por Philippe de Vitry e Guillaume de Machaut.
Faz dezenas de poemas e composições musicais polifônicas, como os 16 rondós a três vozes e os 18 jogos partidos. Entre seus textos teatrais conhecidos estão A História de Griseldis, considerada precursora das peças sérias sem a conotação religiosa da época, e o Jogo de Robin e Marion, comédia pastoral musicada tida como uma das primeiras operetas francesas.

Biografia retirada de e-biografias

Biografia - Gregor Mendel


Gregor Mendel foi o fundador da Genética; ele demonstrou através das suas experiências que as características são herdadas através de pequenas "partículas" — mais tarde denominadas de genes. Antes dos seus estudos, acreditava-se que as características dos dois progenitores se misturavam durante a transmissão. Mendel provou que os genes permanecem intactos durante a transmissão, apesar da sua combinação poder resultar numa característica diferente da dos progenitores. A genética evoluiu muito desde estes estudos: descobriu-se que o material genético era constituído por ácido desoxirribonucleico (ADN), que a sua estrutura era em dupla hélice, e que o código genético era universal. Hoje, a manipulação genética é comum e permitiu o desenvolvimento da clonagem.


História de Vida

Segundo filho de uma família de agricultores, nasceu em 1822 em Heinzendorf, na actual República Checa. Sendo um brilhante estudante, foi apoiado pela família a seguir estudos superiores, e mais tarde, a entrar para um mosteiro Agostinho em Brünn, também na actual República Checa. Completou os seus estudos na Universidade de Viena, e, de volta ao mosteiro, tornou-se professor numa escola secundária. Tinha também a seu cargo a supervisão dos jardins do mosteiro, o que lhe proporcionava inúmeros passeios, onde observou que plantas da mesma espécie apresentavam diferentes aspectos.


A partir destas observações, Mendel delineou um estudo com o objectivo de descobrir como apareciam as diferentes características nos indivíduos. Realizou estudos com plantas e animais, mas os melhores resultados que obteve foram com a ervilheira Pisum sativum, que ele criava no jardim do mosteiro. Entre 1856 e 1863 cultivou e realizou estudos em mais de 28.000 ervilheiras.

Estudos em Hereditariedade

Inicialmente, Mendel tinha que obter indivíduos puros em relação a uma característica, como por exemplo a cor das sementes (que podem ser verdes ou amarelas). Para isso, autopolinizava e embrulhava cada planta individualmente, de forma a evitar a polinização por insectos – polinização cruzada. A autopolinização era o processo mais indicado, pois o grão de pólen fecundava o órgão feminino da flor onde foi produzido e assim não eram introduzidos novos factores na geração seguinte. Deste modo, conseguiu isolar indivíduos que só produziam sementes amarelas e indivíduos que só produziam sementes verdes.

Cruzou estes indivíduos e obteve uma primeira geração de híbridos – geração F1, onde verificou que todas as sementes produzidas eram amarelas. Da autopolinização destes híbridos resultou a geração F2, e apareceram sementes amarelas e sementes verdes, numa proporção de 3 para 1, como está indicado na anterior. Ou seja, 75% dos indivíduos apresentavam a mesma característica que o progenitor e 25% apresentavam uma característica que não se tinha verificado na geração que lhe tinha dado origem.


Os indivíduos da geração F1 herdaram dois factores diferentes, mas apenas um deles é responsável pela característica que o indivíduo apresenta. Este factor foi descrito como dominante, e o factor que não se revela na geração F1 e reaparece em 25% da geração F2, como factor recessivo. Quando um indivíduo da geração F2 herda dos seus progenitores dois factores recessivos, a característica reaparece, como representa ao lado.

