quinta-feira, 4 de janeiro de 2018
Conteúdo - Determinação do Epicentro de um Sismo
A distância epicentral corresponde à distância que vai do epicentro à estação sismológica, podendo ser medida em quilómetros e em ângulo epicentral. O ângulo epicentral corresponde ao ângulo formado por um raio terestre que passa pelo epicentro e por outro raio terrestre, que passe pela estação sismológica. A determinação da distância epicentral necessita do conhecimento do atraso S-P. O efeito da diferente velocidade das ondas sísmicas observa-se através de uma análise de vários sismogramas do mesmo sismo. Quanto maior for a distância epicentral, maior será o efeito da diferença de velocidade, pelo que maior será o valor do atraso S-P. Ao analisar a figura ao lado, onde estão representados três sismogramas registados nas estações A, B e C, e o comportamento das ondas sísmicas (ondas P, S e L) em função da distância epicentral, pode concluir-se:
-quanto maior é a distância epicentral, maior é o atraso S-P, o que é visível através do amior afastamento das curvas de velocidade das ondas sísmicas e d maior afastamento existente entre a chegada das ondas P e das ondas S nos sismogramas;
-o registo da chegada das ondas P é tanto mais tarde quanto maior é a distância epicentral; a velocidade das ondas P aumenta com o incremento da distância ao epicentro;
-a velocidade das ondas S aumenta com o incremento da distância ao epicentro;
-a velocidade das ondas L mantém-se constante, independemente da distância epicentral.
A distância epicentral pode-se determinar através de uma tabela de distância-magnitude-amplitude, através de tabelas já existentes para o efeito e, empiricamente, através de uma fórmula. Os sismos, quanto à distância epicentral, podem ser considerados sismos locais (distância epicentral menor que 150 km), sismos próximos (distância epicentral menor que 1000 km) e sismos distantes (distância epicentral maior que 1000 km).
quarta-feira, 3 de janeiro de 2018
Biografia - Berzelius
Berzelius nasceu em Linköping, na Suécia, em 20 de agosto de 1779 e faleceu em Estocolmo, em 7 de agosto de 1848. Foi considerado um dos fundadores da química moderna, especialmente notado pela determinação de pesos atômicos de vários elementos, pelo desenvolvimento dos símbolos químicos modernos, pela teoria eletroquímica, pelo descobrimento e isolamento de vários elementos, pelo desenvolvimento de técnicas analíticas clássicas e por suas investigações em isomerismo e catálise, que tiveram seus nomes por ele fornecido. Foi estritamente experimentalista e insistia que qualquer nova teoria deveria ser consistente com a somatória do conhecimento químico.
Aproximadamente em 1807, Berzelius iniciou suas análises sobre a composição das substâncias químicas. Trabalhando em seu tempo livre e com instrumentos de laboratório mais parecidos com utensílios de cozinha e técnicas de sua própria improvisação e desenvolvimento, estudou cerca de 2000 compostos num período de 10 anos. Utilizou oxigênio como base de referência para os pesos atômicos e outros elementos e foi guiado pela lei das proporções múltiplas, teoria atômica, os princípios de isomerismo e a Lei de Gay-Lussac da combinação de volumes. Sua tabela resultante de proporções combinadas e pesos atômicos, publicada em 1818 e revisada em 1826, possuía um considerável grau de precisão.
Neste ínterim, Berzelius iniciou experimentos sobre a eletrólise de várias soluções. Este estudo levou à sua Teoria Eletroquímica Dualística, onde os compostos eram feitos de dois componentes eletricamente deferentes (um positivo e outro negativo). Em sua tentativa de estender esta hipótese e incluir também os compostos orgânicos, contribuiu para o fundamento da teoria radicalar.
Berzelius descobriu os elementos Césio (1803), selênio (1817) e tório (1828). Isolou o silicone (1823), zircônio (1824) e titânio (1825); classificou os minerais em uma base química, e realizou estudos detalhados sobre os compostos telúrio, vanádio, molibdênio, tungstênio, urânio, entre outros. Algumas vezes denominado como o pai da análise gravimétrica, introduziu o uso do banho de água, do dessecador, da pisseta, do papel de filtro, da bagueta de borracha e melhorou a técnica de moldagem em vidro.
