quinta-feira, 30 de outubro de 2008

“Escolas não podem simplificar avaliação”

João Dias da Silva, da Federação Nacional dos Sindicatos da Educação, fala ao CM sobre a avaliação ao desempenho dos professores.


CM – Como vê a criação de equipas de apoio à avaliação de desempenho dos professores?
João Dias da Silva – O Ministério da Educação (ME) está a reconhecer que a avaliação foi lançada fora de tempo e que às escolas não foram transmitidas informações suficientes. Soubemos da criação das equipas pelos media e temos indicações preocupantes de que estariam munidas de orientações no sentido do aligeiramento de procedimentos, que a lei não prevê.

– Em declarações ao CM, a ministra Maria de Lurdes Rodrigues disse mesmo que as escolas têm autonomia para abolir procedimentos inúteis.– Não percebo com que base a ministra diz isso. Não basta invocar a autonomia das escolas. As escolas cumprem as orientações que constam dos diplomas legais que o ME lhes faz chegar. Não tenho conhecimento de que haja um diploma que diga que as escolas podem aligeirar o processo e se isso não existe as escolas não o podem fazer, sob pena de procedimento disciplinar.

– Há muitas escolas a aprovar moções pela suspensão da avaliação. A FNE encoraja este movimento?
– Não. Mas temos consciência de que os professores estão afogados em trabalho e a exceder o horário por causa de um sem-número de reuniões e preenchimento de papéis ligados ao processo de avaliação.

– Mas as escolas têm de fazer a avaliação ou poderão ser alvo de procedimento disciplinar...
– Por enquanto não incorrem nesse perigo. Não há uma ameaça de não realizar o que a lei impõe mas apenas uma chamada de atenção.

Preocupa-o que, com duas manifestações, fique a ideia de que os docentes estão divididos?
– Preocupa-me que não se aproveite uma grande demonstração de unidade. Mas devido ao calendário de negociação com o ME do diploma dos concursos, o dia 8 era inultrapassável.

Bernardo Esteves

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Assim não se pode ser Professor!

1. Em 17 de Abril, o .7 do "Memorando do Entendimento", previa "a definição, já para aplicação no próximo ano lectivo, de um número de horas da componente não lectiva que não são registadas no horário de trabalho dos professores, compreendendo o tempo para trabalho individual e o tempo para reuniões (…) não podendo ser inferior a 8 horas para os docentes da educação pré-escolar e 1.º ciclo do ensino básico …".

2. Em 26 de Maio, o ME publicou o Despacho nº 14460/2008 definindo "… as normas a observar (…) na oferta das actividades de enriquecimento curricular" atribuindo aos educadores titulares de grupo e aos professores (do 1º CEB) titulares de turma novas (ainda mais!) competências a realizar no âmbito da componente não lectiva de estabelecimento! A lista de tarefas a executar é vasta: Programação das actividades; acompanhamento das actividades através de reuniões com os representantes das entidades promotoras ou parceiras; avaliação da sua realização; realização das actividades de apoio ao estudo (mínimo de 90 minutos/semana); reuniões com os encarregados de educação e observação das actividades de enriquecimento curricular…

Só mesmo quem não conhece (e, como se constata todos os dias, o ME não conhece) a realidade das escolas é que não sabe que há mais vida nos estabelecimentos do 1º CEB além das AEC e que estas não são o essencial; o fundamental é a parte curricular.

Nesta altura, confesso, pensei que o Ministério da Educação tivesse sido atacado por um ataque súbito de amnésia afectando gravemente a memória da senhora ministra e dos secretários de Estado.

3. Em Julho descobri que se era amnésia tinha sido temporária, uma vez que o Despacho nº 19117/2008 (sobre os horários dos docentes), volta a referir que a componente não lectiva dos docentes do 1º CEB não pode ser superior a 2 horas semanais e que a componente individual não pode ser inferior a 8. Foi com estupefacção que deparei, no mesmo normativo legal, com novas atribuições (a acrescentar às do anterior despacho!) a cumprir na componente não lectiva (supervisão pedagógica das AEC, reuniões de conselho de docentes, de coordenação de ano, coordenação de ciclo, atendimento aos pais, conselho pedagógico…). Como tudo isto é impossível de ser cumprido em 2 horas não se tratou de amnésia, foi mesmo má-fé; o que "deu" com uma mão retirou rapidamente com as duas.

4. Ainda a procissão vai no adro, o ano lectivo iniciou-se há parcos dias, e já se avolumam as queixas oriundas de muitos docentes relativamente aos horários ilegais de trabalho. À impossibilidade prática de cumprir o que não pode ser cumprido sem entrar pela componente individual de trabalho juntaram-se "criatividades" variadas na elaboração dos horários (reuniões de carácter regular a serem transformadas em ocasionais, obrigatoriedade de os professores titulares de turma fazerem o Apoio ao Estudo - o despacho refere que devem ser os últimos a fazê-lo, na prática são os únicos) e ameaças nem sempre veladas a quem reclamar das ilegalidades, aumentando exponencialmente o medo que em muitas escolas já impera.

Sejamos claros: não joga a bota com a perdigota. É impossível meter o Rossio na Betesga. O "Entendimento" é incompatível com as funções que estes despachos exigem que os docentes cumpram em 2 horas. Não será o "Entendimento" a ter de se adaptar aos despachos, mas sim o contrário.

É preciso afirmar claramente que não admitiremos ilegalidades. Todos e cada um de nós. Verificando se o nosso horário consagra, pelo menos, os magros direitos pela força conseguidos (e reclamar se isso não acontecer) e colectivamente exigindo ao ME o cumprimento da lei.

Porque assim não se pode ser Professor.

Manuel Micaelo/escolainfo

Aluno atirou estojo à professora e empurrou-a contra a parede

O Sindicato dos Professores da Zona Sul (SPZS) denunciou em comunicado, que uma professora da Escola Básica Integrada com Jardim-de-Infância da Malagueira foi «agredida, na manhã do dia 16 de Outubro, por um aluno do segundo ciclo do ensino básico, no decurso de uma aula», refere a Lusa.

