A escola de hoje encontra-se num momento de viragem. Virada a página pelo seu controlo absoluto, encontramo- nos numa etapa assinalada pelo aumento dos poderes de decisão das autarquias e das escolas em matéria de educação. Se outrora a instituição escolar era regulada em toda a sua dimensão pelo executivo central, no que diz respeito à sua organização, estrutura interna e ao desenvolvimento do currículo, recentemente verifica-se a descentralização desse tipo de parâmetros, repercutindo-se numa maior autonomia das instituições educativas. A continuar esta evolução, poderemos visualizar, no futuro, um panorama de absoluta descentralização e aqui, o cenário poderá muito bem enquadrar-se numa forma de mercado de escolas.
Resultado da pendente descentralização, é domínio comum a intenção das últimas legislaturas em intensificar os mecanismos de autonomia escolar e activar procedimentos com vista ao reordenamento da rede. Noutro sentido, têm vindo reforçar certos domínios como: a gestão local do currículo, o prolongamento do horário escolar e o patrocínio de iniciativas corroboradas pela Acção Social Escolar, aplicadas à aquisição dos manuais escolares ou à atribuição de “bolsas de mérito” a alunos. Apesar do valor intrínseco dessas medidas, na prática verifica-se que os hábitos
e métodos de trabalho não sofreram alterações.
Na sua maioria, as mudanças operadas são de feição organizacional e processual, posicionando-se a um nível superficial ou até mesmo externo da actividade escolar propriamente dita. Com efeito, pensamos que o desafio actual não se deveria focar em mudanças exteriores da organização escolar, mas, descer ao nível da sala de aulas, uma vez que este é o espaço primordial sobre o qual se centra a realidade e o objectivo da educação. Dito de outra forma, quando nos debatemos com mudanças aos níveis macro e meso da educação, é caso para perguntarmos – E o aspecto pedagógico? E as práticas de ensino-aprendizagem? Naturalmente estamos a referir-nos ao nível micro deste processo, isto é, aos métodos e metodologias aplicados na sala de aulas. Portanto, é caso para pensarmos se não será o estudo do ambiente pedagógico o cerne da verdadeira mudança rumo à melhoria da qualidade educativa.
É altura para repensarmos se não estamos demasiado concentrados em procedimentos abrangentes, esquecendo-nos que o progresso do sistema educativo também passa pelas dinâmicas didácticas na sala de aulas. É certo que se tem verificado uma aposta cada vez mais crescente na formação do corpo docente, porém, não passam de medidas de carácter superficial, um tanto quanto “impostas”, com pouco impacto na maneira de ensinar. Caberá ao actual e futuros executivos engendrar esta mudança que naturalmente passa pela formação massiva e significativa de novas práticas lectivas, bem como valorizar e dignificar a profissão docente. No nosso entender, deveria ser esta a nova prioridade, a nova reforma da educação.
Resultado da pendente descentralização, é domínio comum a intenção das últimas legislaturas em intensificar os mecanismos de autonomia escolar e activar procedimentos com vista ao reordenamento da rede. Noutro sentido, têm vindo reforçar certos domínios como: a gestão local do currículo, o prolongamento do horário escolar e o patrocínio de iniciativas corroboradas pela Acção Social Escolar, aplicadas à aquisição dos manuais escolares ou à atribuição de “bolsas de mérito” a alunos. Apesar do valor intrínseco dessas medidas, na prática verifica-se que os hábitos
e métodos de trabalho não sofreram alterações.
Na sua maioria, as mudanças operadas são de feição organizacional e processual, posicionando-se a um nível superficial ou até mesmo externo da actividade escolar propriamente dita. Com efeito, pensamos que o desafio actual não se deveria focar em mudanças exteriores da organização escolar, mas, descer ao nível da sala de aulas, uma vez que este é o espaço primordial sobre o qual se centra a realidade e o objectivo da educação. Dito de outra forma, quando nos debatemos com mudanças aos níveis macro e meso da educação, é caso para perguntarmos – E o aspecto pedagógico? E as práticas de ensino-aprendizagem? Naturalmente estamos a referir-nos ao nível micro deste processo, isto é, aos métodos e metodologias aplicados na sala de aulas. Portanto, é caso para pensarmos se não será o estudo do ambiente pedagógico o cerne da verdadeira mudança rumo à melhoria da qualidade educativa.
É altura para repensarmos se não estamos demasiado concentrados em procedimentos abrangentes, esquecendo-nos que o progresso do sistema educativo também passa pelas dinâmicas didácticas na sala de aulas. É certo que se tem verificado uma aposta cada vez mais crescente na formação do corpo docente, porém, não passam de medidas de carácter superficial, um tanto quanto “impostas”, com pouco impacto na maneira de ensinar. Caberá ao actual e futuros executivos engendrar esta mudança que naturalmente passa pela formação massiva e significativa de novas práticas lectivas, bem como valorizar e dignificar a profissão docente. No nosso entender, deveria ser esta a nova prioridade, a nova reforma da educação.
Jorge Pinto Ferreira
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