sábado, 1 de agosto de 2009

“Em Matemática não se pode desistir à primeira”

Pedro Vieira, 18 anos, falou sobre as Olimpíadas Internacionais de Matemática.

CM – Qual a sensação de ser o primeiro português a vencer uma medalha de prata nas Olimpíadas Internacionais de Matemática?

– Muita felicidade. É o reconhecimento de muito trabalho.

– Será um efectivo sinal de que os portugueses estão melhor à disciplina?

– Os que competem em Olimpíadas estão melhor...

– O Plano de Acção para a Matemática não ajudou a melhorar as coisas, como diz o Governo?

– Nunca senti isso. Importante foi o projecto Delfos, que nos prepara para estas competições.

– Sempre gostou da disciplina de Matemática?

– Desde a escola primária.

– Qual o segredo para ter sucesso nesta cadeira?

– Acima de tudo, não se pode ter espírito derrotista e desistir à primeira, é preciso tentar descobrir onde está o erro. O grande problema dos estudantes portugueses é desistirem com facilidade.

– Que carreira quer seguir?

– Vou candidatar-me agora a Matemática Aplicada e Computação, no Técnico. Tive 20 a quase tudo, menos Português e Biologia, e tenho média de 19,7. Talvez opte depois pela área da Investigação.

Bernardo Esteves

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Jurista defende que novo estatuto da carreira docente é inconstitucional

Um estudo elaborado pelo professor catedrático da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (FDUL) Pedro Barbas Homem conclui que os novos estatutos da carreira docente do Ensino Universitário e Politécnico, já enviados para a Presidência da República para promulgação, contêm artigos "inconstitucionais".

Este trabalho jurídico, que defende que o Governo legislou sobre matérias que são da "competência da Assembleia da República" (PR), faz parte de uma exposição enviada esta semana pelo Sindicato Nacional do Ensino Superior (Snesup) a Cavaco Silva, na qual a estrutura sindical alerta para as "ilegalidades" dos diplomas.

O sindicato já solicitou também uma audiência ao PR, para que Cavaco Silva tome conhecimento de "vários aspectos problemáticos dos novos estatutos" antes de decidir promulgar ou não os decretos-lei. "Queremos que verifique a situação constitucional dos diplomas para que, se se confirmarem as ilegalidades, possam ser rejeitados", afirma Gonçalo Xufre, dirigente do Snesup, estrutura que tem promovido a greve dos docentes do ensino politécnico.

Para Pedro Barbas Homem, que é também coordenador do Centro de Investigação Científica da FDUL, as normas dos estatutos da carreira docente que suscitam mais dúvidas dizem respeito às regras de contratação, vínculos, período experimental e avaliação de desempenho dos docentes. Barbas Homem sustenta que estas normas estão relacionadas com "os direitos, liberdades e garantias dos trabalhadores" identificados na Constituição, tratando-se de matérias sobre as quais "apenas a Assembleia da República pode legislar" ou o Governo, se para tal for mandatado pela AR.

Aprovado só pelo Governo

Neste caso, a aprovação dos decretos-lei foi feita em Conselho de Ministros, sendo que, afirma Barbas Homem, a AR não participou no processo legislativo. "A AR tinha obrigatoriamente que se pronunciar sobre esta matéria. Ou através do normal processo legislativo ou através de uma autorização legislativa que permitisse ao Governo legislar sobre esta matéria", afirma o docente, que é também presidente da direcção da Associação Portuguesa de Direito da Educação.

O Ministério da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior tem recusado prestar esclarecimentos sobre a questão e, de acordo com Gonçalo Xufre, o Governo não deu ainda a conhecer a versão final dos decretos-lei dos novos estatutos da carreira docente do Ensino Politécnico, aprovados em Conselho de Ministros a 1 de Julho. "Neste momento, não sabemos que versão dos diplomas está no Palácio de Belém para promulgação do PR", afirma.

