sexta-feira, 23 de junho de 2017

Aves das Galápagos recorrem às flores devido à falta de insetos



Um estudo desenvolvido por investigadores de Portugal, Espanha, Equador e Dinamarca concluiu que as aves das ilhas Galápagos estão a recorrer às flores para compensar a falta de insetos, anunciou a Universidade de Coimbra.

"Aves das Galápagos incluem mais de 100 espécies de flores na sua dieta, para compensar a falta de insetos, revela um estudo internacional", afirma a Universidade de Coimbra (UC) numa nota divulgada esta terça-feira.

A investigação, que acaba de ser publicada na revista "Nature Communications", do grupo "Nature", mostra, "pela primeira vez", que, "afinal, estas aves, incluindo os famosos tentilhões de Darwin, também se alimentam em larga escala de néctar e pólen", acrescentando "uma nova peça na compreensão da ecologia das espécies insulares", sublinha a UC.

Até agora, "a história da ecologia e evolução das aves" daquelas ilhas do Pacífico "contava-se essencialmente com a necessidade de se alimentarem de insetos e sementes".

A principal novidade do estudo, destaca a UC, consiste no facto de "praticamente todas as aves" do arquipélago adotarem a mesma estratégia, "alimentando-se massivamente de flores ao longo de todo o ano e em todas as ilhas, independentemente da dieta típica dos seus antepassados, vindos da América do Sul".

A mudança observada "introduz uma nova peça que pode ser muito importante no puzzle que é a evolução e a ecologia das espécies insulares", sustenta Ruben Heleno, investigador do Centro de Ecologia Funcional da UC e um dos especialistas envolvidos na pesquisa.

"A escassez de insetos obrigou muitos animais tipicamente insetívoros e granívoros a incluírem na sua dieta recursos florais mais abundantes, como pólen e néctar", afirma Ruben Heleno, considerando que "este alargamento na dieta leva a que as aves das Galápagos se tornem massivamente mais generalistas, consumindo uma diversidade de flores muito maior do que a das aves na América continental".

Mas a investigação também expõe as fragilidades do ecossistema das ilhas Galápagos, sustenta o especialista.

"As aves ganham um recurso alimentar e, simultaneamente, as flores beneficiam porque são polinizadas pela ação das aves, podendo assim produzir mais frutos e mais sementes", mas o fenómeno também representa "uma ameaça, uma vez que, ao visitar e polinizar as plantas introduzidas pelo Homem nestes frágeis ecossistemas insulares, as aves podem acelerar a progressão de plantas invasoras e a destruição dos habitats únicos das Galápagos", nota Ruben Heleno.

Desenvolvido ao longo de quatro anos, por uma equipa multidisciplinar de investigadores de Espanha, Equador, Dinamarca e Portugal, através do Centro de Ecologia Funcional da UC, o estudo "procedeu à identificação dos grãos de pólen transportados no bico de aves de 19 das 23 espécies existentes nas Galápagos".

No âmbito deste trabalho foram capturadas e libertadas, após a colheita do pólen, mais de 700 aves e a informação recolhida foi depois processada com recurso a técnicas de análise de redes complexas, adianta a UC na mesma nota.

Informação retirada daqui

Biografia - Sigmund Freud



Sigmund Freud nasceu a seis de Maio de 1856 em Pribor, cidade que hoje pertence à República Checa. O seu pai, Jacob Freud, um comerciante de lã com um grande sentido de humor, tinha dois filhos mais velhos do seu anterior casamento, Emanuel e Philipp, que viviam com o casal. Amalia Freud, vinte anos mais nova que o marido, deu à luz, aos 21 anos, o seu primeiro filho, Sigmund.
Após o nascimento de Sigmund, a mãe teve mais seis filhos; Pauline, a filha mais nova, nasceu em 1865.

Após uma breve passagem por Leipzig, a família mudou-se definitivamente para Viena, em 1860. Enquanto os meio-irmãos foram viver para Manchester, Freud frequentou o curso de Medicina na Universidade de Viena, entre 1873 e 1881. Durante este período realizou trabalho cientifico na área de Fisiologia, com um dos grandes cientistas alemães da época, Ernst Brüecke, director do Laboratório de Fisiologia da Universidade de Viena. Neste laboratório Freud desenvolveu um novo método de coloração de tecidos nervosos para observação ao microscópio. Com esta descoberta Freud esperava conseguir reconhecimento cientifico, mas este só iria chegar anos mais tarde. O ano de 1882, foi bastante agitado para Freud, ficou noivo de Martha Bernays e começou a trabalhar na Clínica Psiquiátrica Theodor Meynert, onde conheceu Josef Breuer. Três anos mais tarde tornou-se professor da Universidade de Viena, onde leccionou um curso de Neuropatologia e desenvolveu um trabalho sobre os efeitos da cocaína como anestésico.

Em 1886, ainda antes do seu casamento com Martha Bernays, Freud viajou para Paris, onde ficou bastante impressionado com o trabalho do neurologista francês Jean Charcot que utilizava hipnotismo para tratar doentes histéricos e outras condições mentais anormais. Quando voltou para Viena, abriu um consultório privado para o tratamento de doenças psicológicas, que lhe proporcionou material para o desenvolvimento das suas teorias e as suas técnicas pioneiras. Utilizou a hipnose para o tratamento de alguns casos; no entanto, os seus efeitos benéficos não duraram muito. Foi então que Breuer falou a Freud sobre um novo método que estava a utilizar com um paciente histérico, que consistia em deixar o paciente falar sobre os primeiros sintomas de histeria e gradualmente os sintomas desapareciam. Ao trabalhar com Breuer, Freud formulou e desenvolveu a ideia de que muitas das neuroses (fobias, paralisia histérica, algumas formas de paranóia, etc.) têm origem em experiências traumáticas passadas, que não foram esquecidas, mas ficaram escondidas do consciente. O tratamento consistia em o doente lembrar-se das experiências e confrontar-se com elas intelectual e emocionalmente, por forma a apagar as causas psicológicas dos sintomas neuróticos. Esta técnica e a teoria que a suporta foram publicadas no livro "Estudos em histeria", em 1895, por Freud e Breuer. Neste ano nasceu a sexta e mais nova filha de Freud, Anna.