Antónia Fialho, dirigente do SPZS, precisou que «um aluno, de 13 anos, atirou o estojo à professora e empurrou-a contra a parede». «Estes são os pormenores que sabemos sobre o caso. E, para conseguir pôr termo ao episódio, a professora gritou e três colegas é que a ajudaram a controlar a situação», disse Antónia Fialho.

Recusando identificar a docente alegadamente agredida - «ela não quer» -, a dirigente adiantou, contudo, que a sua colega «voltou hoje às aulas».

«Não somos alarmistas, mas são situações que têm que ser denunciadas porque acontecem nas escolas e são um drama para os professores», afirmou, reclamando que as «causas destes fenómenos têm que ser identificadas» e as escolas «devem ter possibilidades e estruturas para os prevenir».

«Os professores, sozinhos, não conseguem dar resposta a estas coisas. Seria importante que cada escola ou agrupamento dispusesse de equipas multidisciplinares, nomeadamente com psicólogos, que acompanhassem o percurso escolar dos alunos e trabalhassem na mediação e resolução de conflitos», defendeu.

A PSP de Évora revelou ter recebido um relatório da escola sobre a alegada agressão. «Chegou hoje, formalmente, o relatório que a escola tinha que fazer, sobre a ocorrência de quinta-feira», disse fonte policial.

Segundo a PSP, efectivos da Escola Segura foram «chamados ao interior do recinto» daquele estabelecimento de ensino. Os elementos policiais «não assistiram à situação, mas foram chamados e informados de que um aluno teria agredido a professora, que já não estava na escola».

«O aluno é que estava lá, acompanhado pelos pais», disse, acrescentando que os efectivos da Escola Segura informaram o jovem, assim como responsáveis da escola, que «as partes têm agora seis meses para apresentar queixa».

«O menor, caso entenda que ele é que foi agredido, pode apresentar queixa-crime através dos pais. Quanto à professora, pode apresentar queixa por actos ilícitos, por se tratar de um menor», esclareceu. Iol

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Empresa privada contratada para reforçar segurança em escola de Beja

A Direcção Regional de Educação do Alentejo (DREA) decidiu contratar os serviços de uma empresa privada para reforçar a segurança na escola EB 2,3 Santa Maria, em Beja, depois de o conselho executivo da escola ter apresentado demissão perante a sucessão de episódios de violência no estabelecimento.

Além do “reforço imediato do policiamento exterior”, através de agentes do programa Escola Segura da PSP, “vão ser contratualizados os serviços de uma empresa de segurança privada” para “vigiar o interior da escola”, adiantou à Lusa, José Lopes Verdasca, director regional de educação.

A contratualização dos serviços de segurança privada, que “deverá demorar duas a três semanas”, vai incluir a presença de vigilantes no interior da escola e a instalação de um sistema de videovigilância, acrescentou o responsável.

Segundo José Lopes Verdasca, o acesso à escola “já está a ser controlado” para “disciplinar a entrada de pessoas exteriores”, que “foram responsáveis por alguns dos casos de violência mais complicados”.

Questionado sobre o carácter de excepção das medidas adoptadas, o director explicou que as alterações agora decididas “vão permitir, a curto prazo, reforçar a segurança da escola e evitar casos de violência”

Conselho executivo demissionário

Estas medidas foram decididas após uma reunião com o conselho executivo demissionário, professores e funcionários da Escola Básica 2,3 de Santa Maria e uma outra com a associação de pais da escola.

Salientando que “cerca de 70 por cento” dos alunos da escola “são subsidiados” e oriundos de bairros sociais desfavorecidos, José Lopes Verdasca defendeu ainda que, a médio prazo, “é preciso reorganizar a rede escolar de Beja, para evitar a concentração de alunos problemáticos numa só escola e permitir a sua distribuição equilibrada por várias escolas” da cidade.

Por seu lado, Domingas Velez, presidente do conselho executivo da cidade, disse estar “satisfeita” com as medidas adoptadas, que considerou “absolutamente necessárias para evitar casos de violência e normalizar o dia-a-dia da escola”

Na sexta-feira, o conselho executivo demitiu-se em bloco, dizendo-se “saturado” com os “constantes” casos de violência no estabelecimento de ensino. “Apresentámos a demissão porque estamos cansados e saturados com vários casos de violência na escola, que deixaram de ser pontuais e passaram a ser frequentes”, explicou.

Além de agressões entre alunos, Domingas Velez queixou-se sobretudo de “casos de agressões, a maioria verbais, mas também físicas, a funcionários e professores por parte de elementos exteriores à escola”, como pais e encarregados de educação. A professora deu ainda conta de casos de agressões de pais a alunos e a outros encarregados de educação no interior da escola.
Público

Ficha de Trabalho - Constituição do Microscópio


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Conteúdo - Invenção do microscópio e Teoria Celular

A invenção do microscópio, em 1590, permitiu desvendar várias áreas do conhecimento no campo da Biologia. O conhecimento da célula, e dos seus constituintes, só foi possível graças ao o uso do microscópio. Os primeiros microscópios que se construíram possuíam apenas uma lente e chamavam-se, por isso, microscópios simples. Depois, associaram-se duas ou mais lentes surgindo, assim, os microscópios compostos.


Robert Hooke, em 1665, observou cortiça ao microscópio e verificou que era formada por pequenas cavidades, separadas por tabiques, a que deu o nome de células. A hipótese de que todos os seres vivos são constituídos por células foi ganhando crédito, à medida que iam sendo aperfeiçoadas as lentes, que permitiam observações mais precisas da estrutura interna dos seres vivos.


- Em 1838, Mathias Schleiden concluiu que todas as plantas eram constituídas por células e, em 1839, Theodore Shwann estendeu a generalização aos animais.
Estes dois investigadores propuseram as bases da Teoria Celular:



Teoria Celular:-A célula é a unidade básica da estrutura e da função de todos os seres vivos, isto é, todos os organismos são constituídos por células, nas quais se desenvolvem os processos vitais.
-Todas as células provêm de células pré-existentes.
-A célula é a unidade de reprodução, de desenvolvimento e de hereditariedade dos seres vivos.