Pedro Barbas Homem também é crítico da forma como o Governo conduziu este processo legislativo, afirmando que não é a primeira vez na actual legislatura que o executivo vai para além das suas competências legislativas. "Na minha opinião, existe da parte deste Governo uma visão estrutural deturpada em relação às suas próprias competências legislativas. O Governo age com um primado sobre a AR no campo legislativo que já foi visível noutras situações", sustenta.

http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1394065&idCanal=58

Sócrates admite que existem “discrepâncias” nos decretos sobre avaliação dos professores

O primeiro-ministro, José Sócrates, admitiu ao Tribunal Constitucional (TC) que existem “discrepâncias” entre o decreto regulamentar de Janeiro passado que simplificou o modelo de avaliação de desempenho docente e as disposições contidas no Estatuto da Carreira Docente (ECD), aprovado por um decreto-lei em 2007.

Numa exposição ao TC, o primeiro-ministro alega que as “discrepâncias” existentes entre os diplomas “resultam única e exclusivamente do facto de o Decreto regulamentar (que institui a simplificação) definir um regime transitório, cujos efeitos terminam no final do 1º ciclo de avaliação ou seja, no final do ano civil de 2009”. Este mês o Governo decidiu, contudo, prolongar este regime transitório para além do presente ano, sendo este o modelo em vigor para o próximo ciclo avaliativo, que se inicia no próximo ano lectivo e se prolonga por dois anos.

Estas “discrepâncias” estiveram na base de um pedido de inconstitucionalidade apresentado ao TC por um grupo de deputados de todos os partidos, à excepção do PS, por poder estar em causa uma violação do “princípio da legalidade”, já que uma lei superior (o decreto-lei que aprovou o ECD) foi alterada por outra de natureza inferior (decreto regulamentar).

Na quinta-feira, o Tribunal decidiu pela não-aceitação deste pedido por considerar que este “não se situa no âmbito da esfera de actuação do Tribunal Constitucional”. A “eventual contradição entre um regulamento e uma lei é um problema de mera ilegalidade e não de constitucionalidade”, adianta-se no acórdão.


Clara Viana

Rotina escolar causa agressão

As crianças entre os seis e os treze anos são as que sofrem mais maus tratos por parte dos pais, revela um estudo apresentado na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto que analisou 60 crianças entre os seis e os 16 anos, provenientes de cinco Comissões de Protecção de Crianças e Jovens em risco da região Norte do País.

De acordo com o trabalho, as crianças são vítimas de mais agressões nesta faixa etária porque coincide com a entrada na escola e com o período da pré-adolescência. Duas fases de grande adaptação para as crianças e para os pais, segundo Patrícia Rodrigues, psicóloga clínica e autora do estudo.

"O início do período escolar implica uma alteração da rotina familiar, para a qual muitos pais não estão preparados. Na pré-adolescência não conseguem compreender os sinais emocionais das crianças e as suas necessidades", explicou acrescentando que, "nestas situações, muitos pais recorrem à violência para disciplinar os filhos ou reagem com indiferença".

O estudo revelou ainda que os maus tratos ocorrem sobretudo em famílias com rendimento baixo e de meios rurais. Segundo Patrícia Rodrigues, "as famílias mais carenciadas e com menos acesso aos serviços sociais não conseguem gerir os problemas e acabam por descarregar o stress nos filhos através de maus tratos".

Urânia Cardoso

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Novas Oportunidades ainda tem pouco impacto no mercado de trabalho

Demasiado tempo de espera, horários difíceis de compatibilizar com a vida pessoal e pouco impacto a nível profissional são os três maiores problemas identificados na Iniciativa Novas Oportunidades, de acordo com o primeiro estudo externo ao programa que será apresentado amanhã no Centro de Congressos de Lisboa. Contudo, para os autores, os ganhos na auto-estima dos participantes é um dos efeitos que mais compensou e que, a médio prazo, poderá revolucionar o tecido empresarial.

