quarta-feira, 13 de maio de 2009

A Educação Sexual em Contexto Escolar

O Serviço de Educação Contínua da FPCE.UP informa que se encontram abertas as inscrições para o Curso: A Educação Sexual em Contexto Escolar.O curso tem a duração de 30 horas e decorrerá entre o dia 19/05 a 22/06/2009, tem como Coordenadora Cientifica a Professora DoutoraIsabel Menezes (PROFESSORA ASSOCIADA COM AGREGAÇÃO DA FPCEUP) e como formadores o Dr. Francisco Pintado (Licenciado em Psicologia pela FPCE.UP e Pós-Graduação em Consulta Psicológica, Conjugal e Sexual) e a Dra. Luísa Campos (Licenciada em Inglês; Coordenadora do Projecto de Educação Sexual na EB 2,3 de Custóias; D.E.S.E. em Animação Comunitária e Formação de Adultos). As inscrições estão abertas até ao dia 14/05/2009. Destinatários:Licenciados/as das áreas das Ciências Sociais e Humanas, Ciências da Educação, Psicologia, entre outras que procuram formação complementar à sua Licenciatura na Universidade do Porto. Especificamente Professores dos Ensino Básico e Secundário. Objectivos:A Educação Sexual nas escolas reveste-se de extrema importância, pois a sexualidade é uma componente integrante do ser humano. Segundo João Viegas Fernandes (2001) “A Educação Sexual, se adequadamente realizada, permite eliminar preconceitos e superar angústias e ansiedades relativas à sexualidade, contribuindo para a diminuição da agressividade das/os alunas/os e para o seu maior empenhamento e melhor desempenho na aprendizagem, em geral”. Assim, a Educação Sexual nas escolas contribuirá para um relacionamento menos preconceituoso entre géneros e aumentará o respeito entre alunas/os, modificando comportamentos, desenvolvendo o espírito crítico e atitudes cívicas necessárias ao exercício da cidadania, porque existe uma relação entre a sexualidade e a vida pública. Por outro lado, a informação é prevenção e, desta forma, estaremos a contribuir para a diminuição dos comportamentos sexuais de risco (o aumento em Portugal dos infectados com o HIV e outras DST), bem como a diminuição da maternidade na adolescência (Portugal é o segundo país com a taxa mais alta na comunidade Europeia). Para informações mais detalhadas sobre conteúdos programáticos, calendarização, propina e inscrições deste curso, por favor consultem o site em www.fpce.up.pt/gec.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Dia da Família - Desporto Escolar - 15 de Maio

Foi feito um desafio a todos os agrupamentos e escolas para desenvolverem neste dia actividades com as famílias de Alunos e Funcionários quer docentes quer discentes.

O tipo de actividades a desenvolver estarão dependentes do projecto educativo de cada escola e das capacidades de organização e oferta da mesma. Poderá ir de uma simples caminhada, até outras actividades mais complexas que promovam o convívio e a actividade física.

Deverá ser uma organização com o envolvimento das respectivas Associações de Pais.

Para além desta proposta a todas as escolas a DGIDC está a desenvolver um Programa de Actividades variadas, com o apoio de várias Federações Desportivas, que terá lugar no Complexo Desportivo do Estádio do Jamor, disponibilizado para o efeito pelo IDP.

Para este grande evento serão convidadas todas as Escolas do Concelho de Oeiras e escolas da Amadora e Lisboa que mostrem interesse na sua participação.

Estão já programadas actividades como Caminhada Gímnica para vários níveis de participantes, Actividades com cordas (saltar à corda), BTT, actividades aquáticas, Canoagem e outras.

Paralelamente e também englobada nas actividades com as escolas de Setúbal no âmbito dos Campeonatos Nacionais do Desporto Escolar, a DGIDC está a prever uma actividade para as famílias, no Concelho de Setúbal, neste dia.

Powerpoint - O que fazer no caso de ocorrer um sismo...


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segunda-feira, 11 de maio de 2009

“O Papel da Autoridade” abre III Ciclo de Palestras

“Não: O Papel da Autoridade” é o tema de abertura do III Ciclo de Palestras que tem início na próxima sexta-feira, dia 17 de Abril, às 21h00, no auditório do Centro Social e Paroquial S. Pedro, em Cantanhede. Este ano, a iniciativa centra-se na abordagem de questões relacionadas com Limites e Atitudes no contexto do processo educativo, tendo como público alvo toda comunidade escolar, designadamente pais e encarregados de educação, docentes e não-docentes, que terão ainda oportunidade de participar em outra sessão a realizar no dia 29 de Maio, esta sobre o “Bullying/Comportamentos Desviantes”.