Crianças não conseguem entrar na escola

Alunos da Escola Básica 2/3 do Sátão que andam em cadeiras de roda têm de ser transportados ao colo, escadas acima, para chegarem às salas de aulas e à biblioteca, alertou esta quinta-feira a associação de pais, noticia a agência Lusa.

Rui Martins, da Associação de Pais do Sátão, afirma que «falta uma solução mecânica que permita o acesso destes alunos ao piso superior».

«Este ano, duas crianças têm de ser diariamente carregadas ao colo para a sala de aulas ou quando têm que ir para a biblioteca. A escola tinha obrigação de estar preparada para as receber», frisou.

Segundo Rui Martins, os pais alertaram os responsáveis do agrupamento para o problema, tendo sido proposta uma «solução de remedeio», que era «as aulas das crianças com dificuldades motoras passarem para o piso de baixo e, quando precisassem de um livro, este lhe fosse levado».

Solução passa por uma plataforma elevatória

«Só que o conselho pedagógico disse que não era fácil fazer isto, porque teria de afectar duas salas a estes alunos. Por isso, a única solução, que já deveria estar feita, é a colocação de uma plataforma elevatória», acrescentou.

A 25 de Setembro, a associação de pais colocou o problema à Direcção Regional de Educação do Centro (DREC), tendo recebido do director de Serviços de Planeamento e Gestão da Rede a resposta de que «não há, de momento, disponibilidade financeira para solucionar o problema».

Rui Martins questiona de quem será a responsabilidade «se um dia existir um acidente à conta destas falta de condições».

Eduardo Ferreira, do agrupamento de escolas do Sátão, admitiu a existência dos problemas denunciados pelos pais, garantindo que, no que respeita à plataforma elevatória, já há três anos a pediu à DREC.

Mães precisam de mais ajuda

Além da falta do meio mecânico, os pais queixam-se das poucas horas de tarefeiras que são dadas a mães de duas crianças com necessidades educativas especiais (três horas por dia a cada uma), que já desempenham essa tarefa desde o primeiro ciclo.

«Passo o dia inteiro na escola para poder tratar da minha filha, que tem 75 por cento de invalidez. Ela não anda em cadeira de rodas mas, como tem falta de equilíbrio, acompanho-a no entrar e sair da sala de aulas, no refeitório e vou com ela à casa de banho» contou Eugénia Jesus, mãe de uma menina com espinha bífida e incontinência. Iol

Manual Escolar da Texto Editores ganha medalha de ouro

O manual escolar da Texto Editores «Clube dos Cinco – Matemática 1º ano» foi premiado na Feira do Livro de Frankfurt pelo European Educational Publishers Group (EEPG), anunciou a editora em comunicado.
O livro da autoria de Alberta Rocha, Carla do Lago e Manuel Linhares ganhou a medalha de ouro na categoria «Primary».

O EEPG distingue com medalhas de ouro, prata e bronze os três melhores livros escolares em toda a Europa nas categorias «Primary» (1º e 2º ciclos) e «Secondary» (3º ciclo do ensino).

O júri é composto por um conjunto de especialistas europeus em manuais escolares.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Beja: Conselho Executivo de escola demite-se "saturado" com casos de violência

O Conselho Executivo (CE) da Escola Básica 2, 3 de Santa Maria, em Beja, demitiu-se em bloco, "saturado" com vários casos de violência no estabelecimento de ensino, como agressões entre alunos e a funcionários, professores e pais.

"Apresentámos a demissão, porque estamos cansados e saturados com vários casos de violência na escola, que deixaram de ser pontuais e passaram a ser frequentes", explicou hoje a professora e presidente demissionária do CE da escola, Domingas Velez.

Segundo a responsável, o CE, que apresentou a demissão na passada sexta-feira à presidente da Assembleia de Escola do Agrupamento nº 1 de Beja, "não consegue desenvolver o trabalho normal de gestão da escola, porque constantemente há problemas relacionados com casos de violência para resolver".

Além de agressões entre alunos, que "são resolvidas internamente e através de mecanismos legais", Domingas Velez queixou-se, sobretudo, de "casos de agressões, a maioria verbais, mas também físicas, a funcionários e professores por parte de elementos exteriores à escola", como pais e encarregados de educação.

Domingas Velez referiu ainda casos de agressões de pais e encarregados de educação a alunos e a outros pais e encarregados de educação no interior da escola e devido a conflitos entre os filhos e educandos.

"Já são demasiados problemas para o que deveria ser a normalidade de uma escola", lamentou Domingas Velez, referindo que os casos de agressões "têm vindo a agravar-se nos últimos dois anos" e "desde o início deste ano lectivo têm sido constantes".

Para resolver os casos de agressões, cuja frequência atribui ao facto de a escola acolher "alunos problemáticos provenientes de bairros sociais desfavorecidos", Domingas Velez defendeu o "reforço da vigilância interior e exterior da escola" e "a distribuição de alunos problemáticos por outras escolas".

"Um dia entrei às 08h00 e já estava o pai de um aluno à porta da escola à espera para bater num professor que tinha repreendido o filho", contou Domingas Velez, lembrando outras situações "mais complicadas" que "têm sido comunicadas ao Ministério da Educação".

No início deste mês, a avó e encarregada de educação de uma aluna foi espancada por seis mulheres à porta do CE da escola, quando se preparava para denunciar agressões sofridas pela neta.

Há quase um ano, lembrou a professora, a escola foi "invadida" por 11 indivíduos, que provocaram desacatos e danos materiais no refeitório, onde partiram diversos materiais, criando o pânico entre os alunos.

"Um dos indivíduos, a mãe de um aluno, até agrediu, sem qualquer motivo, uma funcionária da cozinha", precisou a professora.

