quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Biografia - Abel Manta


Pintor português do séc. XX.

Nasceu em Gouveia, em 12 de Outubro de 1888; 
morreu em Lisboa em 9 de Agosto de 1982.

Tendo vindo residir para Lisboa em 1904, inscreveu-se em 1908 na Escola de Belas Artes de Lisboa, onde cursou Pintura. Concluiu o curso em 1915, tendo ganho o 3.º Prémio da Sociedade Nacional de Belas Artes (SNBA) no ano seguinte. Estabeleceu-se em Paris de 1919 a 1925, tendo aproveitado para viajar pela Europa, visitando sobretudo a Itália, onde se interessou pelos frescos renascentistas. Na capital francesa expôs, em 1921 e 1923, no salão do La Nationale, e frequentou o curso de gravura da Casa Schulemberger.

Tendo regressado a Portugal, realizou em Lisboa uma exposição individual na Galeria Bobone, tornando-se no ano seguinte professor de Artes Decorativas no Ensino Técnico, e professor da Escola Superior de Belas Artes de Lisboa (ESBAL) em 1934. Participou na decoração de alguns pavilhões de Portugal em exposições internacionais, realizadas na década de 30 - em 1929 o Pavilhão de Portugal na Exposição de Sevilha, em 1931 e 1937 o pavilhão nas Exposições de Paris.

Obteve o prémio Silva Porto do S.N.I. em 1942 e, em 1949, a primeira medalha da SNBA em Pintura.

Concorreu a várias exposições colectivas, como a 25.ª Bienal de Veneza (1950), a 3.ª Bienal de São Paulo (1955) e, em 1957, à 1.ª Exposição de Artes Plásticas da Fundação Gulbenkian, tendo ganho o Prémio de Pintura. Dois anos depois participou na Exposição Internacional de Bruxelas.

Pintou os retratos de Aquilino Ribeiro, Paiva Couceiro, Bento de Jesus Caraça, entre outros, quadros que se caracterizam pela densidade expressiva. Noutro género, as suas paisagens notáveis pela frescura da cor e pela impressão de realidade. O seu estilo é sóbrio e incisivo, utilizando um colorido vigoroso.

Em 1965 a SNBA realizou uma exposição retrospectiva da obra de Abel Manta. Em 1979 foi condecorado com uma comenda da Ordem de Sant'Iago da Espada, tendo morrido em Lisboa em 1982.

Tinha casado em 1927 com a pintora Clementina Carneiro de Moura, tendo havido um filho do matrimónio, o arquitecto e «cartoonista» João Abel Manta.

Fontes:
Enciclopédia Portuguesa e Brasileira - Verbo; Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira

Biografia - Cristóvão de Morais

Pintor activo em Portugal de 1551 a 1571.

Artista de provável origem castelhana, pouco se sabe da sua formação e da sua vida artística, tendo estudado possivelmente em Antuérpia. Pintou dois quadros do rei D. Sebastião. Um primeiro, assinado, e datado de 1565, existente no Mosteiro das Descalzas Reales, de Madrid, instituição fundado pela mãe do rei, D. Joana de Áustria, e o existente no Museu de Arte Antiga (por atribuição de José de Figueiredo), e executado em 1571 por ordem da avó do rei, a rainha D. Catarina.

Pintor maneirista, da segunda geração de «italianizantes», que durante os anos 60 e 70 do século 16, e sob influência dos ditames do Concílio de Trento, se separaram da influência  classicista do Renascimento, os seus quadros «são duas das pinturas mais notáveis e vincadamente maneiristas que subsistem da época», segundo Vítor Serrão.

Pintou também, por volta de 1580, o Retrato de D. Margarida da Silva e de seu Filho Martim Afonso de Melo, 2.º Conde de São Lourenço (por atribuição de Reinaldo dos Santos). Por meio de documentos publicados por Sousa Viterbo, sabe-se que em 1551 pintou uma liteira real (andas), em 1554 restaurou um leito da câmara da Rainha D. Catarina, e em 1567 pintou o retábulo da capela-mor do Mosteiro da Conceição de Beja, hoje desaparecido. Em 1554 foi escolhido para o cargo de examinador de pintores, tendo sido também Rei de Armas.

Fonte:
Vítor Serrão, A Pintura Maneirista em Portugal, Lisboa, Instituto de Cultura e Língua Portuguesa («Biblioteca Breve, 65»), 1982

Biografia - Columbano Bordalo Pinheiro

Um dos maiores pintores portugueses.
Nasceu em Lisboa, em 21 de Novembro de 1857; 
morreu na mesma cidade em 6 de Novembro de 1929.

Filho do pintor, escultor e gravador Manuel Maria Bordalo Pinheiro, estudou na Academia de Belas-Artes de Lisboa, onde cursou desde os 14 anos de idade desenho e pintura histórica. Na Academia foi discípulo do escultor Simões de Almeida e do mestre Ângelo Lupi, tendo feito o curso em quatro anos em vez dos curriculares sete.

