terça-feira, 21 de agosto de 2018
Vídeo - Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian
A Fundação que promove e dinamiza a cultura e a ciência em Portugal e no mundo, nasceu da vontade de Calouste Gulbenkian, em 1956. Nos anos 80, o projeto cresceu com o CAM, o centro onde está reunida a maior coleção de arte portuguesa do século XX.
Vídeo - Casa-Museu Anastácio Gonçalves
Neste museu há pintura portuguesa, raras porcelanas da China, mobiliário de outros séculos. São duas mil obras colecionadas pelo Dr. Anastácio Gonçalves que habitam a casa mandada construir pelo pintor Malhoa em 1904. O edifício recebeu o Prémio Valmor.
Vídeo - Museu do Chiado
Tem 100 anos e começou por se chamar Museu Nacional de Arte Contemporânea.Os pintores Carlos Reis, Columbano e Adriano de Sousa Lopes foram os primeiros diretores deste espaço na zona histórica de Lisboa, onde está uma mostra selecionada de arte portuguesa
Vídeo - Museu Nacional de Arte Antiga
Desde 1884 que o Museu está instalado no antigo Palácio Alvor, em Lisboa. O espaço aloja uma das mais importantes coleções portuguesas. Pintura, escultura, desenho e artes decorativas constituem um acervo de milhares de peças a partir do século XII.
Vídeo - Museu Grão Vasco
Fundado em 1916, este museu alberga verdadeiros tesouros nacionais. A coleção principal é constituída por um importante conjunto de pinturas de retábulo de Vasco Fernandes, o pintor renascentista que dá o nome a este espaço no centro histórico de Viseu.
Vídeo - Museu do Fado
Das tabernas aos circuitos internacionais da World Music, o fado é dos fadistas, dos guitarristas e dos poetas. Neste museu conhecemos a história da canção que nasceu em Lisboa no século XIX, símbolo nacional e Património Imaterial da Humanidade.
Vídeo - Museu Militar de Lisboa
Mais de cinco séculos de história militar encontram-se nas salas deste museu, ornamentadas com pinturas dos melhores artistas dos finais de XIX, como Columbano e Malhoa. Uma valiosa coleção formada a partir de 1842 pelo Barão de Monte Pedral.
Vídeo - Uma breve história da azulejaria portuguesa
O nome vem do árabe e ganhou tradição em terras portuguesas.O azulejo tem 500 anos de produção nacional e é caso único como elemento decorativo e arquitetónico. Revestiu igrejas, palácios e mudou a paisagem urbana. Uma história para ver aqui em 5 vídeos.
A arte da azulejaria havia de criar raízes na Península Ibérica por influência dos árabes, que para as terras conquistadas, trouxeram os mosaicos para ornamentar as paredes dos seus palácios conferindo-lhes brilho e ostentação, através de um jogo geométrico complexo. O estilo fascinou espanhóis e portugueses. Os artesãos pegaram na técnica mourisca, que levava muito tempo, simplificaram-na e adaptaram os padrões ao gosto ocidental. Os primeiros exemplares usados em Portugal, os Hispano mouriscos, vieram nos finais do século XV de Sevilha e serviram para revestir as paredes de palácios e igrejas. Passados cerca de setenta anos, em 1560, começam a surgir em Lisboa oficinas de olaria que produzem azulejos segundo a técnica de faiança, importada de Itália.
A originalidade da utilização do azulejo português e o diálogo que estabelece com as outras artes, vai fazer dele caso único no mundo. No Museu Nacional do Azulejo, encontram-se painéis que testemunham a evolução e a monumentalidade desta peça de cerâmica decorativa que se adapta às necessidades e acompanha os estilos das diferentes épocas. O Retábulo da Nossa Senhora da Vida dos finais do século XVI , composto por 1384 azulejos que sobreviveram ao grande terramoto, é para a historiadora de arte, Alexandra Curvelo, um exemplo da importância do azulejo em Portugal.
A nova indústria do azulejo floresce com as encomendas da nobreza e do clero. Grandes painéis são fabricados à medida para preencher as paredes de igrejas, conventos, palácios, solares e jardins. A inspiração vem das artes decorativas, dos têxteis, da ourivesaria, das gravuras e das viagens dos portugueses ao oriente. Surgem grandes composições cenográficas, característica marcante do barroco, com motivos geométricos, temáticas figurativas e vegetalistas de uma fauna e flora exóticas. É o tempo em que aparece o azulejo de padrão, com destaque para os frontais de altar, uma das formas originais da utilização do azulejo, como podemos apreciar neste extrato do programa “Visita Guiada”,
São as classes dirigentes que cultivam primeiro o gosto pelo azulejo, escolhendo a temática mais apropriada à decoração dos edifícios; desde campanhas militares, episódios históricos, a cenas do quotidiano, religiosas, mitológicas e até algumas sátiras. Aos oleiros, cabia satisfazer os pedidos, copiando modelos, adaptando modas e estilos. Em finais do século XVII, a qualidade da produção e execução é maior, há famílias inteiras envolvidas nesta arte de fazer azulejos e, alguns pintores começam a afirmar-se enquanto artistas, passando a assinar as suas obras, dando assim início ao Ciclo dos Mestres.
