quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Biografia - José Ângelo Cottinelli Telmo

Arquitecto e cineasta

Nasceu em Lisboa,  em 13 de Novembro de 1897;
morreu em Cascais em 18 de Setembro de 1948.

Estudou Arquitectura na Escola de Belas Artes de Lisboa, curso que completou em 1920.

No decorrer do curso colaborou com a Lusitânia-Film na produção dos filmes Malmequer e Mal de Espanha de Leitão de Barros, realizados em 1918.

Tendo construído em 1932, com A.P. Richard, o estúdio da Tobis, no bairro do Lumiar, em Lisboa, aí realizou, no ano seguinte, A Canção de Lisboa.

A Canção de Lisboa, que teve a participação de Vasco Santana, António Silva, Beatriz Costa e de Manuel de Oliveira, o conhecido realizador, foi o primeiro filme sonoro inteiramente produzido em Portugal, e tornou-se um verdadeiro modelo do humor cinematográfico português.

Mas são as suas obras arquitectónicas que o tornam verdadeiramente conhecido. No início da carreira, em 1922, realiza o Pavilhão de Honra da Exposição do Rio de Janeiro e mais tarde, em 1929, o Pavilhão português da Exposição de Sevilha. Mais tarde projectará a fábrica da Standard Eléctrica, na Junqueira, em Lisboa e mais tarde a cidade universitária de Coimbra.

Em 1940 é Arquitecto-chefe da Exposição do Mundo Português, sendo dele o plano da Praça do Império e da sua Fonte Monumental e o Monumento dos Descobrimentos, assim como a Porta da Fundação.

De 1938 a 1942 foi director da revista Arquitectos.

Morreu devido a um acidente de pesca.


Fonte:
Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura, vol. 17.º

Biografia - Warren Roebling

No mês de Maio de 1983, os nova-iorquinos festejaram com a grande alegria, bandas de música, muito fogo de artifício, serpentinas e discursos, o primeiro centenário da Ponte de Brooklyn. Um século antes, e como se deve «dar a César o que é de César», os oradores que inauguraram a Ponte não se esqueceram de enaltecer o trabalho imenso de paciência e persistência de Emily Roebling, pois, sem ela a ponte de Brooklyn jamais teria sido acabada. Ela teve a honra de ser a primeira pessoa a atravessá-la.
Emily era uma simpática dona de casa, casada com o coronel e engenheiro, Washington Augustus Roebling (1837-1926) e nora de John Augustus Roebling (1806-1869) engenheiro de origem alemã[1] que emigrou para os Estados Unidos, em 1831. Foi ele quem desenhou, ou melhor, projectou a ponte, mas teve um acidente grave, ao estudar o local exacto da construção da ponte, tendo ficado com um pé esfacelado. Na sequência desse ferimento grave, contraiu o tétano e viria a falecer três semanas mais tarde sem poder iniciar a construção da ponte para a qual gastou muito do seu tempo e saber. Sucedeu-lhe o filho, Washington Roebling, que continuou o trabalho, tendo-lhe sido exigido frequentar o Rensselaer Polytecchnic Institute, graduar-se em engenharia e, então sim, poder prosseguir o trabalho do pai. Porém uma segunda fatalidade envolveria a família Roebling.
Numa tarde de Verão no ano de 1872, Washington Roebling, devido a uma doença chamada “mal dos mergulhadores”, ficou parcialmente paralisado e sem fala. É foi então que a sua mulher, Emily, percebeu que podia e devia intervir. Sendo ela a única pessoa que sabia comunicar com ele e como já lhe tinha servido de secretária será ela a arcar, por sua própria opção, com a responsabilidade de levar a bom termo este projecto de enorme envergadura.
De início o marido ensinou-lhe matemática, cálculo e resistência de materiais, mas Emily sabia quais eram as suas limitações e era imperioso estudar muito mais. Orientada pelo marido, consegue passar nas provas de ingresso na escola superior Georgetown Visitation Convent, onde seguiu um rigoroso programa de estudos, tendo, entre outras, as disciplinas de álgebra, geometria, botânica, química e geologia. Depois desta árdua etapa de estudos, Emily Roebling podia negociar os acordos com as diversas firmas intervenientes num tão grande projecto e acompanhar a construção da ponte.
Entretanto o marido observava a construção de longe, na sua casa em Brooklyn Heights, que, como o nome indica, era numa zona alta do então bairro de Brooklyn. Para poder controlar os trabalhos o Sr. Roebling utilizava um potente telescópio. Agora Emily podia perceber quais os materiais que se deviam utilizar, inspeccionar o andamento da ponte todos os dias. Depois de algum tempo passou a ser admirada e tomada a sério por todos os homens que durante praticamente 16 anos, construíram uma das mais complexas e belas pontes do mundo.
Ao contrário do que se possa pensar, durante aqueles longos anos Emily manteve-se num quase total anonimato para o comum das pessoas. Apenas no dia da inauguração, o congressista Abram S. Hewitt descreve a nova ponte também como um monumento «à mulher e à sua capacidade para estudos elevados, lamentando que estes lhe tivessem sido negados demasiado tempo». Fez-se justiça à inteligência e vontade indomável de uma mulher com um profundo sentido cívico, porque a ponte era um bem necessário a uma grande comunidade.
A ponte de Brooklyn, tinha, de início, um arco de 486 metros, uma extensão de pouco mais de 2 km, fundações que atingiam 41 metros e foi a primeira ponte dos EUA onde se utilizaram cabos de aço unidos paralelamente, em vez de cabos de ferro. As duas torres que emitam o estilo gótico são de grande beleza e elevam-se a 82 metros de altura. A ponte comportava duas vias-férreas, duas para carruagens de cavalos e uma via superior para peões. Várias experiências e estudos feitos por outros engenheiros foram testados na nova ponte. Houve contratempos e avanços, como se previa, mas foi uma obra ainda hoje considerada extraordinária.
De cada lado da Ponte foi colocada uma placa comemorativa, com os nomes do casal Roebling, a quem se deve a concepção e acompanhamento da construção bem como a homenagem aos 26 trabalhadores que morreram para que ela fosse erguida. Não foram muitos os mortos, tendo em conta que lá trabalhavam 600 homens todos os dias.
Depois da inauguração, Emily Roebling apoiou a National Federation of Women’s Clubs e multiplicaram-se os convites para aparecer em acontecimentos da maior importância, relacionados com o papel das mulheres na sociedade e o seu contributo para a construção daquele, ainda jovem, país. Emily participou na Exposição Mundial de Columbia, em 1893. Não contente com o que sabia, foi ainda estudar Direito na Universidade de Nova Iorque e chegou a publicar um trabalho nesta área, no Albany Law Journal. Com os conhecimentos adquiridos, Emily Roebling, considerada a primeira engenheira americana, projectou sozinha a mansão da família em Trenton, para onde foi viver com a família. Feliz por ser agora uma mulher diferente, um dia disse ao filho que com o que aprendera podia ser útil à sociedade, podia ter uma profissão e auferir um salário, sem depender, como era uso na época nas classes altas, do ordenado do marido. No fim de século passado muitas norte americanas pensavam como Emily Roebling.
Em 1899 a ponte de Brooklyn sofreu grandes alterações e hoje o caminho-de-ferro que passava na ponte foi substituído por uma auto-estrada com seis vias e uma via superior é especial para passeios de peões. Aos domingos é costume verem-se milhares de ciclistas atravessá-la, aproveitando o dia de descanso.
No dia 4 de Julho, festa nacional dos EUA, a Ponte é um dos lugares de grandes festejos onde se concentram muitos milhares de pessoas.
Emily Roebling faleceu em 1903, e o seu nome ficou, para sempre, ligado à construção da mais emblemática ponte de Nova Iorque. 