Em 1881 partiu para Paris, beneficiando de uma bolsa de estudo, custeada secretamente por D. Fernando de Saxe-Coburgo, viúvo de D. Maria II, amigo do pai. Foi para França, acompanhado da irmã mais velha, tendo aprendido com Manet, Degas, Deschamps entre outros. Em 1882 apresentou no «Salon de Paris» o quadro «Soirée chez Lui» que foi bem recebido pela crítica, e que está actualmente exposto no Museu de Arte Contemporânea de Lisboa com o título «Concerto de Amadores». 

Este quadro foi exposto em Lisboa, na Promotora, em 1883, após o seu regresso a Portugal, não tendo sido muito bem recebido pela crítica. Junta-se aos artistas do «Grupo do Leão», nome de uma cervejaria de Lisboa, que retratou num quadro que será um dos seus mais conhecidos. O grupo  era formado por jovens artistas empenhados numa reforma estética

Foi no domínio da pintura de decoração e nos retratos que se celebrizou, sendo dele as pinturas da sala de recepção do Palácio de Belém, os painéis dos «Passos Perdidos» da Assembleia da República e do tecto do Teatro Nacional. Os retratados, intelectuais sobretudo, incluem Oliveira Martins, Ramalho Ortigão, Eça de Queirós, Teófilo Braga, mas um sobressai: o de Antero de Quental, pintado em 1889.

Em 1901 tornou-se professor de pintura histórica da Academia de Belas-Artes de Lisboa, depois de ter sido preterido no concurso de 1897. Em 1911, foi nomeado pelo novo regime republicano para primeiro director do recém criado Museu de Arte Contemporânea onde se manteve até à reforma.

Era, segundo Diogo de Macedo: «misantropo, fechado em si, dado a análises exaustivas, a dissecações cruéis, teve apenas um grande amor - a pintura».


Fontes:
Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura;
José-Augusto França,
A Arte Portuguesa de Oitocentos,
2.ª ed., Lisboa, Instituto de Cultura e Língua Portuguesa («Biblioteca Breve»), 1983 (1.ª ed., 1979)

Biografia - José Vital Branco Malhoa

n.      28 de abril de 1854.
f.       [ 26 de outubro de 1933 ].

Pintor de arte e professor, mais conhecido só pelo nome de José Malhoa. 

Nasceu nas Caldas da Rainha a 28 de abril de 1854. Aos doze anos, em 1867, entrou para a Escola de Belas Artes, e revelou logo tantas aptidões e tanta dedicação pelo estudo que terminou o curso da escola, ganhando em todos os anos o primeiro prémio. Tendo concluído o curso pensou em completar a sua educação artística no estrangeiro, e entrou em dois concursos para pensionista do Estado. Nada conseguiu, apesar do seu reconhecido merecimento, por ser o subsídio adjudicado a outro concorrente, que só o alcançara por importantes empenhos. As reclamações, feitas contra este facto, foram tão convincentes, que a Academia, para não descontentar ninguém, viu-se forçada a não mandar nenhum. Malhoa sentiu-se muito, como artista a quem preteriam o mérito, e pela impossibilidade de completar os seus estudos com os primeiros mestres da arte moderna, pois não tendo meios de fortuna que lhe permitissem ir viver independentemente no estrangeiro, só com aquele auxilio o conseguiria. Desesperado com este contratempo, desistiu da carreira que tão auspiciosa se lhe mostrava, e protestou nunca mais pintar. Fez-se então caixeiro duma loja de modas pertencente a um seu irmão. Aquele desespero, porém, foi-se amenizando; Malhoa não podia. assim perder o seu aturado e dedicado estudo, e seis meses depois já ele aproveitara algumas horas disponíveis para pintar um quadro, A seara invadida, que enviou à exposição de Madrid, onde foi muito bem recebido. 

Em 1881 deixou o comércio para se dedicar inteiramente a arte. O primeiro trabalho, que lhe ofereceram, foi o de pintar o tecto da sala de concerto no Conservatório Real de Lisboa. Algum tempo depois pintou o da sala do Supremo Tribunal de Justiça de Lisboa. Desde então tornaram se numerosos os trabalhos do distinto artista, em que se nota o tecto da sala de jantar do palácio do Sr. conde de Burnay e o dos aposentos do senhor infante D. Afonso. Na pintura histórica tem o grande quadro O Último interrogatório do marquês de Pombal, e o esboceto apresentado no concurso que a Câmara Municipal de Lisboa abriu em 1887 para um quadro representando A partida de Vasco da Gama para a Índia, esboceto que recebeu a primeira classificação entre os concorrentes, sendo nessa ocasião Malhoa agraciado com o grau de cavaleiro da Ordem de Cristo por decreto de 19 de abril de 1888. São deste apreciado artista os retratos do rei D. Carlos que estão nas salas do Tribunal do Comércio e do Tribunal de Contas; um retrato do príncipe real D. Luís Filipe, um da filha do Sr. Henrique Sauvinet, os de D. Luísa de Almedina e de Isaac Abecassis. Nos seus quadros também se contam numerosas paisagens, cenas rústicas, cuidadosa mente estudadas, costumes pitorescos de aldeia, como o Viático ao termo e a Missa das seis; alguns quadros de género, como o Primeiro cigarro, que pertence ao sr. infante D. Afonso, e um grupo de veteranos fazendo a Descrição da batalha: de Asseiceira, etc. Em todas as exposições de belas artes do Porto, etc., José Malhoa têm exposto quadros seus, obtendo sempre as mais altas classificações. Também tem concorrido a exposições no estrangeiro, como Liverpool, Madrid, Paris, Rio de Janeiro, S. Petersburgo e Berlim, onde alcançou a segunda medalha. José Malhoa tem as honras de académico de mérito da Academia de Belas Artes, e além de cavaleiro de Cristo, é cavaleiro da Ordem de Malta, e da de Isabel a Católica, de Espanha. Possui a medalha de prata da Cruz Vermelha. Em 17 de abril de 1906 o rei D. Carlos I visitou o atelier de José Malhoa, onde foi admirar os trabalhos destinados à sua exposição no Gabinete de Leitura no Rio de Janeiro, para que fora convidado. O rei demorou se analisando todas as telas, fazendo sobre cada quadro uma apreciação muito lisonjeira. 

