domingo, 5 de julho de 2009

Férias a vários ritmos

Com mais uma interrupção lectiva, é necessário ocupar os tempos livres dos mais novos. É hora de estudar programas e preços. E, como sempre, há actividades para todos os gostos. Construir moinhos de vento, tocar em xilofones de água, erguer pontes entre o passado e o presente e despentear ideias.

A contagem decrescente para as férias mais prolongadas do ano lectivo já começou. Por várias semanas, as aulas ficam de parte, os livros descansam e é tempo de pensar como ocupar os dias de férias dos mais pequenos. Há diversos programas em todo o país e, como vem sendo habitual, várias instituições já têm propostas para apresentar aos adultos. É tempo de brincar, experimentar novas aventuras, investir em conhecimentos apetecíveis, dar asas à imaginação. É tempo de aproveitar para retemperar forças.
Semear um ovo, fazer cola a partir do leite, construir um telefone de cordel, perceber como é possível fazer gelado sem congelador por perto, observar insectos à lupa. O Centro de Ciência Viva de Bragança (273 313169) tem oficinas de Verão para os mais pequenos entre 22 e 26 de Junho e de 29 de Junho a 3 de Julho. O objectivo é soltar a imaginação e ocupar as mentes com jogos divertidos. Tocar num xilofone de água e fazer lagartas comestíveis estão também na agenda.

De 6 de Julho a 4 de Setembro, a Fundação de Serralves (22 6156590), Porto, tem actividades para vários gostos e diversos feitios desenhadas a pensar em crianças dos 6 aos 12 anos. Os desafios já estão no site da estrutura. O que cabe dentro de um envelope? Os participantes têm oportunidade de perceber a viagem de uma carta. Como comunicam os animais da quinta de Serralves? Os mais novos podem saber como se alimentam esses habitantes especiais e se têm ou não penas. Fazer um livro com todos os sentidos, para que cada página conte uma história, é também uma das propostas. Em Serralves, há 20 oficinas à disposição.

No Parque Biológico de Gaia (22 7878137) é possível explorar o parque, tratar de animais, fazer espetadas de fruta com chocolate, entrar em jogos tradicionais, conhecer histórias de várias plantas. Ou ainda descobrir segredos e curiosidades. As actividades dirigem-se a crianças e jovens dos seis aos 15 anos. Os participantes podem ficar em regime residencial ou frequentar os ateliers dia a dia. Há quatro campos de Verão à escolha.

Como se formou a Terra? Será que há plantas que comem animais? É possível aprender geometria com a ajuda de palhinhas? E treinar aritmética com as compras da mercearia? Será que a Lua é feita de queijo? Há várias perguntas e muitas respostas para dar este Verão no Museu da Ciência da Universidade de Coimbra (239 854350). As actividades dirigem-se a crianças dos 5 aos 12 anos nas semanas de 23 a 26 de Junho, 14 a 17 de Julho, 28 a 31 de Julho e de 25 a 28 de Agosto. Geologia, biologia, matemática e astronomia estão no centro das atenções. Os interessados podem ainda mergulhar no mundo de

Darwin, entre 30 de Junho e 4 de Setembro, para saber o que ele escreveu e descobriu.

Experiências inovadoras e curiosas, acampamentos científicos, oficinas e jogos sempre com a ciência por perto. O Visionarium - Centro de Ciência do Europarque (256 370605), em Santa Maria da Feira, volta a convidar os mais pequenos, dos 6 aos 12 anos, para adquirir mais conhecimentos nas férias de Verão. E ocupar o moderno laboratório científico, os jardins exteriores e as salas de exposições. De 6 a 24 de Julho e entre 17 de Agosto e 4 de Setembro.

