quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Conteúdo - Tipos de Erupções Vulcânicas

Depois da análise deste Tema, bem como da Tectónica de Placas, ficamos a saber que a maior parte das erupções vulcânicas ocorrem ao longo dos limites das placas tectónicas. Com o actual conhecimento de que dispomos dos mecanismos da Terra e seu funcionamento, é possível fazer previsões acerca das probabilidades de ocorrência das erupções vulcânicas. Mas ainda não é possível prever a data exacta destes acontecimentos, bem como a sua real dimensão, há muito que investigar pois, tal como a Terra, o conhecimento é dinâmico. Para terminarmos este Tema passamos a mostrar algumas fotografias elucidativas de alguns aspectos do vulcanismo.

Esquema de erupção fissural
Esquema representativo de uma erupção do tipo fissural.
Erupção fissural na Islândia
Erupção fissural na Islândia.
Vulcão Sakurajima
Vulcão Sakurajima, no Japão.
Pinatubo nas Filipinas
Vulcão Pinatubo, nas Filipinas.
Fluxo de piroclastos
Piroclastos emitidos numa das erupções do vulcão Stromboli.
Cinzas vulcânicas do Galungung
Cinzas vulcânicas emitidas pela erupção do vulcão Galungung, na Indonésia, em 1982.
Kilauea, Havai
Erupção do vulcão Kilauea, no Havai, em 1960.
Rios de lava do Kilauea
Rios de lava produzidos pelo vulcão Kilauea, no Havai, em 1960.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Ministra assume que concurso de professores não será realizado em 2011

A ministra da Educação, Isabel Alçada, assumiu hoje no Parlamento a impossibilidade de realizar o concurso de professores em 2011 que se havia comprometido com os sindicatos devido à contenção orçamental.

A ministra justificou que o maior peso do Orçamento do Ministério da Educação é com recursos humanos (Foto: Pedro Cunha/arquivo)

"A situação que vivemos actualmente impede o ministério de realizar o concurso extraordinário de docentes em 2011, mas serão colocados todos os docentes necessários nas escolas", disse Isabel Alçada durante uma audição da Comissão de Educação, que ainda está a decorrer.

Sem querer entrar em pormenores sobre o Orçamento da educação, a ministra afirmou que é convergente com o objectivo de reduzir despesa que se exige a todos os ministérios. De acordo com a ministra, o adiamento do concurso "não compromete outras medidas", mas admitiu também que o acordo de princípios assinado com os sindicatos só será cumprido naquilo que não colidir com o Orçamento do Estado, o que levou a oposição a afirmar que não resta nada do programa do PS, nem do acordo.

A ministra defendeu que nenhuma medida é arbitrária e manifestou solidariedade com os professores, reafirmando que era sua "intenção séria" realizar o concurso. A declaração de Isabel Alçada levou a oposição a exclamar que os professores não pedem solidariedade, pedem justiça.

Isabel Alçada garantiu que não estará em causa o funcionamento das escolas e que a medida afecta toda a administração pública. A ministra justificou que o maior peso do Orçamento do Ministério da Educação é com recursos humanos e que está a ser exigido ao Governo que reduza despesa.

Público

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Governo acaba com área de projecto

Do Conselho de Ministros desta quinta-feira saiu um decreto-lei que põe fim à área de projecto nos 2.º e 3.º ciclos do básico e permite às escolas ter aulas de 45 ou 90 minutos.
O Governo chegou à conclusão de que a área de projecto é «ineficaz». E decidiu retirá-la «do elenco de áreas curriculares não disciplinares».

A decisão, como explica o comunicado do Conselho de Ministros, foi tomada pela constatação da sua falta de utilidade pela «experiência da sua aplicação» e depois de ouvir «as opiniões expressas pela comunidade educativa».

A área de projecto é uma disciplina , normalmente coordenada pelo director de turma, que serve para criar um projecto no âmbito de um tema escolhido pela turma para apresentar no final do ano. Mas tem sido alvo de várias críticas por parte de alunos e professores por sobrecarregar os horários e tirar tempo ao estudo de outras disciplinas.

No entanto, o comunicado que anuncia este decreto-lei não explica quando poderá entrar em vigor esta medida nem de que forma serão reorganizados os horários já existentes este ano lectivo.

O mesmo decreto-lei dá às escolas a possibilidade de organizar os seus horários em aulas de 45 ou 90 minutos, «no âmbito da sua respectiva autonomia, expressa no seu projecto curricular de turma». Para que essa alteração seja efectiva, a escola terá, contudo de ouvir o conselho geral e o conselho pedagógico.