Na azulejaria portuguesa surgem cena inusitadas, que surpreendem quer pela sua originalidade quer pela audácia do artesão em substituir seres humanos por macacos, onças e galinha, por exemplo, construindo desta forma histórias fantasiosas, irónicas, que despertam o riso. A preocupação em trazer novos temas para as artes decorativas, assenta muitas vezes num certo improviso associado a esta forma única de querer fazer diferente, que podemos apreciar no painel destacado no vídeo em baixo, intitulado “A Caça ao Leopardo”. A policromia dos amarelos, dos verdes, dos castanhos arroxeados, irá dar lugar ao azul sobre fundo branco, duas cores herdadas por influência holandesa e da porcelana oriental.
Depois do terramoto de 1755, a reconstrução de Lisboa vai impor outro ritmo na produção de azulejos de padrão, hoje designados pombalinos, usados para decoração dos novos edifícios. Os azulejos são fabricados em série, combinando técnicas industriais e artesanais. Nos finais do século XVIII, o azulejo deixa de ser exclusivo da nobreza e do clero, a burguesia abastada faz as primeiras encomendas para as suas quintas e palácios, os painéis contam por vezes a história da família e até da sua ascensão social, como se vê no conjunto intitulado “História do Chapeleiro António Joaquim Carneiro”, exposto no museu Nacional do Azulejo”.
A partir do século XIX, o azulejo ganha mais visibilidade, sai dos palácios e das igrejas para as fachadas dos edifícios, numa estreita relação com a arquitetura. A paisagem urbana ilumina-se com a luz reflectida nas superfícies vidradas. A produção azulejar é intensa, são criadas novas fábricas em Lisboa, Porto e Aveiro. Mais tarde, já em pleno século XX, o azulejo entra nas estações de caminho de ferro e metro, alguns conjuntos são assinados por artistas consagrados. A tradição fez-se ainda mais popular, apresentando-se como solução decorativa para cozinhas e casas-de-banho, numa prova de resistência, inovação e renovação desta pequena peça de cerâmica.
Vídeo - Um retrato de Modigliani
Pintou, desenhou e esculpiu até ser o inconfundível Amedeo Modigliani. O artista das figuras estilizadas, alongadas, de olhos rasgados, dedicou-se por inteiro à arte. Algumas obras pertencem à coleção do amigo Paul Alexandre, mostradas em Lisboa em 1995.
Começa tudo no olhar de Modigliani. Fascinado pela forma humana, o artista molda com ternura os seus modelos, descobre-lhes a geometria do corpo, perscruta estados de alma e acentua tudo com linhas elegantes, contornos arredondados e uma sensível paleta de cores bem contrastadas.
“Aquilo que procuro não é o real nem o irreal, e sim o inconsciente, o mistério do que há de instintivo na raça humana.”, escreve o pintor que conheceu o destino dentro de um sonho.
Nos poucos dados biográficos disponíveis conta-se que o rapazinho, nascido em Itália em 1884, oriundo de uma família da burguesia judaica, adoeceu um dia com febre tifóide e, durante um sonho delirante, teve a revelação de que seria artista. Amedeo começa a cumprir o desígnio aos 14 anos, inicia os estudos na Academia de Arte de Livorno, a terra natal. Frequenta aulas de modelo-vivo, estuda a arte do Renascimento e em 1906 vai para Paris, o coração da vanguarda europeia. Do seu pequeno estúdio em Montmartre absorve Cézanne, Renoir, Matisse, Tolouse-Lautrec, Picasso e Edvard Munch, deixa-se influenciar pelo expressionismo e pelo simbolismo mas procura sempre o seu estilo pessoal.
Modigliani retrata amigos, conhecidos, anónimos. Pinta e desenha nus de mulheres em poses sensuais e misteriosas, com esses quadros e desenhos faz a sua única exposição individual aos 33 anos, rapidamente censurada e proibida. A partir de 1909, inspirado pelas talhas de madeira africanas, dedica-se à escultura, retira cabeças e corpos humanos da pedra, peças que expõe no estúdio de Amadeo de Souza-Cardoso, pintor português com quem desenvolvera uma amizade próxima.
Na sua breve vida, Modigliani tem pouco êxito, os quadros não pagam as contas da casa e dos bares que frequenta. Amores, álcool e drogas, são excessos mais tarde ampliados no cinema, no teatro e na literatura que farão de “Modi” uma lenda, uma personagem trágica.
Nos primeiros anos em Paris é apoiado por Paul Alexandre, que reconhece a genialidade do pintor. Compra-lhe desenhos, aguarelas e quadros, arranja-lhe novas encomendas. O jovem médico é o primeiro patrono do artista italiano, morto prematuramente aos 36 anos, com tuberculose.