Após a publicação deste livro, Breuer e Freud começaram a discordar em certos aspectos; Breuer não concordava com a importância que Freud dava às origens sexuais das neuroses. Após a separação, Freud continuou a praticar psicanálise e a desenvolver a sua teoria. Utilizou o termo "psicanálise" pela primeira vez em 1896, num artigo publicado em francês sobre a etiologia das neuroses. Um ano mais tarde, inicia a análise a si próprio que culmina com a publicação de "A Interpretação dos Sonhos" em 1900 – este é considerado o seu melhor trabalho. Neste livro falava da relação com o seu irmão mais novo, já falecido, da crise emocional devida à morte do pai e na importância dos irmãos mais velhos no relacionamento com as pessoas que o rodeavam. Esta análise revelou-lhe que o amor e a admiração que sentia pelo pai, estavam misturados com sentimentos de vergonha e ódio. Por isso quando criança desejou que o seu meio-irmão Philipp (da mesma idade que a mãe) fosse seu pai e que o pai morre-se, pois era um rival nas atenções da mãe. Este sentimento foi a base para a sua teoria do complexo de Édipo. Freud publicou em 1901, "A psicopatologia da vida quotidiana" e em 1905, "Três ensaios sobre a teoria da sexualidade". Inicialmente as teorias de Freud foram mal recebidas pela sociedade, provocando um enorme escândalo, devido à importância que dava à sexualidade. Durante estes anos manteve reuniões em suas casas com alguns dos grandes pensadores da sua época.

Só em 1908, durante o primeiro congresso Internacional de Psicanálise em Salzburg é que as teorias de Freud foram reconhecidas. Um ano mais tarde foi convidado a proferir uma série de palestras, nos E.U.A., que foram base para o seu livro publicado em 1916, "Cinco palestras sobre psicanálise". A partir de então, a reputação de Freud foi aumentando e escreveu obras até à sua morte, num total de mais de 20 obras teóricas e estudos clínicos. No seu trabalho "O Ego e o ID", Freud revelou a sua teoria sobre o Id, Ego e Super-ego.


Nos primeiros anos após a formação da sociedade de Psicanálise de Viena, as teorias de Freud foram apoiadas por Adler e Jung. Mas em 1911, Adler decide deixar a sociedade por não concordar com as teorias de Freud — mais tarde Jung deixa também a sociedade. Estas duas sisões foram as primeiras de muitas que aconteceram neste movimento, mas Freud sabia que tais discordâncias nos princípios básicos eram os primeiros passos para o nascimento de uma nova ciência.

A Primeira Guerra Mundial começa em 1914 e Freud atravessa um período bastante negativo. O número de pacientes diminuiu de tal forma, que Freud quase não tinha dinheiro para sustentar a sua família. Depois da Guerra foi-lhe diagnosticado um cancro, e mais tarde, após um ataque cardíaco, foi obrigado a deixar de fumar. Neste período, Freud recebeu vários prémios e muitos dos seus livros foram reeditados.
As obras de Freud e dos seus colegas psicanalistas foram publicamente queimadas em 1933, na Alemanha. Muitos dos colegas de Freud emigraram nos anos seguintes, mas Freud recusou-se a sair do país. Depois da anexação da Áustria pela Alemanha, em 1938, a família de Freud foi objecto de perseguições nazis. A sua casa e a sociedade de psicanálise de Viena foram revistadas e Anna Freud foi presa durante um dia pela Gestapo. Freud refugia-se então em Londres instalando-se inicialmente numa casa alugada em Elsworthy Road. No início do ano de 1938, Freud conheceu Salvador Dali e, durante o encontro, este desenhou, às escondidas, umcroquis e mais tarde um desenho a bico de pena de Freud. Estes desenhos não lhe foram mostrados pois prenunciavam a sua morte iminente. A 27 de Setembro de 1938, Freud mudou-se para Maresfield Gardens em Hampstead, onde se encontra uma casa-museu desde 1982. Permaneceu nesta casa até à sua morte, em 23 de Setembro de 1939 com 83 anos. A sua filha, Anna continuou a viver na casa e esta só se tornou museu após a sua morte. No último ano de vida continuou o seu trabalho, recebendo pacientes para as suas sessões, e concluiu duas das suas obras. Mas em Agosto de 1939 a doença obrigou-o a deixar definitivamente de praticar psicanálise.


Durante a sua vida, Freud defendeu várias teorias, que foram bastante "avançadas" para a sua época e por isso mal aceites na sociedade.
As pessoas não acreditavam nos meus factos e pensavam que as minhas teorias eram duvidosas. No fim, eu vou ganhar, mas a luta ainda não acabou. Sigmund Freud

Anna O. era uma rapariga de 20 anos, que passou a maior parte da sua vida a cuidar do pai doente. Desenvolveu vários sintomas, como tosse, perda de sensibilidade nas mãos e pés, paralisia parcial e espasmos involuntários que não tinham nenhuma causa física. A certa altura, começou a ter dificuldades de fala, ficou muda e, mais tarde, só falava em Inglês em vez do alemão, a sua língua materna. Quando o seu pai morreu, recusou comer durante algum tempo e desenvolveu alguns problemas pouco usuais. Tentou suicidar-se várias vezes, tinha mudanças de humor drásticas e fantasias. Breuer diagnosticou-lhe histeria, que significava que tinha sintomas aparentemente físicos, mas que não o eram. Durante as noites, Anna caía em estados que Breuer chamava "hipnose espontânea", que poderiam explicar as fantasias e outras experiências que tinha durante o dia. Anna definia estes episódios de "limpar chaminés", onde relembrava acontecimentos emocionais que eram explicação de alguns sintomas. Resumindo, os sintomas desapareciam quando ela se lembrava do episódio que o provocava e tinha a emoção apropriada ao episódio. Mas um novo problema apareceu, Breuer reconheceu que ela se tinha apaixonado por ele e ele estava a apaixonar-se por ela. Não fosse este já um grande problema, Anna dizia a todos que estava gravida de Breuer. Como este era casado, deixou, abruptamente as sessões com Anna e perdeu todo o interesse pelo estudo de casos de histeria.
Após estes incidentes, Anna passou algum tempo num sanatório. Mais tarde, tornou-se numa figura activa e respeitada, foi a primeira assistente social na Alemanha com o seu verdadeiro nome, Bertha Pappenheim. Ela vai ser lembrada não só pelo seu trabalho, mas também por ser a inspiração de uma das mais influentes teorias da personalidade.