Contactada a Direcção Regional de Educação do Alentejo, os serviços informaram que o director regional, José Lopes Verdasca, estava ausente.
CM

Programa Eco-Escolas

Sabendo que:
- O Programa Eco-Escolas completou a sua 1ª década em 2006;
- no ano lectivo 2007-08 estiveram inscritas no Programa mais de 750 escolas de todos os graus de ensino, prevendo-se a atribuição da Bandeira Verde Eco-Escolas (que atestam a qualidade do projecto de Educação ambiental desenvolvido) a cerca de 500 escolas em todo o País;
- no Alentejo apenas se inscreveram cerca de uma dezena de escolas.

Mas a grande maioria das nossas escolas desenvolve actividades no âmbito da educação ambiental, com alguma frequência e de excelente qualidade. Então por que não inseri-las no Programa Eco-Escolas?

O Programa Eco-Escolas é destinado preferencialmente às escolas do ensino básico, embora possa ser implementado em qualquer grau de ensino.
Pretende:
- encorajar acções, reconhecer e premiar o trabalho desenvolvido pela escola na melhoria do seu desempenho ambiental, gestão do espaço escolar e sensibilização da comunidade;
- motivar para a necessidade de mudança de atitudes e adopção de comportamentos sustentáveis no quotidiano, ao nível pessoal, familiar e comunitário;
- fornecer formação, enquadramento e apoio a muitas das actividades que as escolas desenvolvem.
- divulgar boas práticas e fortalecer o trabalho em rede a nível nacional e internacional.

Além disso, para a obtenção da Bandeira Verde Eco-Escolas é necessária uma colaboração estreita com a autarquia, o que significa que o município reconhece a importância do desenvolvimento deste Programa no seu concelho.

Uma escola que pretenda ser reconhecida com a Bandeira Verde Eco-Escolas deverá apresentar a sua candidatura na qual demonstrará que seguiu a metodologia proposta, concretizou o seu plano de acção e realizou actividades no âmbito dos temas-base (água, resíduos e energia) e tema do ano (alterações climáticas).

Relembramos que estão abertas as inscrições para o PROGRAMA ECO-ESCOLAS até 31 de Outubro.

Para mais informações consultar:
http://www.abae.pt/programa/EE/inscricao.php

2009 Ano Internacional da Astronomia

Descobre o teu céu! Novas constelações


Integrado no programa da Celebração do Ano Internacional da Astronomia, que será celebrado em 2009, o Museu da Ciência da Universidade de Coimbra e o Museu de Ciência da Universidade de Lisboa, promovem a partir de 2008, entre os alunos de todas as Escolas do País, o concurso Descobre o teu céu! Novas constelações.


As constelações que usamos como referência no céu têm, na sua maioria, designações que remontam à Antiguidade Clássica, havendo outras que foram sempre usadas por grupos minoritários, como os índios da Amazónia ou os Egípcios. A todas elas está associada uma história que faz parte da mitologia desses povos. A partir das estrelas de certas partes do céu que foram seleccionadas, inspirados na observação do céu real e/ou do céu de um planetário, ou simplesmente a partir de uma representação das estrelas numa imagem, pretende-se que os alunos construam novas constelações e desenvolvam histórias a elas associadas.

O objectivo desta iniciativa é não só desenvolver o gosto pela Astronomia, mas também estimular o espírito de observação, a criatividade e capacidade imaginativa dos concorrentes e, simultaneamente, encorajar a prática da escrita. Pretende-se chamar a atenção dos jovens e dos seus professores para a importância do desenvolvimento de actividades que integrem vários saberes.

Regulamento

1. Participação no Concurso

1.1 Podem participar no Concurso os alunos do Ensino Básico de Escolas nacionais, públicas ou privadas.
1.2 Os alunos, sob a tutela de pelo menos um professor, poderão concorrer numa equipa constituída por um mínimo de 5 e um máximo de 20 alunos.
1.3 Serão considerados três escalões, correspondentes aos três níveis do ensino básico.
1.4 Cada escola poderá apresentar o número de candidaturas que entender em cada escalão, sem qualquer limite.

2. Tipologia dos Projectos a Concurso

2.1 Foram seleccionados quatro mapas correspondentes a diferentes regiões do céu observáveis em Portugal (Continente e Ilhas) durante as primeiras horas depois do Sol se pôr, em quatro épocas diferentes do ano: Zona 1 (Janeiro a Março), Zona 2 (Abril a Junho), Zona 3 (Julho a Setembro), Zona 4 (Outubro a Dezembro).
2.2 A realização do trabalho consiste na criação de uma ou mais constelações em cada região do céu considerada, acompanhadas de uma história relacionada. Em cada zona podem ser consideradas várias constelações ou apenas uma que enquadre todo o espaço, sendo que a narrativa deverá reflectir a escolha efectuada.
2.3 Cada grupo pode trabalhar duas, três ou quatro zonas do céu a concurso. A escolha do júri incidirá sobre duas zonas do céu. Caso os concorrentes trabalhem três ou quatro zonas, serão seleccionadas as duas propostas de melhor qualidade.
2.4 A apresentação do trabalho, que inclui o desenho das constelações e a narrativa associada, não deverá exceder cinco páginas de formato A4. Deve ser referenciado se o trabalho resulta de observação do céu real, de planetário ou apenas de imagens obtidas no computador.
2.5 Na apresentação da candidatura ao Concurso, as equipas devem referir identificação completa de cada um dos elementos (nome, morada, telefone, e-mail, escola), bem como o nome do professor responsável. A candidatura deve ser enviada para um dos dois Museus com a indicação Descobre o teu Céu!.
2.6 Os mapas do céu referidos em 2.1 encontram-se disponíveis nos sítios dos dois Museus e no sítio oficial do Ano Internacional da Astronomia. Para cada uma das quatro zonas escolhidas, encontram-se disponíveis um mapa com as constelações desenhadas para reconhecimento no céu, um mapa limpo de constelações e ainda um mapa para a realização dos trabalhos.