A interpretação dos resultados, levou Mendel a formular a lei da segregação factorial e a lei do agrupamento independente dos caracteres, hoje reconhecidas como duas das leis fundamentais de hereditariedade. A lei da segregação factorial enuncia que, para cada característica, um organismo herda dois factores, um de cada progenitor. Os factores podem ser iguais ou diferentes. Se forem diferentes, o dominante expressa a característica, e o recessivo não tem efeito nas características do indivíduo. Acrescenta ainda que durante a formação dos gâmetas (células sexuais) os factores separam-se e cada gâmeta possui um só factor. A lei do agrupamento independente demonstra que o aparecimento de um factor não afecta o aparecimento de outro. O factor dominante que determina a característica do indivíduo não influencia o factor recessivo: este pode ser transmitido à descendência sem alterações. Assim, os estudos de Mendel permitem calcular o aparecimento de um factor através de probabilidades matemáticas.

Actualmente, mais de um século após os trabalhos de Mendel, a evolução da Genética gerou diferentes interpretações. Os factores responsáveis pela transmissão de uma característica correspondem a segmentos de DNA e são designados de genes. Estes podem ter diversas variantes, ou alelos, podendo ser dominantes ou recessivos. O conjunto particular de alelos de um organismo denomina-se genótipo, e codifica as características visíveis do organismo, reconhecido como fenótipo. Este corresponde ao modo como o genótipo se expressa. Utilizando o exemplo: ao genótipo AA e ao genótipo Av (figura anterior) corresponde o mesmo fenótipo — sementes amarelas.

Impacto dos Resultados

O jardim do mosteiro foi o humilde laboratório onde Mendel demonstrou que a transmissão dos caracteres não é ambígua; antes, que pode ser prevista. Em 1860 publicou o seu trabalho "Versuche über Pflanzen-Hybriden" (Experiências com híbridos de plantas). No entanto, como não tinha ligação a uma instituição científica, o seu trabalho só foi reconhecido em 1900, 16 anos após a sua morte.

O impacto das teorias genéticas propostas por Mendel é hoje inquestionável. Sabe-se que várias doenças são de transmissão genética e pela aplicação das teorias pode prever-se a probabilidade de transmissão dessa doença à descendência. As plantas, como o trigo e o milho, são produzidas em laboratórios de forma a resistirem a doenças e a problemas climáticos e a gerarem culturas mais rápidas. Estes são apenas alguns de tantos outros exemplos que demonstram o impacto na vida actual das teorias de Mendel

Referências
Mendelweb 
http://www.universal.pt/ 
Gregor Mendel and Mendelian Genetics 
Glória Almeida 

Biografia - D. João de Almeida Portugal, 2.º marquês de Alorna

n.      7 de novembro de 1726.
f.       9 de junho de 1802.

Oficial-mor da Casa Real (vedor honorário da fazenda); comendador da comenda de Moreira na Ordem de Cristo; capitão de cavalaria do exército, sócio da Academia da História Portuguesa.

Nasceu a 7 de novembro de 1726; faleceu a 9 de junho de 1802. Era filho do 3º. conde de Assumar e 1º. marquês de Alorna, D. Pedro Miguel de Almeida Portugal, e de sua esposa, D. Maria de Lencastre, filha dos 4.os condes de Vila Nova de Portimão.

Desejando seu pai proporcionar-lhe uma educação esmerada, obteve licença de D. João V, para que D. João fosse estudar a Paris. Em 2 de dezembro de 1747 casou com D. Leonor de Lorena e Távora, filha do 3.º marquês de Távora, D. Francisco de Assis e Távora, herdeiro da casa de Alvor e 6.º conde de S. João, casado com D. Leonor Tomásia de Távora, senhora e herdeira desta casa, e 6.ª condessa de S. João.

O marquês de Alorna estava nomeado embaixador na corte de Luís XV, de França, mas o atentado de 3 de setembro de 1758 o obrigou a ficar em Lisboa, por ter sido preso e encerrado na torre de Belém, sendo a marquesa enviada para o convento de Chelas com as suas duas filhas menores, D. Leonor, que foi a grande poetisa marquesa de Alorna (V. este nome), e D. Maria, mais tarde condessa da Ribeira Grande. Seu filho D. Pedro, que contava apenas quatro anos de idade, ficou abandonado, entregue à compaixão dos familiares de sua casa. O marquês de Pombal ordenara aquela prisão, pelo facto do marquês se tornar suspeito, em consequência dos laços de parentesco que o ligavam família dos Távoras. Apesar do seu carácter severo, o ministro de D. José sempre teve consideração com aqueles fidalgos, porque nenhum dos Alornas figurou na triste e horrorosa tragédia de Belém.

