terça-feira, 26 de julho de 2016

Notícia - «Boatos» na Internet contribuem para «ruído» à volta da vacinação

Os «boatos» sobre a vacina contra a gripe pandémica chegam mais depressa à população do que a informação científica, causando dúvidas e «ruído» à volta da vacinação, afirma o director da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP)
Constantino Sakallarides, que falava hoje à Lusa à margem da conferência ‘A importância e os limites da lei na protecção da saúde pública’, que decorreu em Lisboa, comentava a recusa de alguns elementos de grupos prioritários em tomar a vacina da gripe A (H1N1).

«No mundo actual, há um contraste crescente entre a rapidez com que os modernos meios de informação - Internet, redes sociais, Youtube, Twitter - espalham rumores e boatos com alguma aparência de credibilidade» e o «processo ainda clássico de formação de opinião científica que demora tempo», sustenta.

No entanto, está convicto de que «a adesão à vacinação vai aumentar à medida que as pessoas vão tendo mais informação científica e vão surgindo mais casos» de gripe A H1N1.

O director da ENSP lembra que os primeiros trabalhos sobre os ensaios da vacina foram publicados a 10 de Setembro. «Essa publicação dá origem a formar opinião de carácter científico que depois é transmitida aos meios profissionais», explica.

Mas há um «tempo de latência entre a produção desta informação científica e a adesão das pessoas e a sua compreensão», que é «maior, menos eficaz e dá resultados práticos mais tardios do que a circulação do rumor e do boato que os meios de informação permitem», justifica.

De alguma forma, acrescenta, «é natural este ruído. O que esperamos é que, com a acção dos líderes científicos, dos profissionais e da comunicação social» as pessoas aceitem a base científica das recomendações.

A questão de tomar ou não a vacina suscita algumas perguntas como «Qual é o estatuto legal das boas práticas» e, no caso, de um profissional de saúde aconselhar um doente a ser vacinado e este recusar e ter uma complicação grave que consequência poderá ter.

«A resposta dos juristas [a estas questões] foi que as orientações de boas práticas não têm estatuto legal, mas o não seguimento dessas orientações e as suas consequências devem ser argumentadas e justificadas por quem não as seguiu», afirma Sakallarides.

«Cabe a quem não seguiu as boas práticas explicar em caso de complicações porque é que tomou essa decisão», acrescenta.

Por outro lado, o responsável adiantou que a vacinação nunca deve ser feita sob «ameaça» de uma acção coerciva que «provoca reacções negativas nas pessoas».

«As pessoas querem ser convencidas de que a vacina é boa e que é segura, não querem ser obrigadas a tomá-la», defende.

Constantino Sakallarides afiança que o «meio académico está centrado em ajudar a dar uma boa resposta ao problema».

Neste momento, anuncia, existe um esforço do Ministério da Saúde em fazer uma melhor integração da base de dados com informação relevante para a gripe pandémica.

Os dados serão das consultas dos centros de saúde, das urgências e consultas hospitalares, da Linha Saúde 24 para permitir ter um retrato local da evolução da gripe, avança.

Para Constantino Sakallarides, é «muito importante que essa informação seja tornada pública logo que possível», porque «uma informação precoce sobre surtos locais é um elemento crítico para localmente se implementar um plano de contingência».

Lusa / SOL


Notícia - Campanha de vacinação arranca a 26 de Outubro

A ministra da Saúde, Ana Jorge, explicou em conferência de imprensa que as grávidas abrangidas pela campanha são as que estão no segundo e terceiro trimestres de gestação e que apresentam «patologias graves associadas».

Serão ainda imunizados «profissionais que desempenham actividades essenciais, imprescindíveis e insubstituíveis» para o normal funcionamento da sociedade.

As vacinas serão administradas no Serviço Nacional de Saúde, acrescentou.

Lusa/SOL

Notícia - Campanha de vacinação conta numa primeira fase com 49 mil doses

Em conferência de imprensa, Ana Jorge explicou que nesta primeira fase de vacinação, que se iniciará a 26 de Outubro, será necessário, dentro dos grupos prioritários, escolher os que devem ter um acesso mais rápido.

Por esta razão, serão vacinados os profissionais de saúde, mas apenas os que «pela especialização e especificidade das suas funções» são considerados «dificilmente substituíveis».

Também no grupo das grávidas serão apenas vacinadas as que se encontram no segundo e terceiro trimestre de gravidez e com patologias graves associadas.

