sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Ministério da Educação oferece um livro a todos os alunos do 1.º ano

O Ministério da Educação vai oferecer um livro a todos os 115 mil alunos do 1.º ano de escolaridade, no início do próximo ano lectivo, numa iniciativa que pretende assinalar o início da vida escolar dos alunos, incentivando, desde cedo, o gosto pela leitura.

Esta operação envolve a aquisição de um total de 115 mil livros e a sua distribuição a cerca de 1500 agrupamentos, que abrangem 6500 escolas do 1.º ciclo da rede pública, e a 600 escolas da rede privada, até 28 de Agosto de 2008.



Com a intenção de salientar as variadas possibilidades que se oferecem aos leitores, esta iniciativa procura diversificar a oferta, convidando todas as editoras com livros recomendados nas listas do Plano Nacional de Leitura (PNL), para esta faixa etária, a apresentarem propostas de fornecimento, incluindo a entrega nas escolas.



A distribuição será feita pelas sedes de agrupamento, que asseguram a redistribuição pelas respectivas escolas, e pelas direcções regionais de educação na rede de ensino privado (encarregando-se a direcção de cada escola de assegurar o levantamento).



O PNL envia também a todas as escolas uma etiqueta e uma brochura destinada a chamar a atenção das famílias para o papel do livro e da leitura no desenvolvimento das crianças e no sucesso escolar.



Os conselhos executivos/direcções das escolas, as equipas das bibliotecas escolares e os professores responsabilizam-se pela organização da iniciativa, que implica a distribuição dos livros, das brochuras e das etiquetas a todos os professores do 1.º ano de escolaridade, para permitir que os entreguem às crianças e às famílias.



A recepção dos alunos e das famílias deve ser organizada de modo a que a oferta dos livros e das brochuras seja vivida como um momento especial que crie um ambiente festivo à volta do livro e que valorize a leitura na escola e em família.

Repensar o lugar da escola na política educativa actual

A escola de hoje encontra-se num momento de viragem. Virada a página pelo seu controlo absoluto, encontramo- nos numa etapa assinalada pelo aumento dos poderes de decisão das autarquias e das escolas em matéria de educação. Se outrora a instituição escolar era regulada em toda a sua dimensão pelo executivo central, no que diz respeito à sua organização, estrutura interna e ao desenvolvimento do currículo, recentemente verifica-se a descentralização desse tipo de parâmetros, repercutindo-se numa maior autonomia das instituições educativas. A continuar esta evolução, poderemos visualizar, no futuro, um panorama de absoluta descentralização e aqui, o cenário poderá muito bem enquadrar-se numa forma de mercado de escolas.
Resultado da pendente descentralização, é domínio comum a intenção das últimas legislaturas em intensificar os mecanismos de autonomia escolar e activar procedimentos com vista ao reordenamento da rede. Noutro sentido, têm vindo reforçar certos domínios como: a gestão local do currículo, o prolongamento do horário escolar e o patrocínio de iniciativas corroboradas pela Acção Social Escolar, aplicadas à aquisição dos manuais escolares ou à atribuição de “bolsas de mérito” a alunos. Apesar do valor intrínseco dessas medidas, na prática verifica-se que os hábitos
e métodos de trabalho não sofreram alterações.
Na sua maioria, as mudanças operadas são de feição organizacional e processual, posicionando-se a um nível superficial ou até mesmo externo da actividade escolar propriamente dita. Com efeito, pensamos que o desafio actual não se deveria focar em mudanças exteriores da organização escolar, mas, descer ao nível da sala de aulas, uma vez que este é o espaço primordial sobre o qual se centra a realidade e o objectivo da educação. Dito de outra forma, quando nos debatemos com mudanças aos níveis macro e meso da educação, é caso para perguntarmos – E o aspecto pedagógico? E as práticas de ensino-aprendizagem? Naturalmente estamos a referir-nos ao nível micro deste processo, isto é, aos métodos e metodologias aplicados na sala de aulas. Portanto, é caso para pensarmos se não será o estudo do ambiente pedagógico o cerne da verdadeira mudança rumo à melhoria da qualidade educativa.
É altura para repensarmos se não estamos demasiado concentrados em procedimentos abrangentes, esquecendo-nos que o progresso do sistema educativo também passa pelas dinâmicas didácticas na sala de aulas. É certo que se tem verificado uma aposta cada vez mais crescente na formação do corpo docente, porém, não passam de medidas de carácter superficial, um tanto quanto “impostas”, com pouco impacto na maneira de ensinar. Caberá ao actual e futuros executivos engendrar esta mudança que naturalmente passa pela formação massiva e significativa de novas práticas lectivas, bem como valorizar e dignificar a profissão docente. No nosso entender, deveria ser esta a nova prioridade, a nova reforma da educação.
Jorge Pinto Ferreira

Concurso Jovens Tradutores

Os alunos do ensino secundário dos Estados-Membros da UE poderão pôr à prova as suas aptidões como tradutores na segunda edição do concurso «Juvenes Translatores» (jovens tradutores).

Encorajada pelo entusiasmo suscitado pela primeira edição do concurso, organizada em 2007-2008, e pelos comentários animadores dos participantes, a Comissão Europeia decidiu repetir a experiência. Todas as escolas da UE serão convidadas a inscrever-se, entre 1 de Setembro e 20 de Outubro de 2008, para participar no concurso, que terá lugar em 27 de Novembro de 2008.

Esta segunda edição do concurso destina-se a alunos nascidos em 1991, que poderão escolher livremente a combinação linguística da sua tradução entre as 23 línguas oficiais da UE.

Serão seleccionadas várias escolas de cada Estado-Membro em função do número de votos que o Estado-Membro dispõe no Conselho da União Europeia multiplicado por dois. A Portugal foi atribuída a quota de vinte e quatro escolas, podendo cada uma delas registar até quatro estudantes.