Ainda que os resultados abranjam apenas um ano e faltem dois e meio para as conclusões finais, o coordenador do estudo da Universidade Católica Portuguesa, o investigador e ex-ministro da Educação do Governo de Cavaco Silva, Roberto Carneiro, faz um balanço muito positivo das Novas Oportunidades.

Apesar de 66 por cento das chefias ainda não reconhecerem o esforço de qualificação e certificação que os seus trabalhadores fizeram, Roberto Carneiro acredita que os conhecimentos – em especial ao nível das novas tecnologias da informação e comunicação – serão indispensáveis numa altura em que “estamos a entrar no mundo da economia do conhecimento em que as empresas funcionam em rede” e não em pirâmide.

“As pessoas que estão certificadas sentem que não houve grandes avanços na carreira, na remuneração, nas oportunidades de emprego, como porventura teriam legítima esperança de ter antes de terem feito a certificação”, disse Roberto Carneiro, que acredita que um dos problemas é os gestores e empresários da maioria das empresas portuguesas serem eles próprios pouco qualificados. “Talvez fizesse falta uma Iniciativa Novas Oportunidades para as chefias das nossas micro e pequenas e médias empresas”, defendeu.

Sobre as críticas que têm sido feitas ao alegado “facilitismo” do programa, o coordenador explicou ao PÚBLICO que o grande dado novo é que “aproveitar a experiência pessoal de cada um” e que isto poderá dar “mobilidade profissional” aos que concluírem as Novas Oportunidades. E acrescentou: “Há uma pluralidade de vias para chegar às mesmas coisas”. Os autores do estudo consideram também muito positiva a “boa ligação entre a educação e a formação profissional” que é feita, apesar de defenderem que se deve investir mais na certificação.

No que diz respeito ao que leva as pessoas a voltar a estudar, Carlos Liz, da Universidade Católica Portuguesa, salienta que a “pressão familiar” é a principal impulsionadora e que os “ganhos do eu” são muito gratificantes. “Há várias pessoas que começam por querer apenas o 9º ano e que acabam por querer ir mais longe e completar o 10º ano”, contou, muitas vezes para acompanharem os filhos. Recorde-se que a média de idades dos frequentadores do programa é de cerca de 40 anos. Por outro lado, os autores asseguram que as pessoas ficam muito mais preparadas para exercer a sua cidadania e intervirem em diversas ocasiões de forma mais informada.

Como exemplo de novas competências adquiridas, é referido o acesso à Internet: 67 por cento dos que se inscreveram nas Novas Oportunidades utilizam este meio contra 27 por cento dos que nas mesmas condições de escolaridade optaram por não prosseguir os estudos. O número de pessoas que recorre à Internet para pesquisar informações é também três vezes superior nos que foram certificados pelas Novas Oportunidades. Porém, os autores sublinham que muito do trabalho feito consiste em dar confiança às pessoas em relação aos conhecimentos que reuniram ao longo da vida e sistematizá-los. E o balanço é muito positivo: mais de 80 por cento dos que completarem o programa consideram mesmo que o ensino é igual ou melhor que o regular.

O programa de requalificação Novas Oportunidades, apresentado em Setembro de 2005 pelo primeiro-ministro, é tutelado pelo Ministério do Trabalho e pelo Ministério da Educação. O objectivo é qualificar um milhão de activos até 2010, assim como envolver mais de 650 mil jovens em cursos técnicos e profissionalizantes. Segundo dados do Ministério da Educação, só 20 por cento da população adulta portuguesa completou o ensino secundário. Nos países da OCDE esta percentagem ronda os 70 por cento.

A rede nacional onde o programa se encontra implementado é composta por 453 centros e, recentemente, foi encerrado o concurso público para a criação de mais 44 centros para em 2010 se atingir os 500 pretendidos. O programa já chegou a 900.000 pessoas nas diferentes vertentes, numa altura em que a média mensal de novas inscrições atinge as 20.000. Um número “pioneiro” e “notável” a nível internacional, segundo o coordenador do estudo.

