segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Programa Eco-Escolas

Sabendo que:
- O Programa Eco-Escolas completou a sua 1ª década em 2006;
- no ano lectivo 2007-08 estiveram inscritas no Programa mais de 750 escolas de todos os graus de ensino, prevendo-se a atribuição da Bandeira Verde Eco-Escolas (que atestam a qualidade do projecto de Educação ambiental desenvolvido) a cerca de 500 escolas em todo o País;
- no Alentejo apenas se inscreveram cerca de uma dezena de escolas.

Mas a grande maioria das nossas escolas desenvolve actividades no âmbito da educação ambiental, com alguma frequência e de excelente qualidade. Então por que não inseri-las no Programa Eco-Escolas?

O Programa Eco-Escolas é destinado preferencialmente às escolas do ensino básico, embora possa ser implementado em qualquer grau de ensino.
Pretende:
- encorajar acções, reconhecer e premiar o trabalho desenvolvido pela escola na melhoria do seu desempenho ambiental, gestão do espaço escolar e sensibilização da comunidade;
- motivar para a necessidade de mudança de atitudes e adopção de comportamentos sustentáveis no quotidiano, ao nível pessoal, familiar e comunitário;
- fornecer formação, enquadramento e apoio a muitas das actividades que as escolas desenvolvem.
- divulgar boas práticas e fortalecer o trabalho em rede a nível nacional e internacional.

Além disso, para a obtenção da Bandeira Verde Eco-Escolas é necessária uma colaboração estreita com a autarquia, o que significa que o município reconhece a importância do desenvolvimento deste Programa no seu concelho.

Uma escola que pretenda ser reconhecida com a Bandeira Verde Eco-Escolas deverá apresentar a sua candidatura na qual demonstrará que seguiu a metodologia proposta, concretizou o seu plano de acção e realizou actividades no âmbito dos temas-base (água, resíduos e energia) e tema do ano (alterações climáticas).

Relembramos que estão abertas as inscrições para o PROGRAMA ECO-ESCOLAS até 31 de Outubro.

Para mais informações consultar:
http://www.abae.pt/programa/EE/inscricao.php

2009 Ano Internacional da Astronomia

Descobre o teu céu! Novas constelações


Integrado no programa da Celebração do Ano Internacional da Astronomia, que será celebrado em 2009, o Museu da Ciência da Universidade de Coimbra e o Museu de Ciência da Universidade de Lisboa, promovem a partir de 2008, entre os alunos de todas as Escolas do País, o concurso Descobre o teu céu! Novas constelações.


As constelações que usamos como referência no céu têm, na sua maioria, designações que remontam à Antiguidade Clássica, havendo outras que foram sempre usadas por grupos minoritários, como os índios da Amazónia ou os Egípcios. A todas elas está associada uma história que faz parte da mitologia desses povos. A partir das estrelas de certas partes do céu que foram seleccionadas, inspirados na observação do céu real e/ou do céu de um planetário, ou simplesmente a partir de uma representação das estrelas numa imagem, pretende-se que os alunos construam novas constelações e desenvolvam histórias a elas associadas.

O objectivo desta iniciativa é não só desenvolver o gosto pela Astronomia, mas também estimular o espírito de observação, a criatividade e capacidade imaginativa dos concorrentes e, simultaneamente, encorajar a prática da escrita. Pretende-se chamar a atenção dos jovens e dos seus professores para a importância do desenvolvimento de actividades que integrem vários saberes.

Regulamento

1. Participação no Concurso

1.1 Podem participar no Concurso os alunos do Ensino Básico de Escolas nacionais, públicas ou privadas.
1.2 Os alunos, sob a tutela de pelo menos um professor, poderão concorrer numa equipa constituída por um mínimo de 5 e um máximo de 20 alunos.
1.3 Serão considerados três escalões, correspondentes aos três níveis do ensino básico.
1.4 Cada escola poderá apresentar o número de candidaturas que entender em cada escalão, sem qualquer limite.

2. Tipologia dos Projectos a Concurso

2.1 Foram seleccionados quatro mapas correspondentes a diferentes regiões do céu observáveis em Portugal (Continente e Ilhas) durante as primeiras horas depois do Sol se pôr, em quatro épocas diferentes do ano: Zona 1 (Janeiro a Março), Zona 2 (Abril a Junho), Zona 3 (Julho a Setembro), Zona 4 (Outubro a Dezembro).
2.2 A realização do trabalho consiste na criação de uma ou mais constelações em cada região do céu considerada, acompanhadas de uma história relacionada. Em cada zona podem ser consideradas várias constelações ou apenas uma que enquadre todo o espaço, sendo que a narrativa deverá reflectir a escolha efectuada.
2.3 Cada grupo pode trabalhar duas, três ou quatro zonas do céu a concurso. A escolha do júri incidirá sobre duas zonas do céu. Caso os concorrentes trabalhem três ou quatro zonas, serão seleccionadas as duas propostas de melhor qualidade.
2.4 A apresentação do trabalho, que inclui o desenho das constelações e a narrativa associada, não deverá exceder cinco páginas de formato A4. Deve ser referenciado se o trabalho resulta de observação do céu real, de planetário ou apenas de imagens obtidas no computador.
2.5 Na apresentação da candidatura ao Concurso, as equipas devem referir identificação completa de cada um dos elementos (nome, morada, telefone, e-mail, escola), bem como o nome do professor responsável. A candidatura deve ser enviada para um dos dois Museus com a indicação Descobre o teu Céu!.
2.6 Os mapas do céu referidos em 2.1 encontram-se disponíveis nos sítios dos dois Museus e no sítio oficial do Ano Internacional da Astronomia. Para cada uma das quatro zonas escolhidas, encontram-se disponíveis um mapa com as constelações desenhadas para reconhecimento no céu, um mapa limpo de constelações e ainda um mapa para a realização dos trabalhos.