domingo, 17 de outubro de 2010

Conteúdo - Formação de Montanhas 7

Colisão India-Eurásia
A figura mostra, de forma esquemática, o deslocamento, para Norte, do "Continente Indiano", desde há 71 M.A. até à actualidade. De salientar a rotação anti-horária, simultânea com a deslocação, do "Continente Indiano", o qual prossegue actualmente. A colisão do "Continente Indiano" com a Eurásia ocorreu há aproximadamente 55 M.A.. A posição de Zanskar (vêr texto e figuras da página anteror) é mostrada por uma estrela negra.
Himalaias
A figura mostra um mapa topográfico, muito simplificado, dos Himalaias, Planície do Ganges e o Planalto Tibetano. As setas a negro indicam o sentido do movimento relativo e actual das placas convergentes Indiana e Eurasiática.
Esquemas Himalaias Tibete
A figura mostra dois cortes esquemáticos, feitos de acordo com um provável mecanismo (vêr texto na página anterior) responsável pela formação da Cadeia Montanhosa dos Himalaias e do Planalto Tibetano. O esquema do topo mostra o que terá acontecido no momento geológico da colisão das duas placas, ANTES da formação dos Himalaias. O esquema da base mostra o que terá acontecido DEPOIS da formação dos Himalaias.


A placa Indiana continua a deslocar-se para Norte à velocidade aproximada de 2 centímetros por ano. Por esta razão os Himalaias continuam a aumentar a sua altitude à razão de, aproximadamente, 5 milímetros por ano. Isto significa que os Himalaias estão geologicamente ativos e estruturalmente instáveis. Deste modo, os sismos são uma ocorrência frequente em toda a região dos Himalaias. É através de uma tecnologia moderna chamada o Sistema de Posicionamento Global (GPS) que se torna possível medir o lento movimento das placas bem como o aumento de altitude.
Monte do Evereste é o pico montanhoso mais elevado do mundo, situado na cordilheira dos Himalaias, dentro do sector meridional da Ásia Central, na fronteira entre o Nepal e a região autónoma do Tíbete na China. A altitude deste pico, em 1954, foi determinada como sendo de 8.848 m acima do nível do mar. Porém, estudos mais recentes, com a ajuda do Sistema de Posicionamento Global (GPS), determinaram uma altitude dois metros mais elevada, isto é, o pico do Monte Evereste tem, na realidade, 8.850 metros de altitude.

sábado, 16 de outubro de 2010

Bibliotecários das escolas vão dar aulas a pelo menos uma turma

A proposta do Orçamento do Estado para 2011 prevê que os bibliotecários as escolas passem a dar aulas a pelo menos uma turma. Da mesma forma, prevê-se a “redução de docentes no ano lectivo de 2010/2011”. Ou seja, já este ano.

A optimização passa, por exemplo, por continuar a apostar na formação dos agrupamentos de escolas.

O Ministério da Educação é o segundo mais atingido com cortes no Orçamento do Estado para 2011, logo após o sector da Saúde: sofre um decréscimo de 11,2 por cento face à estimativa para este ano, para os 6391,1 milhões de euros. De acordo com a proposta, é referida por diversas vezes a necessidade de assegurar uma “adequada optimização” dos recursos, “sem prejuízo da qualidade das aprendizagens e do ensino”.

A optimização passa, por exemplo, por continuar a apostar na formação dos agrupamentos de escolas e por reduzir a componente lectiva geral e nocturna dos estabelecimentos, assim como os encargos com os órgãos de gestão e as horas de assessoria à direcção.

Outro objectivo passa por continuar a transferir competências para o poder local: “Muito especificamente, pode contudo haver lugar ao recrutamento excepcional de pessoal para o exercício de actividades advenientes da transferência de competências da administração central para a administração local no domínio da educação”. E pretende-se continuar a apostar no Programa Novas Oportunidades, adaptando mais a oferta às necessidades do mercado em cada região. Quanto ao ensino pré-escolar, o Governo quer alargá-lo a todas as crianças com mais de três anos, ao mesmo tempo que quer garantir que os estabelecimentos têm condições para garantir os 12 anos de escolaridade obrigatória, mantendo-se os apoios dados através da Acção Social Escolar.

No que diz respeito à extinção de alguns organismos, no sector da Educação é objecto de fusão o Gabinete Coordenador do Sistema de Informação, sendo as suas atribuições integradas no Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação, e a Comissão para a Optimização dos Recursos Educativos, sendo as suas atribuições integradas no Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação. Já o Observatório das Políticas Locais da Educação é fundido no Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação e o Gabinete de Gestão Financeira do Ministério da Educação é integrado na Secretaria-Geral do Ministério da Educação.

Também os apoios aos passes para estudantes 4_18 e sub_23 vão ser reduzidos, através do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, que não especifica as alterações.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Conteúdo - Tectónica de Placas 7