Romana Borja-Santos

Estudo Acompanhado - Auto Controlo


Download 1 - Dropbox
Download 2 - Mega
Download 3 - Google Drive
Download 4 - Box

Estudo Acompanhado - Resolução de Problemas


Download 1 - Dropbox
Download 2 - Mega
Download 3 - Google Drive
Download 4 - Box



quarta-feira, 29 de julho de 2009

Escola de Darque passou um aluno com nove negativas e garante que foi a melhor solução

Negativa a Língua Portuguesa, a História e a Matemática. Negativa também a Geografia, a Físico-Química, a Educação Visual... Feitas as contas, José, chamemos-lhe assim, teve nove negativas em 14 "cadeiras". Tem 15 anos, está no 8.º ano do ensino básico. E a escola passou-o.

Não é caso inédito, mas não deixa de ser raro, como admite Augusto Sá, director do Agrupamento de Escolas de Monte da Ola, em Darque, Viana do Castelo. No final do 3.º período, o conselho de turma reuniu, cada professor deu a sua nota e, no caso de José, o balanço era negativo. Augusto Sá nota, contudo, que para decidir se um aluno "passa" não basta "somar" as positivas e as negativas. "Há um percurso, há um contexto, há uma família..." E a decisão de passar José "teve em conta" tudo isso.

O professor não adianta detalhes, para preservar a identidade do jovem. Limita-se a explicar que ele é acompanhado pelos Serviços de Psicologia do agrupamento desde o 2.º ciclo, que já tinha chumbado uma vez, que vive uma situação "sócio-familiar grave" que se agravou ainda mais este ano.

A lei, continua, é clara: dá margem de manobra às escolas para avaliarem os benefícios de reter um aluno que, como é o caso, frequenta um ano intermédio (o 3.º ciclo do ensino básico só termina no 9.º ano) da escolaridade obrigatória. Independentemente do número de negativas.

Resultado: o conselho de turma entendeu que o melhor para o aluno seria transitar. E decidiu que o jovem irá frequentar no 9.º ano um curso de Educação e Formação, que o prepara para a vida activa e "que tem características especiais" - "ele tem capacidades, mas o contexto sócio-familiar não tem permitido que evolua e acreditamos que, com acompanhamento, atingirá os objectivos", diz Augusto Sá.

Em casos destes, admite, os conselhos de turma preferem, por vezes, fazer subir administrativamente as notas dos alunos, para que na pauta do final do ano, que é pública, não apareça preto no branco uma decisão que causa estranheza na comunidade. Mas a escola decidiu assumir a decisão.

O caso foi, contudo, lido em alguns blogues de professores como um exemplo de facilitismo. "Sim, viram bem: a criatura teve 9 negativas e, mesmo assim, TRANSITOU", lia-se no Movimento Mobilização e Unidade dos Professores.

João Dias da Silva, secretário-geral da Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (Fne), não conhece o caso, mas vai dizendo que não tem especial simpatia por uma lei que permite que um aluno passe com várias negativas. Admite, contudo, que tem de haver excepções. E dá exemplos de casos que já apareceram em conselhos de turma em que participou: "Uma separação familiar, a morte de um irmão, de um pai..."

Certo é o que diz o despacho normativo n.º 50/2005: "A retenção deve constituir uma medida pedagógica de última instância". É essa a regra pela qual devem guiar-se as escolas. O balanço feito no mês passado sobre a forma como estão a decorrer os planos de acompanhamento destinados a alunos que ficaram retidos mostrou que mais de 40 mil foram abrangidos mas 25 por cento chumbaram ainda assim.
Alexandra Campos, Andreia Sanches

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Inscritos em escolas longe de casa

Dezenas de alunos matriculados no Agrupamento Vertical de S. Lourenço, em Valongo, foram colocados em primárias a cinco quilómetros de casa, quando há outras mais perto. Os pais estão indignados e a DREN admite que pode haver alterações.