3. Datas

3.1 A inscrição para o concurso pode fazer-se, por correio normal ou por correio electrónico, para qualquer um dos Museus. Tal poderá ocorrer em qualquer altura até ao dia 30 de Novembro de 2008.
3.2 Os trabalhos deverão ser enviados em suporte de papel, pelo correio, para um dos Museus até à data limite de 21 de Dezembro de 2008 (solstício de Inverno). Devem conter uma referência explícita ao concurso - Descobre o teu céu! - podendo ser também entregue uma cópia digital. É indispensável que o trabalho venha acompanhado da ficha de identificação devidamente preenchida.
3.3 Os trabalhos enviados até ao dia 31 de Outubro de 2008 serão considerados para uma iniciativa da empresa Critical Software, associada a este projecto, que seleccionará as imagens mais apelativas para serem integradas em postais de Boas Festas.
3.4 Os resultados do concurso serão anunciados no dia 21 de Março de 2009 (equinócio da Primavera).
3.5 O dia 21 de Junho de 2009 (solstício de Verão) será celebrado nos Museus de Coimbra e Lisboa com diversos eventos que serão anunciados em devido tempo.
3.6 O lançamento do livro será efectuado no dia 21 de Setembro de 2009 (equinócio do Outono).

4. Júri

4.1 O júri será formado por cinco elementos, designados pelo Museu da Ciência da Universidade de Coimbra, Museu de Ciência da Universidade de Lisboa, pela Comissão promotora do Ano Internacional de Astronomia 2009 e pela Critical Software. Pelo menos um dos elementos escolhidos será de uma área artística ou literária.
4.2 O júri escolherá os melhores trabalhos de cada escalão, que serão reunidos num livro a publicar em 2009, como uma das concretizações do Ano Internacional da Astronomia. O livro será distribuído por todos os Agrupamentos de Escolas do país.
4.3 Os critérios para a escolha dos trabalhos seleccionados para serem publicados serão da responsabilidade do júri, devendo ser lavrados em acta. Serão tomadas em conta a originalidade das constelações propostas, a qualidade da narrativa associada, bem como a coerência do conjunto.
4.4 Para cada escalão será escolhido um grupo vencedor, podendo ainda o júri atribuir as menções honrosas que entender.
4.5 Da decisão do júri não há recurso.

5. Prémios

5.1 Os resultados do concurso serão comunicados pelo correio aos seleccionados, listados nos sítios dos dois Museus e do Ano Internacional da Astronomia e publicados no Público Online.
5.2 O prémio principal para os seleccionados no concurso será a publicação do seu trabalho num volume de grande divulgação.
5.3 Todos os alunos participantes no concurso terão direito a uma entrada gratuita em cada um dos dois Museus promotores, a utilizar durante o ano de 2009.
5.4 O professor de cada grupo vencedor receberá a inscrição para participação num encontro científico de sua escolha a realizar em Portugal durante o ano de 2009.



Museu da Ciência da Universidade de Coimbra
Laboratório Chimico
Largo Marquês de Pombal
3000-272 COIMBRA
Tel: 239 85 43 50
FAX: 239 85 43 59
E-mail: geral@museudaciencia.pt
www.museudaciencia.pt


Museu de Ciência da Universidade de Lisboa
Rua da Escola Politécnica, nº 56
1250-102 LISBOA
Tel. 21 392 18 60 -
Fax. 21 390 93 26
Email: mdciencia@fc.ul.pt
www.mc.ul.pt

domingo, 26 de outubro de 2008

Crianças com doenças alimentares discriminadas nas cantinas escolares

Muitas escolas recusam preparar ementas alternativas a alunos com doenças alimentares, privando-os de almoçar com os colegas na cantina, enquanto outras aceitam fazer dietas especiais, mas com erros de confecção que põem em risco a saúde das crianças.

No Dia Mundial da Alimentação, que se assinala esta quinta-feira, pais e especialistas reivindicam o direito destes alunos a não serem discriminados nos estabelecimentos de ensino e alertam para a falta de formação dos técnicos que trabalham nos refeitórios.

"Cada cidadão que necessita de uma refeição com regras especiais deve ter direito a ela, mas ainda é frequente recusar esse direito a algumas crianças, que se vêem obrigadas a regressar a casa para o almoço, ou, pior ainda, que recebem refeições com erros grosseiros na confecção", critica Jorge Amil Dias, especialista em gastrenterologia da Sociedade Portuguesa de Pediatria.

De acordo com o Ministério da Educação, a legislação prevê que os estabelecimentos de ensino forneçam dietas próprias a alunos com restrições alimentares medicamente comprovadas, mas o próprio secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, admite que algumas escolas não estejam a cumprir.

"As escolas têm obrigação de providenciar as condições para que a criança ou o jovem tenha essa alimentação [alternativa]. Mas admito que nem todas as escolas no país tenham condições para o fazer", afirmou o responsável, em declarações à agência Lusa.

Nesses casos, acrescentou, o problema deve ser reportado ao Ministério da Educação, para que a tutela possa actuar e resolver o problema.

