A Inspecção-Geral de Educação (IGE) decidiu arquivar a queixa apresentada pelos pais de uma aluna contra o Agrupamento de Escolas da Ericeira por incluir a expressão ‘viva o Benfica’ na cantilena infantil Atirei o pau ao gato.
Na resposta enviada por escrito, a IGE informou os pais da aluna que “a queixa foi arquivada, porque a actuação da escola não mereceu censura jurídico-disciplinar”.
Descontente com o resultado, Eduardo Mascarenhas, pai de uma menina de quatro anos a frequentar o jardim-de-infância de Santo Isidoro, já expôs o caso ao Provedor de Justiça.
Na queixa efectuada à IGE, o progenitor manifestou-se contra o facto de a educadora ter feito uma adaptação, ao ensinar as crianças a cantar “vai-te embora pulga maldita/batata frita/viva o Benfica” várias vezes ao dia.
O encarregado de educação, que se apresenta como um adepto não muito “ferrenho” do Futebol Clube do Porto, considera que se trata de uma “situação de lavagem e de indução ao comportamento” das crianças alimentada pela educadora e pelos responsáveis do agrupamento, todos benfiquistas.
“Compromete os valores fundamentais da escola, ou seja, o respeito pela diferença e pela individualidade, o fomento da pluralidade de gostos e o civismo”, refere na queixa, lembrando que “a escola deve ser um espaço onde nem política, nem religião, nem clubismos desportivos devem ser alimentados”.
Do agrupamento, o pai da menina, que frequenta o jardim de infância de Santo Isidoro, recebeu como resposta que a maioria das crianças é do clube: de um total de 13 crianças da sala, apenas duas não são benfiquistas.
A filha de Eduardo Mascarenhas está em casa, sem ir ao jardim-de-infância, desde o dia 22 de Março, admitindo mesmo transferir a filha de escola.
Sem comentários:
Enviar um comentário