3. Datas

3.1 A inscrição para o concurso pode fazer-se, por correio normal ou por correio electrónico, para qualquer um dos Museus. Tal poderá ocorrer em qualquer altura até ao dia 30 de Novembro de 2008.
3.2 Os trabalhos deverão ser enviados em suporte de papel, pelo correio, para um dos Museus até à data limite de 21 de Dezembro de 2008 (solstício de Inverno). Devem conter uma referência explícita ao concurso - Descobre o teu céu! - podendo ser também entregue uma cópia digital. É indispensável que o trabalho venha acompanhado da ficha de identificação devidamente preenchida.
3.3 Os trabalhos enviados até ao dia 31 de Outubro de 2008 serão considerados para uma iniciativa da empresa Critical Software, associada a este projecto, que seleccionará as imagens mais apelativas para serem integradas em postais de Boas Festas.
3.4 Os resultados do concurso serão anunciados no dia 21 de Março de 2009 (equinócio da Primavera).
3.5 O dia 21 de Junho de 2009 (solstício de Verão) será celebrado nos Museus de Coimbra e Lisboa com diversos eventos que serão anunciados em devido tempo.
3.6 O lançamento do livro será efectuado no dia 21 de Setembro de 2009 (equinócio do Outono).

4. Júri

4.1 O júri será formado por cinco elementos, designados pelo Museu da Ciência da Universidade de Coimbra, Museu de Ciência da Universidade de Lisboa, pela Comissão promotora do Ano Internacional de Astronomia 2009 e pela Critical Software. Pelo menos um dos elementos escolhidos será de uma área artística ou literária.
4.2 O júri escolherá os melhores trabalhos de cada escalão, que serão reunidos num livro a publicar em 2009, como uma das concretizações do Ano Internacional da Astronomia. O livro será distribuído por todos os Agrupamentos de Escolas do país.
4.3 Os critérios para a escolha dos trabalhos seleccionados para serem publicados serão da responsabilidade do júri, devendo ser lavrados em acta. Serão tomadas em conta a originalidade das constelações propostas, a qualidade da narrativa associada, bem como a coerência do conjunto.
4.4 Para cada escalão será escolhido um grupo vencedor, podendo ainda o júri atribuir as menções honrosas que entender.
4.5 Da decisão do júri não há recurso.

5. Prémios

5.1 Os resultados do concurso serão comunicados pelo correio aos seleccionados, listados nos sítios dos dois Museus e do Ano Internacional da Astronomia e publicados no Público Online.
5.2 O prémio principal para os seleccionados no concurso será a publicação do seu trabalho num volume de grande divulgação.
5.3 Todos os alunos participantes no concurso terão direito a uma entrada gratuita em cada um dos dois Museus promotores, a utilizar durante o ano de 2009.
5.4 O professor de cada grupo vencedor receberá a inscrição para participação num encontro científico de sua escolha a realizar em Portugal durante o ano de 2009.



Museu da Ciência da Universidade de Coimbra
Laboratório Chimico
Largo Marquês de Pombal
3000-272 COIMBRA
Tel: 239 85 43 50
FAX: 239 85 43 59
E-mail: geral@museudaciencia.pt
www.museudaciencia.pt


Museu de Ciência da Universidade de Lisboa
Rua da Escola Politécnica, nº 56
1250-102 LISBOA
Tel. 21 392 18 60 -
Fax. 21 390 93 26
Email: mdciencia@fc.ul.pt
www.mc.ul.pt

domingo, 26 de outubro de 2008

Crianças com doenças alimentares discriminadas nas cantinas escolares

Muitas escolas recusam preparar ementas alternativas a alunos com doenças alimentares, privando-os de almoçar com os colegas na cantina, enquanto outras aceitam fazer dietas especiais, mas com erros de confecção que põem em risco a saúde das crianças.

No Dia Mundial da Alimentação, que se assinala esta quinta-feira, pais e especialistas reivindicam o direito destes alunos a não serem discriminados nos estabelecimentos de ensino e alertam para a falta de formação dos técnicos que trabalham nos refeitórios.

"Cada cidadão que necessita de uma refeição com regras especiais deve ter direito a ela, mas ainda é frequente recusar esse direito a algumas crianças, que se vêem obrigadas a regressar a casa para o almoço, ou, pior ainda, que recebem refeições com erros grosseiros na confecção", critica Jorge Amil Dias, especialista em gastrenterologia da Sociedade Portuguesa de Pediatria.

De acordo com o Ministério da Educação, a legislação prevê que os estabelecimentos de ensino forneçam dietas próprias a alunos com restrições alimentares medicamente comprovadas, mas o próprio secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, admite que algumas escolas não estejam a cumprir.

"As escolas têm obrigação de providenciar as condições para que a criança ou o jovem tenha essa alimentação [alternativa]. Mas admito que nem todas as escolas no país tenham condições para o fazer", afirmou o responsável, em declarações à agência Lusa.

Nesses casos, acrescentou, o problema deve ser reportado ao Ministério da Educação, para que a tutela possa actuar e resolver o problema.

Segundo o especialista da Sociedade Portuguesa de Pediatria, as maiores dificuldades residem, muitas vezes, na falta de formação, sendo "numerosas as situações que necessitam de conhecimentos específicos por parte dos profissionais responsáveis e operacionais nas cantinas escolares".

Em declarações à Lusa, Jorge Amil Dias aponta o caso das crianças com doença celíaca, que não podem ingerir glúten, uma proteína presente no trigo, centeio, cevada e aveia, sob pena de provocarem lesões potencialmente graves no intestino e noutros órgãos.

Para que estas crianças possam "ter uma vida inteiramente normal, sem se sentirem discriminadas", o especialista defende que as cantinas têm de preparar refeições sem glúten, salientando que "não é aceitável, nestes casos, ir ao bife panado e raspar a camada de pão ralado, pois a contaminação continua a ser enorme".

"O Ministério da Educação, as associações profissionais de restauração e os sindicatos do sector devem tomar medidas para proporcionar a necessária formação aos profissionais", sublinha.