Dessa amizade fica uma coleção única, composta por centenas de obras, já mostrada no Palácio Grassi em Veneza, na Royal Academy em Londres, no museu Ludwig em Colónia e na Cultergest em Lisboa. O filho do colecionador, o historiador Noel Alexandre, faz uma visita guiada a esta exposição.
Vídeo - A arte urbana de Keith Haring
Levou arte para as ruas de Nova Iorque e isso fez dele uma lenda. Os traços gráficos de Keith Haring espalharam-se pela cidade em graffitis e painéis publicitários do metro. Símbolos, desenhos, cores... tudo é intenso na curta vida deste artista americano.
Keith Haring tinha esta ideia subversiva de que a arte devia ser para todos. Não lhe fazia sentido continuar a ser um artista de estúdio para apresentar os trabalhos no circuito fechado das galerias. Queria o grande público, por isso desafiou-se a usar o espaço da rua, onde todos passam e podem ver. Desenvolveu uma linguagem pictórica que explorou no graffiti e que, muito em breve, seria entendida e reconhecida.
Nestes anos oitenta, Keith, o rapaz da Pensivâlnia contagiado pela agitação cultural de Nova Iorque, produzia cerca de 40 desenhos por dia. A primeira assinatura de rua foi um animal, parecido com um cão, depois veio o bebé com raios à volta. Imagens que ficaram virais, copiadas exaustivamente até se transformarem em eternos ícones populares.
Desenhos irónicos ou infantis, formas gráficas a preto e branco ou pintadas com cores fortes, figuras saídas da imaginação de Keith Haring que serviam também para o artista abordar temas sérios como a repressão étnica, a homossexualidade e SIDA. Morreu em 1990, aos 32 anos infetado com o vírus do HIV.
É todo este universo fascinante que podemos revisitar numa reportagem realizada em 1995, quando em Lisboa se fez uma exposição com várias obras do artista norte-americano. A peça, conduzida por Alexandre Melo, mostra ainda “vistas de Nova Iorque” filmadas em super 8 por Paulo Abreu.
Vídeo - Chegar ao Brasil e ver o mundo novo do índio Tupinambá
No século das Descobertas, é grande o fascínio por tudo o que vem do Novo Mundo. Acreditava-se que essas terras eram habitadas por monstros. Mas eis como uma pintura de Grão Vasco revoluciona a antropologia e apresenta o primeiro índio, o senhor do Brasil.
A descoberta já era notícia no reino: Pedro Álvares Cabral tinha achado outra terra que não as Índias de Vasco da Gama. Afastara-se de propósito da rota recém traçada, pois sabia-se que do outro lado do Atlântico existia mais do que mar. A expedição juntava 13 naus que a 22 de abril de 1500, avistaram uma ilha: chamaram-lhe Vera Cruz, o princípio do imenso continente que é o Brasil.
O momento foi registado por Pêro Vaz de Caminha numa carta destinada a D.Manuel I , para informar o rei da exuberância e do exotismo do novo mundo, da fisionomia dos nativos, gente inocente e simples, que “não lhes falece outra cousa para ser toda cristã”.
Esta narrativa de viagem, classificada pela UNESCO como um dos mais importantes documentos da história da humanidade, terá chegado ao conhecimento do mestre pintor de Viseu, Grão Vasco, um ou dois anos depois, exatamente na data em que é iniciado o retábulo da Adoração dos Reis Magos. A obra, encomendada pelo bispo D.Fernando Gonçalves de Miranda é realizada em parceria com outros artistas, provavelmente de origem flamenga.
No centro da composição desta cena bíblica, de forte tradição religiosa, está um outro Baltasar: o rei dos africanos é substituído pelo novo homem, de pele escura, “cabelos corredios”, o exótico índio brasileiro da etnia Tupinambá.
A indumentária mistura-se em brocados europeus e toucado de penas, colares vistosos e manilhas de ouro nos pulsos e nos tornozelos…. da imagem do “bom selvagem” que anda nu no idílico paraíso, restam os pés descalços. A representação traduz uma mensagem evangelizadora, a outra conquista que os portugueses querem fazer no mundo.
Nesta visita ao Museu Grão Vasco, conduzida pela jornalista Paula Moura Pinheiro e pela historiadora de arte, Dalila Rodrigues, podemos conhecer melhor o primeiro índio brasileiro da arte portuguesa.
Vídeo - Carlos Pessoa: no papel de encenador
Gosta de se imaginar como o caçador que não dispara mas prepara o terreno para o ator disparar. Carlos Pessoa trabalha o texto e dirige atores numa linguagem de partilha porque acredita no teatro como a arte do coletivo. É co-fundador do Teatro da Garagem.
segunda-feira, 20 de agosto de 2018
domingo, 19 de agosto de 2018
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