Segundo o especialista da Sociedade Portuguesa de Pediatria, as maiores dificuldades residem, muitas vezes, na falta de formação, sendo "numerosas as situações que necessitam de conhecimentos específicos por parte dos profissionais responsáveis e operacionais nas cantinas escolares".

Em declarações à Lusa, Jorge Amil Dias aponta o caso das crianças com doença celíaca, que não podem ingerir glúten, uma proteína presente no trigo, centeio, cevada e aveia, sob pena de provocarem lesões potencialmente graves no intestino e noutros órgãos.

Para que estas crianças possam "ter uma vida inteiramente normal, sem se sentirem discriminadas", o especialista defende que as cantinas têm de preparar refeições sem glúten, salientando que "não é aceitável, nestes casos, ir ao bife panado e raspar a camada de pão ralado, pois a contaminação continua a ser enorme".

"O Ministério da Educação, as associações profissionais de restauração e os sindicatos do sector devem tomar medidas para proporcionar a necessária formação aos profissionais", sublinha.

Cristina Nobre, mãe de uma criança com doença celíaca, conhece bem o problema: os técnicos do infantário onde a filha andou garantiam-lhe que preparavam uma dieta alternativa, mas as análises clínicas feitas regularmente vieram a comprovar que a menina continuava a ingerir glúten.

"Como não era em casa, obviamente só podia ser na escola. Tive de a mudar por causa disso e até fiz uma reclamação, mas nunca me deram resposta", relata.

Actualmente, a filha Melissa frequenta uma escola do primeiro ciclo onde a empresa de catering que fornece as refeições lhe proporciona uma ementa especial, mas tudo vai mudar quando passar para o 2º e 3º ciclos, já que o estabelecimento de ensino da sua zona de residência recusa preparar dietas alternativas, à semelhança de muitos outros em todo o país.

"Vai ser um enorme transtorno para mim e uma situação muito complicada para a minha filha. Tenho medo que os colegas gozem com ela, se tiver de levar uma marmita para a escola, já com 10 ou 11 anos. Bem basta ela ter a doença, quanto mais ser submetida a uma situação em que façam pouco dela por causa disso", explica Cristina Nobre.

Além da doença celíaca, que afecta cerca de um por cento da população, há muitas outras patologias que exigem uma dieta específica. Segundo a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC), "estima-se que as alergias alimentares atinjam entre quatro e cinco por cento das crianças e as intolerâncias alimentares ainda mais do que isso".

"Nos casos mais graves, se as crianças ingerirem alimentos em relação aos quais têm alergia podem ocorrer choques anafilácticos que até podem ter desfechos fatais. É muito preocupante", explica o presidente da SPAIC, Mário Morais de Almeida.

Face aos riscos, o especialista salienta a necessidade de dar mais formação aos responsáveis dos refeitórios, até porque muitos alimentos "podem estar escondidos", como acontece, por exemplo, no caso de alguns sumos de fruta que contêm leite ou de comidas congeladas que têm lactose na sua confecção.

"Tem de haver maior competência entre os profissionais das empresas de catering e os técnicos que trabalham nas cantinas", alerta. JN

Professores voltam à rua com manifestação a 8 de Novembro

Os professores regressam às acções de luta a 8 de Novembro, com uma manifestação nacional de protesto em Lisboa contra as políticas educativas e o ambiente vivido nas escolas, anunciaram hoje sindicatos do sector.

Em conferência de Imprensa promovida pela Plataforma Sindical dos Professores, o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, anunciou a convocação de uma manifestação que será «um momento de partida para reiniciar a luta no período 2008/2009».

«Oito meses depois da manifestação de 8 de Março, os professores vão voltar à rua contra as políticas educativas do Ministério da Educação e contra o clima muito complicado e de sufoco que se vive nas escolas», afirmou Mário Nogueira.

Actualmente, decorrem negociações entre a tutela e os sindicatos representativos dos professores, para alterar o diploma que rege o concurso de colocação de docentes, que termina a 30 de Outubro.

Mário Nogueira sublinhou que a manifestação hoje convocada «não será comparável à de Março», que mobilizou cerca de 100 mil professores, porque não é esse o objectivo.

A 8 de Novembro, os manifestantes vão concentrar-se no alto do Parque Eduardo VII, em Lisboa, e percorrerão o caminho até ao Ministério da Educação, na avenida 05 de Outubro.

Diário Digital / Lusa

sábado, 25 de outubro de 2008

Avaliação de Desempenho

Os professores da escola de Arraiolos aprovaram documento a pedir a suspensão do processo de avaliação de desempenho. A estratégia usada foi começar pelas reuniões de departamento. Um grupo de professores redigiu um documento a apresentar as razões para a suspensão do processo e colocou o documento à votação em reunião de departamento. Logo outros departamento fizeram o mesmo. Na escola de Montemor-o-Novo aconteceu o mesmo. O movimento alastra a todo o país. Os professores perderam o medo à medida que foram provando o veneno da avaliação burocrática do desempenho. Concluíram que a aplicação do modelo é impossível e que está destruir a saúde de muitos e a impedir muitos outros de ensinarem com qualidade.
As razões apresentadas pelos colegas de Arraiolos são pertinentes:

1.O modelo de avaliação apresentado pelo Ministério da Educação contraria e subverte alguns dos aspectos estipulados no Estatuto da carreira docente, acentuando perigosamente a tendência para o trabalho individual em detrimento do trabalho colaborativo. A avaliação de desempenho poderá não ser justa e imparcial se for feita entre pares. Não podemos esquecer-nos que somos professores, aqui, nesta escola, e fomos criando ao longo dos anos relações de cooperação, de partilha de materiais e de amizade que se encontram seriamente ameaçadas.