EFA - STC - Texto - Nível de Conflitualidade na Sociedade Portuguesa. - Sociedade, Tecnologia e Ciência

A observação do número de condenados e arguidos serve de indicador do nível de conflitualidade na sociedade portuguesa.


Observando o gráfico verifica-se uma redução quer dos arguidos, quer dos condenados de 1960 a 1974. Recordando que 1960 correspondeu ao recrudescimento da mobilização militar para o Ultramar e simultaneamente a uma aceleração da emigração para a Europa, factores que justificam a redução da importância da população activa, aqui teremos explicações para a redução do número dos arguidos e dos condenados.

Após 1975 estes números sobem, particularmente no que diz respeito aos arguidos. A desmobilização militar, o regresso de meio milhão de retornados, a expulsão dos emigrantes portugueses dos países europeus onde se encontravam na sequência do 1º choque petrolífero (1973) e o facto de Portugal se ter tornado um destino de imigrantes nas décadas de 80 e 90, bem como o aumento da literacia e a maior consciência cívica terão levado mais portugueses a procurar resolver os seus conflitos na Justiça. A discrepância entre o número de arguidos e o número de condenados evidencia a lentidão da máquina judicial.

Tendo em consideração que Portugal seria culturalmente bastante homogéneo em 1960, seria aceitável uma maior litigância hoje perante a diversidade de culturas, mas os processos que entram em tribunal e simplesmente prescrevem porque foram ultrapassados todos os prazos constitui por si a mais grave negação da justiça.

As tecnologias da informação não estão ainda integradas no ambiente de trabalho dos juízes, que vivem atafulhados em papelada, mas por exemplo, a banalização de minutas modelo de reclamação pela Internet já permite a pessoas com poucos conhecimentos de Direito o exercício dos seus direitos de cidadania, o que por si é outro factor que faz subir os indicadores de litigância. 




A população encarcerada em Portugal situa-se um pouco abaixo da média da OCDE. Porém, devemos observar que o valor médio não é muito exigente, porque alguns países têm elevado número de prisioneiros por motivos políticos: Estados Unidos, Federação Russa, África do Sul e Chile. A generalidade dos países desenvolvidos tem menos população encarcerada que Portugal,gerindo o seu sistema de justiça como maior eficiência, porque não necessitam tanto de prisões.

Este comentário poderá ser melhorado com recurso a dados mais actualizados.


Dados Utilizados: Tabela 9.09 da Situação Social em Portugal, 60-99.




População encarcerada por 100.000 habitantes, OCDE FactBook 2008.

Higiene e Segurança no Trabalho - Powerpoint sobre Ruído


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Biografia - Alfred Nobel


O prémio Nobel foi instituído pelo famoso sueco Alfred Nobel. Talvez não tão famoso assim, já que este continua a ser, para muitos, um "ilustre desconhecido".


Immanuel Nobel, engenheiro civil e inventor, e Andrietta Ahlsell, pertencente a uma família abastada, viram nascer o seu filho Alfred a 21 de Outubro de 1833, em Estocolmo. Neste ano, Immanuel viu-se forçado a declarar falência devido a graves problemas financeiros. Em 1837, a família deixa Estocolmo e separa-se; Andrietta e seus filhos mudam-se para a Finlândia e Immanuel para S. Petersburgo. Immanuel criou, então, uma oficina mecânica de construção de equipamento para o exercito russo. O sucesso deste empreendimento chegou quando Immanuel conseguiu convencer o Czar e seus generais a utilizar as minas navais, inventadas por ele próprio, para impedir navios inimigos de ameaçar a cidade. Estas consistiam em simples contentores de madeira cheios de pólvora, ancorados no Golfo da Finlândia, que impediram a Marinha Britânica de chegar à zona de fogo de S. Petersburgo, durante a guerra da Crimeia (1853-1856).

Durante esta guerra, Immanuel Nobel foi pioneiro em armas artesanais e em desenho de locomotivas. Devido ao sucesso obtido, Immanuel levou a família para viver consigo em S. Petersburgo. Aqui os seus filhos receberam uma educação primorosa com professores particulares. Os seus estudos incluíam Ciências, Línguas e Literatura. Aos 17 anos, Alfred já falava fluentemente Sueco, Russo, Francês, Inglês e Alemão. As suas disciplinas preferidas eram Literatura, Poesia Inglesa e Físico-Química. Mas seu pai não apreciava o gosto de Alfred pela Poesia, especialmente por esperar que os seus filhos lhe seguissem as pisadas. Assim, Alfred foi enviado para o estrangeiro para ganhar experiência em Engenharia Química. Durante um período de 2 anos, visitou a Alemanha, França e EUA. Em Paris, cidade que apreciava muito, trabalhou num laboratório privado com o professor T. J. Pelouze, famoso químico francês. Ali, conheceu um outro jovem químico italiano, Ascanio Sobrero que tinha, 3 anos antes, inventado a nitroglicerina, um líquido altamente explosivo. Alfred ficou muito interessado na nitroglicerina e na forma com esta poderia ser aplicada na construção, já que aquela apresentava um poder explosivo superior ao da pólvora. No entanto, o seu uso implicava extremas medidas de segurança, ainda a resolver, por ser um líquido extremamente instável e de difícil controlo.