Outro grupo que irá prioritariamente receber a vacina é o dos profissionais que desempenhem «actividades essenciais». Ana Jorge explicou que entre estes se encontram funcionários de empresas que fornecem serviços como gás, electricidade, comunicações, segurança, saneamento e também da comunicação social.

A ministra disse ainda que caberá às empresas definir o número restrito destes profissionais.

Nesta primeira fase deverão ainda ser vacinados os titulares de órgãos de soberania.

A ministra explicou que a vacina irá chegar de uma forma gradual, esperando que um milhão de portugueses esteja vacinado até Janeiro.

Para já, adiantou, não há intenção de Portugal adquirir mais vacinas.

Questionada sobre a hipótese de a vacinação decorrer já depois do pico da pandemia, Ana Jorge esclareceu que tal se deve ao ritmo de produção da vacina.

Em relação à forma como os portugueses irão receber a vacina, a ministra explicou que será administrada nos locais onde todas as outras são actualmente ministradas, fazendo parte do circuito normal de vacinação.

Os utentes que fazem parte destes grupos prioritários - que sejam seguidos no sector público ou privado - só receberão a vacina mediante a apresentação de uma declaração do seu médico que sob o compromisso de honra profissional ateste a necessidade de vacinação.

Sem este documento, esclareceu a titular da pasta da Saúde, não será autorizada a administração da vacina.

Lusa / SOL

Notícia - Doentes crónicos serão vacinados à medida que forem disponibilizadas mais vacinas

A ministra da Saúde anunciou hoje que os três milhões de vacinas encomendados pelo Governo português chegarão a Portugal por tranches, considerando a capacidade de produção da indústria.

Numa primeira fase, o país receberá 49 mil doses de vacinas, que serão administradas aos profissionais de saúde considerados «imprescindíveis e insubstituíveis», a grávidas de 2.º e 3.º trimestres com patologia associada e a outros profissionais considerados essenciais para o funcionamento da sociedade.

Lusa / SOL

Notícia - Polícias que atendem público serão os primeiros a ser vacinados na PSP

Este primeiro grupo, adianta a PSP, corresponde a 16 por cento do total do efectivo definido para vacinação num universo de seis níveis de actuação.

Esta força de segurança tem cerca de 22 mil efectivos.

No âmbito da resposta à gripe A, o Ministério da Saúde definiu grupos prioritários para a vacinação contra o H1N1, campanha que arranca, através do Serviço Nacional de Saúde, a partir de 26 de Outubro.

Nesse sentido, a ministra da Saúde, Ana Jorge, anunciou hoje que, entre os grupos prioritários, estão «profissionais que desempenham funções essenciais» e que caberá agora às empresas elegerem um conjunto de profissionais que consideram «indispensáveis» para receberem a vacina.

A PSP explicou à Lusa que possui um Plano de Contingência aprovado que já foi accionado aquando do primeiro caso registado na nossa instituição, a 13 de Agosto.

No que diz respeito ao plano de vacinação da PSP, o mesmo está contemplado no Plano de contingência através de subgrupos e níveis de actuação.

Lusa / SOL

Notícia - Primeiras vacinas chegam a Portugal a partir de 12 de Outubro

Fonte oficial da empresa farmacêutica explicou hoje à Agência Lusa que as entregas vão acontecer faseadamente em todos os países que encomendaram as vacinas à GlaxoSmithKline, como aconteceu com o Governo português.

As entregas ocorrem em «proporção à encomenda total feita por cada Governo», informou.

Em Julho, o Executivo português aprovou uma verba de 45 milhões de euros para adquirir seis milhões de vacinas, que servirão para imunizar três milhões de pessoas.

A Agência Europeia para os Medicamentos (EMEA) recomendou à Comissão Europeia (CE) a autorização de duas vacinas - a Focetria (laboratório Novartis) e a Pandremrix (GlaxoSmithKline).

A CE anunciou hoje que irá «nos próximos dias, o mais rapidamente possível», autorizar a comercialização.

As autoridades recomendam a administração de duas doses da vacina, mas a mesma fonte da Glaxo prevê que possa «ser alterada a qualquer momento».

«Quando houver consubstanciação dos resultados dos primeiros ensaios clínicos, que mostraram que uma dose dá uma boa resposta imunitária: uma grande quantidade de anticorpos elevada», acrescentou.

Assim, poderia ser utilizada apenas uma dose, o que possibilitaria «imunizar mais pessoas».

A vacina poderá ser administrada a grávidas e crianças a partir dos seis meses de idade.

A mesma fonte da farmacêutica referiu à Lusa que, tal como na vacina contra a gripe sazonal, a dose da vacina contra a gripe A destinada a crianças será metade da dos adultos.