Resultando de uma ideia lançada em 2007 pela Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola EB 2,3 de Cantanhede, o III Ciclo de Palestras é promovido pelas Associações de Pais do Concelho, em parceria com o Município e Cantanhede, contando ainda com o envolvimento activo dos conselhos executivos das escolas e agrupamentos de escolas e com o apoio de diversas entidades.

O debate do próximo dia 17 de Abril, às 21.00 horas, em torno de “Não: O Papel da Autoridade” – um assunto de grande pertinência e amplamente discutido aos mais variados níveis –, vai ter como intervenientes João Redondo, Psiquiatra Director do Serviço de Violência Familiar e membro do Grupo de Violência, Informação, Investigação e Intervenção do Hospital Sobral Cid, Beatriz Pena, Presidente da Associação Portuguesa de Psiquiatria de Infância e da Adolescência e Administradora do Departamento de Pedopsiquiatria do Centro Hospitalar de Coimbra, e Jorge Sampaio, que dará testemunho da sua experiência de vida.

No dia 29 de Maio, também às 21 horas, será a vez de Carlos Carona, Psicólogo da Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral, e Sara Pedroso, Pedopsiquiatra do Hospital Pediátrico de Coimbra discutirem o “Bullying/Comportamentos desviantes”, outro tema de grande actualidade face à ocorrência de casos que têm vindo a ser identificados em muitas escolas.

Para facilitar a participação dos pais e encarregados de educação nas sessões programadas, durante o período em que estas estiverem a decorrer, os agentes educativos podem deixar os seus filhos a passar “Um Serão no Museu da Pedra” que inclui diversos ateliers, designadamente Origami (3 a 10 anos); Expressão Plástica (3 a 10 anos); Projecção de Filmes (10 a 12 anos); Peddy Paper (10 a 12 anos) e Oficina de Leitura (7 a 12 anos), sob orientação das monitoras dos serviços pedagógicos da unidade museológica.

A participação nos ateliers está sujeita a inscrição prévia na Divisão de Educação e Acção Social (DEAS), que para mais informações pode ser contactada através do e-mail deas@cm-cantanhede.pt ou pelo telefone 231 410 123.

A iniciativa das Associações de Pais do Concelho e organizarem os Ciclo de Palestras parte do reconhecimento de que «a educação é um processo complexo em que intervêm diversos factores de ordem afectiva, social e cultural”, facto que “deve motivar os agentes educativos para uma discussão aprofundada e consequente em torno dos novos desafios que se colocam às escolas e às famílias, relativamente ao modo como devem cumprir as funções que lhe estão atribuídas neste âmbito.»

Nesse sentido, e assumindo que lhes estão acometidas responsabilidades no incentivo à reflexão destas questões e de outras com elas relacionadas, as Associações de Pais do Concelho e o Município de Cantanhede, propõem-se fomentar o debate “em torno dos processos formais e informais que concorrem para a formação da personalidade das crianças e jovens”.

Pretende-se assim “sensibilizar os pais e encarregados de educação para a necessidade de interpretarem adequadamente os valores e as referências que influenciam o comportamento e as motivações dos seus educandos, com o objectivo de os induzirem a adoptar atitudes que contribuam para o desenvolvimento da autonomia e do espírito crítico, bem como para a aquisição de competências que favoreçam o exercício pleno dos deveres de cidadania”.

Vídeo - Tsunami na Tailândia

Vídeo - Reportagem do sismo de 1 de Janeiro de 1980. Ilha Terceira - Açores

domingo, 10 de maio de 2009

Manif em cima da campanha eleitoral

O próximo protesto de professores pode coincidir com o arranque da campanha para as eleições europeias, a 22 de Maio. O secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, anunciou ontem, em Viseu, onde participou em mais uma das 1400 reuniões de consulta aos docentes, que essa é uma das hipóteses em cima da mesa.