As listas com a indicação das escolas que os alunos do primeiro ano do Ensino Básico vão frequentar deixaram os pais perplexos. Em vez de ficarem nos estabelecimentos mais próximos da residência (escolas da Costa e do Carvalhal), foram colocados no mais distante (escola das Saibreiras). Os encarregados de educação já enviaram cartas à Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) a mostrar o descontentamento e vão reunir hoje, pelas 18 horas, no Parque Urbano de Ermesinde para discutir como resolver o problema.

Contactado pelo JN, a direcção do agrupamento de escolas de S. Lourenço, em Ermesinde recusou-se a prestar declarações, afirmando apenas que está a ser cumprida a legislação (ler caixa ao lado).

A DREN assegurou ao JN que o problema está a ser acompanhado e que as listas poderão vir a ser alteradas. Para a próxima segunda-feira está agendada uma reunião entre a DREN e o Conselho Executivo do agrupamento de escolas para resolver o assunto.

Para além de verem as expectativas goradas sobre a escola que pretendiam para os filhos, os pais de, pelo menos, nove crianças já pagaram a inscrição e o mês de Agosto de 2010 num ATL privado, que assegura o transporte de e para a escola da Costa e do Carvalhal, mas não o faz para as Saibreiras. "O ATL funciona no infantário que eles frequentavam e assgura o transporte de manhã para a escola e, à tarde, de novo para o ATL", explicou Marco Santos, encarregado de educação. A questão do transporte e do ATL como complemento às aulas é determinante porque os horários de trabalhos dos pais não são conciliáveis com os da escola. "Entram às 9 horas e saem às 15.30 horas", afirmou Marco Santos.

Margarida Fidalgo está na mesma situação. Pagou 200 euros pela inscrição e pelo mês de Agosto no ATL e não aceita que o seu filho seja obrigado a sofrer duas adaptações num ano: "Já vai para uma escola nova, se tiver de ir para outro ATL são mudanças a mais", comenta a encarregada de educação e docente. Mais grave, acrescenta, "há casos de crianças que fizeram o pré-escolar na Escola da Costa e tiraram-nos de lá para os pôr na Escola das Saibreiras". "Não entendo os critérios do agrupamento", desabafa.

Segundo as contas desta mãe, serão cerca de 40 as crianças colocadas em escolas diferentes das escolhidas como primeira prioridade.

domingo, 26 de julho de 2009

Competências TIC para professores

As regras para a concretização do programa de formação e de certificação de competências TIC (tecnologias de informação e comunicação) para docentes estão definidas numa portaria publicada noDiário da República, que cria o Sistema de Formação e de Certificação em Competências TIC.


Através do Sistema de Formação e de Certificação em Competências TIC pretende-se promover a generalização das competências digitais e pedagógicas com recurso às TIC, visando a generalização de práticas de ensino mais inovadoras e, consequentemente, a melhoria das aprendizagens dos alunos.
Com este objectivo, é disponibilizado a todos os docentes da educação pré-escolar e do ensino básico e secundário um esquema articulado e coerente de formação TIC, modular, sequencial e disciplinarmente orientado, inspirado nas melhores práticas internacionais.
É ainda objectivo deste sistema reconhecer e certificar competências TIC que os docentes tenham adquirido fora do contexto da formação contínua de professores.
O Sistema de Formação e de Certificação em Competências TIC valoriza e valida as competências já adquiridas pelos docentes, promove o seu aprofundamento e o seu desenvolvimento, bem como a aquisição de novos conhecimentos, num quadro de integração no respectivo contexto profissional.
A componente da formação estrutura-se em três níveis de complexidade crescente mas não sequenciais (não está previsto um regime de precedências):
. formação em competências digitais;
. formação em competências pedagógicas e profissionais com TIC;
. formação em competências avançadas em TIC na educação.

Também o processo de certificação em competências TIC está estruturado em três níveis:
. competências digitais;
. competências pedagógicas e profissionais com TIC;
. competências avançadas em TIC na educação.