Informação retirada daqui

Biografia - Antoni Gaudi i Cornet

Arquitecto espanhol de finais do séc.19 e princípios do séc. 20.
Nasceu em Reus, Catalunha, Espanha, em 25 de Junho de 1852; 
morreu em Barcelona, em 10 de Junho de 1926.

Arquitecto cujo estilo distinto se caracteriza pela liberdade de forma, cor e texturas voluptuosas e na unidade orgânica, Gaudí trabalhou quase sempre em Barcelona ou nos seus arredores. Grande parte da sua carreira foi ocupada com a construção do Templo Expiatório da Sagrada Família, que ainda não estava concluído quando morreu. 

Gaudí nasceu numa localidade costeira da Catalunha. De origens humildes, era filho de um latoeiro que iria viver com ele no fim da vida acompanhado de uma sobrinha, nunca tendo casado. Mostrou desde cedo interesse pela arquitectura, tendo ido estudar em 1869 para Barcelona, então o centro político e intelectual da Catalunha, sendo também a cidade a mais moderna de Espanha. Só acabou o curso oito anos mais tarde, tendo os estudos sido interrompidos pelo serviço militar e outras actividades intermitentes. 

O estilo de Gaudí atravessou diversas fases. Quando saiu da escola provincial de arquitectura de Barcelona, em 1878, começou a projectar de acordo com um estilo Vitoriano bastante florido, que já era evidente nos seus projectos escolares, mas desenvolveu rapidamente uma maneira de compor por meio de justaposições de massas geométricas, até aí nunca usadas, cujas superfícies eram animadas com pedra ou tijolo modelado, painéis cerâmicos de cores vivas, e estruturas de metal utilizando motivos florais ou repteis. O efeito geral, embora os detalhes não o sejam, é Mourisco - ou Mudéjar, como a mistura especial da arte muçulmana com a cristã é conhecida em Espanha. Os exemplos de seu estilo Mudéjar são a Casa Vicens, de 1878-80, e El Capricho construída entre 1883 e 1885, assim como a Propriedade e o Palácio de Güell, de finais dos anos 80 do século XIX. Todas as obras, excepto o El Capricho estão localizadas em Barcelona. Mais tarde, Gaudí experimentou as possibilidades dinâmicas de vários estilos arquitectónicos: o gótico no Palácio Episcopal de Astorga, obra realizada entre 1887 e 1893, e na Casa de los Botines em Leão, construída entre 1892 e 1894; o barroco na Casa Calvet em Barcelona (1898-1904). Mas após 1902 os seus projectos deixam de poder ser atribuídos a um estilo arquitectónico convencional. 