Segundo o líder da Fenprof, alguns professores defendem a realização de uma manifestação nacional; outros apostam em várias manifs pelo País; uns acham que "deveria ser a um sábado para não interromper as aulas", outros que "seria muito importante" acontecer durante a semana. A plataforma só na próxima quarta-feira irá anunciar qual o modo de contestação escolhido contra o modelo de avaliação.

Do lado dos movimentos de docentes, Ilídio Trindade, do MUP, propõe "uma marcha lenta em todas as capitais de distrito, à mesma hora, para tentar parar por completo o País". Já Mário Machaqueiro, da APEDE, defende que "uma manif nacional não pode ser isolada e independente de greves".

Bernardo Esteves

Vídeo - Grande terramoto ocorrido na Itália durante o mês de Abril do ano de 2009

sábado, 9 de maio de 2009

Programa TEIP vai abranger mais escolas

A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, admitiu  alargar o programa dos Territórios Educativos de Intervenção Prioritária (TEIP) a mais escolas. "Há mais escolas a necessitar de ser incluídas. Estamos a trabalhar para que isso possa acontecer tão depressa quanto possível", disse à Lusa. 

O programa TEIP, destinado a escolas localizadas em meios sócio-económicos desfavorecidos e com elevadas taxas de abandono e insucesso escolar, abrange actualmente 60 escolas. A ministra participou ontem em Lisboa num seminário da Inspecção-Geral de Educação (IGE), em que foram revelados dados sobre as avaliações externas realizadas às escolas.

Apenas cinco das 397 escolas avaliadas entre 2005 e 2008 pela IGE obtiveram Muito Bom em todos os parâmetros. As escolas são as seguintes: Quinta das Palmeiras (Covilhã); Alberto Sampaio (Braga); Agrupamento Santa Catarina (Caldas da Rainha); Leal da Câmara (Rio de Mouro) e Agrupamento Gualdim Pais (Tomar).

B.E

Powerpoint - Sismologia


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Conteúdo - Impacto dos sismos na Humanidade

Os sismos têm tido um grande impacto ao longo da história da Humanidade, tendo gerado milhões de vítimas, incluindo mortos, feridos e desalojados. As principais causas destes números alarmantes resultam de três grandes grupos de factores.
Em primeiro lugar, a localização de centros urbanos por vezes mesmo grandes cidades, bem como estâncias balneares, ocorre em zonas de grande incidência sísmica. É o que acontece, por exemplo, no Japão e no Sudeste Asiático.
Ainda recentemente pudeste constatar as consequências deste factor no sismo do Sudeste Asiático de Dezembro de 2004 e do enorme e tsunami devastador gerado.
Em segundo lugar, em muitos locais do mundo existe uma fraca qualidade dos edifícios, quer sejam de habitação, de unidades industriais ou de complexos turísticos, à qual se junta uma inadequação a situações de sismo ao nível de construção, sobretudo das suas fundações e estruturas. Estes aspectos provocam um comportamento deficiente destas construções que, por vezes, desmoronam por completo.
Finalmente, um factor de grande influência nas consequências gravosas dos sismos relaciona-se directamente com a população, ou seja, com cada um de nós.

O desconhecimento das medidas de prevenção, assim como a falta de informação sobre o que fazer em termos de atitudes e comportamentos em caso de emergência, são um bom exemplo deste factor.

A protecção das populações que vivem em países localizados em regiões sísmicas passa também pela actuação do Estado a diferentes níveis, nomeadamente:

- na avaliação do risco sísmico por técnicos especializados;
- na criação de regras de construção anti-sísmica e na fiscalização da
sua aplicação;
- na sensibilização da população para realizar a sua autoprotecção,ou seja, para o que cada indivíduo deverá fazer em caso de iminência ou de ocorrência de um sismo;
- na divulgação através de campanhas e folhetos, geralmente dos bombeiros e da Protecção Civil, das condutas e medidas que cada cidadão deverá tomar.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Governo mantém idade mínima de trabalho

O aumento da escolaridade obrigatória até ao 12º ano e 18 anos de idade não terá reflexos na idade legal de trabalho, que continuará a ser os 16 anos. A garantia foi dada ontem pelo ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, Vieira da Silva, que se socorreu do exemplo de outros países para justificar a opção. 

