quinta-feira, 27 de março de 2008

Oposição unida pela suspensão da avaliação

As bancadas do PCP, do CDS-PP, do Bloco de Esquerda, da ex-deputada do PCP Luísa Mesquita e do PSD propuseram projectos de resolução que defendiam a suspensão do processo, contestado a 08 de Março por cerca de 100 mil professores que se manifestaram em Lisboa.Pelo PS, a deputada Alcídia Lopes acusou a oposição de apenas propor "adiamentos e suspensões" sem apresentar alternativas e antecipou o "chumbo" dos socialistas às cinco recomendações. "As escolas estão a trabalhar bem. Não faz sentido adiar este processo. Adiado porquê? Por vazio cheio de nada", afirmou.
O deputado do PCP João Oliveira justificou a suspensão do processo - o que o Ministério da Educação recusa - para permitir que se encontrem "soluções adequadas" ao regime de avaliação. O parlamentar comunista disse que o PCP é favorável à avaliação mas critica o modelo do Governo por ser "um regime injusto", que causa uma "desestabilização das escolas em prejuízo dos professores e dos alunos".
O líder parlamentar do CDS-PP, Diogo Feio, contestou o regime de avaliação pela confusão que gera nas escolas, defendeu que deve ser "melhor pensado" e "iniciado quando começarem a aulas no próximo mês de Setembro". "Estamos contra a confusão dentro das escolas, que a avaliação seja só para alguns e que seja feita de uma forma numas escolas e noutras escolas de maneira diferente", disse.Pedro Duarte, deputado do PSD, insistiu na suspensão do processo que, ao longo dos meses, sofreu de "erros e trapalhadas" e por "lançar a confusão" nas escolas durante o terceiro período. "Foi um acto de hostilidade contra os professores", afirmou.
Já a deputada não inscrita Luísa Mesquita (ex-PCP) também criticou o sistema de avaliação e fez um apelo aos deputados do PS que são professores a viabilizarem um projecto de resolução comum para que sejam criadas condições à revisão do regime de avaliação. A contestação à avaliação e ao Estatuto da Carreira Docente, aprovada pelo Governo, juntou cerca de 100 mil professores numa manifestação, em Lisboa, a 08 de Março, e em que foi exigida a demissão de Maria de Lurdes Rodrigues

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