Os quadros, que deviam figurar, eram os seguintes:
Retrato de rei D. Carlos I; retrato de sua majestade a rainha senhora D. Amélia; Cócegas (Salon-Paris, 1905); O sonho do infante (o infante D. Henrique no promontório de Sagres); A pintura (painel decorativo); A Ti'Anna; Cavaleiro de S. Tiago (Salon-Paris, 1904); Chegada do Zé Pereira à romaria; 7.° não furtar... as uvas ao seu cura; O vinho verde; O soalheiro; Cuidados de amor; As sardinhas; O viático na aldeia (exposição de Lisboa, 1905); A compra do voto (idem); O azeite novo (idem); Tempo de chuva, lar sem pão (idem); Pensando no caso (idem); Amanhã as arranjarei!; Flor de pessegueiro; Uma desgraça; Aldeia de Castanheira ao pôr do sol; Apanha das castanhas; À passagem do comboio (Paris-Salon, 1905); Torre de Belém; Noticias financeiras; Viúvo! (exposição de Lisboa, 1905); Estudando à borda do pinhal; Pai e falha; Provocando; Trigo ceifado; No paul dos patudos; Velhas habitações da aldeia; Rua Serpa Pinto em Figueiró dos Vinhos; Efeitos da ribalta; Montanhas (estudo para o quadro Baptismo de Cristo para a igreja de Figueiró dos Vinhos); A minha macieira; Últimos raios de sol num souto de castanheiros; Amores na aldeia; Esperando o peixe; A Rosita das Courelas (estudo para o quadro O barbeiro na aldeia); De volta da Senhora da Agonia; A ida para o trabalho; Nascer da lua; Estudando; Os ouriços; Efeitos do sol no musgo dum pinhal.; O passal do Sr. cura; Últimos raios de sol; Fonte Eirivia; Costume do Minho; Carvalhos do padre Diogo; Salão de musgo; Ribeira do Lagar; O Lagar; No altar do Madrão; Vale de Zebro; Nuvens; Proclamando a restauração de Portugal (estudo para o quadro com o mesmo titulo); Outono na Lavandaria; Ribeira na Lavandaria; Outono na vida e na Natureza; Entrada de mina; Cristo, estudo; As pupilas do Sr. reitor, estudo; Vasco da Gama; Esperando a vez; A caminho da horta; Pinhal, ao fundo a igreja de Figueiró dos Vinhos; Vendo subir o foguete (Estudo para o quadro A Procissão); (Estudo para o quadro O Barbeiro na Aldeia); Deitando foguetes (estudo para o quadro A Procissão); Apanhando o foguete (estudo para o quadro A Procissão); Os mações ao cair da tarde; No altar da serra; Fonte fria; O bêbedo, (estudo para o quadro A volta da romaria, (premiado no Salon de Paris em 1901); Aldeia dos Chãos; Ao pôr do sol, estudo; As cebolas; O portão do Dr. Manuel; Troncos de castanheiros na Ínsua; Uma rua na aldeia; Cair da tarde; Depois da chuva; Casal das giestas; Castanheiros doentes, estudo para o quadro Uma desgraça; O pinhal dos corvos, estudo, Caminho para o colmeal; Castanheiros; Mendigo (estudo para o quadro Volta da romaria, premiado no Salon de Paris, 1901); A estender a roupa ao sol, estudo; Ermida de Nossa Senhora dos Remédios, estudo; A minha musa; A cerca do convento; Céu de trovoada, estudo; Estudo para o quadro Cócegas; Ermida de Nossa Senhora da Madre de Deus; A eira. Decoração no tecto do gabinete real do novo edifício da Escola Médica de Lisboa, intitulado: A Escola Medica de Lisboa recebendo da realeza o decreto autorizando a construção do novo edifício. 


Informação retirada daqui

Biografia - Maria Helena Vieira da Silva

Vieira da Silva [ca.1940]
Uma das mais importantes pintoras europeias 
da segunda metade do século XX

Nasceu em Lisboa em 13 de Junho de 1908;
morreu em Paris em 6 de Março de 1992.

Filha do embaixador Marcos Vieira da Silva, ficou órfã de pai aos três anos, tendo sido educada pela mãe em casa do avô materno, director do jornal O Século.

Tendo mostrado interesse, desde muito pequena, pela pintura e pela música começou a estudar pintura, a partir de 1919, com Emília Santos Braga e  Armando Lucena. Em 1924, frequenta as aulas de Anatomia Artística da Escola de Belas Artes de Lisboa.