"Nenhum país com escolaridade obrigatória de 12/13 anos alterou a idade legal de trabalho, que na Alemanha, Bélgica ou Holanda continua a ser a partir dos 16 anos. O alargamento da escolaridade não significa proibição de trabalhar", disse o governante, frisando que "as políticas públicas terão de ser mudadas para apenas incentivar a contratação de jovens com o 12º ano".

O ministro falava no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, numa conferência com 40 peritos sobre o alargamento da escolaridade, presidida por José Sócrates e Maria de Lurdes Rodrigues. A ministra da Educação admitiu que o aumento da escolaridade para 12 anos e a entrada de mais 35 mil alunos no sistema poderá obrigar a um "reforço de professores e outros recursos humanos nalgumas regiões". Lurdes Rodrigues defendeu que "talvez seja possível atingir a escolaridade de 12 anos dentro de três anos". Já o primeiro-ministro defendeu existirem "meios humanos e físicos para atrair para a escola estes 35 mil jovens, porventura os mais difíceis".

E se o Governo quer 12 anos de escolaridade, já o representante dos pais, Albino Almeida, foi mais longe, pedindo uma "intervenção educacional logo a partir das creches" por ser "vital para a socialização". O líder da Confap (Confederação Nacional das Associações de Pais) defende ainda que seja feito um "diagnóstico vocacional aos alunos no 5.º ano" e anunciou um "plano de formação parental" que ajude os pais, frisando que "nem todos os alunos têm de chegar a doutores e engenheiros".

A conferência de peritos durou cerca de cinco horas e ficou também marcada pela intervenção do reitor da Universidade de Lisboa, António Nóvoa. Socorrendo-se dos números fornecidos pelo Ministério da Educação aos presentes, o reitor sublinhou que na maioria dos países da União Europeia a escolaridade obrigatória é inferior a 12 anos (apenas em seis é igual ou superior) e defendeu ser mais importante actuar nos primeiros seis anos de escolaridade do que fixar objectivos nos 12 anos.

De resto, a maioria considerou o alargamento da escolaridade uma medida positiva, bem como os apoios previstos a nível de acção social escolar e melhoria de equipamentos (segundo o Governo vai custar 211 milhões de euros no primeiro ano). Foi também apontada a necessidade de diversificar a oferta de cursos, com ênfase nos profissionais, e de reestruturar os 2.º e 3.º ciclos, reduzindo o número de disciplinas. Na sua intervenção final, a ministra Maria de Lurdes Rodrigues, viria a abordar este último tema, fazendo uma rara referência à classe docente: "Com 17 professores por turma não é possível trabalhar. Há ainda uma lógica de subordinação dos interesses das escola aos grupos corporativos. Há muito trabalho a fazer".

Bernardo Esteves

Conteúdo - Escala de Mercalli e Richter

Nos últimos anos, os cientistas têm utilizado uma nova técnica de análise da propagação das ondas sísmicas denominada tomografia sísmica . Os registos de dezenas de milhar de estações podem ser recolhidos num computador que, a partir deles, produz imagens tridimensionais do interior do planeta, tal como poderás verificar quando estudares a estrutura da Terra.
Os sismos podem ter efeitos devastadores para o ser humano, provocando mortes e a destruição dos seus lares e outros bens.
Para determinar a intensidade de um sismo usa-se muitas vezes a escala de Mercalli modificada ou escala Internacional, que se baseia nos efeitos destruidores do sismo na superfície terrestre e nos bens humanos. Para se utilizar esta escala é necessário fazer-se um inquérito à população atingida pelo sismo, com o intuito de se saber quais os danos por ele causados. A quantificação da intensidade de um sismo pela escala de Mercalli é expressa em graus de I a XII.
Usando um mapa e ligando neste os diferentes pontos em que o sismo se fez sentir com a mesma intensidade, obtêm-se linhas mais ou menos concêntricas designadas por isossistas . Como estas limitam zonas onde o sismo atingiu a mesma intensidade, é possível, assim, ter uma noção mais generalizada dos efeitos do sismo à escala do país e observar a zona onde este atingiu maior intensidade, ou seja, a zona que corresponde ao epicentro do sismo.
A determinação da intensidade do sismo pela escala de Mercalli depende, por um lado, das respostas obtidas no inquérito, que podem ser influenciadas pelos momentos difíceis vividos pela população e, por outro, do facto de o mesmo sismo, poder ser mais ou menos destruidor
consoante as condições do local afectado. Deste modo, para determinar com precisão a magnitude de um sismo, existe uma outra escala - escala de magnitude de Richter– que se baseia em cálculos complexos relacionados com a quantidade de energia libertada pelo sismo no hipocentro.
A escala de Ritcher determina a magnitude do sismo a partir da amplitude das vibrações sísmicas registadas no sismograma.
A magnitude de um sismo é, assim, uma medida da energia libertada e, portanto, uma medida de grandeza absoluta, pelo que é uma escala muito mais precisa do que a escala de Mercalli.
No quadro seguinte estão indicados os efeitos dos sismos de acordo com a sua magnitude.
Teoricamente, a magnitude de um sismo pode ser qualquer número real positivo. Na prática, os sismógrafos apenas gravam os sismos cuja magnitude excede 1,0 e nunca foi registado nenhum que tenha excedido 9,0. Portugal está situado numa zona sísmica, verificando-se que os Açores e as regiões de Lisboa e do Algarve são os territórios com maior actividade sísmica.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Despachos beneficiam presidente do conselho científico para avaliação de professores