O concurso decorrerá ao mesmo tempo em todos os Estados-Membros sob a supervisão das escolas. Um painel composto por tradutores profissionais da Direcção-Geral da Tradução terá a seu cargo a avaliação das traduções e o júri do concurso escolherá a melhor tradução de cada Estado-Membro.

Em Março de 2009, os vencedores serão convidados a participar numa cerimónia em Bruxelas na qual o Comissário para o Multilinguismo procederá à entrega dos prémio.

Informação disponível no sítio Web do concurso "Juvenes Translatores": http://ec.europa.eu/translatores

Governo vai distribuir 500 mil computadores pelo 1º ciclo

O primeiro-ministro, José Sócrates, anunciou que o Executivo socialista vai distribuir 500 mil computadores portáteis aos alunos do primeiro ciclo, no âmbito do novo programa «e.escolinha». Os PCs terão um custo máximo de 50 euros.

De acordo com o chefe do Governo, a ideia é que «o computador faça parte do material escolar de todas as escolas».

Ao falar durante a cerimónia de apresentação do «Computador Magalhães», o primeiro computador portátil com acesso à Internet que será fabricado em Portugal, José Sócrates explicou que o novo programa «e.escolinha», que é baseado nos princípios do programa «e.escola», irá abranger os alunos que frequentam o primeiro ciclo do ensino básico.

Citado pela agência Lusa, José Sócrates anunciou, por outro lado, que o «Computador Magalhães» será gratuito para os alunos que estejam inscritos no primeiro escalão da acção social escolar e custará 20 euros para as crianças do segundo escalão da acção social escolar.

Para os alunos que não são abrangidos pela acção social escolar, o computador Magalhães custará 50 euros.

O primeiro-ministro disse, ainda, que se trata se «um computador de última geração tecnológica, pensado para as crianças, para resistir melhor ao choque e aos líquidos».


FC

Fenprof acusa Governo de «trabalhar para a estatística»

A Federação Nacional dos Professores (FENPROF) «chumbou» hoje a actuação do Ministério da Educação no último ano lectivo e acusou o primeiro-ministro de trabalhar para a estatística, com «shows mediáticos» que «não chegaram para esconder a profunda crise» do sector.
Numa conferência de imprensa, em Coimbra, a FENPROF fez hoje um balanço negativo do ano lectivo que terminou e atribuiu «Não Satisfaz» à equipa da ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues.

«Este ministério, desde o início, é um caso exemplar de insucesso escolar e o melhor é sair, tentar as novas oportunidades», declarou o dirigente da Federação, Mário Nogueira.

Aos professores, a FENPROF deu a classificação «Muito Bom» e às escolas «Bom», considerando que o ano lectivo 2007/08 ficou marcado pelo «grande momento de protesto» de 8 de Março que levou 100 mil professores à rua.

«O Primeiro-Ministro pode apresentar todas as medidas de show mediático, como ontem com o computador Magalhães, mas os que estão todos os dias nas escolas percebem as cada vez piores condições para exercer a profissão», declarou Mário Nogueira.

No entender da FENPROF, as «condições de trabalho dos professores pioraram», tal como as condições de aprendizagem dos alunos, a instabilidade e a insegurança dos docentes nas escolas «cresceu muito».

O novo estatuto da carreira docente veio criar «castas de professores dentro das escolas», o «subfinanciamento do ensino básico acentuou-se», sublinhou.

Com o objectivo de «disfarçar estas realidades negativas», acusa a FENPROF, o Ministério da Educação encetou uma «excelente oportunidade de propaganda» ao criar «prémios de 25 mil euros para o melhor (entre 150 mil) professor e de 500 euros para o melhor aluno de cada escola».

Diário Digital / Lusa

Professores admitem nova manifestação

A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) admitiu repetir no próximo ano, por altura das eleições legislativas, a grande manifestação de docentes de Maio passado, prometendo apresentar uma "carta reivindicativa" aos partidos políticos. "Se for preciso, para limpar algumas das medidas mais negativas, pôr mais cem mil professores na rua, faremos isso", advertiu o dirigente sindical Mário Nogueira.

Numa conferência sobre o balanço do ano lectivo, o secretário-geral da Fenprof disse que a estrutura sindical irá apresentar o ‘Livro Negro das Políticas Educativas’ no final do primeiro período do próximo ano lectivo, para que "fique claro ao País o que o Governo fez às escolas". A Fenprof acusou ainda o primeiro-ministro de trabalhar para a estatística.




Lusa

1200 escolas vão ter melhor acesso no próximo ano lectivo

Mil e duzentas escolas públicas com Ensino Básico (2º e 3º ciclos) e Secundário vão aceder à Internet em todos os locais dos estabelecimentos no próximo ano lectivo, na sequência de um contrato hoje assinado entre Ministério da Educação e Portugal Telecom.
O contrato permitirá a implementação de Redes de Área Local nas escolas públicas abrangidas pelo Plano Tecnológico de Educação (PTE), sendo considerado «um dos maiores projectos mundiais de instalação de redes locais».

O coordenador do PTE, João Trocado da Mata, refere em comunicado que «este projecto é pedra angular do PTE, ao permitir a disponibilização de conteúdos, formação e serviços à distância em toda a escola».

«Inserido no eixo da tecnologia, o programa de redes de área local irá dotar as escolas de infra-estruturas de rede Ethernet e WiFi e respectivos sistemas de gestão. O contrato, orçado em 51 milhões de euros, prevê a instalação, manutenção, operação e gestão das redes», segundo o responsável.

O PTE é um programa de modernização tecnológica destinado às escolas portuguesas. Repartido por três eixos - tecnologia, conteúdos e formação - engloba a instalação de equipamentos, plataformas de e-learning e de gestão escolar e sistemas de formação e certificação de competências tecnológicas.

Cerca de 1.200 escolas terão, já no próximo ano lectivo, um computador por cada cinco alunos, «rácio que colocará Portugal entre os países europeus mais avançados neste domínio», segundo o PTE.