A quantidade para as crianças é de 0,25 mililitros e a vacina deverá ser administrada com um intervalo de três semanas.

Numa conferência de imprensa realizada hoje através da Internet, responsáveis da EMEA explicaram que ambas as vacinas são protótipos de vacina, que podem ser adaptados em casos de pandemia.

No caso concreto, «a estirpe de vírus H5N1 [gripe das aves] que integra ambas as vacinas recomendadas foi substituída pela estirpe H1N1», explicou a EMEA.

As vacinas devem ser administradas em duas doses, com intervalo de três semanas e podem também ser usadas em grávidas e em crianças a partir dos seis meses de idade.

A EMEA, organismo da União Europeia (UE) com sede em Londres, tem como principal atribuição a protecção e a promoção da saúde pública e animal através da avaliação e supervisão dos medicamentos para uso humano e veterinário.

A EMEA é responsável pela avaliação científica dos pedidos de autorização de introdução no mercado de medicamentos apresentados a nível da UE.

Lusa / SOL

Notícia - Médicos cada vez menos imunes à ansiedade dos utentes e a vacina ainda nem chegou

António Vaz Carneiro, que preside ao Centro de Estudos de Medicina Baseada na Evidência (CEMBE), entende as dúvidas das pessoas e compreende bem o dilema dos médicos nesta “novela” da gripe A.

Este internista no Hospital de Santa Maria não encontra justificação para tamanha resposta da parte das autoridades.

Se, por um lado, concorda com as medidas preventivas que passam por mais cuidados de higiene, por outro discorda das posições e medidas alarmistas que “são mais políticas do que científicas”.

Por se tratar de “uma gripe normal”, António Vaz Carneiro considera que nem sequer deveria ter conduzido o mundo na busca de uma vacina e, muito menos, nos gastos astronómicos, nomeadamente com a aquisição de medicamentos que “só servem para diminuir 24 horas de sintomas”, numa referência ao Oseltamivir, que Portugal também adquiriu.

A vacina existe e Portugal comprou doses para 30 por cento da população, começando a sua administração no dia 26 de Outubro, para um pequeno grupo, dentro dos prioritários.

Inicialmente chegarão 49 mil doses, mas a totalidade só estará em território português em 2010.

Vaz Carneiro considera que, já que a vacina foi comprada pelo Estado português, só faz sentido a sua administração aos grupos de risco.

Mas nem todos entendem estes critérios. Antónia não acredita que as vacinas não sejam para todos e pensa que, se o pediatra recomendar, o filho terá direito a uma, o que não é verdade.

Por agora, as suas principais dúvidas vão para os alegados efeitos adversos da vacina, sobre os quais leu "em qualquer parte".

Essa “qualquer parte” é a Internet, onde uma busca rápida permite identificar centenas de conversas entre pessoas que tentam saber se a vacina é segura. Outras “revelam” que tudo isto é uma cabala para acabar com a humanidade ou dar dinheiro aos laboratórios.

Em relação à segurança da vacina, António Vaz Carneiro reconhece que, desde a identificação do genoma viral, até à produção da vacina, passou muito pouco tempo.

No entanto, acrescentou, “não existe nada que indique que esta é uma vacina mais perigosa do que as outras”.

O clínico está mais preocupado com a forma como a população está - e vai, certamente - encarar a doença, assim como a distribuição da vacina que deixará de fora 70 por cento da população.

“A ansiedade das pessoas, perante uma doença que tem um quadro clínico relativamente benigno, está a criar-nos muitos problemas”.

Esses problemas já chegaram ao centro de saúde onde trabalha a médica de família Adelaide, que mesmo antes do anúncio do início da vacinação contra o H1N1 já coleccionava algumas “pérolas” de medos.

“Tive uma doente que me disse que, assim que a vacina chegasse, ia ficar à porta deste centro de saúde (em Lisboa) até receber uma”, contou.

Um outro utente, de 76 anos, anunciou-lhe que jamais seria vacinado, pois sabia que “o Exército estava por trás”.

“Eu explico às pessoas, mas elas nem sempre querem ouvir e a verdade é que, quando me perguntam se a vacina é segura, eu também não tenho grandes dados que me permitam garantir que é”.