A atribuição dos certificados compete aos directores dos centros de formação de associações de escolas.
Para o efeito, os professores devem requerer ao director do agrupamento ou estabelecimento de ensino, onde exercem funções, a emissão do respectivo certificado.
O acompanhamento e a monitorização do Sistema de Formação e de Certificação em Competências TIC são efectuados no âmbito da estrutura orgânica e operacional do Plano Tecnológico da Educação, cabendo ao Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação desenvolver e manter o sistema de informação de suporte à formação e à certificação de competências TIC.
Mais informação
2 – Dossier Orientações Pedagógicas, em http://www.min-edu.pt/np3/52.
3 – Dossier TIC, em http://www.min-edu.pt/np3/54.
4 – Dossier Plano Tecnológico da Educação, em http://www.min-edu.pt/np3/185
5 – Sítio do Plano Tecnológico da Educação, emhttp://www.escola.gov.pt/inicio.asp.
6 – Sítio do Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação, emhttp://www.gepe.min-edu.pt/.

Formação Cívica - Ficha de Trabalho sobre a Segurança Pessoal


Download 1 - Dropbox
Download 2 - Mega
Download 3 - Google Drive
Download 4 - Box

sábado, 25 de julho de 2009

Avaliação de professores em Portugal - Relatório da OCDE, Julho de 2009

Num relatório feito a pedido do Ministério da Educação, a OCDE defende a continuação da avaliação de professores, mas considera legítimas as preocupações e dificuldades dos professores já que o actual modelo causa focos de tensão mas deve funcionar como futura base de trabalho.


O reltório sobre a avaliação identifica vários elementos problemáticos no actual modelo, defendendo, por isso, ajustamentos.

O relatório contém 24 recomendações / conclusões:


  1. O modelo actual de avaliação de professores em Portugal tem sido polémico, mas é necessário;

  2. Uma série de factores explica a resistência à sua concretização;

  3. Uma avaliação de professores com consequências é crucial para a melhoria da educação;

  4. O actual modelo de avaliação de professores é uma boa base para futuros desenvolvimentos;
  5. Articular a melhoria da qualidade com a responsabilização e contextualizar a avaliação de professores feita ao nível da escola;
  6. Reforçar a avaliação dos professores para o desenvolvimento profissional;
  7. Simplificar o modelo actual e utilizá-lo predominantemente para a progressão na carreira;
  8. Articular a avaliação para o desenvolvimento profissional e a avaliação para a progressão na carreira;
  9. Garantir uma articulação adequada entre a avaliação das escolas e a avaliação dos professores;
  10. Reavaliar padrões de desempenho profissional e definir um modelo partilhado de boas práticas;
  11. Desenvolver critérios nacionais comuns, adaptados ao contexto das escolas;
  12. Diferenciar os critérios de acordo com o patamar da carreira e o tipo de ensino;
  13. Identificar os instrumentos para avaliar os aspectos-chave da função docente;
  14. Basear a avaliação em três instrumentos centrais: observação de aulas, auto-avaliação e porta-fólio do docente;
  15. Formar e capacitar as lideranças escolares para assumir a responsabilidade pela avaliação dos professores;
  16. A avaliação de professores é parte de um processo mais abrangente de transformação de cada escola numa comunidade profissional de aprendizagem;
  17. Reformular e aprofundar a formação em avaliação;
  18. Acreditar avaliadores externos para a avaliação para a progressão na carreira;
  19. Estabelecer um modelo criterioso para atribuição de prémios de desempenho e considerar outras formas de reconhecimento do mérito;
  20. Manter o sistema de quotas até que o nível de maturidade do sistema as torne desnecessárias;
  21. Atribuir um papel proeminente à inspecção;
  22. Reforçar o papel do Conselho Científico para a Avaliação de Professores na condução do desenvolvimento da avaliação de professores;
  23. Para uma reforma bem-sucedida, é necessário o envolvimento e a motivação dos professores;
  24. Manter o processo de avaliação docente durante a fase de transição para um modelo mais robusto.