Lusa

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Aviso nº 21069/2008 de 31 de Julho

As listas provisórias de ordenação e de exclusão encontram-se disponíveis para consulta e impressão na página electrónica da DGRHE em www.dgrhe.min-edu.pt.

Concurso de educadores de infância e de professores dos ensinos básico e secundário para o ano escolar de 2008 -2009, nos termos do previsto e regulado pelo Decreto -Lei n.º 20/2006, de 31 de Janeiro (adiante e para todos os efeitos designado por Decreto -Lei n.º 20/2006), com as alterações previstas no Decreto -Lei n.º 35/2007, de 15 de Fevereiro. — Dando cumprimento ao estipulado no n.º 1 do artigo 18.º do Decreto -Lei n.º 20/2006, informam -se todos os interessados de que, a partir desta data, se encontram disponibilizadas para consulta as listas provisórias dos candidatos admitidos e ordenados e dos candidatos excluídos no concurso de afectação, previsto no capítulo V do Aviso n.º 10680/2008 (2.ª série), publicado no Diário da República n.º 68, de 7 de Abril, com os respectivos fundamentos.

I — Divulgação das listas provisórias de ordenação e de exclusão, e dos verbetes
1 — As listas provisórias de ordenação e de exclusão encontram -se disponíveis para consulta e impressão na página electrónica da DGRHE em www.dgrhe.min -edu.pt.
2 — Nesta mesma página, estão disponíveis, para consulta e impressão, na ligação respectiva (link), os verbetes a que os candidatos têm acesso, introduzindo o seu número de candidato e respectiva palavra -chave.
3 — Para efeitos de eventual reclamação, chama -se a atenção dos candidatos para a necessidade de verificação exaustiva de todos os elementos constantes das referidas listas e dos verbetes individuais.

II — Listas provisórias de exclusão
1 — As listas provisórias de exclusão estão organizadas por grupo de recrutamento, por ordem alfabética, com indicação do motivo de não admissão ao concurso e de exclusão, nos termos do n.º 11 do capítulo II do aviso de abertura do concurso.

III — Listas provisórias de ordenação
1 — Para além do enunciado no ponto 2 do n.º 14 do capítulo III do aviso de abertura do concurso, as listas provisórias de admissão e ordenação à afectação publicitam também os seguintes dados: Tipo de Concurso (A — Afectação); Tipo de Candidato (QZP);
2 — Dentro de cada grupo de recrutamento, bem como dentro de cada prioridade, os candidatos encontram -se ordenados por ordem decrescente da respectiva graduação profissional.
3 — Em caso de igualdade de graduação após aplicação dos critérios estabelecidos nas alíneas do n.º 3 do artigo 16.º do Decreto -Lei n.º 20/2006, será considerado como último factor de desempate o número de candidatura, preferindo o menor.

IV — Reclamação integrada
1 — A aplicação electrónica de Reclamação Integrada é a única forma que os candidatos dispõem para apresentarem a sua reclamação à Direcção -Geral dos Recursos Humanos da Educação.
2 — Nos termos do ponto 4 do n.º 26 do capítulo VI do aviso n.º 10680/2008 (2.ª série), publicado no Diário da República n.º 68, de 7 de Abril, as instruções sobre o acesso à Reclamação Integrada, opções de reclamação e campos passíveis de alteração encontram -se descritas no Manual da Reclamação Integrada, publicitado no sítio www.dgrhe. min -edu.pt, para fácil acesso e impressão pelos candidatos.
3 — A aplicação da reclamação Integrada dispõe de três opções, podendo os candidatos seleccionar uma ou mais opções:
a) Reclamar/corrigir dados da candidatura;
b) Reclamar da validação efectuada pela respectiva entidade;
c) Denúncia.
4 — Os candidatos devem respeitar as opções da reclamação, sob pena de verem indeferidas as reclamações, por incorrecto preenchimento.
5 — As alterações a dados introduzidos na candidatura ou no aperfeiçoamento têm que ser efectuadas pelo candidato no respectivo campo, após selecção da opção correcta — Reclamar/Corrigir dados da candidatura. No caso do candidato pretender alterar dados já introduzidos (na candidatura e no aperfeiçoamento), não serão considerados os pedidos para aquele efeito realizados em texto livre nas outras opções previstas na Reclamação Integrada.
6 — A não apresentação de reclamação dos elementos constantes das listas provisórias de ordenação e de exclusão ou dos verbetes equivale, para todos os efeitos, à aceitação tácita dos dados e elementos não reclamados, nos termos do n.º 4 do artigo 18.º do Decreto -Lei n.º 20/2006.
7 — Alertam -se os candidatos para a obrigatoriedade de apresentarem reclamação de qualquer campo que tenha sido, por lapso, indevidamente validado pela entidade de validação (Escola). Todas as candidaturas em que se verifique que algum campo foi incorrectamente validado, e que
não foi objecto de reclamação serão excluídas na lista definitiva.
8 — No mesmo prazo da Reclamação Integrada, e no mesmo formato electrónico, de acordo com o n.º 7 do artigo 18.º do Decreto -Lei n.º 20/2006, podem desistir de parte das preferências manifestadas, no entanto, alertam — se os candidatos para o facto de que, mesmo não manifestando preferência por determinado estabelecimento de educação ou de ensino, nos termos do n.º 2 do artigo 49.º do Decreto -Lei n.º 20/2006, são candidatos a esse estabelecimento de educação ou de ensino.
9 — O candidato terá uma única possibilidade de submeter a Reclamação Integrada. Após este processo, a aplicação da Reclamação Integrada ficar -lhe -á vedada.
10 — A Reclamação Integrada foi elaborada de modo a que o seu correcto preenchimento não configure, em caso algum, uma nova candidatura. Por este motivo, há campos que não são passíveis de alteração, não estando acessíveis ao candidato.