O presidente do Conselho Científico para a Avaliação de Professores (CCAP), Alexandre Ventura, passa a usufruir de subsídio de residência de 941,25 euros mensais e a ter direito a usar viatura do Estado, de acordo com dois despachos publicados quinta-feira em Diário da República.

Estas regalias acrescem à remuneração de cerca de 3700 euros por exercer cargo equiparado a director-geral, que acumula com o de professor auxiliar na Universidade de Aveiro a tempo parcial (30%). O subsídio é justificado por ter 'residência permanente em Aveiro' e o CCAP funcionar em Lisboa. Segundo o site do Ministério da Educação (ME), o CCAP só reuniu quatro vezes desde a sua nomeação em Novembro. O ME afirma que Ventura tem de dormir 'algumas noites por semana em Lisboa' porque além das reuniões há 'imenso trabalho que não se vê'. E garante que fica mais barato do que pagar hotel como até agora.

O subsídio de residência tem efeitos desde 1 de Novembro de 2008, quando foi nomeado, pelo que Alexandre Ventura recebe desde já 4706,25 euros.

O CCAP é um órgão consultivo do Ministério, cuja missão é acompanhar a avaliação de docentes.



Bernardo Esteves

Conteúdo - Sismógrafos

A maioria dos sismos só é detectada por aparelhos muito sensíveis - os sismógrafos – que se encontram em estações sismográficas.
As ondas sísmicas resultantes das vibrações das rochas são registadas graficamente, obtendo-se um traçado que se designa por sismograma .
Existem três tipos de ondas sísmicas: as P, que são as mais velozes, pelo que são as primeiras a serem registadas; as S, que são menos rápidas que as Pmas mais destrutivas; as L, ondas superficiais,que são as mais lentas e as mais destrutivas.
Os sismógrafos mais modernos têm dois componentes – um localizado no terreno que detecta as vibrações do solo e transmite essa informação ao outro componente, localizado na estação central, que as regista. As vibrações do solo são amplificadas cerca de um milhão de vezes.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Fórum Qualificação 2009: Escolhas com Futuro