Em 1852, regressou a casa para trabalhar nas empresas do pai, que estavam a ter um enorme sucesso. Com a colaboração do pai e irmãos, realizou experiências para transformar a nitroglicerina num explosivo útil e comercial.

Infelizmente, com o fim da guerra, Immanuel foi forçado a declarar novamente falência. Deste modo, Immanuel e dois dos seus filhos, Alfred e Emil, deixaram S. Petersburgo, rumo a Estocolmo. Os outros 2 irmãos de Nobel, Robert e Ludvig, ficaram em S. Petersburgo, tentando, a muito custo, salvar a empresa da família. Nesse empreendimento, dedicaram-se à indústria do petróleo no Sul do império russo, o que os tornou avultadamente ricos para a época.

Em 1863, após retornar á Suécia, Alfred dedicou-se ao desenvolvimento da nitroglicerina como explosivo. Diversas explosões e em particular uma que ocorreu em 1864, na qual o seu irmão Emil e outras pessoas foram mortas, convence as autoridades da perigosidade da nitroglicerina. Assim, as experiências com nitroglicerina dentro da cidade de Estocolmo foram proibidas, o que levou Alfred a mudar-se para um barco ancorado no lago Malaren, para poder continuar a sua pesquisa. Na tentativa de tornar a nitroglicerina segura de manipular, combinou-a com diferentes aditivos, tendo maior sucesso com a sílica, que transformava o líquido numa pasta moldável. Em 1867, patenteou este material com o nome de dinamite. Esta descoberta, juntamente com um detonador criado para o efeito, permitiu reduzir consideravelmente o custo de grandes construções, como canais e túneis.

Devido às capacidades empreendedoras de Nobel, o mercado de dinamite cresceu exponencialmente. Em 1865, a sua fábrica em Krümmel, perto de Hamburgo, exportava nitroglicerina para a Europa, América e Austrália. Fundou fábricas e laboratórios em 90 locais diferentes, em mais de 20 países. Apesar de ter residência oficial em Paris, despendia a maioria do seu tempo em viagens de negócios, e a trabalhar intensamente num dos seus vários laboratórios espalhados pelo mundo. Nobel interessava-se particularmente pelo desenvolvimento da tecnologia dos explosivos, mas também por outros inventos na área da química, como borracha sintética e seda artificial, etc. Durante toda a sua vida patenteou 355 inventos!


O trabalho intenso e as sucessivas viagens não lhe deixavam muito tempo para uma vida privada. Assim, aos 43 anos publicou o seguinte anúncio num jornal: "Homem saudável bem formado e idoso procura senhora de meia idade, com conhecimento de várias línguas para secretária e governanta". A senhora mais qualificada foi a condensa Bertha Kinsky, que, após um curto período de tempo, a trabalhar com Nobel, regressou à Áustria, para casar com o conde Arthur Von Suttner. Apesar disso, Nobel e Bertha continuaram amigos e escreviam-se com frequência. Durante esta longa amizade, Bertha tornou-se pacifista e escreveu um livro intitulado "Lay down your arms" ("Baixem as vossas armas"), tornando-se numa figura proeminente do movimento pacifista. Sem dúvida que esta posição influenciou Nobel, quando incluiu um prémio para pessoas ou organizações que promovessem a paz — Bertha Von Suttner recebeu o Nobel da Paz em 1905.

Muitas das companhias fundadas por Nobel desempenham, ainda hoje, um papel muito importante na economia mundial, como por exemplo: a "Imperial Chemical Industries", Inglaterra; "Société Centrale de Dinamite", França; e "Dyno Industries", Noruega.

Alfred Nobel faleceu, em San Reno, a 10 de Dezembro de 1896. O seu testamento, redigido em 1895, sem a ajuda de advogados, anulando anteriores realizados em 1889 e 1893, estipulou que as receitas da sua herança — que à data da sua morte ascendia a mais de 33 milhões de coroas suecas — deveriam ser divididos anualmente em cinco partes e distribuídos "em forma de prémios às pessoas que, durante o ano anterior, mais tenham contribuído para o desenvolvimento da humanidade". Os prémios deveriam ser distribuídos da seguinte forma: "...uma parte para a pessoa que tenha realizado o descobrimento ou o invento mais importante no campo da Física; uma parte à pessoa que tenha realizado o descobrimento ou melhoramento mais importante em Química; uma parte para a pessoa que tenha realizado o descobrimento mais importante no domínio da Fisiologia ou da Medicina; uma parte para a pessoa que tenha produzido, no campo da Literatura, a obra mais notável de tendência idealista; e uma parte para a pessoa que tenha levado a cabo o maior ou melhor trabalho em favor da fraternidade entre as nações, pela abolição ou redução dos exércitos permanentes e pela celebração e fomento de congressos pela paz". No testamento, Nobel refere ainda que "...não se deve ter em conta a nacionalidade dos candidatos, quem deverá receber o prémio é o mais digno, independentemente se é escandinavo ou não".

Sem embargo legalmente possível, Nobel não deixou a sua herança a alguém em particular. Por isso, aquando da sua leitura, em Janeiro de 1897 foi fortemente criticado por alguns dos seus parentes, e as instituições implicadas a refutaram qualquer responsabilidade, já que não tinham sido contactadas anteriormente. O Rei Oscar II da Suécia e Noruega juntamente com os políticos criticou a impossibilidade da realização deste projecto. Somente passados 3 anos se resolveu a questão: foi criada a Fundação Nobel pelos executores do testamento, Ragnar Sohlmane e Rudolf Lilljequist, e os diferentes organismos mencionados no testamento aceitaram as responsabilidades implicadas por este. Ragnar Sohlman teve um papel muito importante para o estabelecimento da Fundação Nobel em 1900, chegando mesmo a ser, mais tarde, Director Gerente da Fundação.

Existem cinco Comités Nobel especiais, ligados aos organismos que atribuem os prémios. Cada um destes Comités é composto de cinco membros, e cada Comité pode solicitar a outros peritos uma assessoria. O organismo administrativo unificador é a Fundação Nobel, em Estocolmo. O principal objectivo do Conselho de Administração da Fundação é administrar os fundos e propriedades pertencentes à fortuna de Alfred Nobel.