Em 1928 vai viver para Paris, acompanhada pela Mãe, indo visitar a Itália. No regresso começa a frequentar as aulas de escultura de Bourdelle, na Academia La Grande Chaumière. Mas abandona definitivamente a escultura, depois de frequentar as aulas de Despiau.

Começa então a estudar pintura com Dufresne, Waroquier e Friez, participando numa exposição no Salon de Paris. Conhece o pintor húngaro Arpad Szenes, com quem casa em 1930, e com quem visitará a Hungria e a Transilvânia.

Em 1935 António Pedro organiza a primeira exposição da pintora em Portugal, e que a faz estar em Portugal por um breve período, até Outubro de 1936, após o qual voltará para Paris, onde participará activamente  na associação «Amis du Monde», criada por vários artistas parisienses devido ao desenvolvimento da extrema direita na Europa.

Regressará em 1939, devido à guerra, já que para o seu marido, judeu húngaro, a proximidade dos nazis o incomoda, naturalmente. Ficará em Portugal por pouco tempo, pois o governo de Salazar não lhe restitui a cidadania portuguesa, mesmo tendo casado pela igreja. Não deixa de participar num concurso de montras, realizado no âmbito da Exposição do Mundo Português, que também lhe encomendou um quadro, mas cuja encomenda será retirada.

O casal de pintores decide-se a ir para o Brasil, até porque as notícias sobre uma possível invasão de Portugal pelo exército alemão não são de molde a os sossegar.

Em Brasil serão recebidos de braços abertos, recebendo passaportes diplomáticos, que substituem os de apátridas emitidos pela Sociedade das Nações, tendo mesmo recebido uma proposta de naturalização do governo.

Residirão no Rio de Janeiro até 1947, pintando, expondo e ensinando, regressando Vieira da Silva primeiro que o marido, retido pelos seus compromissos académicos.

É a época em que Vieira da Silva começa a ser reconhecida. O estado francês compra-lhe La Partie d'échecs, um dos seus quadros mais famosos. Vende obras suas para vários museus, realiza tapeçarias e vitrais, trabalha em gravura, faz ilustrações para livros, cenários para peças de teatro. 

Expõe em todo o mundo e ganha o Grande Prémio da Bienal de São Paulo de 1962, e no ano seguinte o Grande Prémio Nacional das Artes, em Paris,

Em 1956, foi-lhe dada a naturalidade francesa.


Fontes:
José Augusto França
A Arte em Portugal no Século XX,
Lisboa, Bertrand, 1974

Biografia - Caetano Moreira da Costa Lima

Pintor português

Nasceu em 29 de Julho de 1835;
morreu em 17 de Novembro de 1898.

Estudou na Academia de Belas-Artes, concluído o curso em 1854, tendo ganho o primeiro prémio do concurso final.

Dedicou-se à pintura histórica, sendo o quadro «Martim de Freitas verificando na catedral de Toledo
o falecimento do rei D. Sancho II», em exposição no Museu Nacional Soares dos Reis, um dos seus mais famosos.

Colaborou no Jornal do Porto, de 1875 a 1883, escrevendo folhetins sobre Belas-Artes e impressões de uma viagem à Europa.

Fonte:
Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura

Biografia - Maria Helena Vieira da Silva

Pintora figurativa e abstracta portuguesa radicada em França e naturalizada francesa. Nasceu na noite de Stº António, filha de Marcos e Maria da Graça Vieira da Silva, pai embaixador, foi educada pela mãe após a morte do pai, quando contava apenas três anos. Estudou pintura em Portugal em 1919 e frequentou Belas Artes em Paris, a partir de 1928, data em que passou a viver com a mãe na Cidade Luz. Casou com o pintor húngaro Arpad Szenes, numa forte relação e veneração, em 1930 paixão que só foi interrompia com a morte dele em 1985. Maria Helena expôs pela primeira vez no Salon de Paris, em 1933 e em 1935 expôs pela primeira vez em Portugal. Viveu no Brasil de 1940 a1947, dado o marido ser judeu e para fugir as perseguições nazis. O Brasil recebeu-os de braços abertos e Paris também, quando regressou. O Estado francês comprou-lhe diversos quadros, nomeadamente "La Bibliothèque" e a famosíssima "La Partie d'Écheques". Vieira da Silva é provavelmente a mais famosas e cotada pintora portuguesa já desaparecida. Deixou também tapeçarias, vitrais para a cidade de Reims, gravuras, ilustrações de livros infantis e cenários de teatro. Maria Helena Vieira da Silva dedicou a sua vida à pintura e só depois da democracia em Portugal, em 1974 foi mais divulgada a sua obra, esquecida e pouco reconhecida durante o regime do Estado Novo. No entanto, o professor de arte José Augusto França escreveu, em 1958 uma monografia essencial sobre a pintora. Em 1960 França concedeu-lhe o grau de cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras. O seu cartaz do 25 de Abril é conhecido de toda a gente, com o título "A Poesia está na Rua". Em 1977 recebeu a mais alta condecoração, não militar, portuguesa - a grã-cruz da Ordem de Santiago da Espada. Lisboa tem, no Jardim das Amoreiras, um museu que lhe é dedicado, com o seu nome. Entre outros prémios a pintora recebeu, em 1961 o Prémio da Bienal de São Paulo. A estação de Metro da Cidade Universitária tem azulejos da sua autoria e a estação do Rato (Lisboa) ostenta um painel de azulejos também seu. Do lado oposto, no mesmo átrio, outro painel de seu marido, como que eternizando aquele amor de cinquenta e seis anos de união perfeita.