Os limites divergentes ocorrem ao longo das placas que estão em movimento de separação (afastamento; divergente) e a nova crusta é criada pelo magma que se eleva do manto. A imagem, é a de duas "correias" gigantes transportadoras, semelhantes a tapetes rolantes, enfrentando-se mas movendo-se, lentamente, em sentidos opostos transportando a crusta oceânica recentemente formada a partir da crista oceânica. Talvez, os limites divergentes melhor conhecidos sejam os da crista oceânica Médio-Atlântica (Meso-Atlântica). Esta gigantesca montanha submersa, estende-se desde o Oceano Árctico até ao extremo sul de África. A velocidade de expansão (afastamento) das placas ao longo da crista oceânica Médio-Atlântica é de aproximadamente 2,5 centímetros por ano (cm/ano), ou de25 quilómetros num milhão de anos. Esta velocidade de expansão pode parecer lenta para os padrões humanos, mas porque este processo teve a sua origem há cerca de 200 milhões de anos, resultou num afastamento das placas da ordem dos milhares de quilómetros. A expansão do fundo oceânico ao longo dos 200 milhões de anos passados fez com que o Oceano Atlântico crescesse a partir de uma minúscula entrada de água, entre os continentes da Europa, África e das Américas, dando origem ao vasto oceano que hoje existe. A Islândia, é um país vulcânico, que está sobre a dorsal Médio-Atlântica, oferecendo aos cientistas um laboratório natural para estudarem, em terra, os processos que ocorrem ao longo das partes submersas de uma crista médio-oceânica. A Islândia está a abrir ao longo do centro, expandindo-se entre as placas Norte-Americana e Euro-Asiática, dado que a América do Norte está em movimento para Oeste relativamente à Euro-Ásia.

limites entre placas

Já anteriormente foi referido que o tamanho da terra não mudou significativamente durante os últimos 600 milhões de anos, e muito provavelmente logo após sua formação há 4,6 bilhões de anos. O tamanho da terra, praticamente constante desde a sua formação, implica que a crusta tem de ser destruída segundo uma velocidade mais ou menos idêntica à que está a ser criada. Tal destruição (reciclagem) da crusta ocorre ao longo dos limites convergentes das placas que se movem uma contra a outra. Uma placa afunda-se (subducção) sob a outra. A região onde uma placa mergulha por baixo de outra é chamada zona de subducção. O tipo de convergência -- chamada por alguns uma " colisão muito lenta " -- que ocorre entre placas depende do tipo de litosfera envolvido. A convergênciapode ocorrer entre uma placa oceânica e uma continental, entre duas placas oceânicas, ou entre duas placas continentais.
zona entre duas placas que deslizam horizontalmente, uma em relação à outra, é chamada um limite de falha transformante, ou simplesmente um limite transformante. O conceito de falhas transformantes, foi proposto pelo geofísico canadense J. Tuzo Wilson, tendo determinado que estas falhas ou grandes zonas de fractura ligam dois centros de expansão (limites divergentes de placas) ou, menos frequentemente, centros de destruição, as fossas (limites convergentes de placas). A maioria das falhas transformantes são encontrados no fundo oceânico. Deslocam, geralmente, as dorsais activas (em expansão), originando margens da placa em "zig-zag". Aqui, têm origem, geralmente, os tremores de terra de baixa profundidade, também designados sismos rasos. Algumas falhas transformantes ocorrem nos continentes, por exemplo, a zona de falha de Santo André (San Andreas) na Califórnia e a falha Alpina na Nova Zelândia.

américa, áfrica, europa

Nem todos os limites das placas são tão simples quanto os tipos principais discutidos acima. Em algumas regiões da terra, os limites não estão bem definidos porque a deformação da placa em movimento que ali ocorre estende-se sobre uma larga região (chamada uma zona do limite entre placas). Uma destas zonas marca a região Mediterrânica-Alpina entre as placas Euro-Asiática e Africana, na qual diversos fragmentos menores das placas (microplacas) foram reconhecidos. Porque as zonas dos limites entre placas, envolvem pelo menos duas grandes placas e uma ou mais microplacas, tendem a ter estruturas complicadas.