Lusa/SOL

Powerpoint sobre as Noções de Direito do Ambiente e Bases do Sistema Jurídico



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EFA - STC - NG7 - DR1 - Ficha de Trabalho nº7 - Sistema Nervoso - Sociedade, Tecnologia e Ciência


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segunda-feira, 25 de julho de 2016

Resumo sobre a Estratégia Nacional de Educação Ambiental


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Powerpoint sobre os Refugiados Ambientais


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Powerpoint sobre os Princípios da Política do Ambiente na União Europeia



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Powerpoint sobre os Princípios Subjacentes à Política e Legislação do Ambiente



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Powerpoint sobre Compostagem Caseira


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sexta-feira, 22 de julho de 2016

EFA - STC - Vídeo - Exclusão Social - Sociedade, Tecnologia e Ciência


Manual sobre Compostagem Doméstica


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Tartarugas-verdes ingerem cada vez mais lixo produzido pelo Homem


As tartarugas-verdes, uma espécie marinha em vias de extinção, são cada vez mais propensas a ingerir o lixo produzido pelo homem, como sacos de plástico que lhes podem provocar a morte, revela um estudo realizado na Austrália.

Segundo o estudo, publicado na revista científica Conservation Biology, seis das sete espécies de tartarugas marinhas existentes ingerem resíduos rejeitados pelo homem. As seis estão classificadas pela União Internacional de Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês) como vulneráveis ou em perigo.

“Para a tartaruga-verde [Chelonia mydas], a probabilidade de ingerir os resíduos quase duplicou em 25 anos”, disse à AFP Qamar Schuyler, que coordenou o estudo da Universidade de Queensland, na Austrália. “As tartarugas-verdes em particular ingerem muito mais [lixo] do que antes”, sublinha. A probabilidade passou de 30% em 1985 para cerca de 50% em 2012.

Para chegar a estes números, os investigadores basearam-se em 37 estudos publicados entre 1985 e 2012, que têm informação detalhada sobre os objectos encontrados desde 1900 no estômago das tartarugas.

As tartarugas-verdes, assim designadas por terem uma carapaça verde, chegam a medir 1,50 metros quando são adultas. Encontram-se sobretudo no Oceano Índico mas também no Atlântico, em áreas costeiras com muita vegetação – há registo da ocorrência da espécie nos Açores, por exemplo. Têm uma esperança média de vida de 80 anos mas esta longevidade pode inverter-se.

Os resíduos de plástico que ingerem acidentalmente, por os confundirem com algas ou águas-vivas, podem matá-las, bloqueando-lhes o estômago ou perfurando os intestinos. Estes resíduos podem também libertar toxinas no corpo destes répteis e afectar o seu ciclo reprodutivo.

Noticia retirada daqui

A Terra já foi mais quente mas vai bater recorde de 11.000 anos



O aquecimento global de origem humana nas últimas décadas é reconhecido pelos cientistas como uma evidência. Mas ao longo dos últimos 11 mil anos, a Terra ainda foi mais quente. É isto o que sugere um estudo pioneiro, que tentou fazer uma reconstituição mais consistente da temperatura global ao longo de milénios.

O estudo, publicado na revista Science, não deixa porém margem para optimismos: os termómetros estão hoje a um nível em que nunca estiveram em 75% de todo o Holoceno –  a época geológica que se estende desde a última glaciação e que corresponde ao auge da civilização humana – e podem chegar a 2100 ao maior nível de sempre nesse período.

O passado climático da Terra tem sido escrito com base em diferentes fontes. Para o último século e meio, há dados de termómetros. Para além deste período recente, no entanto, é preciso inferir a temperatura a partir de dados indirectos – sejam naturais, como fósseis, ou humanos, como registos históricos.

Para os últimos 1000 anos, as reconstituições basearam-se até agora sobretudo em secções de árvores, calculando-se a temperatura a partir dos anéis de crescimento. É esta a principal fonte que deu origem a um famoso gráfico, produzido por cientistas em 1999 e cunhado como “gráfico do stick de hóquei”, que mostra a temperatura da Terra mais ou menos estável desde o ano 1000, mas com um súbito aumento a partir de 1900.

O novo artigo agora publicado – de autoria de investigadores das universidades norte-americanas do Estado de Oregon e de Harvard – coloca este último capítulo da Terra num contexto maior, dos últimos 11.300 anos. A reconstrução da temperatura média global foi feita através da combinação de 73 conjuntos de dados, de vários pontos do mundo, obtidos através de sedimentos, amostras de gelo e até pólen.

O resultado sugere que houve inicialmente uma subida de aproximadamente 0,6 graus Celsius e que a temperatura manteve-se a um nível elevado entre 9500 e 5500 antes da data actual. Depois, o termómetro baixou 0,7 graus Celsius, lenta e progressivamente, até há mais ou menos um século. E então voltou a subir, mas desta vez exponencialmente.