Sótão mágico
Há tanto para descobrir de 29 de Junho a 4 de Setembro na Fundação Calouste Gulbenkian (21 7823800), Lisboa, para crianças dos 4 aos 12 anos. "Máquinas imaginárias para despentear ideias" é uma oficina de expressão plástica destinada aos mais pequenos. "Tratando-se de uma máquina imaginária, inventaremos os problemas para brincarmos às soluções. Existem máquinas dentro de nós que nos despenteiam os pensamentos, e é nessa altura que das nossas mãos nascem máquinas fantásticas". Atravessar pontes entre o passado, ou seja, retroceder há cinco mil anos, e o presente é outra das propostas. "Seremos nós capazes de construir pontes que nos levem a um futuro saudável e bom?" Nas férias de Verão da Gulbenkian é ainda possível ser arquitecto por um dia e fazer desenhos que se transformam em edifícios de cartão.

O Oceanário de Lisboa (21 8917002) não muda a receita e volta a apresentar férias debaixo de água para crianças de várias idades. Os mistérios dos oceanos e a conservação da Natureza voltam a estar em destaque de 29 de Junho a 11 de Setembro. A agenda é bastante preenchida: mergulhos, espécies para estudar, passeios de canoa, muitos jogos. E há ainda a possibilidade de dormir com os tubarões.

No Centro Cultural de Belém (21 3612899), Lisboa, há dez dias preenchidos com actividades, de 22 a 26 de Junho e de 29 de Junho a 3 de Julho, para crianças dos 5 aos 7 e dos 8 aos 12. O dicionário explica que "tralha" é um "conjunto desordenado de várias coisas, quantidade de coisas sem valor ou utilidade" e é partir do conceito que tudo acontece. É hora de arrumar a tralha, fazer tetris com a desarrumação ou então criar poemas. E é num sótão mágico onde tudo pode ficar arrumadinho.
A proposta do Museu Colecção Berardo (21 3612879), Lisboa, abraça várias artes. Miúdos dos 4 aos 6 e dos 7 aos 12 anos de idade podem ser actores, realizadores e brincar com a Sétima Arte. Ou ainda sonhar com a arquitectura. Que forma têm os sonhos? Pergunta feita, pensa-se na resposta. Os mais pequenos podem também pintar e esculpir barro inspirados na exposição do arquitecto Pancho Guedes. De 29 de Junho a 11 de Setembro.

Sons, cheiros, cores e sabores. Há muito por onde explorar nas oficinas de Verão do Museu do Oriente (21 3585200), Lisboa, que começam a 6 de Julho e terminam a 28 de Agosto. As colecções do espaço museológico servem de ponto de partida para que crianças dos 6 aos 12 anos se deixem levar até outras paragens. Há muitos conhecimentos para absorver e propostas pedagógicas que aliam a aprendizagem à componente lúdica.

Criar flores com material reciclado e folhas de papel com materiais solúveis. Construir moinhos de vento. Usar instrumentos ópticos para observar fenómenos da Natureza. Ou ainda participar num atelier de cinema e brincar aos actores numa peça de teatro. Aprender mais sobre insectos ou fazer bolinhas de sabão. Tudo isto em "Férias de Verão com ciência" no Pavilhão do Conhecimento - Ciência Viva (21 8917100), Lisboa, de 22 de Junho a 11 de Setembro para crianças dos 6 aos 12 anos, que podem também resolver puzzles e aprender mais sobre os mistérios do magnetismo.

O Centro de Artes de Sines (269 860080) tem um programa de férias para os mais pequenos, com idades compreendidas entre os 6 e os 12 anos. De 22 de Junho a 3 de Julho, é possível rimar férias com diversão num cartaz de actividades lúdicas e, ao mesmo tempo, pedagógicas. Em dez dias, é possível conhecer melhor os cantos do centro cultural, passear pelo jardim, circular pelo castelo, ir à praia e descobrir alguns mistérios do campo.

sábado, 4 de julho de 2009

Mochilas com excesso de peso

Os alunos levam às costas cerca de cinco quilos em livros e material escolar. Quase dois terços queixam-se de dores decorrentes da sobrecarga nas mochilas, revela um estudo apresentado na Universidade do Minho. A generalização dos cacifos nas escolas é uma das soluções apresentadas.