2. Consideramos que a avaliação de desempenho deve ser inserida no processo de avaliação externa da escola e os professores libertos das tarefas burocráticas associadas à mesma.


3. Existe uma grande sobrecarga de trabalho, o que nos obriga a despender muito para além das 35 horas de trabalho semanal. Cansados e indignados com a pouca consideração e falta de reconhecimento do nosso trabalho, pela sociedade em geral, consideramos que devemos apresentar sugestões que revertam esta situação:
-Pretendemos que o nosso horário de trabalho - lectivo, não lectivo e individual - passe a ser cumprido integralmente na Escola. Para tal necessitamos de gabinetes, por grupos disciplinares, devidamente equipados com computadores, impressora e restantes materiais de escritório onde possamos realizar todas as tarefas inerentes à nossa função. As nossas casas não devem continuar a ser a extensão da escola, transformadas em gabinetes clandestinos sem horários de funcionamento!

4. A motivação, o sentido de humor e a disponibilidade, estados de espírito fundamentais para o exercício da nossa profissão, estão a esgotar-se e a desaparecer de forma directamente proporcional à quantidade de legislação que constantemente nos abafa! O trabalho informal, que com frequência acontecia na sala de professores e que culminava muitas vezes em actividades importantes para os alunos e para a escola, está a desaparecer gradualmente… os professores sentem-se física e emocionalmente indisponíveis!

5. Como professores deste departamento, avaliadores e avaliados, temos o dever de alertar para os inconvenientes da aplicação do actual modelo de avaliação de desempenho do pessoal docente. Consideramos que não devemos retirar tempo ao tempo que temos para dedicar aos alunos.

Face ao exposto, os professores deste departamento, por unanimidade, propõem a suspensão da aplicação do actual Modelo de Avaliação de Desempenho.

Paulo Rangel: PSD propõe «reintrodução gradual» de exames

O PSD propôs no Parlamento, a «reintrodução gradual» de exames nos anos em que os alunos concluam cada ciclo do ensino básico, incluindo as provas globais.

A proposta foi avançada pelo líder parlamentar do PSD, Paulo Rangel, no encerramento de um debate, a seu pedido na Assembleia da República, sobre a exigência e a qualidade no ensino.

Paulo Rangel definiu esta proposta como uma «medida-alavanca» para o «reforço da exigência, qualidade e rigor no ensino».

O deputado social-democrata admitiu que é uma «medida difícil e dura» que pode «desencadear efeitos de alguma austeridade e severidade».

«Mas propiciará uma elevação dos padrões de exigência e de rigor, dará indicadores de avaliação externa de professores e escolas», disse.

Para o presidente do grupo parlamentar do PSD, numa referência ao Governo, «há quem prefira soluções fáceis e vendáveis» que causam «ilusões estatísticas» de sucesso.

«Nós não temos medo das medidas difíceis», afirmou.

Concretamente, a bancada do PSD propõe que nos anos em que há provas de «mera aferição» se passe a «um sistema de provas globais que, ao fim de três anos e após avaliação, se convertam em autênticos exames».

No caso dos anos e disciplinas «em que haja provas globais», Paulo Rangel sugere que «passem a ser exames verdadeiros e próprios» e cujo resultado seja «ponderado com a avaliação contínua».

O líder parlamentar social-democrata acusou o Governo socialista de «facilitismo» na sua política de educação.

«O laxismo e o facilitismo não são apenas factores de atraso no desenvolvimento do país, são responsáveis directos pela marginalização definitiva dos alunos mais desfavorecidos», afirmou.

Diário Digital / Lusa

«Magalhães»: Computadores portáteis na mira dos «burlões»

A distribuição dos computadores portáteis Magalhães já está na mira dos burlões, com a identificação de uma empresa que, afirmando-se representante do Ministério da Educação (ME), estaria a angariar compradores para o portátil.
Em comunicado, a Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) anunciou que «foi identificado um local onde uma empresa, pretensamente representante do Ministério da Educação, contactou as famílias, nas suas casas, com o objectivo de proceder à angariação de compradores destes computadores».

A DREN decidiu alertar para o que afirma ser «uma fraude» e apresentou uma queixa no Ministério Público, considerando que estas práticas «configuram uma burla e são passíveis de acção criminal», um vez que estes computadores «só podem ser encomendados nas escolas e centros Novas Oportunidades».

A DREN alerta para o facto de que «o Programa e-escolinha, que disponibiliza o computador portátil Magalhães a todos os alunos do 1º ciclo, está centrado na escola e é perante a escola que os alunos e os pais e encarregados de educação obterão a informação necessária para acesso ao computador», utilizando-se o mesmo procedimento no caso dos computadores do programa e-escolas.

Diário Digital / Lusa

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Documento - Ambientes Terrestres


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Professor passou na aula filme com cenas de violação

A exibição de um filme com conteúdos sexuais numa aula de Religião e Moral levou os pais de um aluno da escola Joaquim de Carvalho, Figueira da Foz, a anular a inscrição na disciplina e a fazer uma participação à DREC.

O caso ocorreu há cerca de duas semanas numa turma do nono ano estabelecimento de ensino e culminou numa participação do sucedido à Direcção Regional de Educação do Centro (DREC) por parte dos pais de um dos dois alunos da disciplina que contestaram a conduta do docente.