sábado, 9 de outubro de 2010

Conteúdo - Estudo dos Fósseis


O estudo do registo fóssil revela que as formas de vida mudaram ao longo do tempo geológico, sugerindo reconstituições que permitem representar a história da vida.
Charles Darwin (1809-1882), difundiu a ideia de que as criaturas da Terra, incluindo o Homem, não eram criações imutáveis de Deus, mas o produto de um processo de descendência acompanhado de modificações, ou evolução, como veio a ser conhecido.
Para os cientistas da era pós-darwiniana, as semelhanças entre as espécies são a expressão de uma relação evolutiva compartilhada, derivando, em última análise, todas as espécies de um único antepassado comum (ou de um número muito restrito de antepassados). Por conseguinte o conceito de descendência acompanhada de modificações transformou a estática Grande Cadeia do Ser no registo histórico de um processo dinâmico de evolução.
Quando Darwin publicou "A Origem das Espécies", em 1859, expôs as suas expectativas da seguinte forma: «Tive em vista dois objectivos diferentes. Primeiro, demonstrar que as espécies não tinham sido criadas separadamente. Segundo, que a selecção natural fôra o principal agente da mudança.» Darwin teve êxito imediato quanto ao primeiro objectivo, mas o segundo só muito mais tarde, na década de 1940, foi reconhecido. Quando "A Origem das Espécies" foi publicado, a noção de evolução era fruto de grandes discussões entre os cientistas da época, deste modo o livro de Darwin encontrou um público receptivo na comunidade científica, embora não tanto nos círculos religiosos. "A Origem das Espécies", era uma abrangente compilação de factos, a partir de observações de história natural, geologia, embriologia e paleontologia. O peso das provas era indesmentível, pelo que a transmutação foi aceite como facto comprovado. Contudo, a selecção natural, baseada na hereditariedade de variação genética favorável, era encarada com cepticismo. Um dos motivos para essa atitude residia no facto de, na altura, pouco se saber acerca dos mecanismos da mudança genética e da hereditariedade.
Gregor Mendel (1822-1884) lançou os fundamentos da genética moderna com as suas criações experimentais de ervilhas, em 1865. O seu trabalho demonstrou que a hereditariedade de características, tais como a cor e a forma, era atomística, isto é, determinada por entidades genéticas discretas. Contudo as conclusões de Mendel foram ignoradas durante quatro décadas.
No entanto, durante a década de 1930, o tratamento matemático da genética mendeliana, levado a cabo por três investigadores, os ingleses Ronald A. Fisher (1890-1962) e J. B. S. Haldane(1892-1964) e o americano Sewell Wright (1889-1988), demonstrou que a herança de unidades genéticas discretas, hoje conhecidas com "genes", era compatível com a variação contínua de características verificadas em diferentes populações. A teoria de Darwin dispunha agora do que lhe faltara durante meio século, a fundamentação numa teoria de herança bem comprovada. Esta visão matemática, combinada com uma mais vasta compreensão da biologia das populações, resgatou o agente chave da mudança evolutiva de Darwin, tornando-se a selecção natural o eixo da moderna teoria da evolução. A publicação, em 1942, de um livro da autoria de Julian Huxley (1887-1975), intitulado «Evolução - a Síntese Moderna», estabeleceu o marco para o início da teoria moderna, também conhecida por "neodarwinismo". O neodarwinismo revelou-se tão poderoso que se tornou o tema unificador de toda a biologia. As modificações sucessivas que formam a substância da selecção natural passaram a ser encaradas como fonte de toda e qualquer mudança evolucionária, desde as mais ligeiras alterações, como na cor de uma espécie, até novidades de maior vulto, tais como o emergir do sistema reprodutor dos mamíferos a partir dos répteis, seu precursor. Segundo este modo de ver, as grandes modificações eram o mesmo que pequenas modificações, extrapoladas para uma escala maior.

Esboço esquemático da árvore genealógica das espécies.
Classificação evolutiva aplicada aos tetrápodes (vertebrados terrestres quadrúpedes). Esta classificação reflecte as relações de antepassado-descendente entre os répteis (a vermelho) e as aves ou os mamíferos (a azul). As relações precisas de parentesco entre os tetrápodes actuais e algumas formas fósseis, mostram que os répteis não constituem um grupo natural e que o antepassado comum dos répteis é também o antepassado comum dos mamíferos e das aves.
Era inevitável que uma visão tão radicalista sofresse contestação. E foi assim que, em 1972, os paleontólogos americanos Niles Eldredge e Stephen Jay Gould contrapuseram que a selecção natural, tal como era expressa no neodarwinismo, não era suficiente para explicar o padrão evolucionário observado nos vestígios fósseis. As espécies não mudam contínua e gradualmente ao longo da sua existência, antes tendendo a permanecer imutáveis uma vez evoluídas, e depois desaparecendo ou modificando-se rapidamente passado um longo período de tempo. Foi considerável o debate suscitado quanto à realidade do padrão descrito por Eldredge e Gould, bem como aos mecanismos a ele subjacentes. Durante a última década, o assunto foi examinado em pormenor, revelando que a modificação evolutivaé umas vezes gradual e outras pontual. Resta saber se é mais provável o aparecimento de novas espécies como resultado da mudança gradual ou pontual, mas isso permanece em aberto.
O mecanismo da selecção natural implica que o êxito de uma espécie seja determinado pelo seu grau de adaptação às circunstâncias prevalecentes, incluindo a interacção com outras espécies, ou nas palavras de Darwin, a luta pela sobrevivência. Uma espécie que não consegue competir pode extinguir-se. Contudo, quando há uma extinção em massa, estas regras alteram-se. Seja qual for a causa, as extinções em massa escolhem como suas vítimas espécies cujas características nada têm a ver com ter êxito ou falhar em condições normais. Por conseguinte, quando se dão extinções em massa, muitas espécies desaparecem, enquanto novas espécies emergem de entre os sobreviventes.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Conteúdo - Formação de Rochas 4






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Esquema simplificado da génese das rochas sedimentares.


É vulgar observarem-se, na Natureza, rochas com formas caprichosas e nós vamos tentar dar uma explicação para a origem de algumas dessas formas nas rochas.
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Erosão marinha de estratos ou camadas calcárias.
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Erosão pluvial, fluvial e eólica de estratos de arenitos e calcários.