V — Campos não alteráveis
1 — Os campos da candidatura, cujos dados não são passíveis de alteração, nos termos do n.º 8 do artigo 18.º do Decreto -Lei n.º 20/2006, são os que se encontram indicados no n.º 22 do Capítulo V, com a respectiva justificação, no Aviso n.º 10680/2008 (2.ª série), publicado no
Diário da República, n.º 68, de 7 de Abril.

VI — Prazo de reclamação
1 — O prazo para a apresentação da Reclamação Integrada decorrerá a partir do dia seguinte ao da publicação deste aviso, por um período de cinco dias úteis e até às 18 horas do último dia do prazo.

VII — Notificação
1 — Nos termos do n.º 5 do artigo 18.º do Decreto -Lei n.º 20/2006, os candidatos cujas reclamações forem indeferidas serão notificados 34266 Diário da República, 2.ª série — N.º 147 — 31 de Julho de 2008 desse indeferimento via electrónica, acedendo, para esse efeito, a uma aplicação a disponibilizar na página electrónica da DGRHE.

VIII — Publicitação das listas definitivas de ordenação, de exclusão e de colocação
1 — Nos termos do n.º 5 do artigo 50.º do Decreto -Lei n.º 20/2006, após homologação pelo Director -Geral dos Recursos Humanos da Educação, são publicitadas na página electrónica da DGRHE em www.dgrhe. min -edu.pt, as listas definitivas de ordenação, exclusão e de colocação relativas ao concurso de afectação.

31 de Julho de 2008. — O Director -Geral, Jorge Sarmento Morais.

Maldição ou mais-valia?

Já não bastava o trabalho de preparar as aulas, procurar jogos pedagógicos para motivar os alunos, para lhes aumentar a auto-confiança e sentimento de auto-eficácia, ainda vêm as equipas de saúde escolar com propostas para promover determinantes da saúde…Para quê trabalhar a alimentação saudável ? Em casa alguns pais fazem escolhas tão erradas quanto os filhos! E já toda a gente sabe que tem de comer todos os dias 2 peças de fruta e de comer 400g de vegetais (o que só se consegue se no prato abundar verdura ou então com sopa de legumes ao almoço e ao jantar).
Já toda a gente sabe que a carne e o peixe que os restaurantes servem na dose do almoço dá para 4 adultos. Então porque trabalhar com as equipas de saúde escolar? Faz alguma diferença?
Algumas vantagens expressas em estudos indicam que as pessoas referem os profissionais de saúde como uma fonte de informação credível e que o aconselhamento alimentar é seguido de forma rigorosa, principalmente na presença de doença. Na equipa de saúde escolar do Centro de Saúde os conhecimentos são especializados, portanto uma forma rápida e fácil de se conseguir boa informação “ao vivo”. Os pontos de vista da saúde são a aplicação prática do projecto curricular teórico desenvolvido em sala. Os profissionais de saúde na Saúde Escolar do Centro de Saúde trabalham em equipa, o que traz para a escola conhecimentos de médicos, nutricionistas, psicólogos, higienistas orais, enfermeiros, técnicos de saúde ambiental, e outros saberes especializados.
As novas formas de trabalhar determinantes da saúde focalizam a aplicação prática de conhecimentos contidos no programa curricular, incluem módulos de auto conhecimento e trabalham o “aprender a lidar” com obstáculos. Trabalham atitudes percepcionadas pelos alunos,
influenciam comportamentos responsáveis e saudáveis através de jogos lúdicos com 15 sessões para alunos durante um período escolar. Estes programas trabalham mensagens saudáveis a promover dentro do programa curricular, incentivam a partilha de surpresas entre pares, com a família e permitem ao professor uma maior eficácia nesta luta pela saúde e ambientes saudáveis que é responsabilidade de todos.
A saúde escolar é ainda o interlocutor privilegiado da educação nos Centros de Saúde. Ao detectar necessidades de saúde específicas, os alunos e família podem ser encaminhados para o médico de família ou para o especialista referente ao problema detectado. Há bons resultados de colaboração da equipa de saúde escolar com o encaminhamento de alunos com problemas relacionados com a alimentação para a consulta de nutrição ou de psicologia.
Cada vez menos esta parceria é feita por “carolice” de quem considera estes temas importantes.
Está na altura de, quer a Educação quer a Saúde, ter profissionais com tempos específicos dedicados ao planeamento, avaliação e intervenção em programas integrados de promoção de saúde. A obesidade infantil tem aumentado muito rapidamente e associada a patologia nunca vista até agora. A frequência de crianças com diabetes tipo 2 que era residual está a crescer de forma alarmante. Há crianças com hipertensão arterial e com valores de colesterol elevados, o que era raridade… A alimentação saudável e a actividade física regular impedem o aparecimento da obesidade.
É importante fazer a ponte entre o que aprendemos sobre alimentação e as consequências dos erros que escolhemos fazer. É importante sabermos trabalhar a Roda de Alimentos com asporções alimentares equivalentes necessárias a cada idade. Saber as porções alimentares necessárias para o dia e treinar escolher alternativas saudáveis é imperativo nos alunos, nos professores, nos encarregados de educação, nos manipuladores de alimentos, nos profissionais de saúde e nas instituições parceiras. A vigilância não deve nem pode ficar apenas na saúde.
A saúde escolar é o interlocutor mais próximo, a quem o professor pode recorrer para o esclarecimento de dúvidas práticas sobre saúde a fim de que a prevenção seja de facto geral e precoce. Parcerias verdadeiras são uma mais-valia poderosa. Cabe a cada um de nós activá-las.
Débora Cláudio
Nutricionista da Direcção dos Serviços de Saúde, Área de nutrição
da Sub-Região de Saúde do Porto

400 milhões de euros para as escolas

O Governo irá fazer um investimento de 400 milhões de euros na área da Educação nos próximos sete meses, nomeadamente na instalação de Internet em todas as salas de aulas.