Em causa está a exibição, na aula, do controverso filme norte-americano «Kids» (Miúdos), que relata a história de um jovem de 17 anos, infectado pelo vírus da Sida, cujo objectivo é ter relações sexuais desprotegidas com o maior número de raparigas virgens.



Ouvido pela Lusa, Carlos Monteiro, presidente do Conselho Executivo da escola Joaquim de Carvalho, confirmou o caso, acrescentando que a escola não procedeu a uma averiguação dado o assunto ter sido comunicado superiormente.

«A mãe expôs o assunto à direcção regional. Não faz sentido uma instância superior estar dentro do assunto e eu estar a tratar dele», argumentou Carlos Monteiro, sublinhando que a encarregada de educação «tratou o assunto com muito bom senso». «Achou que a situação não tinha sido a mais correcta, comunicou a quem devia comunicar e manteve-se calma e serena, não dramatizou a situação», frisou.

Filme enquadrava-se nos conteúdos da disciplina

Na sequência da participação, a escola enviou à DREC uma exposição do próprio professor sobre o sucedido, onde este justificou que o filme «enquadrava-se nos conteúdos da disciplina do [nono] ano, definidos no manual de Religião e Moral», frisou o director da escola.

«O professor pretendia motivar os alunos para alguns temas que fazem parte dos conteúdos», adiantou.

Imagens e linguagem violentas

O filme, classificado em Portugal para maiores de 16 anos, estreou comercialmente em 1995, dividindo opiniões da crítica, que o considera franco e brilhante, mas também chocante e brutal.

Para além dos conteúdos sexuais, onde se inclui a cena de uma violação a uma rapariga, usa linguagem ofensiva e mostra jovens adolescentes a consumirem drogas e álcool ou a espancarem um rapaz na rua.

O presidente do Conselho Executivo admitiu que não viu o filme, assumindo, no entanto, conhecer o seu conteúdo e a linguagem utilizada.

«Professor sabia que filme é que estava a passar»

Garantiu que o docente de Religião e Moral, que há vários anos lecciona na Joaquim de Carvalho, apresentando um comportamento «irrepreensível», também conhecia o conteúdo da película e que a sua exibição não resultou de um lapso ou de uma troca de filmes.

«O que aconteceu não foi um lapso (...). O professor sabia que filme é que estava a passar, o filme foi apresentado conscientemente», precisou Carlos Monteiro.

Manifestou, por outro lado, que o docente «pressupostamente» fez uma «preparação» prévia do filme com os alunos, anterior à exibição.

«Trabalhou-o com os alunos e depois projectou o filme, é essa a informação que tenho», disse o director do estabelecimento de ensino.

Questionado sobre a adequação da exibição de uma película para maiores de 16 anos a alunos mais novos (os estudantes do 9º ano têm entre 13 e 15 anos), Carlos Monteiro nota que se pode daí inferir «que talvez não seja o mais adequado», embora recusando pronunciar-se sobre o caso específico da exibição na aula de Religião e Moral.

Segundo a lei, os menores de 16 «podem ver os filmes acompanhados». Iol

Professores justificam «fim da avaliação»

A Plataforma Sindical de Professores justificou esta sexta-feira o pedido da «suspensão imediata» do processo de avaliação de desempenho com a necessidade de recentrar a atenção dos professores naquela que é a sua «primeira e fundamental missão», ensinar, informa a Lusa.

«Estamos preocupados com o número de crescentes escolas que pedem a suspensão da avaliação porque esta está a perturbar o funcionamento dos estabelecimentos de ensino e o desempenho dos professores com prejuízos para os alunos», afirmou Mário Nogueira, porta-voz da Plataforma.

Em conferência de Imprensa, o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores sublinhou que «cerca de três dezenas» de escolas já aprovaram moções a exigir a suspensão do processo e que «em centenas» o processo da avaliação está «parado ou em ritmo muito lento, com prazos muitos dilatados».

Os sindicatos de professores manifestaram-se hoje disponíveis para anatecipar «em alguns meses» a negociação do modelo de avaliação de desempenho, que está prevista apenas para Junho e Julho de 2009, segundo um memorando de entendimento assinada entre o Ministério da Educação e os sindicatos em Abril.

Por outro lado, os sindicatos rejeitam que ao pedirem a suspensão do processo não estejam a cumprir o acordo alcançado com o Governo: «Não está escrito em lado nenhum do memorando de entendimento que os sindicatos acordaram que o processo de avaliação tinha que se aplicar integralmente até ao final do ano lectivo».

«Verificar as dificuldades e as perturbações e não parar é uma irresponsabilidade», sustentou Mário Nogueira. «Bastou um mês de aulas para todos os professores e educadores terem claro que este modelo não é capaz sequer de ser instalado, quando mais aplicado com um mínimo de equidade», reiterou Mário Nogueira.

Contra a avaliação sem a influência dos sindicatos

A moção aprovada por mais de 130 dos 160 professores da Escola Camilo Castelo Branco, em Vila Real, surgiu de forma espontânea por parte dos docentes, num movimento «completamente autónomo» dos sindicatos, garantem os promotores.

O mesmo está a acontecer noutras escolas do país, dizem professores contactados pela Lusa, que asseguram que os dirigentes sindicais não sabem bem o que se passa nas escolas e só por isso assinaram um entendimento sobre a avaliação do desempenho com o Governo.