Publicou mais de 250 artigos originais, a maioria em sueco, na "Transactions of the Stockholm Academy". Seus reportes em química e física, e seu livro-texto em química, que tiveram cinco editores e foram traduzidos para alemão e francês, influenciaram grandemente o desenvolvimento da química em seu tempo.
Biografia - António Teixeira Rebelo
n. 1748.
f. 5 de outubro de 1825.
Fidalgo da Casa Real, conselheiro, comendador da ordem de S. Bento de Avis, marechal de campo, ministro e secretário de Estado, fundador e primeiro director do Colégio Militar, etc. N. na freguesia da Cumeeira, concelho de Santa Marta de Penaguião, em 1748, fal. em Lisboa a 5 de Outubro de 1825.
Depois de estudar gramática latina e filosofia, alistou se a 27 de Setembro de 1761 como voluntário no regimento de artilharia de Valença, que então se organizara. Em 1780 matriculou-se na Academia de Marinha. onde obteve plena aprovação em todos os anos, ambos os partidos e os mais distintos elogios de todos mestres. Foi promovido a 2º tenente em 1784 para o regimento de artilharia de Faro, do qual passou para o regimento da corte, e nessa época traduziu do inglês o Tratado de artilharia de João Muller, que se imprimiu em 1793, 2 tomos com estampas, sendo adoptado na academia militar, podendo essa versão considerar-se uma obra original pelas correcções e aditamentos que lhe fez Teixeira Rebelo.
Tendo no último dos regimentos indicados ganho por oposição todos os postos até ao de major, em 1792, foi nomeado comandante da artilharia das forças que em auxílio do exército espanhol partiram para o Rossilhão, e nessa campanha se distinguiu muito em varias ocasiões, e especialmente na acção de 29 de Maio de 1794, concorrendo eficazmente para a vitória alcançada, pelas posições difíceis que tez ocupar à artilharia. Sendo já tenente-coronel graduado, passara em 1793 à efectividade desse posto. Foram relevantíssimos os serviços prestados por este oficial na guerra contra os soldados da república francesa, já estabelecendo e regularizando a administração dos hospitais, já cuidando no provimento dos transportes para os parques e, quase no fim da luta, a seu pedido, obteve autorização do governo de Madrid para, nos estabelecimentos de Barcelona, fundir peças e construir reparos e palamentas para substituir o material da nossa artilharia, que fora perdido pelo exercito espanhol.
Aproveitando essa ocasião. que se oferecia, tirou dos arquivos desses estabelecimentos fabris os planos que julgou convenientes para o progresso da artilharia entre nós, e regressando à pátria, depois de finda a campanha, foi em 1796, já em coronel graduado, nomeado comandante do parque de artilharia que nesse ano devia acompanhar o exército de observação do Alentejo. No fim de 18 meses desse importante comando, foi encarregado de melhorar a fortificação de Abrantes, e logo em seguida de dirigir a reedificação da praça de Cascais e de todos os fortes marítimos desde o de Santo António da Barra até ao do Cabo da Roca, e nesse serviço se empenhou com toda a sua costumada actividade e inteligência despendendo até de seu bolso algumas somas para mais depressa realizar as obras que julgava necessárias. No meio desses trabalhos que só por si seriam bastantes para ocupar deveras qualquer outro homem, encontrou ainda Teixeira Rebelo tempo para fazer um reconhecimento de terreno e costas adjacentes à praça de Cascais, propondo em vista dele um plano de defesa contra o ataque dum inimigo que desembarcasse naquelas proximidades.