"São 400 milhões de euros que vamos investir nas escolas portuguesas", anunciou o primeiro-ministro, José Sócrates, durante a cerimónia de apresentação do "Computador Magalhães", o primeiro computador portátil com acesso à Internet que será fabricado em Portugal.

Um dos projectos, adiantou, visa a instalação de Internet em todas as salas de aula. "Queremos que em todas as salas de aula haja Internet", sublinhou.

Irá também ser aumentada a velocidade da banda larga nas escolas para um mínimo de 48 megabites por segundo.

O Governo pretende ainda, segundo o primeiro-ministro, instalar uma rede de vídeo-vigilância nas escolas para aumentar a segurança e pretende criar um novo cartão estudante, "para acabar com o dinheiro nas escolas".

"O maior investimento nos próximos sete meses será na Educação", salientou.

jn

Notas piores da 2.ª fase devem-se ao menor peso dos internos

O director do Gabinete de Avaliação Educacional afirmou, ontem, que os resultados da primeira e segunda fases dos exames nacionais do Secundário não são comparáveis, recusando críticas da Sociedade Portuguesa de Matemática, que acusa de ter uma "agenda política".

Segundo dados do Ministério da Educação, divulgados anteontem, as notas da segunda fase dos exames melhoraram face à mesma fase do ano passado, mas caíram significativamente quando comparadas com as provas realizadas na primeira fase deste ano.

Todas as disciplinas de Matemática, por exemplo, baixaram em relação à primeira fase, tendo a média da cadeira de Matemática A descido de 12,5 para 8,9 valores, resultados que levaram a Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM) a criticar a diferença registada no grau de dificuldade das duas provas.

Em declarações à Lusa, Carlos Pinto Ferreira, director do organismo do Ministério da Educação responsável pela elaboração dos exames, salientou que "todos os anos, tipicamente, os resultados da primeira fase são melhores do que os da segunda, uma vez que as populações de alunos que vão a uma e a outra são diferentes". De acordo com o responsável, o exame de Matemática A foi realizado, na primeira fase, por cerca de 26 mil alunos internos, que frequentaram a disciplina durante todo o ano lectivo, e cerca de 11 mil externos, que estavam chumbados à cadeira e se autopropuseram a exame. Já na segunda fase, pelo contrário, o número de autopropostos assume maior proporção, já que a prova foi realizada por 10 mil alunos externos e só 6500 internos.

jn

Alunos satisfeitos com resultados de Matemática

Iupi! Iupi!". Aos saltos de alegria pelo corredor da "Filipa de Vilhena", no Porto, Tiago Rodrigues, 18 anos, abraçava, efusivamente, colegas e professores.

Os 10,1 valores a Matemática - mesmo sendo uma classificação positiva baixa - é já suficiente para abrir ao jovem uma porta no Ensino Superior.

"Estou feliz, claro. Na primeira fase reprovei com seis valores!", afirmou, ao JN, ainda meio incrédulo com a classificação obtida na prova de Matemática da segunda fase dos exames nacionais, cujos resultados foram conhecidos ontem.

O jovem havia reprovado à disciplina no 11.º ano, motivo pelo qual teve de se apresentar a exame como aluno externo.

"É uma disciplina muito difícil, principalmente no 12.º ano", revelou. Agora que ficou com o Secundário concluído, Tiago pensa conseguir uma vaga em Engenharia do Ambiente, na Universidade de Aveiro. "As médias de entrada não são muito elevadas, por isso devo conseguir um lugar", disse, esperançado.

Ao lado, Catarina Miranda, 20 anos, estava também satisfeita com os 13,2 valores conquistados na prova de Biologia. "Só fiz a prova na segunda fase para ter tempo para estudar", revelou.

Feliz por ter concluído o Secundário estava, também, Bárbara Oliveira, 17 anos. A disciplina de Alemão não lhe correu bem. Então decidiu, em substituição, fazer prova de Geografia como aluna externa. "Estudei a matéria de dois anos lectivos em duas semanas e vim fazer o exame. Tive muita sorte, obtive 10 valores", referiu. Com média final de 16,5 valores, acredita obter um lugar em Psicologia.

FERNANDO BASTO

EUA: Portugal não investe no ensino da língua - professores

Questionados em Nova Iorque sobre as críticas feitas durante o XVI Encontro de Professores de Português dos Estados Unidos e Canadá, que decorreu na semana passada na Horta, Faial, e que reuniu cerca de 120 participantes, os docentes reiteraram as críticas à forma como o Governo português os trata.

Lúcia Lopes, professora na escola Luís de Camões, em Newark, Nova Jérsia, disse que, nos últimos anos, Portugal não gastou «um único dólar» no ensino directo do Português nas escolas comunitárias, deixando toda a responsabilidade nas mãos das associações. «Não colocam professores, não pagam aos que cá estão, não apoiam com materiais escolares, nem formação, nem qualquer outra coisa», disse a docente.

Por sua vez, Raul Rodrigues, da escola secundária norte-americana Durffe High School, de Fall River, estado de Massachusetts, lembrou ter dito no plenário que o «Estado português prefere investir milhares de dólares e apoiar leitorados de Português em universidades onde estudam meia dúzia de alunos estrangeiros», sublinhando que a sua escola «precisa de professores de Português, mas não os encontra porque eles não se formam nas universidades norte-americanas».

«No entanto, o Estado português continua a investir milhares de dólares em Centros de Português em universidades norte-americanas não se sabe bem para quê», acrescentou.

Durante a reunião na Horta, ouviram-se muitas queixas de professores que lutam «com falta de tudo e de mais alguma coisa» para ensinaram Português aos luso-descendentes, reclamando apoio de Portugal. Por outro lado, lamentaram o facto do secretário de Estado Adjunto e da Educação português, Jorge Pedreira, presente no encontro, lhes ter levado uma mensagem que é mais de «desilusão» do que de «esperança».