Na Secundária Camilo Castelo de Vila Real, onde os docentes decidiram mesmo suspender a avaliação de desempenho, recusando entregar os objectivos individuais, um dos procedimentos previstos no processo, «não houve qualquer influência ou contacto por parte dos sindicatos», garantiu à Lusa um dos promotores de uma moção aprovada esta semana.

E uma das provas de que os sindicatos não estiveram envolvidos no processo é que, segundo o professor, a moção vai ser enviada para o Presidente da República, Ministério da Educação, Provedor de Justiça, grupos parlamentares e estruturas sindicais. Iol

Atendedor de chamadas de Escola...‏

A implementar nas nossa escolas urgentemente
Atendedor de Chamadas Escolar!

PARA GRANDES MALES; GRANDES REMÉDIOS!

Esta é a mensagem que o pessoal docente da Escola Secundária de Pacific Palisades (Califórnia) aprovou unanimemente que deveria ser gravada no atendedor de chamadas da escola.

Foi o resultado de a escola ter implementado medidas que exigiam aos alunos e aos pais que fossem responsáveis pelas faltas dos estudantes e pelas faltas de trabalho de casa.

A escola e os professores estão a ser processados por pais que querem que as notas que levam ao chumbo dos seus filhos sejam alteradas para notas que os passem - ainda que esses miúdos tenham faltado 15 a 30 vezes num semestre e não tenha realizado trabalhos escolares suficientes para poderem ter positiva.



AQUI VAI A MENSAGEM GRAVADA:

Olá! Foi direccionado para o atendedor automático da escola. De forma a podermos ajudá-lo a falar com a pessoa certa, por favor ouça todas as opções antes de fazer a sua selecção:

- Para mentir sobre a justificação das faltas do seu filho, pressione a
tecla 1

- Para inventar uma desculpa sobre porque é que o seu filho não fez o
seu trabalho, tecla 2

- Para se queixar sobre o que nós fazemos, tecla 3

- Para insultar os professores, tecla 4

- Para saber por que razão não recebeu determinada informação que já
estava referida no boletim informativo ou em diversos documentos que
lhe enviámos, tecla 5

- Se quiser que lhe criemos a sua criança, tecla 6

- Se quiser agarrar, tocar, esbofetear ou agredir alguém, tecla 7

- Para pedir um professor novo, pela terceira vez este ano, tecla 8

- Para se queixar dos transportes escolares, tecla 9

- Para se queixar dos almoços fornecidos pela escola, tecla 0

- Se já compreendeu que este é o mundo real e que a sua criança deve
ser responsabilizada e responsável pelo seu comportamento, pelo seu
trabalho na aula, pelos seus tpcs, e que a culpa da falta de esforço
do seu filho não é culpa do professor, desligue e tenha um bom dia!

Professores protestam a 15 de Novembro

Vários movimentos de professores agendaram uma manifestação para 15 de Novembro, em Lisboa, em protesto contra o modelo de avaliação de desempenho que afirmam estar a provocar "enorme cansaço e saturação" entre a classe.

"A implementação do modelo de avaliação de desempenho está a provocar um cansaço e saturação enormes entre os professores, que passam horas e horas a preencher grelhas, fichas e planos que não têm nenhuma repercussão positiva na qualidade das aulas e no processo do ensino e das aprendizagens", afirmou Octávio Gonçalves, coordenador do Movimento Promova. Segundo o professor, a concentração terá lugar às 14h00 no Marquês de Pombal, seguindo, "em princípio", para a Assembleia da República.

Ministério vai analisar avaliação no final do primeiro período

O Ministério da Educação concordou em reunir-se no final do primeiro período escolar com os sindicatos e com o Conselho Científico da Avaliação dos professores para perceber se o processo está a pôr em causa o funcionamento das escolas. A garantia foi dada ontem pelo secretário geral da Fenprof, Mário Nogueira, na ocasião que serviu para anunciar uma nova manifestação organizada pela Plataforma sindical de professores, contra as políticas educativas, a realizar a 8 de Novembro.

Mário Nogueira defendeu que o memorando que definiu o modelo de avaliação a ser aplicado até ao final deste ano lectivo se limitou a salvar o terceiro período de aulas de 2007/2008 e a salvaguardar os interesses dos professores. Isto depois de o secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, ter considerado que a Plataforma está a quebrar o acordo assinado em Abril com o Governo.

Agora, a Fenprof, em representação da Plataforma, propôs à ministra uma reunião tripartida, com os sindicatos, o Ministério e o Conselho Científico da Avaliação, a realizar em Dezembro, no final do primeiro período, "para perceber se a avaliação de desempenho põe em causa o próprio desempenho dos professores e o funcionamento das escolas". Se as conclusões apontarem neste sentido, "a Plataforma não vai deixar avançar a avaliação nestes moldes e vai pedir a sua simplificação ou até a suspensão do processo". Para já, Mário Nogueira confirmou apenas que a ministra aceitou a realização das reuniões.

Mas antes disso, os professores regressam às acções de luta a oito de Novembro, precisamente oito meses depois da Marcha da Indignação. A manifestação visa influenciar as negociações entre a tutela e os sindicatos para alterar o diploma que rege o concurso de colocação de docentes. A fase regular das negociações termina a 30 de Outubro, mas a Plataforma vai pedir o prolongamento extraordinário das negociações, que vão decorrer precisamente até dia 7 de Novembro. Na semana a seguir à manifestação vão realizar-se as reuniões com a ministra Maria de Lurdes Rodrigues.