No terceiro centenário do Banco da Suécia, em 1968, foi criado um prémio de Ciências Económicas, em memória de Alfred Nobel, assegurando à Fundação Nobel um prémio igual aos seus prémios. O premiado é escolhido pela Real Academia Sueca de Ciência; a nomeação dos candidatos, selecção dos premiados e entrega dos prémios seguem as mesmas normas que regem os restantes prémios Nobel.

As pessoas qualificadas para propor os candidatos são: laureados com o prémio Nobel em anos anteriores, dentro dos seus respectivos campos; membros dos organismos que atribuem os prémios, assim como os pertencentes aos comités Nobel, nas suas respectivas esferas; professores e catedráticos de universidades específicas, ou convidados especiais dos organismos que atribuem os prémios; os presidentes de Associações de Autores — na área da Literatura; os membros de certas organizações internacionais parlamentares ou legais — na área da Paz; os membros de parlamentos e governos — também na área da Paz. Se alguém se propuser a si próprio é automaticamente desqualificado. As autoridades suecas e norueguesas não têm qualquer influência nas decisões relativas aos prémios, nenhuma representação ou apoio oficial a favor de um candidato tem alguma relevância. Os Comités examinam as propostas à sua disposição até ao dia 1 de Fevereiro. No início do Outono, as suas informações são apresentados aos respectivos Comités Nobel. Depois de avaliar o méritos dos candidatos, os organismos que atribuem os prémios dão a conhecer as decisões finais, geralmente em meados de Outubro. Todos os procedimentos para a atribuição dos prémios são secretos.

Os prémios Nobel de Física, Química, Fisiologia ou Medicina, Literatura e o prémio de Ciências Económicas são formalmente entregues pelo Rei aos laureados, numa cerimónia no Palácio de Concertos de Estocolmo, no dia 10 de Dezembro — aniversário da morte de Alfred Nobel. A entrega do Prémio da Paz tem lugar, no mesmo dia, na Câmara Municipal de Oslo, na Noruega. Cada laureado recebe uma medalha Nobel em ouro e um diploma Nobel. A importância do prémio, varia segundo as receitas do fundo obtidas nesse ano e é transferido depois de 10 de Dezembro, segundo o desejo dos laureados.

Os prémios são considerados, em geral, como a mais alta honra civil do mundo. Aparte de estimular os possíveis candidatos a novos esforços, os prémios têm servido para dar a conhecer, ao mundo, individualidades científicas e literárias, assim como as contribuições humanitárias, deste modo mais amplamente difundidos e conhecidos.


Glória Almeida

quinta-feira, 22 de junho de 2017

Curiosidade - Santorini - Ilhas europeias para férias de verão inesquecíveis


Quase que dispensa apresentações, é umas das mais conhecidas e turísticas ilhas gregas. É de origem vulcânica, com as suas típicas casas brancas e azuis, viradas para o mar.

Informação retirada daqui

Desenhos para colorir - Primavera


Biografia - Augustin-Gabriel, comte d'Aboville

Barão do Império francês
n: 20 de Março de 1773, La Fère (França)
m: 15 de Agosto de 1820, em Paris (França)

Filho mais velho do conde François-Marie d'Aboville, inspector-geral da artilharia e senador, entra na escola de artilharia de  Châlons em 1789. Serve na Bélgica e no Reno, sendo tenente coronel e sub-director da artilharia em Moguncia, na Alemanha, no começo do Consulado. Em finais de 1800 é  nomeado director geral dos parques do Exército de Itália, ocupando diversas funções de direcção na  artilharia, em Paris (1800), na Holanda (1804) e de novo em Itália. 
Em 1807 é nomeado director do parque de artilharia do Corpo da Gironda e mais tarde do Exército de Espanha. General de brigada em 1809 e barão do Império em 1812 foi nomeado director dos parques do Exército de Espanha e do de Portugal em Janeiro de 1813, perdendo a quase totalidade dos seus canhões no fim da batalha de Vitória, em Junho. Dirigiu a artilharia do Exército do Norte, durante os Cem Dias.

Apoia o regresso de Luís XVIII substituindo o pai que tinha votado a demissão de Napoleão em 1814, e tinha falecido em finais de 1817, na Câmara dos Pares.

Biografia retirada de Arqnet

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Professor/a de Inglês para Explicações a Ensino Secundário

O Centro de Estudos Aldeia do Saber procura Professor/a de Inglês para dar explicações individuais a Ensino Secundário.

Perfil: 
- experiência em explicações;
- forte capacidade para motivar alunos;
- dinâmico, autónomo e pro-ativo;

Enviar CV para:
ce.aldeiadosaber@gmail.com

Manual - Sabor, Frescura, e Nutrientes - Informação aos Retalhistas visando o Controlo da Qualidade e Segurança Alimentar em Cadeias de Produção Biológica


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Notícia - Fungo é sentença de morte para morcegos na América do Norte


Primeiro foram os anfíbios, depois o diabo da Tasmânia, agora é a vez dos morcegos da América do Norte serem dizimados por uma doença. Um estudo publicado na revista científica Science mostra que a população regional de Myotis lucifugus pode desaparecer em 16 anos devido a um fungo que infecta estes mamíferos.

A epidemia começou no estado de Nova Iorque. A primeira gruta identificada com a doença foi em Albany, em Fevereiro de 2006. Em quatro anos o fungo já alcançou 114 esconderijos e percorreu 1200 quilómetros atingindo regiões desde o Canadá até o Missuri. A mortalidade em cada abrigo de morcegos varia entre os 30 e os 99 por cento. O artigo avança que a média de mortes a nível regional é de 73 por cento.

“Esta é uma das piores crises na vida selvagem que enfrentamos na América do Norte”, disse Winifred Frick, do Centro para a Ecologia e Conservação Biológica da Universidade de Boston, e a primeira autora do artigo.