Para começarmos vamos olhar para o esquema da génese das rochas sedimentares, apresentado à esquerda da página, e fazer uma análise sucinta do mesmo. As rochas expostas à superfície da crosta terrestre ficam sujeitas às acções físicas e químicas exercidas pelo contacto com a atmosfera (temperatura e vento), hidrosfera (água) e biosfera (seres vivos). A meteorização não é mais que o resultado das acções físicas e químicas sobre as rochas. Como consequência, as rochas são gradualmentealteradas e desagregadas. Assim, temos a desintegração das rochas por meios mecânicos e a decomposição das mesmas por meios químicos. Evidentemente, estes dois processos não actuam separadamente mas, função das diferentes condições climáticas há um que é predominante sobre o outro. A desagregação ou desintegração acontece pela contracção e expansão provocadas pelas variações de temperatura, facilitada pela existência de fendas, as diáclases, resultantes quer das condições de arrefecimento das rochas ígneas, quer do relaxamento da pressão durante a acção das forças tectónicas. As diáclases enchem-se de água das chuvas e, sobretudo, à noite quando se dá o abaixamento da temperatura, a água gela e aumenta de volume, partindo as rochas por efeito da pressão. Quando a rocha é porosa, a água penetra mais profundamente e o aumento de volume por congelação da água provoca tensões internas capazes de a fragmentar. Também, as variações de temperatura entre o dia e a noite, implica que os distintos coeficientes de dilatação dos minerais que formam as rochas se traduzam em tensões que tendem a aumentar as fissuras e diáclases existentes. Os seres vivos, sobretudo, as raízes de árvores que se desenvolvem nas fissuras, ao crescerem partem grandes blocos com facilidade.
decomposição das rochas por meios químicos envolve, quase sempre, a presença de água que actua, particularmente, como dissolvente. A decomposição pordissolução é desigual nas distintas rochas, dependendo dos minerais que as constituem. O quartzo é dificilmente solúvel, ao contrário da calcite que é muito solúvel em águas ricas em CO2 (ver esquema de um modelado cársico na página seguinte). A dissolução efectua-se tanto à superfície, pelas águas de escorrência, como em profundidade pela acção das águas subterrâneas, bem como próximo da superfície pelas águas de infiltração. A água, ao realizar esta acção, actua ao mesmo tempo como agente de transporte das substâncias dissolvidas.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Governo admitiu um professor por cada 38 reformados desde 2007

O secretário geral da Federação Nacional de Professores (Fenprof), Mário Nogueira, disse hoje à agência Lusa que, desde 2007, entrou nos quadros do Ministério da Educação apenas “um professor por cada 38,4 que foram para a reforma”. “Um terço dos professores que estão nas escolas são contratados”, afirmou Mário Nogueira no Porto, à margem do colóquio “Educação e Res Pública”, organizado pelo jornal Página da Educação e pelo Sindicato dos Professores do Norte.

O sindicalista acusou o Ministério da Educação de ter aumentado a precariedade da profissão docente quando, em 2006, acabou com os concursos anuais, reduzindo os quadros em proporções muito superiores à regra de uma admissão na função pública por cada dois ou três reformados.

Mário Nogueira referiu que, “entre 1 de Janeiro de 2007 e 1 de Setembro de 2010, saíram 15.210 professores e entraram nos quadros 396”.

Neste período, o número de professores contratados quase quintuplicou, atingindo os 17.297 este ano, a que se vão juntar mais 1.787 que vão preencher as chamadas ofertas de escola.

O secretário geral da Fenprof salientou que este cenário se irá agravar com as medidas de austeridade anunciadas quarta feira pelo Governo, que incluem o congelamento de admissões na função pública.

Mário Nogueira afirmou que a Fenprof vai pedir uma reunião urgente com a ministra da Educação, Isabel Alçada, para esclarecer os impactos que estas medidas terão no sector, nomeadamente se o ministério vai cumprir ou não o compromisso de abrir um concurso para admissão de professores em 2011.

“Há um compromisso político assinado até 2013”, lembrou, realçando que os sindicatos estão a cumprir a sua parte, pelo que o Governo tem de cumprir também a sua.

O líder sindical salientou que, caso o Governo persista em não admitir mais professores, a precariedade vai agravar-se, porque mais docentes irão sair dos quadros, para evitar uma redução salarial superior à penalização pela antecipação da reforma.

Mário Nogueira sublinhou que as novas medidas de austeridade anunciadas pelo Governo estão a acentuar a “revolta dos professores”, que irão participar “de corpo e alma” na greve marcada pela CGTP para 24 de Novembro.

“Mas não vamos ficar por aí”, frisou o sindicalista, admitindo que nas próximas reuniões dos sindicatos da função pública, quarta-feira, e do Secretariado Nacional da Fenprof, quarta e quinta-feira, sejam aprovadas novas formas de luta, nomeadamente manifestações e/ou greves.

“Portugal tem um sistema de ensino subfinanciado”, alertou, referindo que essa conclusão consta num recente relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), que indica que “em Portugal se gasta menos 1.200 euros por aluno do que na média da OCDE”.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Conteúdo - Ciclo das Rochas









ciclogeoms.jpg
Esquema do ciclo das rochas, litológico ou petrogenético.