Fórum Qualificação 2009: Escolhas com Futuro decorrerá na Exposalão, na Batalha, de 7 a 9 de Maio de 2009, correspondendo a uma organização da Agência Nacional para a Qualificação, I. P., em parceria com o Instituto do Emprego e Formação Profissional e as Direcções Regionais de Educação. Esta iniciativa, aberta ao público em geral, terá como destinatários privilegiados os jovens que se encontrem a concluir o 3º ciclo do ensino básico (9º ano de escolaridade) ou que estejam no início do ensino secundário e pretendam repensar o seu trajecto escolar ou formativo.
Este evento terá o formato de uma "vila das profissões", composta por praças correspondentes a grandes áreas de educação e formação, assinaladas pela cor e por sinalética, e espaços apropriados a actividades de animação. De entre estes espaços destaca-se um jogo: a Roda das Profissões. Através de actividades lúdicas, os jovens visitantes vão poder associar formações a profissões e conhecer as competências e os saberes inerentes a cem saídas profissionais.
Ao todo serão mais de 100 stands, animados por jovens alunos e/ou formandos de todo o país que irão demonstrar o que aprendem e como aprendem nos cursos que conferem dupla certificação (escolar e profissional).
Tal como sucedeu com a edição anterior, este fórum será extremamente animado e atractivo não só para os jovens que terão de escolher um curso de nível secundário, mas também para os seus encarregados de educação, formadores e professores.
O Fórum Qualificação 2009: Escolhas com Futuro assume como objectivos principais divulgar a diversidade de cursos contemplados pelas diferentes modalidades de educação e formação; promover as ofertas profissionalizantes junto dos jovens que concluíram o 9º ano de escolaridade, das comunidades educativas e formativas e do tecido empresarial e socioeconómico; valorizar socialmente as formações e as certificações adquiridas pelos jovens no âmbito dos cursos profissionalizantes; evidenciar as vantagens das aprendizagens centradas no desenvolvimento de competências em detrimento de aprendizagens focadas na transmissão de conteúdos; disseminar as vantagens obtidas com os cursos que conferem dupla certificação (escolar e profissional), incentivando à procura das vias profissionalizantes; demonstrar a importância do financiamento comunitário proveniente do Fundo Social Europeu na diversificação da oferta profissionalizante; e, ainda, despertar o interesse das entidades empregadoras para as vantagens resultantes da contratação de jovens que concluíram percursos profissionalizantes.
A selecção das entidades participantes foi feita com base nos projectos apurados num concurso lançado em Janeiro passado, intitulado "Projectos com Futuro", e ainda de alguns convites que as entidades organizadoras decidiram efectuar, colmatando lacunas em aberto.
O Fórum Qualificação 2009: Escolhas com Futuro estará aberto durante os três dias, entre as 10h00 às 18h00, no Pavilhão 3 da Exposalão, na Batalha.
A entrada é livre.

Conteúdo - Hipocentro/Epicentro

A zona do interior da Terra onde o sismo se originou designa-se por foco ou hipocentro  e a zona à superfície terrestre que se situa na vertical do hipocentro denomina-se  epicentro.
A partir do hipocentro, as vibrações sísmicas transmitem-se em todas as direcções sob a forma de ondas. Estas diminuem de intensidade por dispersão da energia, à medida que se propagam e se afastamdo local de origem. Assim, um sismo corresponde às vibrações das rochas resultantes da libertação de energia no interior da Terra e propaga-se na forma de ondas sísmicas .

terça-feira, 5 de maio de 2009

Disponíveis as listas provisórias de admissão e exclusão. Poderão ser consultadas nos Agrupamentos / Escolas prioritárias, site da DGRHE e DREs

O que pensam quatro ex-ministros da Educação

1 - Apoia o alargamento da escolaridade obrigatória ao 12.º ano?

2 - As escolas estão prontas para a mudança?


Marçal Grilo

1 - É uma medida muito positiva.
2 - Acho que é preciso criar as condições integrais para a cumprir, tal como ocorreu em 1986 quando se decidiram os nove anos de escolaridade obrigatória.

Roberto Carneiro

1 - Era uma medida que, mais dia menos dia, era esperada. A sociedade do conhecimento não pode repousar sobre um patamar abaixo do 12º ano de escolaridade. A cidadania, as empresas, a tecnologia não se compadecem com um nível inferior ao 12º ano. Temos ainda 35 por cento dos jovens que não concluem o 12º ano, mas temos de ter ambição. A medida legislativa por si só não resolve nada, é preciso medidas sociais e pedagógicas que apoiem e tornem possível uma medida legal.
2 - Imediatamente, se calhar, as escolas não estão preparadas. É preciso haver formação dos professores. Tem de haver formação muito intensa e, no concreto, cada escola tem de se organizar e tem de haver algum dinheiro disponível para isso.

Júlio Pedrosa

1 - Considerando que este Governo promoveu já um alargamento significativo do ensino secundário profissional, criando um leque de ofertas diversificadas, creio que se está em condições de considerar esta medida. Isto desde que se garanta um número de condições para a equidade no acesso e no seu sucesso: o apoio social aos estudantes de condição socio-económica mais vulnerável, mas também a consolidação deste universo diversificado de ofertas, a qualidade e condições de funcionamento das escolas, recursos humanos qualificados, acessibilidade dos próprios e um currículo adequado quer para as ofertas profissionais, quer para as ofertas de formação secundária geral.
2 - Não estamos ainda com os padrões adequados, mas temos três anos à nossa frente. Todos temos de ter consciência de que não podemos dar-nos ao luxo de usar mal esse tempo: temos de usar todos os minutos destes três anos para criar essas condições.