As fotografias mostram centenas de cadáveres de morcegos empilhados no chão das grutas. A doença tem o nome de white-nose syndrome (sindroma do nariz branco) porque aparece uma mancha branca nas regiões afectadas pelo fungo. O agente patogénico, Geomyces destructans, foi descoberto há pouco tempo, gosta de ambientes frios e ataca as partes expostas dos morcegos como o nariz, as orelhas e as membranas das asas.

A doença aparece durante a hibernação, tornando os morcegos irrequietos e com comportamentos bizarros. Os animais acordam várias vezes, gastando as reservas de gordura que têm para hibernar, o que os impede de sobreviver durante o Inverno.

O fungo afectou mais espécies desta ordem de mamíferos, mas o estudo só analisou o Myotis lucifugus. A equipa avaliou a variação populacional desta espécie nos últimos 30 anos e fizeram várias projecções sobre o seu futuro.

O M. lucifugus existe do México ao Alasca. A nível regional a população é de 6,5 milhões de indivíduos. Segundo a projecção da equipa, há 99 por cento de probabilidade de acontecer uma extinção regional nos próximos 16 anos. Mesmo que a mortalidade da doença abrande, em menos de 20 anos a população ficará reduzida a 65 mil indivíduos.

“Cada espécie de morcego afectado pelo sindroma é um insectívoro obrigatório – muitos deles alimentam-se de espécies que são pestes para a agricultura, jardins, florestas, e que algumas vezes incomodam e são um risco para a saúde humana”, explicou Thomas Kunz, último autor do artigo, também da Universidade de Boston. “O myotis castanho [pesa entre as cinco e 14 gramas, atinge os dez centímetros de comprimento] é conhecido por consumir em cada noite cem por cento do seu peso em insectos. Este nível de consumo proporciona um importante serviço do ecossistema à humanidade, que reduz a utilização de pesticidas para matar os insectos”.

Apesar do fungo aparecer durante a hibernação dos morcegos pensa-se que haja um contágio cá fora, entre os indivíduos. Segundo os autores, o agente poderá ser proveniente da Europa através do comércio ou viagens.

Existem “provas recentes que o G. destructans foi observado em pelo menos uma espécie europeia de morcegos que hibernam”, diz o artigo. Acrescentando que a “poluição patogénica” – quando espécies invasoras e causadoras de doenças são espalhados devido à actividade humana – “coloca em perigo a biodiversidade e a integridade do ecossistema”.

Na mesma revista, um artigo de opinião de Peter Daszak, presidente da Wildilfe Trust, uma organização internacional de cientistas dedicada à preservação da biodiversidade, elogia o trabalho da equipa. Segundo o cientista, a rapidez com que identificaram a doença foi enorme quando se compara com as duas décadas que foram necessárias para identificar o fungo que está a dizimar os anfíbios.

Daszak insiste na defesa destas espécies. Não só devido à sua importância no ecossistema, mas porque são um bom modelo para o estudo e compreensão da transmissão de epidemias entre espécies. A opinião do cientista deve-se a outro estudo científico sobre morcegos publicado na mesma revista.

Uma equipa liderada por Daniel Streicker, da Escola de Ecologia da Universidade da Georgia, analisou a forma como a raiva é transmitida entre 23 espécies de morcegos norte-americanos. A doença, causada por um vírus, também afecta os humanos na maior parte dos continentes.

Segundo o estudo, a probabilidade da passagem do vírus da raiva é maior quanto mais próximo duas espécies são a nível evolutivo. A capacidade de adaptação do vírus é secundária.

O artigo diz que um morcego infectado com raiva passa a doença entre 0 a 2 morcegos de outra espécie, consoante o grau de proximidade. Em média, a probabilidade de transmissão para outra espécie é de uma em 73 transmissões entre indivíduos da mesma espécie.

“A descoberta da equipa de Streicker pode definir melhor a vigilância de espécies que provavelmente serão as hospedeiras de novas doenças emergentes que afectam as pessoas”, conclui Peter Daszak.

Notícia - Investigadores criam nanovacina contra diferentes cancros


Investigadores da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, desenvolveram uma nanovacina (vacina administrada através de partículas microscópicas) contra diferentes cancros, como o da pele, do cólon e do recto, numa experiência com ratos, revela um estudo publicado esta segunda-feira.

As nanovacinas consistem em proteínas do tumor que podem ser reconhecidas pelo sistema imunitário e que estão no interior de uma nanopartícula de polímero sintético. As minúsculas partículas são direccionadas para o alvo, estimulando o sistema imunitário a desencadear uma resposta contra agentes agressores como tumores. A ideia é ajudar o organismo a combater o cancro com a suas próprias defesas.

No estudo, publicado na edição digital da revista Nature Nanotechnology, e divulgado num comunicado da universidade norte-americana, os cientistas examinaram uma variedade de tumores associados aos cancros da pele, do cólon, do recto, do útero, da cabeça e do pescoço.

Na maioria dos casos, a nanovacina abrandou o crescimento do tumor e prolongou a vida dos animais. A nanovacina experimental activou a proteína adaptadora STING, permitindo a estimulação da defesa imunitária do organismo dos roedores contra o cancro.

Outras tecnologias de produção de vacinas têm sido usadas na imunoterapia contra cancros, mas têm custos de produção mais elevados e são mais complexas, por implicarem bactérias vivas ou múltiplos estimulantes biológicos, assinala a Universidade do Texas.

A equipa de cientistas está a trabalhar com médicos para administrar a nanovacina a doentes oncológicos. Segundo os investigadores, a combinação de nanovacinas com radioterapia ou outras imunoterapias pode aumentar, no futuro, a eficácia dos tratamentos contra o cancro.

Informação retirada daqui

EFA - STC - Texto - Portugal,: um retrato social - Sociedade, Tecnologia e Ciência


  • Esta série é um retrato da sociedade e dos portugueses na actualidade, resultado de um processo de transformações recentes e muito rápidas. Uma velha nação e um antigo Estado, na origem de uma população com forte sentido de identidade, conheceram, nas últimas décadas do século XX, um período de mudança muito intensa, sobretudo em consequência de factores externos, como a emigração, a integração europeia, a abertura económica e o turismo. A fundação da democracia teve também efeitos importantes. Estas transformações estão na origem de alterações de comportamentos e das estruturas sociais, visíveis nos diversos sectores e áreas da vida colectiva, na demografia, na saúde, na educação, no trabalho e nas relações entre as classes, as gerações e as regiões. A sociedade portuguesa é hoje aberta e plural.