«De um momento para o outro, a nova legislação do Ensino do Português no Estrangeiro ignora totalmente as escolas comunitárias, a comunidade e o trabalho aqui desenvolvido ao longo dos anos, optando por criar uma certificação que é uma espécie de exame da escola virtual que todos sabem e que ninguém se vai dar ao trabalho de fazer», frisou um dos docentes que participou na reunião com Jorge Pedreira e que preferiu o anonimato.

Lúcia Lopes, por seu lado, referiu que a nova legislação esvaziou estas escolas e estes cursos de qualquer valor junto das comunidades, ao retirar-lhes os professores que aqui se encontravam destacados, agora obrigados a optar entre os EUA, sem vínculo à Função Pública, e as escolas a que pertencem em Portugal. A docente acrescentou ainda não compreender porque razão se revogou toda a legislação que regia o funcionamento dos cursos comunitários desde os anos 70 sem a incorporar na nova lei do EPE.

«Os pais vão agora questionar-se sobre se vale a pena pagarem para os seus filhos frequentarem uma escola comunitária, onde as aprendizagens adquiridas não têm qualquer valor para Portugal», disse. «O caso do Centro de Estudos Lusófonos de Newark, Nova Jérsia, é um exemplo de que o futuro da nossa língua nos EUA está na comunidade, pois é graças aos estudantes que dela saem que este centro é hoje o maior do país», acrescentou ainda.

Outro docente afirmou que estava à espera que o governo apoiasse estas escolas com professores habilitados e material adequado e fornecesse programas e orientações para melhorar a qualidade do ensino.

Nos EUA, existem cerca de 50 escolas comunitárias pertencentes a associações, igrejas e comissões de pais, onde é ensinada a Língua Portuguesa aos filhos dos emigrantes. Pelo contrário, o ensino do Português como língua estrangeira existe apenas em meia dúzia de escolas norte-americanas nos estados da Califórnia, Massachusetts e Nova Jérsia.

Os professores que participaram no XVI Encontro manifestaram-se ainda pessimistas em relação ao futuro deste ensino com a passagem da sua tutela para o Instituto Camões, que dizem estar mais vocacionado para o ensino universitário. A Associação de Professores de Português dos Estados Unidos e Canadá, responsável pela organização do Encontro, pediu, nas conclusões, um compromisso explícito do governo português nesta questão, concluindo que «há a necessidade de implementar uma estratégia comum» para os Estados Unidos e Canadá, «que inclua todos os níveis de ensino, desde o integrado às escolas comunitárias e universidades, através de coordenadores que conheçam a realidade específica deste espaço da diáspora portuguesa».

A APPEUC diz ainda ser necessário «continuar a apostar no ensino comunitário, a par do ensino integrado, através de protocolos com associações ou outras entidades que promovam o ensino do Português junto das comunidades como, aliás, prevê a Lei do EPE». Recomenda ainda que «deve apoiar-se, através de contratação, o destacamento de professores de português formados em Portugal ou nas comunidades para leccionarem na rede de escolas comunitárias, ou no ensino integrado, à semelhança do que acontece actualmente na África do Sul».

Durante o encontro, a APPEUC assinou um protocolo com a companhia aérea SATA para promover o ensino do Português nos EUA e Canadá, através da realização de concursos académicos que vão levar os jovens alunos a visitarem os Açores.

Diário Digital / Lusa

Associações falam em injustiça nas provas

A Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM) e a Associação de Professores de Português (APP) alinharam nas críticas às "disparidades" entre os exames da 1.ª e 2.ª fase, considerando que os alunos foram avaliados com dois pesos e duas medidas.

No caso da Matemática, a 1.ª fase cotou-se por uma excepcional média de 12, 5 valores (14 entre os alunos internos), com apenas 7% de negativas. Já a 2.ª ficou-se pelos 8,9 de média - abaixo até do ano passado - com 25% dos estudantes a chumbarem.

Diferenças que, em comunicado, a SPM considerou serem a consequência lógica das situações que vinha denunciando: "Este gabinete, composto por professores de Matemática do ensino básico, secundário e superior e contando com o apoio de especialistas em avaliação educativa, criticou o exame da primeira fase por ser demasiadamente elementar, e afirmou que o da segunda fase, apesar de acessível, era de um grau de complexidade marcadamente superior".

Para a SPM, o resultado é um contexto "extremamente injusto" para os alunos, nomeadamente os que fizeram a prova da 2.ª fase, "com possibilidades de acesso ao ensino superior muito díspares".

No Português, a tendência foi inversa, com as médias a subirem de 9,7 valores para 11,3 entre uma prova e a outra. Mas, para a APP, as consequências são em tudo semelhantes: "Criou-se uma situação de injustiça em relação aos alunos que foram à 1.ª fase e fizeram uma prova cheia de ambiguidades", disse ao DN Edviges Ferreira, desta associação. "Esta segunda prova, muito mais acessível e muito mais clara, teve como consequência o regresso da disciplina às médias normais", acrescentou.



PEDRO SOUSA TAVARES

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Algumas reflexões sobre a avaliação dos professores