Quando em 1801 se tratou de preparar o nosso exercito para resistir à agressão da Espanha, foi Teixeira Rebelo incumbido do estabelecimento de parques volantes e de reserva, da construção e organização dum depósito geral, e da criação, organização e instrução das companhias de artilharia montada, arma até então desconhecida no nosso país. Em 1802 foi promovido a coronel efectivo, e fazendo parte da Sociedade Real Marítima, foi em 1803 encarregado de organizar a instrução para a manobra das peças de todas as qualidades e calibre, nomeado membro da comissão do Código Penal Militar; em 1804 foi escolhido para dar parecer sobre a nossa pólvora e sobre o alcance das peças e resistência dos reparos de nova construção; em 1807 teve a promoção de brigadeiro, e depois, em 1808, desempenhou varias comissões importantes, mas o principal título de glória de Teixeira Rebelo foi a criação do Colégio Militar, em 1803, que teve princípio com o título de Colégio da Feitoria, ou Colégio Regimental da Artilharia da Corte, que depois tornou a denominação de Colégio Militar, sendo Teixeira Rebelo nomeado em 1818 seu director. Desde então o seu constante pensamento, até falecer, foi o progresso e o desenvolvimento daquele estabelecimento de tão grande utilidade. (V. Real Colégio Militar, no Portugal, vol. VI, pag. 105 e seguintes).
Em 1821 foi Teixeira Rebelo promovido a marechal de campo, e sendo chamado a exercer o cargo de ministro e secretário de estado dos negócios da guerra, esteve na gerência dessa pasta desde 1 de Fevereiro de 1821 até 8 de Setembro do mesmo moer. Deixando o ministério voltou ao exercício do cargo de director do Colégio Militar, até que faleceu. Aquele estabelecimento no ano seguinte à morte. em homenagem à sua memoria, colocou o seu retrato numa das suas salas, pronunciando-se naquela cerimónia solene um Artigo necrologico, que foi impresso, e no qual se lêem estas palavras: “A memória do Sr. António Teixeira Rebelo justamente será duradoura no Real Colégio Militar como a memória do homem a quem ele deve os princípios da sua existência; e o monumento simples que ali hoje se lhe erige, é um tributo devido ao seu reconhecimento e não um estímulo necessário à sua lembrança.»
Teixeira Rebelo era sócio da Sociedade Real Marítima Militar e Geográfica, onde apresentou os seguintes trabalhos: Memoria sobre a necessidade de levantar cartas topographicas e formar memorias em que se dê conta em detalhados terrenos relativamente aos movimentos militares; Memoria em que se dá uma ligeira ideia das serras, cordilheiras e terrenos irregulares e se arbitra a sua classificação e nomes. À mesma sociedade além destes trabalhos, apresentou ainda o Tratado de artilharia, de Muller, já citado, e elaborou a Instrução geral, ou escola de serviço braçal da arma de artilharia, mandada organisar por ordem de Sua Majestade, em 1819.
Informação retirada daqui
segunda-feira, 1 de janeiro de 2018
Biografia - Bohr
(1885 - 1962) Físico dinamarquês, natural de Copenhague, cujas pesquisas lançaram as bases para o desenvolvimento da moderna física nuclear e considerado um dos mais importantes físicos teóricos do século. Filho de um professor de fisiologia da universidade de Copenhague, nesta cidade estudou até obter o doutorado (1911) com uma tese sobre o comportamento eletrônico dos metais. Depois que trabalhou em Cambridge com Thompson, foi trabalhar em Manchester (1912) com Ernest Rutherford e a partir das teorias e do modelo planetário de Rutherford, utilizando os fundamentos da física quântica, estudou e descreveu a teoria dos elétrons orbitais do átomo criando, portanto, as bases da moderna teoria atômica (1913). Segundo ele, os elétrons estavam distribuídos em níveis de energia característicos de cada átomo criando o modelo quântico do átomo. Ao absorver um quanta de energia, um elétron pode pular para outro nível e depois voltar a seu nível original, emitindo um quanta idêntico.