António Barreto é coordenador do projecto A SITUAÇÃO SOCIAL EM PORTUGAL, 1960-1999 cujos livros poderá consultar na Biblioteca da Escola. Os mesmos dados encontram-se disponíveis em formato digital no blogue Estatística Descritiva.



Para fazer comparações internacionais utilize o OCDE FactBook







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Textos


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Higiene e Segurança no Trabalho - Powerpoint sobre Cargas Manuais


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Biografia - André-Marie Ampére

(1775 - 1836) Professor, físico, matemático, químico e filósofo francês, nascido em Polémieux, nas proximidades de Lion, cujos estudos constituíram o fundamento da eletrodinâmica, permitindo uma melhor compreensão dos fenômenos eletromagnéticos. Órfão, teve seu pai guilhotinado pelo governo revolucionário (1793) e autodidata, desde cedo demonstrou interesse e aptidão pelo estudo de matemática, física e química. Adquiriu grande prestígio graças aos trabalhos realizados após ser nomeado professor de química do Liceu de Lion (1800), de matemática na École Polytechnique de Paris (1809) e de mecânica no Collège de France. Notabilizou-se com a publicação Teoria matemática dos jogos de azar (1802) e entrou para a Académie des Sciences em Paris (1814). Desenvolvendo teorias matemáticas sobre a integração de equações diferenciais de segunda ordem, iniciou suas pesquisas com eletricidade que resultaram no livro A teoria analítica dos fenômenos eletrodinâmicos unicamente deduzidos da experiência (1820), formulando as leis da eletrodinâmica e tornando-se pioneiro na medição de corrente elétrica criando a lei de Ampère e o descobridor do eletromagnetismo. De setembro a novembro do mesmo ano, apresentou à Academia vários outros estudos, estabelecendo as bases científicas do eletromagnetismo. Inventou o eletroímã e o galvanômetro e imaginou o princípio do telégrafo elétrico. Foi o primeiro a usar o termo corrente elétrica. No final da vida dedicou-se à filosofia dos conhecimentos humanos. Morreu em Marselha e em sua honra foi denominada de ampère a unidade de medida de intensidade da corrente elétrica (um coulomb por segundo) no sistema internacional.

terça-feira, 20 de junho de 2017

Curiosidade - Rhodes - Ilhas europeias para férias de verão inesquecíveis


Localizada no mar Egeu, é dotada de extensas praias e oferece oito meses de sol por ano. Quer o seu interesse seja praia, bares ou locais repletos de história, Rhodes oferece-lhe uma abundância dos três.

Informação retirada daqui

Desenhos para colorir - Primavera


Conteúdo - Síndrome de Asperger - Características


Como parte do transtorno global do desenvolvimento, a Síndrome de Asperger é identificada através de uma série de sintomas em vez de uma característica em especial. O transtorno é caracterizado por dificuldades na interação social, comportamento repetitivo, restrição de atividades e interesses, havendo interesse obsessivo por um assunto ou objeto em particular, e, embora não haja atrasos no desenvolvimento da linguagem, é comum a presença de dificuldades com a comunicação social (linguagem pragmática). Também podem estar presentes sensibilidades sensoriais (barulhos, tecidos ou etiquetas de roupas, seletividade alimentar, sensibilidade ao toque, à luz ou olfativa, por exemplo), fala monótona, inaptidão às atividades físicas e inabilidade motora (o andar ou correr podem parecer estranhos, podem deixar cair muitas coisas, tropeçar muito, etc.), porém não são estritamente necessárias para a conclusão de um diagnóstico.

A dificuldade em responder socialmente através da empatia possui um impacto significativo sobre a vida social de pessoas com a síndrome de Asperger. Os indivíduos com SA demonstram inabilidade em características básicas da interação social, como a formação de amizades, ou até mesmo motivações para certas atividades, incluindo o compartilhamento de seus temas de interesse. Assim, também normalmente não há reciprocidade social e emocional (suas ações podem parecer mecânicas), além da dificuldade em interpretar comportamentos não verbais, como o contato visual, expressão facial ou gestos.

Dessa forma, indivíduos com SA podem não ser muito receptivas às pessoas involuntariamente, mas não no mesmo nível de severidade de outros tipos de autismo; até certo ponto, conseguem envolver-se coletivamente. Quando falam de seus assuntos de interesse, o discurso é normalmente unilateral e prolixo. Mas, para o sujeito, é difícil perceber se o interlocutor está desinteressado, se deseja mudar de tema ou terminar a interação. Este comportamento desajustadamente social é muitas vezes considerado como excêntrico, porém ativo. Com isso, tal falha pode ser erroneamente interpretada como descaso, egoísmo e desinteresse em reagir corretamente às situações sociais. No entanto, nem todos os indivíduos com Asperger conseguem conversar com todos. Muitos podem até mesmo ter mutismo seletivo, interagindo apenas com pessoas específicas. Ainda, podem escolher conversar apenas com as que têm um maior vínculo afetivo.

A cognição das crianças com a síndrome muitas vezes lhes permite articular as regras sociais como se fossem experimentos de laboratório, no qual, teoricamente podem descrever as emoções das pessoas; no entanto, são geralmente incapazes de aplicar seus conceitos na vida quotidiana. Assim, analisam e aplicam suas observações de interação social em comportamentais rígidos, de forma excêntrica, podendo apresentar um contato visual forçado e estático, resultando em uma aparência rígida ou ingénua. O desejo de se ter companhia na infância pode ser distorcido devido a falhas na interação social. Crianças com Asperger geralmente querem ter amizades, mas a dificuldade em compartilhar, a fala unilateral sobre um tópico de interesse que pode soar repetitivo e desinteressante para os demais e a inabilidade na interação social acabam por isolá-la dos colegas. É comum que a interação social seja melhor com adultos ou crianças mais velhas que com os pares de mesma idade. A criança com Asperger geralmente se isola do grupo logo no início de sua vida escolar, geralmente por volta dos 2 ou 3 anos, quando começam a escolinha infantil.

