domingo, 7 de outubro de 2012

Banco Escolar angariou 35 mil euros para crianças carenciadas


Os portugueses contribuíram com mais de 35 mil euros para a compra de material escolar para crianças de instituições particulares de solidariedade social, quase o dobro de valor alcançado em 2011 na iniciativa Banco Escolar, promovida pela associação Entrajuda. “A campanha do Banco Escolar foi um êxito muito grande e é surpreendente a adesão que os portugueses tiveram a este desafio lançado pela Staples”, disse esta quarta-feira a presidente da Entrajuda, empresa gestora do Banco Alimentar contra a Fome e do Banco de bens doados. 

Para Isabel Jonet, o sucesso desta iniciativa deve-se a uma “grande sensibilidade” dos portugueses para o tema da educação e, “sobretudo, a uma manifesta preocupação com o combate à pobreza naquilo que pode desestruturar”. “O facto de se dar mais condições para crianças de famílias carenciadas estudarem, permite que possam ter um futuro diferente daquele que, porventura, as suas famílias tiveram”, adiantou. O Banco Escolar assenta na doação de material escolar a crianças carenciadas, contribuindo para a prevenção de casos de insucesso escolar e abandono. 

O valor angariado este ano vai beneficiar mais de 2700 crianças. “Os portugueses que foram comprar material escolar para os seus filhos foram solidários, porque percebem que só cortando ciclos de pobreza é que se pode, de alguma forma, lutar contra essa situação que atinge muitas famílias no nosso país”, sublinhou Isabel Jonet. A presidente da Entrajuda alertou que as situações de pobreza se agravaram nos últimos tempos, com “muitas mais famílias desempregadas e muito mais famílias em que um dos membros do casal está desempregado e que tinham assumido encargos que agora têm de honrar”. 

Contudo, sublinhou, “há uma enorme solidariedade e um conjunto muito grande de iniciativas, que muitas vezes são informais, que têm vindo a atenuar a situação de muitas famílias”. “Eu penso que se recuperou muito a solidariedade familiar”, mas também “há muita solidariedade informal, que nasceu de forma espontânea na sociedade portuguesa”, frisou. A Entrajuda é uma instituição particular de solidariedade social, que visa apoiar outras instituições ao nível da organização e gestão, com o objectivo de melhorar o seu desempenho e eficiência em benefício de pessoas carenciadas.

Autor: Lusa

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