O prisioneiro foi depois transferido para o forte da Junqueira. Dezoito anos esteve preso. Dos incómodos e trabalhos que então sofreu, juntamente com os seus companheiros do infortúnio, o marquês escreveu uma breve relação, que se veio a publicar-se muitos anos depois da sua morte, em 1857. Morrendo D. José, em 24 de fevereiro de 1777, D. Maria I subiu ao trono, e os prisioneiros do Estado foram logo postos em liberdade. Alguns, porém, e entre eles o marquês de Alorna, não quiseram gozar dessa liberdade sem que a sua inocência fosse bem reconhecida e proclamada. A rainha acedeu àquele desejo, e numa portaria, com a data de 7 de março do referido ano de 1777, determinou que os presos saíssem dos cárceres e fossem residir a vinte léguas da corte até alcançarem a reabilitação desejada. O marquês retirou-se para a sua quinta de Vale de Nabais, próximo de Almeirim, com sua mulher e filhas, levando também consigo o filho do duque de Aveiro. Dois meses depois, seu filho D. Pedro, conde de Assumar, foi apresentar-lhe por ordem da soberana, o decreto em que se declarava que, em vista do parecer conforme de uma junta para esse fim congregada, fora considerado inocente e sem prova alguma por onde pudesse dizer-se criminoso; por isso ficava restabelecido em todas as honras e liberdades, que por diante lhe competiam. Animado com este decreto de reabilitação, o marquês retirou-se para Lisboa, recebendo no seu palácio as pessoas da mais elevada aristocracia, que todas as noites ali se juntavam, e onde brilhava o peregrino talento de sua filha, D. Leonor de Almeida, futura marquesa de Alorna, já consagrada como poetisa no convento de Chelas.

O marquês, porém, preocupava-se muito com o horroroso fim dos marqueses de Távora e seus cúmplices, e empregou todos os seus cuidados e solicitude para obter a revisão da sentença que os condenara, tão sumariamente, em julgamento especial, criado pelo marquês de Pombal. Só no fim de dois anos de incansáveis lutas que conseguiu que saísse um decreto, com a data de 10 de outubro de 1780, nomeando uma comissão para se encarregar dessa delicada e árdua empresa. O marquês não descansava, nem o procurador que em Lisboa trabalhava por sua ordem. O procurador, porém, irritado com os contínuos transtornos que sobrevinham, teve a imprudência de redigir um memorial muito inconveniente e com propostas arrojadas. Este excesso de zelo pela causa por que trabalhava, indignou os juízes, e a própria rainha manifestou o seu despeito. O velho fidalgo, que então estava em Almeirim, teve de vir a Lisboa declarar que não autorizara nem tivera conhecimento de semelhante memorial. Os trabalhos da junta ficaram então paralisados por algum tempo, continuando depois morosamente, até que a rainha deu ordem positiva para que os juízes se reunissem em sessão, em a noite de 3 de abril de 1781 com a obrigação de naquela mesma noite lavrarem a sentença. Os juízes assim o fizeram, a sessão durou até alta madrugada, e no fim de grandes debates ficou decidido que os únicos culpados daquele atentado, haviam sido o duque de Aveiro e três dos seus criados, declarando os Távoras inocentes, a quem por isso levantaram a nota de infâmia que lhes fora imposta, reabilitando a sua memória. Se o processo feito debaixo da pressão do marquês de Pombal fora irregular, o da revisão do processo não o era menos, e apresentando o procurador-geral da coroa certos embaraços à nova sentença, esta ficou sem efeito. O marquês ainda não desistiu do seu intento; as suas diligências e pedidos eram incessantes; vendo que nada conseguia, chegou a tratar com arrogância e desabridamente o ministro marquês de Ponte de Lima, na própria Secretaria do Estado. A rainha mostrou-se ofendida, e o marquês retirou-se para a sua quinta em Almeirim, onde faleceu; a marquesa, sua esposa, já havia falecido, a 30 de outubro de 1790. O marquês tinha herdado de seu pai a casa e o título, em 10 de novembro de 1756.