O trabalho de Regina Barros demonstrou que a maioria dos alunos analisados apresentava alterações posturais relacionadas com o excesso de peso nas mochilas. As alterações à coluna afectavam 69 por cento dos alunos, a protusão dos ombros (ombros para a frente) 59 por cento e a anteriorização do pescoço, 49 por cento. O estudo envolveu 136 alunos de vários ciclos de ensino de escolas públicas e privadas. A autora verificou que, tendencialmente, os alunos dos primeiros anos transportam mais do que dez por cento do seu peso nas mochilas, ao contrário do que recomendam especialistas. A tendência só se inverte nos 9º e 12º anos.

O peso médio dos sacos escolares apresentava valores entre os 4,1 quilos e os 5,4 quilos. Cerca de 77 por cento dos estudantes preferem usar mochila, 12 por cento optam pelos sacos com uma alça e seis por cento pelo carrinho. Menos de metade dos que usam mochilas colocam as duas alças nos ombros.

Uma das soluções apresentadas para evitar os problemas de saúde é a instalação de cacifos. "A maioria das escolas não tem condições para que os materiais permaneçam na instituição de ensino, pois não existem armários individuais ou então são em número insuficiente", explicou a investigadora.

Regina Barros apelou a professores e a editoras para que exijam manuais mais leves. "É imperativa a cooperação de todos os envolvidos para ultrapassar os problemas do uso incorrecto e peso inapropriado do saco escolar", considerou.

Edgar Nascimento com Lusa

quinta-feira, 2 de julho de 2009

PSD promete mudanças na Educação

A líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, prometeu esta quinta-feira, caso vença as eleições legislativas, mudar os estatutos do aluno e da carreira docente, o sistema de avaliação dos professores e aliviar a carga burocrática a que estão sujeitos.

Os quatro compromissos vão constar do programa eleitoral dos sociais-democratas. 'No nosso programa não poderemos deixar de contemplar a alteração destes quatro aspectos que estão a paralisar o sistema, estão a torná-lo inviável, desmotivador da acção dos professores', afirmou a líder social-democrata.

Ferreira Leite marcou presença no Fórum Portugal de Verdade cuja sessão de hoje foi destinada a reunir contributos para o programa eleitoral do PSD na área da educação. A líder social-democrata ouviu as opiniões de 'pessoas ligadas a sindicatos, a associações de pais, professores do ensino superior e do ensino secundário', que têm uma crítica 'generalizada' ao estado da escola pública.

Segundo Ferreira Leite, 'não se pode manter um sistema em relação ao qual, na generalidade, todos estão contra e que é um topo de sistema em que todos devem estar envolvidos'. As propostas que o PSD vai apresentar não pretendem terminar com a avaliação dos professores, que a líder do PSD defende que deve manter-se. Contudo, entendeu a presidente social-democrata 'agora, também já se viu que este sistema não serve para avaliar, só serviu para paralisar. Portanto, insistir nisso seria o chamado suicídio, que evidentemente julgo que ninguém defende'.
C.Manhã

Colocação de professores “para breve”

O Ministério da Educação (ME) garante que as listas definitivas de colocação de professores estão prestes a ser divulgadas, mas não indica uma data precisa. Fonte oficial do ME disse ao CM que a publicação das listas "está para breve", garantindo que "não há qualquer problema".



Segundo Mário Nogueira, secretário-geral da Federação Nacional de Professores (Fenprof), as listas devem ser divulgadas a partir de hoje, "de acordo com o calendário previsto". O dirigente sindical considera a data tardia, pois afecta a planificação do próximo ano lectivo. "É tarde para as escolas e o Ministério devia ter previsto isso." Milhares de professores aguardam pela divulgação para saber em que escola irão dar aulas.