Biografia retirada daqui

Biografia - Francisco Vieira (Vieira Portuense)

n.      13 de maio de 1765.
f.       2 de maio de 1805.

Pintor histórico e de paisagem, lente de desenho na Academia do Porto. Era cognominado Vieira Portuense, por ter nascido nessa cidade, e para se diferençar doutro seu afamado contemporâneo, conhecido pelo nome de Vieira Lusitano, por ter nascido em Lisboa. 

Nasceu portanto, no Porto a 13 de maio de 1765, faleceu na ilha da Madeira a 2 de maio de 1805. Era filho de Domingos Francisco Vieira e de Maria Joaquina.

Seu pai reunia à profissão da arte da pintura, em que dizem não era dos de menos conta, segundo a frase tradicional. Começando desde criança a dar mostras da grande vocação para o desenho e para a pintura, o pai logo que o viu instruído nas primeiras letras e tendo-o provavelmente iniciado nos rudimentos da arte, entregou-o à direcção de João Grama, celebre pintor, que se supõe de origem alemã, mas nascido em Portugal. Este artista foi quem primeiro guiou o jovem Vieira no estudo da pintura. Mais tarde, achando-se no Porto com outro notável pintor que primava no género das paisagens, João Pilenan ou Pillement, de nação francesa, recebeu também algumas lições o moço Vieira. Este, porém, não se contentando com a instrução já adquirida e desejando aprofundá-la, resolveu em vez da frequentar a aula publica de desenho, que por essa tempo existia no Porto, vir para Lisboa em 1784 matricular-se na outra aula da mesma espécie, que pouco antes fora estabelecida pala rainha D. Maria I, e da que era director e professor Joaquim Manuel da Rocha. Esta escola de desenho de figura e história funcionava com outra de arquitectura civil, num pavimento baixo do convento dos Caetanos, onde está há muitos anos instalado o Conservatório. Provavelmente a ideia do moço estudante era obter lugar entre os alunos que por concessão do governo e como pensionistas do Estado deviam partir para Roma, mas ou porque lhe faltassem padrinhos ou porque já estivesse preenchida o numero dos escolhidos, Vieira não realizou como desejava aquele seu projecto. O que não pôde alcançar em Lisboa, conseguiu-o porém, no Porto, e a junta da direcção da Companhia Geral das Vinhas do Alto Douro, tomando-o sob a sua protecção, mandou-lhe abonar, do seu cofre, a pensão anual de 300$000 reis para lhe ser paga durante o tempo que precisasse demorar-se em Roma até à conclusão dos seus estudos.

Em 1789 partiu para a Itália, e ao chegar àquela cidade, tratou de escolher mestre capaz de o guiar na carreira a que se destinava, e preferindo Domingos Corvi, desenhador de grande correcção mas de feio colorido, de cujas lições tirou grande proveito, e logo em 1791 obteve na academia romana um primeiro prémio em roupas. Para aumentar mais os seus conhecimentos artísticos, percorreu as principais cidades da Itália, visitando os seus mais notáveis edifícios e galerias, copiando para exercício as obras que mais entusiasmo lhe causavam, e deste modo formou uma grande quantidade de livros que trouxe consigo quando recolheu a Portugal, e que eram evidentes provas do seu estudo e da sua aplicação. Tinha ele adoptado de preferência, por mais conforme ao seu gosto, a maneira e estilo mimoso e delicado de Albano e de Guido Reni, mas querendo estudar também o colorido de Corregio, dirigiu-se a Parma para copiar o magnifico quadro de S. Jerónimo que existe na galeria publica da referida cidade, e que é considerado uma das melhores produções do exímio chefe da escola lombarda. A cópia feita por Vieira é qualificada de excelente, mereceu os melhores elogios de Taborda e do conde de Raczynski. Depois de ter estado em casa do visconde de Balsemão, passou para a galeria dos duques de Palmela, de que faz parte há muitos anos. Durante a sua permanência em Parma, recebeu dos membros da academia grandes provas de consideração pelo seu talento. Foi ali recebido pelas famílias da alta aristocracia, chegando a dar lições de desenho à filha do grão-duque, para quem naturalmente o jovem pintor português não foi indiferente, e tanto mais que chegou a retratá-la, e tão perfeito ficou o retrato, que lhe deu fama entre a primeira sociedade de Parma. Fez mais retratos, pelos quais auferiu bons proventos. Voltando a Roma em 1791, demorou-se ali três anos ocupado sempre no estudo dos grandes mestres. 