“Esta investigação mostra que tivemos quase a mesma amplitude de variação da temperatura desde o início da Revolução Industrial do que nos últimos 11.000 anos da história da Terra, mas esta alteração ocorreu muito mais rapidamente”, afirma, num comunicado, Candace Major, da Fundação Científica Nacional, a agência norte-americana destinada ao financiamento da investigação, e que apoiou este projecto.

“Já sabíamos que, à escala global, a Terra é mais quente hoje do que na maior parte dos últimos 2000 anos. Agora, sabemos que é mais quente do que na maior parte dos últimos 11.300 anos”, completa Shaun Marcott, um dos principais autores do estudo, no mesmo comunicado.

Os cenários do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas colocam a temperatura média da Terra em 2100 entre 1,1 e 6,4 graus Celsius mais quente do que a da era pré-industrial. Segundo o estudo, o termómetro global estará, por isso, acima de qualquer nível dos últimos 11 mil anos.

Ainda segundo o estudo, as alterações de longo prazo desde a última glaciação podem em parte ser explicadas com as variações na orientação da Terra. Verões progressivamente menos quentes no Hemisfério Norte terão contribuído para grande parte da descida da temperatura global entre a partir de 5500 anos antes da data presente.

http://www.publico.pt/

Em Portugal há um contentor de lixo para cada 33 pessoas


Portugal tem 320 mil contentores para receber o lixo dos portugueses, o que corresponde a uma média de um contentor por cada 33 cidadãos, revela a primeira avaliação realizada pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR), divulgada esta quinta-feira.

O estudo permitiu fazer um retrato do sistema de resíduos urbanos em Portugal, revelando que existem 40 mil ecopontos e 2500 viaturas de transporte de lixo para as instalações de triagem, unidades de valorização orgânica ou de incineração e aterros.

 O universo das entidades prestadoras de serviços de resíduos urbanos abrange praticamente a generalidade da população portuguesa e serve mais de cinco milhões de alojamentos, através de 263 entidades gestoras a operar em baixa (recolha dos resíduos) e 23 que fazem o tratamento dos resíduos (sistema em alta), o presidente da ERSAR em declarações à agência Lusa.

Jaime Melo Baptista avançou que, por este serviço, uma família paga, em média, 43 euros por ano, valor que considera baixo, sublinhando que as tarifas “não cobrem os custos” de funcionamento.

Em Portugal, entram no sistema 4,6 milhões de toneladas de resíduos urbanos por ano, das quais cerca de 800 mil através de recolha selectiva. Do total de lixo, 400 mil toneladas destinam-se a reciclagem, enquanto a valorização orgânica recebe 300 mil toneladas e a incineração um milhão. Ainda são depositadas em aterro cerca de 3,1 milhões de toneladas.

No que diz respeito ao destino do lixo dos portugueses, avaliação da ESAR identificou 200 ecocentros, 29 instalações de triagem, 35 aterros, 13 unidades de valorização orgânica e duas de incineração.

Trata-se de “um parque de infraestruturas muito significativo, que é operado por mais de nove mil trabalhadores nos serviços em baixa e 3.500 em alta”, salientou Jaime Melo Baptista.

As empresas do serviço em alta apresentam rendimentos de cerca de 330 milhões de euros por ano para gastos de 300 milhões, um saldo positivo que não se estende à recolha de lixo, onde estão 6.800 entidades municipais e 2.400 privadas.

O presidente da ERSAR explicou que, na recolha “o levantamento desta informação revelou grande dificuldade de muitos operadores em saberem contabilizar quer os custos, quer, por vezes, as receitas”, uma situação que preocupa o responsável.

No que respeita a gastos e receitas, apenas metade dos operadores forneceram dados considerados credíveis pela ERSAR, grupo em que se encontram “rendimentos de cerca de 200 milhões de euros e gastos de 300 milhões, o que quer dizer que, neste setor, os operadores, em média, não recuperam os custos que têm”.

Jaime Melo Baptista salientou que “grande parte dos operadores não tem ainda mecanismos de avaliação dos custos dos serviços” e que “é muito difícil evoluir para uma prática tarifária correta, definindo um tarifário suficiente para recuperar custos e socialmente aceitável”.

Os consumidores apresentaram 11 mil reclamações e sugestões relativas à recolha de lixo, num total de 40 mil referentes aos serviços de água, saneamento e resíduos.

As unidades de tratamento de lixo gastam energia, mas produzem muito mais. Este trabalho da ERSAR concluiu que os operadores consomem 71 milhões de quilowatts por hora num ano, mas vendem 650 milhões de quilowatts por hora.

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