As avaliações e as conclusões do relatória da OCDE 'Avaliação de professores em Portugal' - versão em português [PDF]

Para mais informações, consultar: www.oecd.org/edu/teacherevaluationportugal


  • OECD Review of Teacher Evaluation in Portugal – Full report
  • Country Background Report prepared by the Ministry of Education

    ..... Main document

    ..... Annexes
  • sexta-feira, 24 de julho de 2009

    Passaporte Cultural

    O Programa Passaporte Cultural visa contribuir para a generalização da presença da cultura e das actividades artísticas no sistema educativo, de uma forma faseada, desde a educação pré-escolar até ao término do ensino secundário e consiste no desenvolvimento de percursos culturais por ano escolar em que cada criança, adolescente ou jovem participa durante o seu processo educativo, entre os 3 e os 18 anos.


    Estes percursos, que são mobilizados de forma diferenciada pelas estabelecimentos/docentes, correspondem a seis programas por ano.


    Cada percurso cultural anual será registado e validado num passaporte que acumulará, durante todo o percurso escolar/formativo, experiências enquadradas num itinerário global coerente e projectadas numa óptica de enriquecimento cultural que será reconhecido por um diploma anual.


    É objectivo que cada turma determine um percurso colectivo que inclua, nomeadamente, as áreas da música, do teatro, da dança, das artes visuais, das artes audiovisuais, das artes digitais, da museologia e do património cultural material e imaterial.


    O Passaporte Cultural terá como suporte uma plataforma electrónica onde serão registados o conjunto de acções e projectos culturais em que cada aluno participa, incluindo simultaneamente espaço para a partilha de experiências com colegas na escola, sendo os professores e encarregados de educação actores importantes no sistema.


    O secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, participou na conferência de Imprensa de apresentação do Passaporte Cultural, no Centro Cultural de Belém. A iniciativa contou também com a presença do ministro da Cultura, José António Pinto Ribeiro, do secretário de Estado da Formação Profissional, Fernando Medina, do secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Laurentino Dias, do coordenador do Plano Tecnológico, Carlos Zorrinho e do director-geral das Artes, Jorge Barreto Xavier.


    Este evento enquadrou-se no âmbito do Ano Europeu da Criatividade e Inovação.

    Formação Cívica - Ficha de Trabalho


    Download 1 - Dropbox
    Download 2 - Mega
    Download 3 - Google Drive
    Download 4 - Box

    quinta-feira, 23 de julho de 2009

    Estudo não avalia rigor do ensino

    A equipa da Universidade Católica encarregue da avaliação externa da Iniciativa Novas Oportunidades (INO) não está a aferir qual a qualidade das aprendizagens, assumiu ontem Roberto Carneiro, líder da equipa. "O nosso objectivo não é avaliar o rigor e a qualidade da INO. Avaliámos foi a percepção das pessoas sobre a INO", disse o ex-ministro da Educação na apresentação das primeiras conclusões da avaliação efectuada.

    O programa já certificou cerca de 250 mil adultos mas os partidos da oposição têm acusado o Governo de facilitismo e de formar para as estatísticas. Carneiro deixou mesmo no ar a ideia de que é impossível avaliar se háfacilitismo. "Mais fácil ou não em relação a quê? Quem tem de avaliar isso é o mercado", afirmou.

    Uma das conclusões a que chegou a equipa da Católica foi de que as pessoas que aderiram à Iniciativa Novas Oportunidades avaliam o programa de forma muito positiva mas queixam-se do reduzido impacto que a melhoria de qualificações teve na sua vida profissional. "Há aqui um desafio de qualificar os empresários", disse Roberto Carneiro.

    A avaliação externa da Católica vai durar 3,5 anos e custar 300 mil euros anuais.