São variadas as perspectivas de avaliação de professores e todas reflectem a diversidade dos observadores, a complexidade da avaliação das competências profissionais, a variedade dos desafios e das consequências da avaliação. A minha posição é que todas estas perspectivas se poderão constituir mais numa riqueza do que num constrangimento. Assim, a avaliação dos professores é chamada a ir além do simples desenvolvimento de utensílios para clarificar o juízo e a tomada de decisão, tornando-se num instrumento de comunicação e de negociação dos valores e das representações. Assim, ela permitirá aos diferentes parceiros comunicar e conciliar as suas perspectivas, desenvolver um referencial comum e partilhar uma informação comum.
Começaria por referir que avaliar comporta riscos, mas não avaliar os professores representaria certamente um risco maior, quer para o desenvolvimento da profissão, quer para o serviço que ela presta à colectividade. Parece-me, contudo, que o sistema de avaliação regulamentado pelo Ministério da Educação apresenta, na sua globalidade, a avaliação dos professores como uma questão muito ligada à questão do poder da escola, esquecendo que a eficácia do professor não é uma característica ligada a ela própria, mas sim dependente em parte, das condições do seu exercício.
A implementação de uma política de avaliação, para ter êxito, deve ter um consenso o mais alargado possível de todas as partes envolvidas, nomeadamente dos professores. É necessário encontrar um modus vivendi a este propósito, na medida em que é à volta do respeito que se constrói uma boa parte do clima de trabalho e do dinamismo de uma escola. Parece-me que este diploma não reunirá o necessário consenso e, assim, coloco algumas reservas a este sistema generalizado de avaliação, nomeadamente quanto à sua verdadeira finalidade e eficácia no prosseguimento de um ensino de qualidade. Não se trata de associar estas resistências à resistência à mudança, pelo contrário, inscrevo estas reservas numa reflexão autêntica e contínua, sobre as condições a desenvolver para permitir aos professores o desenvolvimento de um ensino de qualidade. A minha resistência face a esta avaliação envolve dois aspectos: por um lado questiono-me sobre a sua pertinência e, por outro, sobre os seus inevitáveis efeitos perversos. Relativamente ao primeiro aspecto, a pertinência, considero o acto de ensinar um acto que assenta essencialmente numa relação humana.
O ensino é uma prática complexa onde inúmeras interacções estão em jogo. Um contexto tranquilo pode conduzir a uma avaliação tranquila. Pelo contrário, um professor que seja objecto de uma contestação ou vítima de uma discriminação viverá uma situação difícil que não se resolverá por um questionário, mas talvez por um acompanhamento. É necessário investir na inserção profissional e, em casos de litígios pedagógicos, desenvolver uma cultura de apoio profissional. Há sempre problemas e é necessário dotar-se de meios e de procedimentos para encontrar soluções, no respeito pelos professores e pelos alunos envolvidos.
São reflexões deste tipo que me levam a pensar que num domínio tão delicado como a avaliação de uma prática tão intimamente ligada à pessoa é importante ter muita prudência. Em matéria de avaliação o “tornar acessível os meios” parece-nos tão importante quanto “torná-la obrigatória”. Colocar o acento na prevenção e na cura será uma forma de assegurar a qualidade dos serviços prestados por qualquer entidade. No dia em que os professores se sentirem como prestadores de serviços de formação e os alunos como clientes, creio que teremos falhado a nossa missão da educação.
Um aspecto positivo do diploma é a obrigatoriedade da auto-avaliação, na medida em que uma competência tem uma dimensão metacognitiva : uma competência implica por definição a capacidade de reflectir sobre a acção, de justificar escolhas e de argumentar as práticas. Tem em conta não apenas o que o professor faz, mas também as razões por que o faz. Implica, assim, a confrontação de vários pontos de vista, incluindo o do professor.
Receio, contudo, que a padronização de um “modelo de auto-avaliação”, depressa passe a fazer parte do espólio institucional, pois, entre outros factores, as tarefas do professor aumentam muito, o que terá grandes impactos sobre a qualidade do seu trabalho.
Um outro efeito perverso deste sistema de avaliação será a obrigação de uma avaliação formal e obrigatória pelos pares, pois esta dificilmente será construtiva num contexto em que a colegialidade, a entreajuda e a prossecução de objectivos partilhados deveriam primar. A avaliação sistemática entre pares poderá trazer, em si mesma, a semente do conflito e da divisão.
Por outro lado, o desconhecimento do “modelo de leitura do avaliador”, ou seja, da inexistência de um quadro teórico que sustente as tomadas de decisão poderá constituir-se, também, num constrangimento a esta avaliação.

Maria Palmira Alves

Sócrates quer portugueses de volta à escola

"O país precisa de regressar à escola", exortou, em Leiria, o primeiro-ministro, garantindo que a qualificação dos portugueses é a única resposta possível à "concorrência da economia global".

"Precisamos de mais qualificações e a todos os níveis", disse o primeiro-ministo, no final da cerimónia de entrega de diplomas a 90 alunos que concluíram cursos de especialização tecnológica (CET) no Instituto Politécnico de Leiria.

"Portugal terá sucesso se apostar na inteligência, no conhecimento, na massa cinzenta, na qualificação das pessoas", sustentou José Sócrates, que elogiou os alunos que decidiram inscrever-se em CET e "regressar à escola".

"Estão a trabalhar, têm família, decidiram sacrificar o vosso tempo livre, para melhorar as qualificações", sublinhou, acrescentando que este é um "exemplo para o país seguir se quiser vencer as necessidades da qualificação".

José Sócrates recordou que, em 1999, quando foram concebidos os cursos de especialização tecnológica, o Governo "teve de enfrentar preconceitos e tabus sociais". "Para muitos na nossa sociedade, quem não fizesse o percurso direitinho, não devia poder ter direito a entrar na universidade", referiu, sublinhando mesmo que "esta oportunidade deveria ter sido dada mais cedo".

O chefe do Governo destacou que os CET "permitem um novo contacto com a universidade" e desafiou os alunos a verem "estes cursos como a antecâmara para a licenciatura".

"Em 2005, eram 294 os alunos inscritos em CET. Em 2008, são 4.811. O mais que posso concluir é que estes cursos são necessários. Se têm gente, é porque temos de apostar neles, nos cursos e nos alunos", disse José Sócrates. Para o primeiro-ministro, "toda a gente estava à espera desta resposta e a maior prova de que faziam falta é que têm sucesso".

O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior recordou que a estes alunos são reconhecidos os mesmos direitos em matéria de acção social escolar.

jn

Exames: diferença de resultados «injusta»


O presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática, Nuno Crato, afirma não estar surpreendido com a quebra de resultados entre a primeira e a segunda fase dos exames nacionais naquela área e considera a situação injusta para os estudantes, escreve a Lusa.