Cristina Nobre, mãe de uma criança com doença celíaca, conhece bem o problema: os técnicos do infantário onde a filha andou garantiam-lhe que preparavam uma dieta alternativa, mas as análises clínicas feitas regularmente vieram a comprovar que a menina continuava a ingerir glúten.

"Como não era em casa, obviamente só podia ser na escola. Tive de a mudar por causa disso e até fiz uma reclamação, mas nunca me deram resposta", relata.

Actualmente, a filha Melissa frequenta uma escola do primeiro ciclo onde a empresa de catering que fornece as refeições lhe proporciona uma ementa especial, mas tudo vai mudar quando passar para o 2º e 3º ciclos, já que o estabelecimento de ensino da sua zona de residência recusa preparar dietas alternativas, à semelhança de muitos outros em todo o país.

"Vai ser um enorme transtorno para mim e uma situação muito complicada para a minha filha. Tenho medo que os colegas gozem com ela, se tiver de levar uma marmita para a escola, já com 10 ou 11 anos. Bem basta ela ter a doença, quanto mais ser submetida a uma situação em que façam pouco dela por causa disso", explica Cristina Nobre.

Além da doença celíaca, que afecta cerca de um por cento da população, há muitas outras patologias que exigem uma dieta específica. Segundo a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC), "estima-se que as alergias alimentares atinjam entre quatro e cinco por cento das crianças e as intolerâncias alimentares ainda mais do que isso".

"Nos casos mais graves, se as crianças ingerirem alimentos em relação aos quais têm alergia podem ocorrer choques anafilácticos que até podem ter desfechos fatais. É muito preocupante", explica o presidente da SPAIC, Mário Morais de Almeida.

Face aos riscos, o especialista salienta a necessidade de dar mais formação aos responsáveis dos refeitórios, até porque muitos alimentos "podem estar escondidos", como acontece, por exemplo, no caso de alguns sumos de fruta que contêm leite ou de comidas congeladas que têm lactose na sua confecção.

"Tem de haver maior competência entre os profissionais das empresas de catering e os técnicos que trabalham nas cantinas", alerta. JN

Professores voltam à rua com manifestação a 8 de Novembro

Os professores regressam às acções de luta a 8 de Novembro, com uma manifestação nacional de protesto em Lisboa contra as políticas educativas e o ambiente vivido nas escolas, anunciaram hoje sindicatos do sector.

Em conferência de Imprensa promovida pela Plataforma Sindical dos Professores, o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, anunciou a convocação de uma manifestação que será «um momento de partida para reiniciar a luta no período 2008/2009».

«Oito meses depois da manifestação de 8 de Março, os professores vão voltar à rua contra as políticas educativas do Ministério da Educação e contra o clima muito complicado e de sufoco que se vive nas escolas», afirmou Mário Nogueira.

Actualmente, decorrem negociações entre a tutela e os sindicatos representativos dos professores, para alterar o diploma que rege o concurso de colocação de docentes, que termina a 30 de Outubro.

Mário Nogueira sublinhou que a manifestação hoje convocada «não será comparável à de Março», que mobilizou cerca de 100 mil professores, porque não é esse o objectivo.

A 8 de Novembro, os manifestantes vão concentrar-se no alto do Parque Eduardo VII, em Lisboa, e percorrerão o caminho até ao Ministério da Educação, na avenida 05 de Outubro.

Diário Digital / Lusa

sábado, 25 de outubro de 2008

Avaliação de Desempenho

Os professores da escola de Arraiolos aprovaram documento a pedir a suspensão do processo de avaliação de desempenho. A estratégia usada foi começar pelas reuniões de departamento. Um grupo de professores redigiu um documento a apresentar as razões para a suspensão do processo e colocou o documento à votação em reunião de departamento. Logo outros departamento fizeram o mesmo. Na escola de Montemor-o-Novo aconteceu o mesmo. O movimento alastra a todo o país. Os professores perderam o medo à medida que foram provando o veneno da avaliação burocrática do desempenho. Concluíram que a aplicação do modelo é impossível e que está destruir a saúde de muitos e a impedir muitos outros de ensinarem com qualidade.
As razões apresentadas pelos colegas de Arraiolos são pertinentes:

1.O modelo de avaliação apresentado pelo Ministério da Educação contraria e subverte alguns dos aspectos estipulados no Estatuto da carreira docente, acentuando perigosamente a tendência para o trabalho individual em detrimento do trabalho colaborativo. A avaliação de desempenho poderá não ser justa e imparcial se for feita entre pares. Não podemos esquecer-nos que somos professores, aqui, nesta escola, e fomos criando ao longo dos anos relações de cooperação, de partilha de materiais e de amizade que se encontram seriamente ameaçadas.


2. Consideramos que a avaliação de desempenho deve ser inserida no processo de avaliação externa da escola e os professores libertos das tarefas burocráticas associadas à mesma.


3. Existe uma grande sobrecarga de trabalho, o que nos obriga a despender muito para além das 35 horas de trabalho semanal. Cansados e indignados com a pouca consideração e falta de reconhecimento do nosso trabalho, pela sociedade em geral, consideramos que devemos apresentar sugestões que revertam esta situação:
-Pretendemos que o nosso horário de trabalho - lectivo, não lectivo e individual - passe a ser cumprido integralmente na Escola. Para tal necessitamos de gabinetes, por grupos disciplinares, devidamente equipados com computadores, impressora e restantes materiais de escritório onde possamos realizar todas as tarefas inerentes à nossa função. As nossas casas não devem continuar a ser a extensão da escola, transformadas em gabinetes clandestinos sem horários de funcionamento!

4. A motivação, o sentido de humor e a disponibilidade, estados de espírito fundamentais para o exercício da nossa profissão, estão a esgotar-se e a desaparecer de forma directamente proporcional à quantidade de legislação que constantemente nos abafa! O trabalho informal, que com frequência acontecia na sala de professores e que culminava muitas vezes em actividades importantes para os alunos e para a escola, está a desaparecer gradualmente… os professores sentem-se física e emocionalmente indisponíveis!