Voltando a Dinamarca (1916), foi nomeado professor de física na Universidade de Copenhague e, posteriormente, diretor do recém-criado (1920) Instituto de Física Teórica da Universidade de Copenhague (1921). Ganhou o Prêmio Nobel de Física (1922) por suas pesquisas sobre estruturas e radiações atômicas. A ocupação da Dinamarca pelo exército alemão (1940), a ascendência judia e suas atividades anti-nazistas obrigaram-no a viajar para a Inglaterra e mais tarde para os Estados Unidos, onde colaborou na produção da bomba atômica (Projeto Manhatan), projeto que abandonou (1944) para iniciar uma intensa atividade em favor da utilização pacífica de energia nuclear. Foi agraciado com o primeiro prêmio Átomos para a Paz (1957). Seu filho Aage Niels Bohr, um de seus colaboradores nos Estados Unidos, recebeu o Prêmio Nobel de Física (1975).
Biografia - António Teixeira Rebelo
n: 1748, na freguesia da Cumieira, Concelho de Santa Marta de Penaguião (Portugal)
m: 5 de Outubro de 1825 em Lisboa (Portugal)
Alistou-se em 1764 no Regimento de Artilharia de Valença, como era conhecido na altura o regimento de Artilharia do Porto, após ter realizado estudos de Gramática Latina e Filosofia. Em 1784 foi promovido a 2.º Tenente do Regimento de Artilharia de Faro, ou do Algarve, após ter concluído o curso da Academia de Marinha, sendo transferido em 1786 para o Regimento de São Julião, ou da Corte.
Em 1793 publicou a tradução do Tratado de Artilharia, de John Muller, obra que foi adoptada pela recém fundada Academia de Fortificação, sendo já Major do Regimento, posto a que chegou, como os anteriores, por meio de exames entre os candidatos, ou como se dizia naquele tempo por oposição. Em 1795 foi nomeado comandante da 2ª divisão de Artilharia da Divisão Auxiliar que foi enviada para o Rossilhão. Distinguiu-se em campanha, sobretudo na acção de 29 de Maio de 1794, ..., mas também na resolução de problemas logísticos. Durante a expedição sofreu bastante às mãos do grupo aristocrático dirigido pelo marquês de Alorna, mas sobretudo às mãos de Gomes Freire de Andrade e Sepúlveda, que o desprezavam por ser de condição social baixa. Graduado em tenente coronel, foi promovido a efectivo em 1793.
Regressado a Portugal com a divisão, foi nomeado comandante do parque da artilharia do Exército de Observação concentrado no Alentejo em 1796 e 1797. Mais tarde foi encarregue de dirigir as obras de melhoramento das fortificações de Abrantes, e a seguir as de Cascais e de todos os fortes marítimos de defesa da barra de Lisboa e da costa, desde o de Santo António da Barra até ao Cabo da Roca, realizando nessa época também o reconhecimento dos territórios adjacentes à fortaleza de Cascais.
Em 1801 foi nomeado novamente comandante dos parques do Exército do Sul, «de Entre Douro e Guadiana», que defenderá o país da invasão espanhola dirigida por Godoy, sendo encarregue da organização das duas companhias de artilharia a cavalo levantadas durante essa campanha. Em 1802 foi promovido a coronel efectivo e a comandante do Regimento de Artilharia da Corte, um caso praticamente único no exército português da altura, para um oficial que não pertencia à aristocracia, nem da corte nem da província. Membro da Sociedade Real Marítima, foi encarregado em 1803 da instrução de manobra das peças de todos as qualidades e calibres, sendo também escolhido para a Comissão de revisão do Código Penal Militar, e em 1806 foi nomeado Inspector dos Corpos de Artilharia e promovido a brigadeiro.
Em 1803 criou o Colégio Regimental da Artilharia da Corte, conhecido por Colégio da Feitoria, e que deu origem ao actual Colégio Militar, de que foi nomeado Director em 1813. Em 1821, de Fevereiro a Setembro, ocupou a secretaria de Estado dos Negócios da Guerra, separada desde finais de 1820, da secretaria dos Negócios Estrangeiros.
Informação retirada daqui
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