As noções de rochas magmáticas ou ígneas, metamórficas e sedimentares conduzem-nos a uma relação de inter-dependência entre as rochas, representada no esquema do ciclo das rochas. Podemos afirmar que as rochas transformam-se umas nas outras ao longo do tempo geológico.
Assim, e analizando o esquema acima representado, a partir de um magma profundo originam-se rochas ígneas ou magmáticas. Os processos geodinâmicos externos - meteorização, erosão, transporte, sedimentação - originam sedimentos a partir de qualquer rocha preexistente. Os sedimentos dão origem, por diagénese, a rochas sedimentares. Quando os sedimentos alcançam profundidades elevadas da crosta terrestre, ocorrem fenómenos de metamorfismo e originam rochas metamórficas, ou podem fundir originando um magma. As rochas metamórficas e ígneas podem entrar em fusão dando origem ao magma. Deste modo fecha-se o ciclo.
Terra, aparentemente estável, está em constante transformação. Os fenómenos que ocorrem à superfície e em profundidade sucedem-se ciclicamente, á escala do tempo geológico.
Num sistema dinâmico fechado, como é a Terra "Viva", cada um dos seus componentes participa em um ou vários tipos de ciclos diferentes (Exemplos: ciclo hidrológico, do oxigénio, do carbono, biológico). Não esqueçamos também que estes ciclos se interralacionam dum modo complexo.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Conteúdo - Jazigos Minerais 1


Este Tema faz parte da Geologia Aplicada, um dos domínios da Geologia. Muitos minerais e rochas são matérias primas vitais para o Homem, apresentando uma grande importância industrial e social, sendo a sua descoberta e exploração essenciais para o progresso e continuidade do Homem. A extracção e transformação de substâncias minerais é essencial ao desenvolvimento e bem estar das sociedades contemporâneas. Nomeadamente, a actividade de determinados sectores da indústria transformadora de um país depende da capacidade de obtenção de matérias-primas minerais, seja pela sua aquisição no mercado internacional, seja pela utilização dos recursos do território nacional.

Jazigos Minerais são acumulações ou concentrações locais de rochas e minerais úteis ao homem que podem ser exploradas com lucros. Quase todos os processos de concentração de mineraisenvolvem movimentos de fluidos (líquidos e gases), como iremos ver mais à frente. Podemos reunir os fluidos em três categorias: 1) fluidos de origem magmática (ígnea), 2) águas provenientes da atmosfera, 3) fluidos associados a processos metamórficos, isto é, fluidos presentes nas rochas que são postos em movimento pelas variações de pressão e temperatura.

Minério é qualquer mineral explorado para um fim utilitário. O minério em bruto, normalmente, é constituído por uma mistura do mineral desejado (útil) e de minerais não desejados, os quais são designados por ganga.

Cristais de magnetite
Cristais idiomórficos octaédricos de magnetite (M=minério de ferro), sendo G a ganga constituída por quartzo.

Clarke é uma unidade de medida correspondente à percentagem média de um elemento existente na crusta terrestre, o mesmo que abundância média de um elemento pertencente à crusta terrestre. Na tabela abaixo representada, observamos que muitos elementos estão presentes em muito baixas concentrações.
CLARKES DE ALGUNS ELEMENTOS ECONÓMICOS, EM PARTES POR MILHÃO (PPM) OU GRAMAS POR TONELADA (g/T)
Elemento
Clarke
Elemento
Clarke
Elemento
Clarke
Alumínio
81.300
Chumbo
13
Prata
0,07
Antimónio
0,2
Lítio
20
Tântalo
2
Berílio
2,8
Manganésio
950
Estanho
2
Crómio
100
Mercúrio
0,08
Urânio
1,8
Cobalto
25
Molibdénio
1,5
Vanádio
135
Cobre
55
Níquel
75
Tungsténio
1,5
Ouro
0,004
Nióbio
20
Zinco
70
Ferro
50.000
Platina
0,01


Após a análise da tabela verificamos que existem elementos, como o alumínio e o ferro que são abundantes. Contudo, as suas concentrações económicas só interessam quando ocorrem sob a forma de óxidos simples, hidróxidos ou, no caso do ferro, como carbonatos. Isto porque, geralmente, estão alojados na rede espacial dos minerais silicatados (as leis da química regulam a união de átomos para formar moléculas), o que impede a sua fácil separação e recuperação económica.
Na tabela seguinte e de forma muito sintética apresentamos alguns dos elementos mais utilizados na indústria transformadora, bem como alguns minerais mais comuns a partir dos quais aqueles elementos são extraídos.