Pela primeira vez, os docentes serão colocados por um período de quatro anos, depois de o último concurso os ter fixado por três anos.

B.E

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Calendário escolar para o ano lectivo 2009/2010

O calendário escolar para o próximo ano lectivo determina que as aulas para os estabelecimentos de ensino básico e secundário tenham início entre os dias 10 e 15 de Setembro de 2009, enquanto para a educação pré-escolas o começo das actividades está previsto entre 9 e 15 de Setembro de 2009.

Para os alunos dos 9.º, 11.º e 12.º anos as aulas terminam a partir de 8 de
Junho de 2010, enquanto para os restantes anos de escolaridade o ano lectivo acaba a partir de 18 de Junho de 2010.


No período em que decorrem os exames nacionais, as escolas devem adoptar as medidas necessárias para que os alunos dos anos de escolaridade não sujeitos a exame tenham o máximo de dias efectivos de actividades escolares, de modo a garantir o cumprimento integral dos programas das diferentes disciplinas e áreas curriculares.

Para as interrupções lectivas estão previstas as seguintes datas: de 19 de Dezembro de 2009 a 3 de Janeiro de 2010, de 15 a 17 de Fevereiro de 2010, e de 27 de Março a 11 de Abril de 2010.

As actividades educativas nos estabelecimentos do ensino pré-escolar terminam entre 5 e 9 de Julho de 2010.

As interrupções estão previstas por um período de cinco dias úteis, seguidos ou interpolados, entre os dias 21 de Dezembro de 2009 e 1 de Janeiro de 2010, e entre 29 de Março e 5 de Abril de 2010.

Haverá, também, um período de interrupção das actividades educativas entre os dias 15 e 17 de Fevereiro de 2010.

Nos estabelecimentos particulares do ensino especial dependentes de cooperativas e associações de pais que tenham acordo com o Ministério da Educação, as actividades lectivas principiam no dia 3 de Setembro de 2009 e terminam no dia 18 de Junho de 2010.

Nestes estabelecimentos, as interrupções das actividades ocorrem entre os dias 21 e 25 de Dezembro de 2009, 15 e 17 de Fevereiro de 2010, e 2 e 5 de Abril de 2010.

Dia do diploma

No dia 11 de Setembro, as escolas e os agrupamentos que leccionem o ensino secundário deverão promover, envolvendo a respectiva comunidade educativa, uma acção formal de entrega dos certificados e dos diplomas aos alunos que, no ano lectivo anterior, tenham terminado o ensino secundário.


Educação Pré-Escolar - Quadro n.º 1
Início das actividades lectivasTermo das actividades lectivas
Entre 9 e 15 de SetembroEntre 5 e 9 de Julho


Educação Pré-Escolar - Quadro n.º 2
Interrupções das actividades educativas5 dias úteis (seguidos ou interpolados)
1.ºEntre 21 de Dezembro e 1 de Janeiro, inclusive
2.ºDe 15 a 17 de Fevereiro, inclusive
3.ºEntre 29 de Março e 5 de Abril, inclusive

Ensinos Básico e Secundário - Quadro n.º 1
1.º Período
InícioEntre 10 e 15 de Setembro
Termo18 de Dezembro

2.º Período
Início4 de Janeiro
Termo26 de Março

3.º Período
Início12 de Abril
Termo8 de Junho para o 9.º, 11.º e 12.º anos e 18 de Junho para os restantes anos de escolaridade


Ensinos Básico e Secundário - Quadro n.º 2

InterrupçõesDatas
1.ºDe 19 de Dezembro a 3 de Janeiro, inclusive
2.ºDe 15 a 17 de Fevereiro, inclusive
3.ºDe 27 de Março a 11 de Abril, inclusive