5. Como professores deste departamento, avaliadores e avaliados, temos o dever de alertar para os inconvenientes da aplicação do actual modelo de avaliação de desempenho do pessoal docente. Consideramos que não devemos retirar tempo ao tempo que temos para dedicar aos alunos.

Face ao exposto, os professores deste departamento, por unanimidade, propõem a suspensão da aplicação do actual Modelo de Avaliação de Desempenho.

Paulo Rangel: PSD propõe «reintrodução gradual» de exames

O PSD propôs no Parlamento, a «reintrodução gradual» de exames nos anos em que os alunos concluam cada ciclo do ensino básico, incluindo as provas globais.

A proposta foi avançada pelo líder parlamentar do PSD, Paulo Rangel, no encerramento de um debate, a seu pedido na Assembleia da República, sobre a exigência e a qualidade no ensino.

Paulo Rangel definiu esta proposta como uma «medida-alavanca» para o «reforço da exigência, qualidade e rigor no ensino».

O deputado social-democrata admitiu que é uma «medida difícil e dura» que pode «desencadear efeitos de alguma austeridade e severidade».

«Mas propiciará uma elevação dos padrões de exigência e de rigor, dará indicadores de avaliação externa de professores e escolas», disse.

Para o presidente do grupo parlamentar do PSD, numa referência ao Governo, «há quem prefira soluções fáceis e vendáveis» que causam «ilusões estatísticas» de sucesso.

«Nós não temos medo das medidas difíceis», afirmou.

Concretamente, a bancada do PSD propõe que nos anos em que há provas de «mera aferição» se passe a «um sistema de provas globais que, ao fim de três anos e após avaliação, se convertam em autênticos exames».

No caso dos anos e disciplinas «em que haja provas globais», Paulo Rangel sugere que «passem a ser exames verdadeiros e próprios» e cujo resultado seja «ponderado com a avaliação contínua».

O líder parlamentar social-democrata acusou o Governo socialista de «facilitismo» na sua política de educação.

«O laxismo e o facilitismo não são apenas factores de atraso no desenvolvimento do país, são responsáveis directos pela marginalização definitiva dos alunos mais desfavorecidos», afirmou.

Diário Digital / Lusa

«Magalhães»: Computadores portáteis na mira dos «burlões»

A distribuição dos computadores portáteis Magalhães já está na mira dos burlões, com a identificação de uma empresa que, afirmando-se representante do Ministério da Educação (ME), estaria a angariar compradores para o portátil.
Em comunicado, a Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) anunciou que «foi identificado um local onde uma empresa, pretensamente representante do Ministério da Educação, contactou as famílias, nas suas casas, com o objectivo de proceder à angariação de compradores destes computadores».

A DREN decidiu alertar para o que afirma ser «uma fraude» e apresentou uma queixa no Ministério Público, considerando que estas práticas «configuram uma burla e são passíveis de acção criminal», um vez que estes computadores «só podem ser encomendados nas escolas e centros Novas Oportunidades».

A DREN alerta para o facto de que «o Programa e-escolinha, que disponibiliza o computador portátil Magalhães a todos os alunos do 1º ciclo, está centrado na escola e é perante a escola que os alunos e os pais e encarregados de educação obterão a informação necessária para acesso ao computador», utilizando-se o mesmo procedimento no caso dos computadores do programa e-escolas.

Diário Digital / Lusa

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Documento - Ambientes Terrestres


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Professor passou na aula filme com cenas de violação

A exibição de um filme com conteúdos sexuais numa aula de Religião e Moral levou os pais de um aluno da escola Joaquim de Carvalho, Figueira da Foz, a anular a inscrição na disciplina e a fazer uma participação à DREC.

O caso ocorreu há cerca de duas semanas numa turma do nono ano estabelecimento de ensino e culminou numa participação do sucedido à Direcção Regional de Educação do Centro (DREC) por parte dos pais de um dos dois alunos da disciplina que contestaram a conduta do docente.

Em causa está a exibição, na aula, do controverso filme norte-americano «Kids» (Miúdos), que relata a história de um jovem de 17 anos, infectado pelo vírus da Sida, cujo objectivo é ter relações sexuais desprotegidas com o maior número de raparigas virgens.



Ouvido pela Lusa, Carlos Monteiro, presidente do Conselho Executivo da escola Joaquim de Carvalho, confirmou o caso, acrescentando que a escola não procedeu a uma averiguação dado o assunto ter sido comunicado superiormente.

«A mãe expôs o assunto à direcção regional. Não faz sentido uma instância superior estar dentro do assunto e eu estar a tratar dele», argumentou Carlos Monteiro, sublinhando que a encarregada de educação «tratou o assunto com muito bom senso». «Achou que a situação não tinha sido a mais correcta, comunicou a quem devia comunicar e manteve-se calma e serena, não dramatizou a situação», frisou.

Filme enquadrava-se nos conteúdos da disciplina

Na sequência da participação, a escola enviou à DREC uma exposição do próprio professor sobre o sucedido, onde este justificou que o filme «enquadrava-se nos conteúdos da disciplina do [nono] ano, definidos no manual de Religião e Moral», frisou o director da escola.

«O professor pretendia motivar os alunos para alguns temas que fazem parte dos conteúdos», adiantou.

Imagens e linguagem violentas

O filme, classificado em Portugal para maiores de 16 anos, estreou comercialmente em 1995, dividindo opiniões da crítica, que o considera franco e brilhante, mas também chocante e brutal.

Para além dos conteúdos sexuais, onde se inclui a cena de uma violação a uma rapariga, usa linguagem ofensiva e mostra jovens adolescentes a consumirem drogas e álcool ou a espancarem um rapaz na rua.

O presidente do Conselho Executivo admitiu que não viu o filme, assumindo, no entanto, conhecer o seu conteúdo e a linguagem utilizada.

«Professor sabia que filme é que estava a passar»

Garantiu que o docente de Religião e Moral, que há vários anos lecciona na Joaquim de Carvalho, apresentando um comportamento «irrepreensível», também conhecia o conteúdo da película e que a sua exibição não resultou de um lapso ou de uma troca de filmes.