    Bernardo Esteves

    Formação Cívica - Ficha de Trabalho


    Download 1 - Dropbox
    Download 2 - Mega
    Download 3 - Google Drive
    Download 4 - Box

    quarta-feira, 22 de julho de 2009

    Sindicatos apontam problemas no concurso de professores pela Internet

    As duas maiores federações sindicais de professores exigiram hoje o prolongamento do prazo de candidatura do concurso de docentes para necessidades transitórias, caso o Ministério da Educação não consiga resolver imediatamente os problemas registados na aplicação electrónica da Direcção Geral de Recursos Humanos da Educação.

    Em comunicado, a Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE) afirma ter recebido "centenas de denúncias" de professores, garantindo que "inúmeros problemas" na aplicação electrónica da página da Direcção Geral de Recursos Humanos da Educação (DGRHE) "têm impedido que os docentes manifestem as suas preferências".

    "Para lá destes problemas, a aplicação electrónica também não tem vindo a aceitar os códigos para as escolas de Hotelaria e Turismo, o que tem causado ainda mais constrangimentos neste concurso", acrescenta a estrutura sindical.

    Já a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) acusa a tutela de não ter sido "competente" no suporte informático adoptado, afirmando que o Governo parece "querer regressar aos piores tempos dos concursos". Segundo a federação, "o sistema está em permanente colapso", "há códigos que não se conseguem introduzir", "há códigos trocados" e "para efeitos de contratação não se conseguem introduzir códigos da mesma escola quando as candidaturas se destinam a fins diferentes".

    Tanto a FNE como a Fenprof afirmam ter contactado a DGRHE para dar conta da situação e exigir "uma rápida solução" dos problemas registados, não tendo obtido resposta. Caso contrário, exigem ambas que o Ministério da Educação prolongue a data de entrega das candidaturas, que decorre de 20 a 24 de Julho.

    Uma docente do grupo de recrutamento de Físico-Química, que pediu o anonimato, contou que quando submeteu o seu formulário, os códigos das escolas "desapareceram", não tendo sido aceite a candidatura.

    "A DGRHE informou-me que não podia concorrer para os horários completos e depois para os incompletos, que não podia ordenar. Mas não é isso que diz a Lei. Aliás, uma colega concorreu assim na segunda-feira de manhã e a candidatura foi aceite. Estão a utilizar dois pesos e duas medidas", criticou a professora.

    A Agência Lusa contactou o Ministério da Educação para obter um comentário a esta situação, não tendo obtido resposta até ao momento.

    Muitas Vagas para Professores Bibliotecários

    A partir do ano lectivo de 2009-2010 a organização e gestão das bibliotecas escolares estará a cargo de professores bibliotecários a tempo inteiro que devem desenvolver estatégias e políticas que garantam a rentabilização de recursos e investimentos e a(s) coloquem ao serviço da escola, do processo formativo e das aprendizagens dos alunos.
    Foi publicada a portaria que regulamenta a designação de professores bibliotecários a partir do ano 2009-2010.

    Portaria 756/2009 de 14 de Julho [PDF]

    Prazo de aplicação:
    O procedimento interno de designação deverá iniciar‐se a 15/07 e o procedimento de recrutamento externo deverá iniciar-se nos próximos 10 dias.

    Disponibiliza-se o dossier abaixo que permite esclarecer dúvidas e desencadear o procedimento interno:
    Informações gerais [PDF]
    Perguntas frequentes [PDF]
    Ficheiro de apoio à definição do número de professores [XLS]
    Minuta de manifestação de interesse [DOC]
    Lista de cursos referidos no anexo II [PDF]
    Acções de formação contínua na área das bibliotecas A disponibilizar a versão final durante a tarde de 22/07 [PDF]
    Ficheiro de apoio à contabilização das pontuações na área da formação [XLS]
    Ficheiro de apoio à selecção de candidatos [XLS]

    Lista de agrupamentos / escolas não agrupadas que abriram procedimento externo para professores bibliotecários (Página DGRHE)
    (área Docentes -> Recrutamento -> Bibliotecários)