Ensino Especial - Quadro n.º 1

1.º Período
Início3 de Setembro
Termo8 de Janeiro

2.º Período
Início13 de Janeiro
Termo18 de Junho


Ensino Especial - Quadro n.º 2
InterrupçõesDatas
1.ºDe 21 de Dezembro a 25 de Dezembro, inclusive
2.ºDe 15 a 17 de Fevereiro, inclusive
3.ºDe 2 a 5 de Abril, inclusive
Mais informações

Ver despacho (a aguardar publicação no Diário da República), emhttp://www.min-edu.pt/np3content/?newsId=3864&fileName=ME__Calend_rio_Escolar__AF.pdf.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Relatório TALIS - OCDE

A OCDE considerou Portugal um caso 'preocupante' para as 'carreiras e vidas profissionais dos professores' por falta de um sistema de avaliação de desempenho dos docentes, segundo um relatório divulgado pelo Ministério da Educação.


A conclusão faz parte do relatório TALIS (Teaching and Learning International Survey) da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), que fez um estudo comparativo das condições de trabalho e do ambiente de ensino e aprendizagem em escolas de 23 países, que decorreu entre Março e Maio de 2003 e Março e Maio de 2008.

Portugal implementou, entretanto, um processo de avaliação de desempenho dos professores, que tem sido muito criticado pelos sindicatos.

Em cada país, foram seleccionadas para participar no estudo 200 escolas públicas e privadas com 3.º ciclo do ensino básico. Em cada escola foram inquiridos 20 professores daquele nível de ensino e o director do estabelecimento.

Mais de 80 por cento dos professores da amostra TALIS trabalhavam em escolas cujo director afirmou que a avaliação do estabelecimento teve um impacto na devolução da informação à escola, na aferição do trabalho dos professores e no auxílio aos professores em melhorar as suas competências pedagógicas.

Porém, esta situação não é igual em todos os países. Segundo um comunicado do Ministério da Educação, Portugal aparece no estudo como o terceiro país com a percentagem mais elevada de professores em escolas que não tiveram nenhuma aferição de desempenho e também o terceiro país com mais elevada percentagem de professores em escolas que não foram alvo de qualquer avaliação externa.

O documento aponta que Portugal tem um cenário 'preocupante' para 'as carreiras e vidas profissionais dos professores que acreditam em fornecer incentivos e em reconhecer o sucesso, para aqueles que pretendem promover redes de aprendizagem efectiva no interior das escolas e para os amplos objectivos das escolas que procuram conseguir melhorias contínuas na sua efectividade do seu desempenho', adianta o comunicado.

A OCDE aconselha os países que não dispõem de sistemas de avaliação formalizados e generalizados a nível nacional a introduzi-los rapidamente ou, eventualmente, a melhorá-los.

Por outro lado, é um incentivo para os professores melhorar as suas práticas, em particular onde se revele necessário melhorar o desempenho face às dificuldades encontradas, como gestão de alunos com comportamentos difíceis, alunos com origens sociais, culturais e linguísticas heterogéneas.

O estudo analisou também a actividade e exigências que se colocam aos directores da escola dos 23 países e revelou os baixos níveis de autonomia que dispunham para tomar decisões relevantes relativamente à gestão do pessoal docente.

Apenas 22,8 por cento dos professores trabalham em escolas onde o director pode despedir os professores (média global 60,7 por cento); 4,6 por cento trabalha onde o director pode fixar o salário dos professores (24,3 por cento), 7,2 por cento pode decidir aumentos salariais (25,6 por cento).

Sobre a situação portuguesa, o relatório refere que os presidentes dos conselhos executivos das escolas revelavam mais competências no âmbito do desempenho das funções tradicionais da gestão escolar do que nas funções de cariz pedagógico e orientadas para a melhoria do desempenho dos profissionais e das práticas de ensino e aprendizagem, refere o mesmo comunicado.

O relatório da OCDE indica ainda que Portugal é o país onde a percentagem de mulheres directoras de escolas é mais de 30 pontos percentuais abaixo da percentagem de mulheres professoras.