Em 1797 saiu de Roma, e na companhia de Bartolomeu António Calixto, pensionista na Casa Pia, que também ali fora aperfeiçoar-se, percorreram juntos parte da Alemanha, até que Calixto veio para Lisboa, e Vieira ficou em Dresden, fazendo estudos na notável galeria de pintura daquela cidade, da qual copiou os objectos que mais lhe prenderam a atenção. Passou a Hamburgo e depois a Londres, onde se demorou até ao ano de 1801. Travou conhecimento nesta grande cidade com o insigne gravador Bartholozzi, tomando dele algumas lições de gravura; essas relações tornaram-se de íntima amizade, casando mais tarde com uma viúva italiana, moça e rica, que dizem pertencer à família de Bartholozzi. Fez o retrato deste artista, e começou então a gravar a água-forte um grande trabalho, que por embaraços posteriores não chegou a concluir. Em Londres pintou o Viriato, quadro de notável execução, que ofereceu ao príncipe regente D. João, mais tarde rei D. João VI, e foi colocado na galeria do palácio da Ajuda. Desse quadro abriu Bartholozzi uma bela estampa, assim como outras de diversas composições do artista português. Para obsequiar o ministro de Portugal naquela corte, D. João de Almeida MeIo e Castro, depois conde das Galveias, a quem já conhecera em Roma, e lhe devera muitos favores, compôs também um primoroso quadro Nossa Senhora da Piedade ou do Descimento da Cruz, o qual era destinado à capela da embaixada portuguesa em Londres, mas depois foi colocado no oratório do paço das Necessidades. Ou nos últimos tempos da sua estada em Londres ou logo que regressou à pátria, foi Francisco Vieira, por proposta da Companhia das Vinhas do Alto Douro, provido no lugar de lente na aula de desenho no Porto, vago por ter sido dispensado desse exercício o professor António Fernandes Jácome. tendo a nomeação a data de 20 de setembro de 1800, mas parece, que se chegou a tomar posse da cadeira, pouco tempo se demorou na sua regência, porque vem para Lisboa no princípio de 1801.

Nessa época D. Rodrigo de Sonsa Coutinho, depois conde de Linhares, sendo transferido da pasta da marinha para a da fazenda e nomeado inspector da regia oficina tipográfica, ampliou este estabelecimento, que recebeu então o nome de Imprensa Regia, e por decreto de 7 de dezembro do mesmo ano e pensou em fazer nela uma edição magnifica e luxuosa dos Lusíadas, ilustrada com estampas representativas dos passes mais notáveis do poema. Esse pensamento não chegou a realizar-se por circunstâncias imprevistas; entretanto, Francisco Vieira foi encarregado de fazer as composições, motivo porque veio a Lisboa onde se encontrou com Bartholozzi, que devia de executar as gravuras. Francisco Vieira chegou a fazer onze quadros ou esboços a óleo, de passes dos Lusíadas, que não chegaram a ser gravados, mas que foram adquiridos pelo duque de Palmela, passando a fazer parte da soberba galeria de pintura desta nobre casa. Estando o insigne artista em Lisboa em 1802, na ocasião em que tudo se preparava para solenizar com grandes festas a paz geral de Amiens, que fora assinada em 27 de março daquele ano, o senado da câmara lhe encomendou um quadro alegórico para a sumptuosa festividade que devia realizar-se na igreja de S. Domingos. Nesse quadro que Vieira executou com grande rapidez e que foi muito aplaudido, estava no centro a monarquia lusitana representada na figura duma gentil matrona com atributos adequados, tendo pendente sobre o peito o retrato do príncipe regente e servindo-lhe de cortejo outras figuras que representavam as virtudes e as artes igualmente caracterizados. Os ministros D. João de Almeida e visconde de Anadia, apreciando igualmente o mérito de Vieira, falaram a seu respeite ao príncipe regente, que a 28 de junho de 1802 assinou um decreto nomeando o artista primeiro pintor da real câmara com a pensão anual de 2.000$000 reis, permitindo-se lhe a acumulação deste com o emprego de lente da aula do Porto, e sendo-lhe cometida a obrigação de dirigir e executar juntamente com o seu colega Domingos António de Sequeira, a quem ficava em tudo e para tudo equiparado, as obras de pintura que se haviam de fazer no paço da Ajuda. Para se mostrar digno do alto conceito em que era tido e das mercês que lhe conferiam, compôs e em breve concluiu para a galeria real dois formosos quadros que por si sós bastariam para dar ao autor a reputação de abalizado pintor, e que representam, um o Desembarque de Vasco da Gama na índia, e outro D. Inês de Castro ajoelhada com os filhos perante o rei D. Afonso. Estes quadros foram depois levados com outras pinturas para e Rio de Janeiro, e dizem que ultimamente existiam numa sala do palácio de S. Cristóvão no chamado torreão de prata. Pelo mesmo tempo pintou ainda para o conde de Anadia um magnífico quadro, D. Filipa de Vilhena, que juntamente com outras produções de Vieira se admiraram naquela ilustre casa.