"Por já não influenciar nada e por dividirem os profissionais", os sindicatos não vão participar na manifestação de movimentos de professores a realizar uma semana mais tarde.
PEDRO VILELA MARQUES

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Conteúdo - O que é a biodiversidade?

Biodiversidade é o mesmo que dizer diversidade biológica.Genericamente: É a soma de todas as formas de vida que habitam o planeta.
Significa a variabilidade de organismos vivos, compreendendo os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos. Refere-se à variedade de vida no planeta Terra, incluindo a variedade genética dentro das populações e espécies, a variedade de espécies da flora, da fauna e de microrganismos, a variedade de funções ecológicas desempenhadas pelos organismos nos ecossistemas; e a variedade de comunidades, habitats e ecossistemas formados pelos organismos. Refere-se à riqueza (número) de diferentes seres e à abundância relativa desses mesmos seres.

A Biodiversidade é uma das propriedades fundamentais da natureza, responsável pelo equilíbrio e estabilidade dos ecossistemas.

Bioma - Um dos grandes ecossistemas da Terra, caracterizado pelas condições de clima e de solo, que determinam um tipo particular de vegetação e, consequentemente, os tipos de animais e de outros seres vivos que nele se desenvolvem. Exemplos: tundra, taiga, floresta pluvial tropical e deserto.

Biosfera - Esfera da vida. Toda vida na Terra ocorre numa faixa a que se dá o nome de biosfera. Inclui a superfície da Terra, os rios, os lagos, mares e oceanos e parte da atmosfera.

Ecossistema - Comunidade de espécies vegetais, animais e microrganismos de um habitat que, em conjunto com os elementos abióticos (meio físico-químico) do ambiente, interagem como um sistema estável. A funcionalidade do sistema opera através de cadeias alimentares, que são ciclos biológicos de reciclagem da matéria viva, em que espécies dependem de outras espécies para completar seu ciclo biológico. Ou seja: É a interacção entre seres vivos da mesma espécie, a interacção entre seres vivos de espécies diferentes e a interacção destes e o meio físico-químico do local onde vivem.

População - Conjunto de indivíduos da mesma espécie, vivendo num mesmo local, e na mesma época.


Comunidade biótica ou biocenose- Conjunto de todos os seres vivos, vivendo num mesmo local, e na mesma época.


Habitat - é o lugar específico onde uma espécie pode ser encontrada, isto é, o seu "ENDEREÇO" dentro do ecossistema.

Nicho ecológico - é o papel que o organismo desempenha no ecossistema, isto é, a "PROFISSÃO" do organismo no ecossistema. 0 nicho informa às custas de que se alimenta, a quem serve de alimento, como se reproduz, etc.

Biótopo - são o conjunto de factores fisico-químicos (factores abióticos: água, tipo de solo, clima...)existentes num determinado ecossistema.

Habitat é o tipo de local ou lugar físico normalmente habitado pelos indivíduos de uma espécie.
Exemplo: Uma planta pode ser o habitat de um insecto, o leão pode ser encontrado nas savanas africanas, etc.

Nicho Ecológico é o ‘lugar funcional’ ocupado por uma espécie dentro do seu sistema.
Exemplo: o leão actua como predador devorando grandes herbívoros, como zebras e antílopes.
É praticamente impossível que duas espécies ocupem o mesmo nicho ecológico.

Avaliação de Desempenho

Jorge Pedreira admitiu o óbvio: a Avaliação do Desempenho não tem por objectivo cimeiro aumentar a qualidade da oferta educativa das escolas e, muito menos, promover o desenvolvimento profissional dos docentes. Nas palavras do Secretário de Estado (que é Jorge mas que de educação nada percebe) apenas visa contribuir para a redução do défice público. -- Eureka!


O enigma da má-fé ministerial fica finalmente revelado.
No fórum da 'TSF' da manhã de hoje, Pedreira, justificou os motivos pelos quais o ME discorda da proposta de António Vitorino em adiar a avaliação e testar-se o modelo preconizado pelo M.E. em escolas piloto durante um ou dois anos.
Pedreira (o Jorge, que até é secretário da ministra Lurdes), confessou o politicamente inconfessável: '*Terá de haver avaliação para que os professores possam progredir na carreira e assim possam vir beneficiar de acréscimos salariais*' (sic).
Ou seja, aquilo que hoje se discute no mundo ocidental (democrático e desenvolvido, como rotula mas desconhece a 'primeira ministra'), gira em torno da dicotomia de se saber se a avaliação do desempenho docente serve propósitos de requalificação educativa (se para isso directamente contribui) ou se visa simplesmente constituir-se em mais um instrumento de redução do défice público.
Nesta matéria, Pedreira (o tal que é Jorge e ao mesmo tempo teima em ser secretário da ministra que também parece oriunda de uma pedreira), foi claro: *Importa conter a despesa do Estado com a massa salarial dos docentes *; o resto (a qualidade das escolas e do desempenho dos professores) é tanga(!!!).
Percebe-se, assim, porque motivo este modelo de avaliação plagia aquele que singra na Roménia, no Chile ou na Colômbia. Países aos quais a OCDE, o FMI, o *New Public Management* americano, impôs: *a desqualificação da escola pública em nome da contenção da despesa pública*; Percebe-se, assim, porque razão a ministra Maria de Lurdes (que tem um secretário que, como ela, também é pedreira) invoque a Finlândia para revelar dados estatísticos de sucesso escolar e a ignore em matéria de avaliação do desempenho docente.
Percebo a ministra pedreira: não se pode referenciar aquilo que não existe.
A Finlândia, com efeito, não tem em vigor qualquer sistema ou modelo formal e oficial de avaliação do desempenho dos professores!
Agradeço à pedreira intelectual que grassa no governo de Sócrates (que por acaso não é pedreiro -- até é engenheiro), finalmente nos ter brindado com tão eloquente esclarecimento. Cito-os:*A avaliação dos Docentes é mais um adicional instrumento legislativo para combater o défice público (!).
Obrigado, Srs. Pedreiras, pela clarificação do óbvio.