Nuno Crato reagia à informação, divulgada esta terça-feira pelo Ministério da Educação, de que todas as disciplinas de Matemática baixaram em relação à primeira fase, com as cadeiras de Matemática A e B a descerem de 12,5 para 8,9 valores e de 11,4 para 9,1 valores, respectivamente.

«A diferença de resultados entre a primeira e a segunda fase não nos espanta», afirmou, acrescentando que «a Sociedade Portuguesa de Matemática criticou o exame da primeira fase por ser demasiadamente elementar e afirmou que o da segunda fase, apesar de acessível, era de um grau de complexidade marcadamente superior».

«A nossa equipa, que inclui professores dos Ensinos Básico, Secundário e Superior, e que conta com o apoio de psicometristas e especialistas em avaliação, detectou claramente, pelos enunciados, que os exames tinham níveis de dificuldade muito distintos», reforçou Nuno Crato.

Na sua opinião, o aumento do grau de dificuldade «é extremamente injusto para os estudantes, pois alunos com níveis de conhecimento semelhantes são colocados por estes exames com classificações muito diferentes e, portanto, com possibilidades de acesso ao Ensino Superior muito díspares».

O que se passou foi «grave»

Para o docente do Departamento de Matemática do Instituto Superior de Economia e Gestão, «o Ministério não tem sabido, não tem conseguido ou não tem querido fazer exames de dificuldade semelhante que sirvam de medida fiável do conhecimento dos alunos e do estado de ensino».

«O que se passou nesta época de exames foi extremamente grave, pois registaram-se alguns dos acontecimentos mais significativos e potencialmente mais graves para a seriedade da avaliação, para a exigência do ensino e para o futuro do ensino em Portugal», classificou, dizendo esperar «que os erros sejam corrigidos».

De acordo com o Ministério da Educação, os resultados da segunda fase dos exames nacionais do secundário melhoraram face à mesma fase do ano passado mas as notas caíram significativamente quando comparadas com as provas da primeira fase deste ano.

Nesta segunda fase dos exames do secundário, participaram 118.667 alunos e a disciplina de Matemática A foi uma das que contou com mais estudantes na realização da prova, 16.572.

A classificação no exame vale 30 por cento para a nota final das disciplinas e conta entre 35 e 50 por cento para a nota de candidatura ao Ensino Superior, podendo os alunos que completaram todas as provas nesta fase candidatar-se entre quinta-feira e 7 de Agosto.

iol

Melhores alunos vão receber prémio de 500 euros


O aluno que em cada escola obtiver a melhor média de conclusão do ensino secundário vai receber um prémio de mérito de 500 euros, lançado pelo ministério da Educação (ME), que será atribuído pela primeira vez em Setembro, refere a agência Lusa.

Premiados serão também os melhores alunos dos cursos profissionais e tecnológicos, que tenham obtido a melhor classificação final, refere o ME numa nota divulgada esta terça-feira.

Com o galardão, o ME pretende «reconhecer e valorizar o mérito, a dedicação e o esforço no trabalho e desempenho escolares» dos melhores estudantes de cada escola do ensino público ou privado, bem como das escolas profissionais.

O apoio concedido é da responsabilidade das direcções regionais de educação

Nos cursos científico-humanísticos, o prémio de mérito é atribuído ao aluno que tenha obtido, relativamente a cada um dos cursos, a melhor classificação, arredondada até às décimas.

Em caso de empate, é distinguido quem tiver a melhor classificação na disciplina trienal da formação específica, funcionando como segundo critério de desempate a classificação na disciplina de português.

Para os alunos dos cursos profissionais e tecnológicos, o prémio de mérito é atribuído ao aluno que tenha obtido a melhor classificação final, sendo o primeiro critério de desempate a classificação da prova de aptidão profissional ou tecnológica e o segundo critério a nota da disciplina de português.

Os alunos premiados vão ainda receber um diploma alusivo à distinção concedida. O apoio financeiro para a atribuição dos prémios é da responsabilidade das direcções regionais de educação e pelo gabinete de gestão financeira.

iol

terça-feira, 29 de julho de 2008

Para descontrair dos concursos de docentes











































Dia 26 - Terça-Feira
19h30 - Inauguração presidida por S.Exa. o Ministro de Estado e das Finanças, Prof. Teixeira dos Santos
19h45 - CROQUETE
20h45 - Filarmónica do Crato
21h45 - PEDRO KHIMA
23h15 - VAYA CON DIOS
Dia 27 - Quarta-Feira
19h30 - AVÔ CANTIGAS
21h30 - ADELAIDE FERREIRA e Fernando Girão
23h00 - SORAYA Arnelas


Dia 28 - Quinta-Feira
19h30 - JUST GIRLS
21h00 - Fado em Sibemol
21h50 - CAMANÉ
23h15 - JORGE PALMA e Tim


Dia 29 - Sexta-Feira
19h30 - 4TASTE
21h30 - JOÃO GIL, Sara Tavares e Shout (Godspell)
23h15 - ROGER HODGSON
Fora de Horas: Bandalismo


Dia 30 - Sábado
19h30 - FM 69.0mf
21h30 - AZEITONAS, Rui Veloso, António Zambujo e Quarteto em Mim
23h00 - JAMESFora de Horas: Fiesta Blanca Enjoy the Spirit from IbizaParticipação de Miss Madrid, Barcelona, Cáceres e Girona em biquini branco + 4 bailarinas com fogo e 2 DJs

Apoio a estudantes do secundário

A Universidade de Évora lançou um sistema de apoio aos estudantes do ensino secundário durante o período de exames nacionais de acesso ao Ensino Superior, especialmente direccionado para aqueles que não têm possibilidades para ter outras ajudas complementares.

Através desta iniciativa, dezenas de professores do ensino superior e secundário disponibilizam-se para tirar dúvidas aos estudantes durante esta fase, em quase todas as disciplinas específicas.

O sistema de apoio é aberto a todos os alunos do secundário (11º e 12º anos) do país e está disponível em http://www.especificas.uevora.pt/, até 31 de Julho.