«O que aconteceu não foi um lapso (...). O professor sabia que filme é que estava a passar, o filme foi apresentado conscientemente», precisou Carlos Monteiro.

Manifestou, por outro lado, que o docente «pressupostamente» fez uma «preparação» prévia do filme com os alunos, anterior à exibição.

«Trabalhou-o com os alunos e depois projectou o filme, é essa a informação que tenho», disse o director do estabelecimento de ensino.

Questionado sobre a adequação da exibição de uma película para maiores de 16 anos a alunos mais novos (os estudantes do 9º ano têm entre 13 e 15 anos), Carlos Monteiro nota que se pode daí inferir «que talvez não seja o mais adequado», embora recusando pronunciar-se sobre o caso específico da exibição na aula de Religião e Moral.

Segundo a lei, os menores de 16 «podem ver os filmes acompanhados». Iol

Professores justificam «fim da avaliação»

A Plataforma Sindical de Professores justificou esta sexta-feira o pedido da «suspensão imediata» do processo de avaliação de desempenho com a necessidade de recentrar a atenção dos professores naquela que é a sua «primeira e fundamental missão», ensinar, informa a Lusa.

«Estamos preocupados com o número de crescentes escolas que pedem a suspensão da avaliação porque esta está a perturbar o funcionamento dos estabelecimentos de ensino e o desempenho dos professores com prejuízos para os alunos», afirmou Mário Nogueira, porta-voz da Plataforma.

Em conferência de Imprensa, o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores sublinhou que «cerca de três dezenas» de escolas já aprovaram moções a exigir a suspensão do processo e que «em centenas» o processo da avaliação está «parado ou em ritmo muito lento, com prazos muitos dilatados».

Os sindicatos de professores manifestaram-se hoje disponíveis para anatecipar «em alguns meses» a negociação do modelo de avaliação de desempenho, que está prevista apenas para Junho e Julho de 2009, segundo um memorando de entendimento assinada entre o Ministério da Educação e os sindicatos em Abril.

Por outro lado, os sindicatos rejeitam que ao pedirem a suspensão do processo não estejam a cumprir o acordo alcançado com o Governo: «Não está escrito em lado nenhum do memorando de entendimento que os sindicatos acordaram que o processo de avaliação tinha que se aplicar integralmente até ao final do ano lectivo».

«Verificar as dificuldades e as perturbações e não parar é uma irresponsabilidade», sustentou Mário Nogueira. «Bastou um mês de aulas para todos os professores e educadores terem claro que este modelo não é capaz sequer de ser instalado, quando mais aplicado com um mínimo de equidade», reiterou Mário Nogueira.

Contra a avaliação sem a influência dos sindicatos

A moção aprovada por mais de 130 dos 160 professores da Escola Camilo Castelo Branco, em Vila Real, surgiu de forma espontânea por parte dos docentes, num movimento «completamente autónomo» dos sindicatos, garantem os promotores.

O mesmo está a acontecer noutras escolas do país, dizem professores contactados pela Lusa, que asseguram que os dirigentes sindicais não sabem bem o que se passa nas escolas e só por isso assinaram um entendimento sobre a avaliação do desempenho com o Governo.


Na Secundária Camilo Castelo de Vila Real, onde os docentes decidiram mesmo suspender a avaliação de desempenho, recusando entregar os objectivos individuais, um dos procedimentos previstos no processo, «não houve qualquer influência ou contacto por parte dos sindicatos», garantiu à Lusa um dos promotores de uma moção aprovada esta semana.

E uma das provas de que os sindicatos não estiveram envolvidos no processo é que, segundo o professor, a moção vai ser enviada para o Presidente da República, Ministério da Educação, Provedor de Justiça, grupos parlamentares e estruturas sindicais. Iol

Atendedor de chamadas de Escola...‏

A implementar nas nossa escolas urgentemente
Atendedor de Chamadas Escolar!

PARA GRANDES MALES; GRANDES REMÉDIOS!

Esta é a mensagem que o pessoal docente da Escola Secundária de Pacific Palisades (Califórnia) aprovou unanimemente que deveria ser gravada no atendedor de chamadas da escola.

Foi o resultado de a escola ter implementado medidas que exigiam aos alunos e aos pais que fossem responsáveis pelas faltas dos estudantes e pelas faltas de trabalho de casa.

A escola e os professores estão a ser processados por pais que querem que as notas que levam ao chumbo dos seus filhos sejam alteradas para notas que os passem - ainda que esses miúdos tenham faltado 15 a 30 vezes num semestre e não tenha realizado trabalhos escolares suficientes para poderem ter positiva.



AQUI VAI A MENSAGEM GRAVADA:

Olá! Foi direccionado para o atendedor automático da escola. De forma a podermos ajudá-lo a falar com a pessoa certa, por favor ouça todas as opções antes de fazer a sua selecção:

- Para mentir sobre a justificação das faltas do seu filho, pressione a
tecla 1

- Para inventar uma desculpa sobre porque é que o seu filho não fez o
seu trabalho, tecla 2

- Para se queixar sobre o que nós fazemos, tecla 3

- Para insultar os professores, tecla 4

- Para saber por que razão não recebeu determinada informação que já
estava referida no boletim informativo ou em diversos documentos que
lhe enviámos, tecla 5

- Se quiser que lhe criemos a sua criança, tecla 6

- Se quiser agarrar, tocar, esbofetear ou agredir alguém, tecla 7

- Para pedir um professor novo, pela terceira vez este ano, tecla 8

- Para se queixar dos transportes escolares, tecla 9

- Para se queixar dos almoços fornecidos pela escola, tecla 0

- Se já compreendeu que este é o mundo real e que a sua criança deve
ser responsabilizada e responsável pelo seu comportamento, pelo seu
trabalho na aula, pelos seus tpcs, e que a culpa da falta de esforço
do seu filho não é culpa do professor, desligue e tenha um bom dia!