Ministra não comenta suspensão de avaliação

A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, recusou esta quinta-feira comentar a decisão de alguns docentes em suspender o processo de avaliação de desempenho, optando por salientar que sete por cento dos professores já avaliados obtiveram excelentes classificações.


“É muito importante sublinhar que milhares de escolas, a grande maioria, está a procurar concretizar o processo de avaliação de desempenho de professores”, afirmou a governante, que falava após a sessão de abertura da II Conferência Internacional do Plano Nacional de Leitura, em Lisboa, acrescentando que sete por cento dos professores avaliados no ano lectivo anterior obtiveram a classificação de "muito bom e excelente”.

Sobre as escolas em que os professores decidiram suspender o processo de avaliação, a ministra optou apenas por dizer que “quem fica parado, fica parado”.

Professores querem suspensão de avaliação

Os professores de várias escolas aprovaram moções e abaixo-assinados a exigir ao Ministério da Educação a suspensão do processo de avaliação de desempenho, revelaram esta quinta-feira sindicatos do sector.


A dirigente da Federação Nacional dos Sindicatos (FNE), Lucinda Manuela, referiu que em 17 a 20 escolas ou agrupamentos de escolas já foram aprovadas pelos professores tomadas de posição a pedir a suspensão do processo e espera-se um um efeito “bola de neve”, com outros professores a agirem da mesma forma.



De acordo com esta responsável, os dindicatos de professores transmitiram ontem à tutela, na reunião da comissão paritária de acompanhamento do processo de avaliação de desempenho, as suas "preocupações" sobre o que se está a passar nas escolas.



Lucinda Manuela alerta nomeadamente para a dificuldade de operacionalização do modelo de avaliação. "Muitas escolas estão com grandes dificuldades em operacionalizar este modelo. Sempre dissemos que era um modelo inexequível", assinala.



Também o presidente da Federação Nacional do Ensino e Investigação (FENEI), Carlos Chagas, admite ter conhecimento de que em algumas escolas os professores suspenderam os procedimentos e que noutras aprovaram moções nas quais exigem a suspensão da aplicação do modelo.



Entretanto, na Internet, em blogues dedicados à Educação, circulam documentos dirigidos sobretudo aos conselhos pedagógicos a pedir a suspensão do processo de desempenho. CM





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Professores desmotivados pedem reforma

Uma média de doze professores por dia pede a reforma antecipada, o que já levou ao abandono de cerca de quatro mil docentes em 2008, revelou esta segunda-feira a Federação Nacional de Professores (Fenprof).


Em declarações à rádio TSF, os professores queixam-se de excesso de burocracia e de desmotivação.

Isabel Melo, de 60 anos e com 38 de serviço, diz-se cansada da burocracia em que se transformaram as escolas, o que deixa menos tempo para os alunos, e que vai pedir a reforma antecipada em 2009.

A professora de história revela que prefere perder 270 euros por mês, mas acabar a carreira com dignidade.

António Fidalgo, professor de Português-Latim, de 60 anos e 36 de serviço, pediu a reforma antecipada este ano por se sentir desmotivado.

“É melhor gozar estes menos 100 euros do que andar a desgastar-me inutilmente e de uma maneira perfeitamente desnecessária”, diz António Fidalgo, lamentando que, nos últimos anos, tenha exercido a profissão “contrariado, sem vontade, com alunos desinteressados, que sabe perfeitamente que nós somos constantemente pressionados para os passarmos, mesmo que as performances educativas e formativas não sejam por aí além”. CM

Erro de escola trama docentes

Um erro do presidente do Conselho Executivo (CE) da Escola Secundária de Castro Verde saiu caro a dois professores que ficaram colocados a mais de 40 quilómetros de distância – um em Beja e outro em Mértola –, mesmo tendo vaga para continuar a leccionar no mesmo estabelecimento.

Hélder Pedro e José Rocha são professores efectivos de Educação Física e de Matemática, respectivamente, estão vinculados ao Quadro de Zona Pedagógica do Baixo Alentejo e davam aulas em Castro Verde há três anos. Em Julho, foram informados pelo presidente do CE, Francisco Tonim, de que teriam de se candidatar ao concurso de afectação de professores porque a escola não sabia se teria horários disponíveis. Em Agosto, Francisco Tonim comunicou-lhes que iriam continuar na escola, mas não retirou do concurso os docentes.

Hélder Pedro tem dois filhos e José Rocha três. "As nossas famílias são as mais prejudicadas. Faço todos os dias 90 km quando devia estar a cinco minutos de casa", disse Rocha, que fez queixa à Inspecção-Geral da Educação e escreveu à ministra da Educação, mas não teve resposta. Hélder Pedro vai tentar uma troca, no próximo ano, com um colega colocado em Mértola. Tonim recusou prestar declarações mas tentou ainda, sem sucesso, contactar o Ministério da Educação.


Bernardo Esteves