Escreveu: As prisões da Junqueira, durante o ministério do marquês de Pombal, escritas ali mesmo pelo marquês de Alorna, uma das suas vítimas. Publicada conforme o original, por José de Sousa Amado, presbítero secular, Lisboa, 1857. Esta obra esteve inédita durante setenta anos, e apareceram várias cópias com o titulo de: Relação dos presos do forte da Junqueira, etc. É um documento curioso pelas particularidades que encerra, acerca das pessoas e sofrimentos dos presos do Estado, que jazeram no referido forte, donde só foram postos em liberdade, em 1777, depois da morte do rei D. José.

Biografia retirada de Arqnet

Manual - Introdução à Programação


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sexta-feira, 9 de junho de 2017

Biografia - Melleril de Nembutal


BIOGRAFIA
Projecto que juntava Canto Buendia (guitarra), Miguel Santos (baixo e percussões), Itaperapetuxe (bateria), Justo Infantes (baixo e percussão), Canio Silvestre (voz), Camarada MgGuinty (percussão e harmónica), Arcádio Maturina (performer) e Cénti Papa (violino e flauta). Por vezes também aparecia Lua Côma .

Em 1985 participaram no festival de Nova Música do Porto. Na primeira vez que os viu, em Dezembro de 1986, o jornalista António Pires (Blitz) descreveu os Melleril de Nembutal assim (texto extraído do blog Juramento Sem Bandeira):

«Os Melleril de Nembutal (banda que deve ir buscar o nome a um produto híbrido de comprimidos para a dor de dentes e um qualquer descendente do Australopithecus Afarensis) tiveram a sorte ingrata de abrir uma noite destinada a visitas importantes [Mão Morta e RongWrong] naquela casa [Rock Rendez-Vous] e cumpriram o seu papel: comportaram-se como putos traquinas, puseram o dedo no nariz, partiram a loiça, queixaram-se publicamente da mãe. Bem, agora a falar a sério (se seriedade é uma palavra que se pode aplicar neste caso) -- as canções dos Melleril demonstram a fragilidade técnica da banda, um muito fraco domínio dos instrumentos, mas mostram também que há ali bastante mármore de qualidade que com duas ou três marteladas e meia polidela pode dar uma bela estátua de N. Sra. das Dores. A sua música, conduzida por dois vocalistas incrivelmente kitsch e divertidos (um traz vestido um guarda-roupa completo de ceifeira alentejana e o outro apenas uns collants rendilhados), vai beber directamente à Tradição portuguesa, tanto em termos musicais como líricos, as suas referências -- o Alentejo (Janita Salomé possivelmente soaria assim se tivesse menos 20 anos), os cantos árabes, os ritmos tribais que até nem aparecem por acaso, visto alguns dos membros já terem tocado com Farinha -- juntam-se aos símbolos maiores do nosso país (os cultos católicos, a presença obsessiva da Mãe, a possessão demoníaca) para dar aos Melleril um som muito próprio e bastante prometedor.»

Em 1987, os Melleril de Nembutal concorreram ao IV Concurso de Música Moderna do Rock Rendez-Vous onde conseguiram o Prémio de Originalidade.

NO RASTO DE...
Miguel Santos chegou a trabalhar no jornal Blitz. Actualmente trabalha na secção londrina da Fundação Calouste Gulbenkian. 

Depois do fim da banda, Miguel Santos formou o projecto Hesskhé Yadalanah e a editora Johnny Blue pela qual chegou a editar uma cassete em caixa de cortiça com o nome do seu antigo grupo: "Melleril de Nembutal" é uma cassete de luxo reduzida a 100 exemplares em caixa de cortiça, assinada por Hesskié Yadalanah, "alter ego" do próprio editor.