Demorando-se em Lisboa para atender a estes e outros trabalhos, não podia exercer o magistério no Porto, e por isso a regência da cadeira foi dada a seu pai Domingos Vieira, que desempenhou essas funções desde 1 de novembro de 1802 até 30 de junho de 1803, em que se reformaram os estudos na cidade do Porto, ceando-se a Academia de Marinha e Comercio e incorporando-se nela a antiga aula de desenho, que passou a denominar-se Academia de Desenho e Pintura. A aula foi solenemente inaugurada por Vieira, em cujo acto pronunciou o seguinte discurso, que em 1803 se publicou em Lisboa: Discurso feito na abertura da Academia de desenho e pintura na cidade do Porto, por Francisco Vieira Júnior, lente da mesma academia. No resto desse ano e por todo o seguinte de 1804, foi, segundo parece, efectivo na regência da cadeira, dividindo porém o tempo entre os cuidados do ensino e a execução das obras de arte, a que por obrigação do serviço ou por encomendas particulares tinha de satisfazer, e ocupava-se na composição dum quadro em que representava Duarte Pacheco, Achilles Lusitano, defendendo contra o Comorim o Passo de Cambaldo destinado a ornar a casa das Descobertas no palácio de Mafra, quando foi acometido da grave enfermidade, que em breve o prostrou no tumulo. Esgotados todos os recursos da ciência para debelar aquele mal, os médicos lhe aconselharam o clima da Madeira, e obtendo para isso a necessária licença por aviso do 1º de abril de 1805, empreendeu a viagem, mas em lugar das melhoras que esperava, piorou repentinamente, vindo a falecer pouco tempo depois.

Além dos quadros já citados, mencionaremos os seguintes: S. Sebastião, que se conservava na galeria do marquês de Borba; uma Saloia, de capa e lenço na cabeça, que pertencia à casa dos condes de Anadia; o esboceto a óleo do quadro Viriato que pertenceu a Silva Oeirense, e O Amor, que estava na casa dos condes de Anadia, e que Bartholozzi reproduziu pela gravura, e mais duas paisagens que pertenceram a António Ribeiro Neves e Joaquim Pedro Celestino Soares. Na capela da ordem terceira de S. Francisco do Porto há quatro quadros representando: Santa Margarida; Nossa Senhora da Conceição, Santa Isabel e S. Luís, rei de França. No museu do Porto também de Vieira um Cristo crucificado, um S. João, a Adoração do Santíssimo, e duas belas paisagens, das quais uma representa Uma mulher com um menino, que parece defender do ataque dalguns malfeitores. 

Francisco Vieira falava com facilidade as principais línguas da Europa, e conhecia perfeitamente a historia das belas artes. Em 1906 comemorou-se no Porto o centenário de Francisco Vieira, fazendo-se uma exposição das suas obras no salão nobre do teatro de S. João, a qual se inaugurou no dia 17 de junho. Foi a Sociedade das Belas Artes que tomou a iniciativa desta comemoração, e conseguiu reunir para o seu intento uma boa porção de quadros, desenhos, esboços e gravuras de Vieira Portuense. Nesta exposição figuraram também algumas gravuras notáveis de Bartholozzi de desenhos de Vieira.

Biografia retirada daqui






Biografia - Maria Keil


Pintora, ilustradora e ceramista portuguesa, nascida em Silves (Algarve). Frequentou Pintura na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, tendo sido aluna do pintor Veloso Salgado. Casou aos 33 anos com o arquitecto Francisco Keil do Amaral, neto de Alfredo Keil. O casal teve um filho também arquitecto. Maria Keil pintou naturezas mortas e retratos ainda muito jovem e em 1937 participou no Pavilhão de Portugal na Exposição Internacional de Paris. Em 1940 participou na Exposição do Mundo Português com uma pintura mural. Recebeu em 1941 o Prémio Revelação Amadeu de Sousa Cardoso pelo "Auto-retrato". No arranque do Metropolitano de Lisboa nas décadas de 50 e 60 do séc. XX Maria Keil começou a desenvolver intenso trabalho como criadora de painéis de azulejos para a decoração das estações. A ela se deve a recuperação, em espaços públicos, do azulejo que muitos consideravam arte menor. A sua criatividade e simpatia granjearam-lhe ser conhecida como "A menina dos azulejos". Trabalhou para dezanove estações e fez renascer a fábrica Viúva Lamego, então em crise. É também ilustradora de livros infantis. Participou em diversas exposições em Portugal e estrangeiro. Artista polivalente também deixou a sua marca em selos de correio no Ano Internacional da Mulher. Em 1989 o Museu do Azulejo dedicou-lhe uma retrospectiva. Com mais de oitenta anos ainda trabalha e, em 1997 decidiu expor fotografias, sob o tema "Roupa a secar no Bairro Alto". Pelas entrevistas e conversas Maria Keil revela-se para lá da artista, uma pessoa da maior simpatia, da mais absoluta simplicidade e de uma sinceridade sem rodeios.

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Biografia - Maria Emília Roque Gameiro Martins Barata

Pintora portuguesa, nascida na Amadora e discípula de Lily Possoz. Era filha do aguarelista Alfredo Roque Gameiro e de Assunção Roque Gameiro, e irmã de Raquel, Manuel, Helena e Rui Roque Gameiro, numa família de artistas. Assinou como "Mamia Roque Gameiro". Em 1923 realizou a primeira exposição individual, em Lisboa e desde logo se salientou obtendo boas críticas. Casou com o pintor Martins Barata. Deixou o seu traço por inúmeros livros infantis e publicações periódicas femininas e para crianças. Foi uma primorosa miniaturista. Também deixou quadros a óleo e guache. Participou na16ª Exposição da Sociedade de Belas Artes.

