A Federação Nacional dos Professores (FENPROF) «chumbou» hoje a actuação do Ministério da Educação no último ano lectivo e acusou o primeiro-ministro de trabalhar para a estatística, com «shows mediáticos» que «não chegaram para esconder a profunda crise» do sector.
Numa conferência de imprensa, em Coimbra, a FENPROF fez hoje um balanço negativo do ano lectivo que terminou e atribuiu «Não Satisfaz» à equipa da ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues.
«Este ministério, desde o início, é um caso exemplar de insucesso escolar e o melhor é sair, tentar as novas oportunidades», declarou o dirigente da Federação, Mário Nogueira.
Aos professores, a FENPROF deu a classificação «Muito Bom» e às escolas «Bom», considerando que o ano lectivo 2007/08 ficou marcado pelo «grande momento de protesto» de 8 de Março que levou 100 mil professores à rua.
«O Primeiro-Ministro pode apresentar todas as medidas de show mediático, como ontem com o computador Magalhães, mas os que estão todos os dias nas escolas percebem as cada vez piores condições para exercer a profissão», declarou Mário Nogueira.
No entender da FENPROF, as «condições de trabalho dos professores pioraram», tal como as condições de aprendizagem dos alunos, a instabilidade e a insegurança dos docentes nas escolas «cresceu muito».
O novo estatuto da carreira docente veio criar «castas de professores dentro das escolas», o «subfinanciamento do ensino básico acentuou-se», sublinhou.
Com o objectivo de «disfarçar estas realidades negativas», acusa a FENPROF, o Ministério da Educação encetou uma «excelente oportunidade de propaganda» ao criar «prémios de 25 mil euros para o melhor (entre 150 mil) professor e de 500 euros para o melhor aluno de cada escola».
Diário Digital / Lusa
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