Os restantes elementos formaram os RU 486 que participaram em algumas cassetes da Facadas na Noite e da K7 Pirata. Depois do fim deste projecto apareceram os Subterfugio (cinco elementos originais dos Melleril, entre eles a voz de José Jacinto) que nos inícios dos anos 90 editaram uma cassete pela K7 Pirata.

O projecto Uru Eu Wau Wau era formado por Miguel Santos e por outro ex-Melleril de Nembutal.

Informação retirada daqui


Vídeo - Já Conheces Esta App? ep.01

Vídeo - Já Conheces Esta App? ep.02

Biografia - Alessandro Volta

(1745 - 1827) Cientista italiano, nascido em Como, próximo a Milão, famoso por inventar a pilha elétrica (1801). Aos 16 anos abandonou o colégio e foi morar com um tio e estudar sozinho. Estudou na cidade natal e depois (1870) iniciou uma série de viagens pela Europa em busca de conhecimentos científicos. Aos 30 anos passou a ensinar física no Ginásio de Como e a se dedicar à pesquisa de fenômenos elétricos. Inventou o eletróforo (1875), usado para gerar eletricidade estática, isolou o metano (1778), desenvolvendo o aparelho chamado eudiômetro, e assumiu a cátedra de física (1779) da Universidade de Pavia. Estudando as anotações de Galvani sobre os movimentos agitados de uma rã morta, em cujo tronco se aplicara um arco metálico, iniciou uma pesquisa (1792) que resultaria na sua invenção mais histórica: a criação da pilha elétrica (1800), a primeira fonte de corrente contínua. Empilhando discos de cobre e de zinco separados por discos menores de flanela e cartão embebidos em água salgada e ácido sulfúrico, produzindo corrente elétrica. Este invento foi apresentado pelo autor em vinte de março daquele ano a Royal Society de Londres, à época presidida pelo inglês J. Banks, com o nome de órgão artificial de eletricidade. A convite de Napoleão, foi a Paris (1801) para fazer uma demonstração de suas pesquisas sobre a geração de corrente elétrica por uma bateria, recebendo do imperador francês a medalha da Légion d'Honneur e sendo feito senador do reino da Lombardia. Embora suas principais pesquisas tenham sido no campo da eletricidade, também desenvolveu trabalhos importantes na fabricação industrial de vacinas e do amianto e difundiu a cultura do bicho da seda. A unidade de tensão, ou de força eletromotriz, volt foi assim nomeada em sua honra.

quinta-feira, 8 de junho de 2017

Biografia - Ilda Aurora Pinheiro de Moura Machado


Primeira meteorologista portuguesa, nascida no Porto, filha de professores primários, frequentou o liceu Carolina Michaelis de Vasconcelos naquela cidade, tendo no final do curso recebido o prémio de melhor aluna. Estudou nas universidades do Porto e Coimbra. Licenciou-se em Matemática e Engenharia Geográfica e ainda em Ciências Pedagógicas. Como Curso do Conservatório de Música que fez paralelamente aos outros, partiu para Itália. Casou em 1939. Teve dificuldade em arranjar emprego por ser mulher e por possuir demasiados cursos, porém, depois de se tornar membro do Sindicato dos Engenheiros Geógrafos foi chefiar, em Lisboa, a Empresa Nacional de Estudos Técnicos, ligada a estudos topográficos, onde apenas trabalhavam homens. A empresa fechou por altura da 2ª Grande Guerra e em 1945, Ilda foi frequentar aulas de meteorologia na Faculdade de Ciências de Lisboa. Viria a ser a primeira meteorologista portuguesa durante dezassete anos. Esteve na origem da criação da Estação Meteorológica de Pedras Rubras no Porto. De regresso à capital assumiu, em 1983 o cargo de chefe de divisão de Meteorologia Marítima. Deixou obras escritas sobre a poluição do estuário do Sado e sobre o clima nas costas portuguesas e o seu interesse para a navegação.

Biografia retirada daqui