Couto dos Santos

1 - Acho a medida positiva. A grande dúvida é saber se existem condições de garantir, do ponto de vista social, que essa medida possa ser cumprida na sua plenitude. Temos hoje escolaridade obrigatória até ao 9º ano e há muitos que têm abandonado por dificuldades económicas. De nada servia estar a pôr o alargamento na lei se não houver condições que permitam que a grande maioria - se não todos - possa lá chegar.
2 - As escolas preparam-se rapidamente, temos professores com muita capacidade, mas se não houver um período transitório, com o diálogo e envolvimento de todos os agentes, corre o risco do fracasso. É algo que vem aumentar mais as responsabilidades das escolas, que já têm uma grande carga de trabalhos. Se houver um período de transição, há condições para preparar os órgãos da escola. Espero que o façam em diálogo com eles, porque vai exigir muito dos professores e dos pais.
M.G. / Público

"Até ao 12.º?! Não é verdade!"

De mochila às costas e mãos enfiadas nos bolsos, Miguel Reis flecte ligeiramente as pernas e roda sobre si mesmo, como se tivesse apanhado um murro. "Obrigatório?! O 12.º ano? Não é verdade!!!".
Sob o degradado resguardo da paragem de autocarro já estavam alunos do 8.º ano do Agrupamento de Escolas de São Silvestre, do concelho de Montemor-o-Velho, que riem: "Verdade p'ra ti, puto! P'ra nós não!"
Apesar de todos serem repetentes e de terem quase a mesma idade, só Miguel, que está quase a fazer quinze anos, não ultrapassou a fronteira do 6.º ano, apanhando, em cheio, com o alargamento da escolaridade obrigatória. Ainda resmunga que está farto da escola. Mas rapidamente reage ao gozo dos colegas, erguendo a cabeça com um gesto que não faz tremer o cabelo penteado em crista: "E o que é que tem? Na booooa! Para o ano vou para Montemor e em dois anos faço um curso de informática que me dá o 9.º ano. Mais um ano de outro curso qualquer e dão-me o 12.º". E vira as costas.
Os outros não respondem. Quando chegaram à paragem, também eles reagiram à notícia com indignação: "Afinal há liberdade ou não há!?", perguntara pouco antes Filipe Silva, de 14 anos. E os outros tinham feito coro, apesar de acabarem por reconhecer, um a um, que embora tenham chegado ao 8.º ano com dificuldades (frequentam uma turma com percurso curricular alternativo, destinada a alunos com dificuldades de aprendizagem ou de comportamento) todos querem, depois do 9.º, fazer cursos profissionais com equivalência ao 12.º. Para quê? Um a um, também, todos encolhem ombros.
Filipe Silva, que caminha de um lado para o outro, inquieto, explica que "hoje ninguém tem emprego sem o 12.º". Cristiano Cortesão, um ano mais velho, também no 8.º, concorda, mas não deixa de contrapor que "nem assim" o emprego está garantido. Nuno Pascoal, que por ter 16 anos até podia deixar já a escola, também quer fazer um curso profissional, mas não tem ilusões: "Há muita gente com cursos da universidade sem trabalho", murmura, lá do murete de betão onde se deitou.
São 17h30. Um toque longo anuncia a invasão da paragem junto à escola de quase trezentos alunos situada na aldeia de São Silvestre, no Baixo Mondego. "'Tás em que ano?!", vão perguntando os mais velhos, ansiosos por dar a notícia. Marina Silva, de 12 anos, e Rafaela Gonçalves, do 5º, abrem a boca de espanto: "É um exagero!", exclama a primeira. Mas não por causa delas: ambas querem ir para a universidade.
Inês Macedo, com a mesma ambição mas já com 14 anos de idade e o 9.º ano quase feito, tem uma opinião semelhante: "O Governo não ganha nada em manter as pessoas na escola contra a sua vontade. Nem aprendem nem fazem o que querem e com 16, 17 e 18 anos, já têm o direito de decidir o que querem fazer da vida", diz.

Graça Barbosa Ribeiro