Sensibilidades sensoriais e dificuldade de compreensão das normas sociais fazem com que elas evitem festas, aglomerações ou quaisquer atividades excessivamente barulhentas ou agitadas. Não é incomum que não gostem de festas de aniversário, tenham receio da hora de cantar parabéns, não participem de brincadeiras coletivas no pátio da escola, principalmente as que envolvam música, dança ou gincanas, e se assustem facilmente com situações comumente presentes em eventos infantis que não são percebidos como problemas pelas crianças sem a síndrome, como palhaços aparecendo de surpresa, pegando no colo ou puxando pela mão, cornetas, bexigas estourando e muita gente rindo e falando juntas.

A hipótese de que pessoas com SA têm predisposição para comportamentos violentos ou criminosos foi investigada, mas não possui nenhuma comprovação. Muitas ocorrências evidenciam que normalmente as crianças com Asperger são vítimas ao invés de algozes.

Biografia - Dom João Carlos de Bragança

2.º Duque de Lafões, 4.º Marquês de Arronches, 8.º Conde de Miranda
n:  6 de Março de 1719 (Portugal)
m: 10 de Novembro de 1806 (Portugal)

Filho de D. Miguel de Bragança, filho legitimado de D. Pedro II e de D. Ana Armanda de Vergé, aristocrata francesa vinda para Portugal com a rainha D. Maria Sofia de Neuburgo, era primo de D. José, sendo cinco anos mais novo do que o rei.

Estudou Humanidades e Filosofia, tendo ingressado na Universidade de Coimbra para cursar Direito Canónico, porque o rei D. João V, seu tio, o destinava à carreira eclesiástica. Devido às dúvidas levantadas pelo reitor sobre o protocolo a seguir para examinar um sobrinho do Rei, D. João mandou-o regressar a Lisboa sem se despedir de ninguém, ao mesmo tempo que escrevia ao reitor a repreendê-lo.

Saiu de Portugal em Maio de 1757, dirigindo-se para Londres e depois, em Janeiro de 1758, para Viena. Por isso, não saiu de Portugal devido à morte do irmão mais velho, o 1.º duque, o que aconteceria só em 1761, e ao facto de não ter sido renovado em si o título do irmão, como afirmou Mendes Leal no seu Elogio Histórico, e sempre repetida, mesmo no Dicionário de História de Portugal publicado nos anos 60 do século XX, afirmação baseada numa erro cronológico que António Ferrão já tinha revisto em 1935. De facto D. João saiu de Portugal com honras de duque, com uma missão desconhecida, mas possivelmente com a intenção de propor o casamento do imperador alemão José, futuro chefe da casa e Áustria, com uma infanta portuguesa. Fixou residência temporariamente em Inglaterra, tendo sido eleito membro da Royal Society. O que é um facto é que a partir de um dado momento o seu regresso deixou de interessar ao rei D. José e ao seu ministro, o futuro marquês de Pombal.

Ao chegar a Viena, já com a Guerra dos Sete Anos a decorrer, alistou-se no exército austríaco, onde o infante D. Manuel, seu tio assim como do rei D. José, tinha sido general. Foi oficial superior do Regimento de infantaria do Príncipe de Ligne, seu parente, tendo participado nas últimas campanhas da Guerra dos Sete Anos. Com o fim da guerra, em 1763, decidiu viajar tendo visitado a Suíça, Itália, França e o Oriente, percorrido a Grécia e o Egipto. Mais tarde, viajou para Norte visitando a Prússia e a Polónia. Em 1766, foi-lhe proposto integrar o exército austríaco, com o posto de major-general, mas a autorização da coroa portuguesa nunca lhe foi dada.

Em 1778, devido à morte de D. José I e à saída do governo do marquês de Pombal, regressou a Portugal, tendo sido agraciado com o título de duque de Lafões. Em 1780 foi nomeado para o Conselho de Guerra, em 1791 foi escolhido para o cargo de governador das Armas da Corte e Província da Estremadura, sendo promovido a marechal general na mesma data. Em 1796 entrava para o Conselho de Estado. Em 1779, com o abade Correia da Serra, fundara a Academia das Ciências de Lisboa, possivelmente em honra de seu irmão que a tinha proposto em 1721, aquando da criação da Academia Real da História Portuguesa.

Devido ao perigo de guerra com a Espanha, foi nomeado em Janeiro de 1801, mordomo-mor da Casa Real, ministro assistente ao despacho, e secretário de Estado da Guerra. Com a declaração formal da guerra em Março assumiu a chefia do Exército, não querendo entregar o comando ao marechal do Exército conde de Goltz,  contratado para dirigir o exército em campanha. Em Maio dirigiu-se para o Alentejo, palco das principais acções militares da curta "Guerra das Laranjas." Estava em Abrantes, com o Exército, quando recebeu a notificação que o destituía de todos os cargos militares e políticos que ocupava.

Até à sua morte, em 1806, nunca mais exerceu cargos públicos.

Casou  em 1788, com D. Henriqueta de Meneses, filha do Marquês de Marialva, ajudante general do exército durante o seu comando do exército. Teve um filho, que morreu criança, e duas filhas.


Bibliografia:
António Ferrão, O segundo Duque de Lafões e o Marquês de Pombal (Subsídios para a biografia do fundador da Academia das Ciências), Separata do Boletim de Segunda Classe da Academia das Ciências de Lisboa, vol. XIX, Lisboa, 1935;

Rómulo de Carvalho, D. João Carlos de Bragança, 2.º Duque de Lafões, Fundador da Academia das Ciências de Lisboa, Lisboa, Academia das Ciências de Lisboa, 1987.

Biografia retirada daqui