À excepção de alguns edifícios em que é clara representação simbólica da natureza ou da religião, os edifícios de Gaudí transformaram-se em representações da sua estrutura e dos materiais que os constituem. Na sua Vila Bell Esguard, de 1900-02, e no Parque de Güell, de 1900 a 1914, em Barcelona, e na igreja da Colonia Güell (1898 - c. 1915), a sul daquela cidade, chegou a um tipo de estrutura que veio ser chamada equilibrada - isto é, uma estrutura projectada para se apoiar sobre si própria sem apoios internos ou suportes externos - ou, como Gaudí afirmava, exactamente como uma árvore se ergue. Gaudí aplicou seu sistema equilibrado a dois edifícios de apartamentos de vários andares edificados em Barcelona: a Casa Batlló, de 1904-06, uma renovação que incorporou novos elementos equilibrados, sobretudo a fachada; e a Casa Milá (1905-10). Como era frequente nele, projectou os dois edifícios, tanto nas suas formas com nas superfícies, como metáforas do carácter montanhoso e marítimo da Catalunha. 

Arquitecto admirado, mesmo que considerado um pouco excêntrico, Gaudí foi um participante importante na Renaixensa catalã, um movimento artístico revivalista das artes e dos ofícios que se combinou com um movimento político de feições nacionalistas que se baseava num fervoroso  anti-castelhanismo. Ambos os movimentos procuraram restabelecer um tipo de vida na Catalunha que tinha sido suprimido pelo governo centralista de Madrid, ao longo do século XVIII e XIX. O símbolo religioso da Renaixensa em Barcelona era a igreja da Sagrada Família, um projecto que ocupou Gaudí durante toda a sua carreira. 

Contratado para construir a igreja desde 1883, não viveu para a ver terminada. Ao trabalhar nela tornou-se cada vez mais religioso, e após 1910 passou a trabalhar quase exclusivamente na construção da Igreja, tendo mesmo passado a residir nos estaleiros. Aos 75 anos, foi atropelado por um trolley-car, tendo morrido dos ferimentos. 

Ignorado durante os anos 20 e 30 do século XX, quando o estilo internacional era o estilo arquitectónico  dominante, foi redescoberto nos anos 60, sendo reverenciado tanto por profissionais como pelo público em geral, devido à sua imaginação transbordante. A avaliação do trabalho arquitectónico de Gaudí é notável pela sua escala de formas, texturas, e policromia, e pela maneira livre e expressiva como estes elementos da sua arte se conjugam. A geometria complexa de um edifício de Gaudí coincide com a sua estrutura arquitectónica em que o todo, incluindo a sua fachada, dá à aparência de ser um objecto natural conformando-se completamente com as leis da natureza. Tal sentido da unidade total informou também a vida de Gaudí, já que a sua vida pessoal e  profissional  eram indistinguíveis.


Fontes: 
Enciclopédia Britânica
Internet:

Gaudí 2002 
Espaço oficial das comemorações do 150.º aniversário do nascimento de Antoni Gaudí, da responsabilidade da Generalitat de Catalunya e do Ajuntament de Barcelona, em inglês, castelhano, catalão e japonês.

Gaudí Central 
Espaço de um antigo estudante da universidade da Pennsylvania, criado em 1997 e terminado em 1998.

Biografia retirada daqui

Conteúdo - Origami - Pássaro


Download 1 - Dropbox
Download 2 - Mega
Download 3 - Google Drive
Download 4 - Box
 

Conteúdo - Origami - Cisne


Download 1 - Dropbox
Download 2 - Mega
Download 3 - Google Drive
Download 4 - Box
 

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Biografia - Elizabeth Louise Vigée le Brun

Pintora francesa famosíssima. Com precoce talento, foi uma exímia retratista. Viveu na corte de França pintou inúmeras telas da malograda família de Luís XVI. Conhecemos a rainha Maria Antonieta em mais de trinta retratos de sua autoria. Viveu entre dois séculos e numa época de profundas mudanças sociais. Esteve exilada doze anos e foi convidada a pintar em diversas cortes europeias. Pertenceu a diversas Academias de Belas Artes como as de Florença, Roma, Bolonha, e Sampetersburgo. Viveu seis anos na Rússia. Está representada em praticamente todos os museus do mundo. Pintou mais de novecentas telas das quais setecentos retratos. Afável e generosa foi também uma pessoa muito estimada. Deixou diversos auto-retratos.

Biografia retirada daqui

Mucosa do Intestino Delgado

Embrião humano de seis dias alojando-se na parede do ventre

Óvulo fertilizado com alguns espermatozóides remanescentes

Espermatozóides tentando fertilizar o óvulo

Espécie desconhecida

Autor Filipe Caetano

Macro Fotografias de Insectos

Macro Fotografias de Insectos

Macro Fotografias de Insectos

Macro Fotografias de Insectos

Postal Antigo - Reprodução de Arte - Ventríloquo - Óleo sobre tela 1985 (70x100) - Michael Barrett A p