Elementos e respectivos símbolos químicos
Minerais mais comuns e respectivas composições químicas
Alumínio, Al
Bauxite, mistura de hidróxidos de alumínio e minerais argilosos
Antimónio, SbEstibina (antimonite), Sb2S3
Jamesonite, Pb4FeSb6S14
Arsénio, AsArsenopirite, FeAsS
Berílio, BeBerilo, Be3Al2Si6O18
Bismuto, BiBismuto nativo, Bi
Bismutinite, Bi2S3
Bismite, Bi2O3
Cádmio, CdGreenockite, CdS
Crómio, CrCromite, (Fe, Mg)Cr2O4
Cobalto, CoCobaltite, CoAsS
Cobre, CuCobre nativo, Cu
Cuprite, Cu2O
Calcopirite, CuFeS2
Calcosite, Cu2S
Malaquite, Cu2[(OH)2CO3]
Azurite, Cu3[OH CO3]2
Covelite, CuS
Ferro, FeMagnetite, Fe3O4
Hematite, Fe2O3
Limonite, FeOOH-nH2O
Siderite, FeCO3
Pirite, FeS2
Chumbo, PbGalena, PbS
Anglesite, PbSO4
Cerussite, PbCO3
Magnésio, MgMagnesite, MgCO3
Manganés, MnPirolusite, MnO2
Mercúrio, HgCinábrio, HgS
Molibdénio, MoMolibdenite, MoS2
Níquel, NiPentlandite, (Ni, Fe)9S8
Niquelina, NiAs
Cloantite, (Ni, Co)As3
Garnierite, (Ni, Mg)6[(OH)8Si4O10
Ouro, AuOuro nativo, Au
Silvanite, AgAuTe4
Calaverite, AuTe2
Prata, AgPrata nativa, Ag
Argentite, Ag2S
Silvanite, AgAuTe4
Estefanite, Ag5SbS4
Estanho, SnCassiterite, SnO2
Estannite, Cu2FeSnS4
Titânio, TiRútilo, TiO2
Ilmenite, FeTiO3
Tungsténio, WVolframite, (Fe, Mn)WO4
Schelite, CaWO4
Urânio, UUraninite, UO2
Torbernite, Cu(UO2)2P2O8-12H2O
Autunite, Ca(UO2)2P2O8-8H2O
Vanádio, VDescloizite, Pb(Zn, Cu)[OH VO4]
Vanadinite, Pb5[Cl (VO4)3]
Zinco, ZnZincite, ZnO
Esfalerite (blenda), ZnS
Smithsonite, ZnCO3

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Conteúdo - Téctónica de Placas

Os vulcões não estão distribuídos à superfície da Terra de forma aleatória. A maioria está concentrada nas regiões limítrofes dos continentes, ao longo das cadeias montanhosas, ou nos oceanos ao longo das dorsais (ver mapa). Mais de metade dos vulcões activos, acima do nível do mar, situam-se no Oceano Pacífico no chamado "Anel de Fogo". O "Anel de Fogo" é uma faixa circum-pacífica que se estende para norte ao longo das cordilheiras norte-americanas, passa pelas ilhas Aleutas e prossegue para sul passando pelo Japão, as Filipinas até à Nova Zelândia. Tal como já dissemos as posições dos vulcões estão directamente relacionadas com a Tectónica de Placas (zonas de subducção (fossas), dorsais e riftes). Contudo, alguns vulcões activos não estão associados aos limites de placa, sendo estes vulcões designados por "intra-placa". Os vulcões havaianos fornecem o melhor exemplo de uma corrente vulcânica de "intra-placa", desenvolvida no interior da Placa Pacífica que passa sobre "um ponto quente", relativamente estacionário, o qual fornece o magma para alimentar os novos vulcões activos.

Vulcões activos
Mapa mostrando a distribuição mundial dos vulcões activos, as principais placas tectónicas e os respectivos limites divergentes e convergentes, bem como a localização do "Anel de Fogo".


Islândia é a maior parcela de terra inteiramente de origem vulcânica, formada por planaltos de lava expelida através de fracturas (actividade vulcânica tipo fissural) ou por grandes vulcões de forma cónica (actividade vulcânica tipo central). O complexo vulcânico da Islândia cobre uma área de, aproximadamente, 100.000 quilómetros quadrados atingindo, em certos locais, alturas de mais de 2 quilómetros acima do nível do mar. A rocha vulcânica predominante é o basalto, já o dissemos.
Em virtude da sua posição em relação à Dorsal Médio-Atlântica (ver mapa modelo) a Islândia está em contínua expansão, sendo as duas metades estiradas pela expansão dos fundos oceânicos (Ver o Tema Tectónica de Placas) onde assenta. As forças de tensão provocam o desenvolvimento de fracturas crustais dispostas paralelamente ao eixo da crista oceânica que, por vezes, funcionam como condutas para as erupções vulcânicas tipo fissural e central. As rochas mais antigas (cerca de 15 MA) da Islândia encontram-se nos extremos ocidental e oriental, e na actualidade a actividade vulcânica limita-se, praticamente, à parte central da ilha directamente situada sobre a crista médio-atlântica, razão porque esta ilha constitui um laboratório para o estudo dos mecanismos físicos da expansão dos fundos oceânicos.


Mapa modelo mostrando a dorsal ou crista médio-atlântica em expansão e a localização da Islândia disposta ao longo da dorsal.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Professor foi de férias e regressou Professora

Há quem aproveite as férias para descansar, passear e praia. Há quem mude de casa ou até de cidade. Outros dedicam-se à bricolage e tratam de arrumações eternamente adiadas. Por fim temos os que mudam de sexo.
Segundo a revista Sábado aconteceu perto de Nantes. O Professor de Físico-química Vincent foi de férias e regressou uma Martine. Não uma professora substituta mas o primeiro professor com algumas alterações na fisionomia. Digamos que a força da gravidade exercida sobre Vincent terá diminuído agora que se apresenta como Martine. Aproveitou as férias, e em vez de ir arejar os calções de banho, procurou assegurar que na próxima paragem vai poder estrear o bikini leopardo.