Informação retirada daqui

Biografia - Helena Roque Gameiro Leitão de Barros

Pintora e professora portuguesa, nasceu em Lisboa, numa família de artistas de renome. Aos catorze anos já pintava ao lado do pai Alfredo Roque Gameiro. Foi professora de Artes Decorativas na Escola António Arroio, em Lisboa. Paralelamente pintou e expôs na Sociedade Nacional de Belas Artes aguarelas que a notabilizaram, Em 1917 recebeu a primeira medalha por uma aguarela pela SNBL. Acompanhou o pai ao Brasil em 1920, e expôs com êxito. Casou com o conhecido realizador de cinema José Leitão de Barros (1896-1967). Podemos admirar as suas aguarelas em diversos museus portugueses.

Informação retirada daqui

Resumo - Vários tipos de energia


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Resumo - O que é um Ecossistema?


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Powerpoint - Dinâmica dos Ecossistemas


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Powerpoint - Ecossistemas - Factores Abióticos





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EFA - STC - Exercício - Alimentação - Sociedade, Tecnologia e Ciência


O valor energético dos nutrientes é variável. Adoptam-se geralmente os seguintes valores energéticos médios para cada classe de macronutrientes:
- 1g de proteínas contém 4 Kcal
- 1g de lípidos contem 9 Kcal
- 1g de glícidos contem 4 Kcal

Observe os dados do gráfico seguinte, referentes ao valor energético de alguns alimentos e responda as questões.

1. Em termos energéticos, comer 100g de chocolate corresponde a comer 100g de pão mais 100g de pasta de fígado. Fundamente esta afirmação.

2. Suponha que ao longo de um dia um indivíduo adulto sedentário ingeriu 200g de chocolate, 200g de pão e 200g de biscoitos.
2.1.Calcule o valor energético desta refeição
2.2.Relacione o valor energético encontrado com as necessidades calóricas diárias do indivíduo – 2600 Kcal.
2.3.Faça uma pequena reflexão sobre a qualidade alimentar desta dieta.

EFA - STC - NG3 - DR3 - Documento - Código Deontológico dos Médicos - Sociedade, Tecnologia e Ciência



EFA - STC - Exercício - Hábitos alimentares - Sociedade, Tecnologia e Ciência


“A alimentação é a acção de fornecer ao organismo os alimentos de que necessita, sob a forma de produtos alimentares naturais ou modificados ou, ainda, em parte, sintéticos.”
A sua importância para o organismo é tal que há quem afirme que “nós somos aquilo que comemos”. É com as substâncias que obtemos a partir dos alimentos que restauramos as nossas células, produzimos outras e mantemos o nosso organismo a funcionar - os alimentos são, por assim dizer, o nosso combustível!
Não é de estranhar, portanto, que a alimentação seja um dos mais importantes factores condicionantes da saúde.
Mas o que são hábitos alimentares? O que distingue alimento de princípio nutritivo? Quais as necessidades alimentares diárias para cada indivíduo? Em que aspecto a alimentação condiciona a saúde? Quais as doenças que podem ser provocadas por uma alimentação não equilibrada?

No Sentido de analisar os seus hábitos alimentares, procure responder as questões seguintes.




a) Elabore uma listagem que reúna:




1. Os alimentos que costuma ingerir normalmente;
2. Os processos culinários utilizados na preparação dos alimentos;
3. Os condimentos ou temperos que são adicionados aos alimentos;
4. As quantidades aproximadas que normalmente ingere por dia (em colheres, por exemplo, ou em cm3);
5. O horário das refeições que ingere;
6. O local onde costuma tomar as refeições.
7. Elabore uma tabela no computador com os dados recolhidos.
8. Na referida tabela refere os processos culinários sofridos pelos alimentos. Faça uma listagem das vantagens e desvantagens das diferentes formas de cozinhar os alimentos (Elabore por exemplo uma tabela).






b) Analise com atenção o quadro II, que resume, de forma simples, os hábitos alimentares de quatro povos diferentes – A, B, C e D.






1. Indique recorrendo aos dados do quadro II, as principais diferenças entre:

1.1. Os hábitos alimentares dos povos A, B, C e D;

1.2. Os hábitos alimentares desses povos e os seus hábitos alimentares, que definiu anteriormente.



2. Discuta qual dos povos A, B, C e D deverá habitar:

2.1. A Ásia

2.2. A África Equatorial
2.3. As regiões do pólo Norte
2.4. A África do Norte

3. Quais as causas se poderão atribuir as diferenças que indicou na questão 1.

4. Recolha informação e imagens sobre hábitos alimentares de outros países e de Portugal.

5. Discuta quais os factores de que parecem depender os hábitos alimentares de uma qualquer população humana.

6. Ao longo das várias etapas da evolução da Humanidade os hábitos alimentares foram se alterando em função do modo de vida do Homem. Explorar os principais problemas que as sociedades desenvolvidas se deparam actualmente no que diz respeito à alimentação, nomeadamente Portugal.

EFA - STC - NG3 - DR3 - Documento - Ética e Eutanásia - Sociedade, Tecnologia e Ciência



EFA - STC - Documento - Diferenças na alimentação entre populações de meio rural e de meio urbano - Sociedade, Tecnologia e Ciência