Diz a revista que "os pais dos alunos do colégio católico Saint-Dominique (...) aceitaram bem o aviso do professor". Uma atitude que não deixa de ser estranha para quem, como eu, vive num país que crucificou uma professora de Mirandela porque a senhora achou que tinha direito a mostrar as partes na revista Payboy. Na semana seguinte a edição esgotou nas bancas e a professora Bruna passou a dobrar circulares sobre bons costumes e comportamentos na Câmara Municipal. A hipocrisia habitual. Foram os espanhóis que compraram as revistas.

Se esta mudança de sexo se passasse num colégio católico português a esta hora o senhor estava com os braços ligados a dois sacos de água benta para lhe ser retirado o demónio do corpinho. O Soro de Deus libertaria o professor das trevas. O insano Vicente que só queria ter um pipi ia voltar a ser o macho que transpirava litros de testosterona a cada intervalo na sala dos professores.

O Vicente cá no burgo ia rapidamente ser colocado na lista de espera das operações para lhe ser recolocado o que havia perdido durante as férias. De forma a tentar recuperar o emprego que perdera ao decidir passar a usar saia travada em vez das calças de sarja. Isto, é claro, se entretanto o "órgão" não tivesse ganho vida nova em alguém com o desejo inverso de transformação. Estou a imaginar Joana, professora de Biologia, a apresentar-se na C+S de Corroios no inicio do ano lectivo numa versão professor Mário Rui. "O que uns não querem os outros aproveitam" - diria ele ainda de soutien por baixo da t-shirt, numa voz rouca e barbinha de três dias por fazer.

Assim que terminada a recuperação e reajustamento do material, Vicente iria provavelmente ser submetido a testes de "machidade" para provar que estava "puro" e por isso capaz de ser "bom professor" novamente.

Em França tanto o Director da escola como o representante dos pais acharam normal a decisão: "pessoal e legítima" e que "não afecta a competência profissional". Concordo. Se bem que ache que vai afectar pelo menos a forma dos alunos olharem para o professor(a). Isto sem falar nas formas do professor(a).

Powerpoint - Factores Bióticos - Interacções Seres Vivos/Ambiente


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sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Alunos e professores portugueses têm mais tempo de aulas

Por ano, os alunos portugueses entre os 7 e os 14 anos têm um maior número obrigatório de horas de aulas do que a média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), mas a percentagem deste tempo que se encontra destinada à aprendizagem da leitura, expressão escrita, matemática e ciências está abaixo da do conjunto dos 32 Estados que pertencem àquela organização, revela o relatório sobre o estado da Educação - Education at Glance - divulgado terça-feira pela OCDE. Na edição deste ano, que tem como base dados de 2008, a OCDE privilegiou a aposta no ensino superior, salientando que mais formação poderá ser um antídoto contra o desemprego e baixos salários.

A maior diferença no número obrigatório de horas de aulas situa-se no grupo dos 7 aos 8 anos. Em Portugal tinham 855, enquanto a média dos países da OCDE era 759. Entre os 9 e os 11, este número passou por cá para 849 (802 na OCDE), nos 12 a 14 anos era de 800 ( 886 OCDE). Só aos 15 anos é que esta tendência se inverte, com a média na OCDE a ir às 902 horas e em Portugal a situar-se nas 872.

Entre os 12 e os 14 anos, do tempo obrigatório de aulas, 34 por cento é dedicado em Portugal ao ensino da língua portuguesa, matemática e ciência, quando no conjunto dos países da OCDE esta fatia se situa nos 41 por cento. Entre os 9 e os 11 anos, esta diferença é de quatro pontos, mas a percentagem de tempo consagrado a estas matérias é maior em ambos os casos - 44 por cento em Portugal, 48 na média da OCDE.

Dos países da organização, Portugal é, com a Coreia do Sul, aquele em que existe uma maior diferença entre os salários dos professores em início da carreira e aqueles que atingiram o escalão máximo, que ganham duas vezes e meia mais. À excepção dos docentes que atingem o topo da carreira, o vencimento anual dos outros professores estava abaixo da média da OCDE. Em 2008, no ensino público português um professor em início de carreira ganhou 19.033 euros, quando a média na OCDE foi de 25.417. No topo o seu vencimento anual chegou aos 48.864 euros (42.163 na OCDE). Um docente com 15 anos de carreira auferiu, em 2008, um vencimento anual de 31.157 euros (36.812 na OCDE).

No conjunto dos países da organização, os docentes tendem a ganhar menos do que outros profissionais com as mesmas qualificações. Em média, o número de horas de aulas que um professor deu por ano diminuiu entre 1996 e 2008, mas em Portugal registou-se o contrário. No ensino primário de 783 horas passou-se para 855 (786 na OCDE) e no ensino secundário de 574 para 752 (661 na OCDE).