HN
Lusa/fim








segunda-feira, 29 de junho de 2009

A Educação na Finlândia


Link: A Educação na Finlândia

Prémio para professores

Os professores avaliados com Muito Bom e Excelente durante períodos consecutivos terão uma redução de quatro anos no tempo de serviço exigido para aceder à categoria de professor titular, anunciou o secretário de Estado da Educação, Jorge Pedreira.



O Ministério da Educação apresentou ontem aos sindicatos uma proposta da revisão do estatuto da carreira docente, garantindo que pretende dar por concluído o processo de negociação no final de Julho, mesmo sem o acordo dos sindicatos. Entre os principais pontos, destaca-se a redução do tempo de permanência nos três primeiros escalões e quinto da categoria de professor, num total de cinco anos.

Por outro lado, o Ministério prevê ainda que 'os docentes que preencham os requisitos para professor titular, que tenham sido aprovados em prova pública, mas que não tenham vaga, dado o seu número limitado, possam a aceder a um escalão coincidente com o primeiro escalão do professor titular', segundo Jorge Pedreira.

Para Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, o Ministério da Educação veio criar dificuldades ao acesso à categoria de professor titular. 'O acesso a titular não está reservado aos melhores, aos que têm mérito, mas sim àqueles a quem o Ministério atribuir vaga', disse o secretário-geral.

Joana Nogueira

domingo, 28 de junho de 2009

Na Escola ComCiência – Encontros e Desafios

O Ministério da Educação, através da Direcção Regional de Educação do Norte, está a organizar, em colaboração com a Fundação Ilídio Pinho, uma mostra nacional de ciência e tecnologia, designada Na Escola ComCiência – Encontros e Desafios, que exporá centenas de trabalhos feitos por alunos e professores nas escolas, nos próximos dias 29 e 30 de Junho, no Europarque, em Santa Maria da Feira.

* centenas de trabalhos do ensino experimental em exposição

* debates com Alexandre Quintanilha, Arsélio Martins e Jacinta Moreira

* encontros com centros Ciência Viva

* espectáculo musical com os Hands on Approach

* entrega dos Prémios Fundação Ilídio Pinho "Ciência na Escola" ( 7.ª Edição)

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O Ministério da Educação, através da Direcção Regional de Educação do Norte, está a organizar, em colaboração com a Fundação Ilídio Pinho, uma mostra nacional de ciência e tecnologia, designada Na Escola ComCiência - Encontros e Desafios, que exporá centenas de trabalhos feitos por alunos e professores nas escolas, nos próximos dias 29 e 30 de Junho, no Europarque, em Santa Maria da Feira.



Além de milhares de alunos e docentes, esta exposição na área da ciência contará com a participação de personalidades como Alexandre Quintanilha, Arsélio Martins, professor de Matemática, distinguido com o Prémio Nacional de Professores 2007, Jacinta Moreira, professora de Biologia e Geologia, também recebedora do Prémio Nacional de Professores, em 2008, e Ilídio Pinho, cuja fundação promove o Prémio "Ciência na Escola".



Os projectos expostos distribuem-se por áreas que vão da Matemática ou Física às Energias Renováveis, à Química, à Biologia, à Informática ou à Robótica.



Estarão também presentes projectos de outras entidades ligadas às vertentes científicas e tecnológicas, nomeadamente a Fundação de Serralves, o Pavilhão da Água, o Planetário e o Visionarium, entre outras.



A Mostra prevê uma conferência proferida por Alexandre Quintanilha e o Encontro com a Matemática, um espaço de conversa informal com Arsélio Martins, professor distinguido com o Prémio Nacional de Professores 2007 e presidente da Associação de Professores de Matemática (http://www.apm.pt/ ), no qual se debaterá a importância e os contributos da Matemática no panorama das Ciências.



Da mesma forma, os docentes Jacinta Moreira - distinguida com o Prémio Nacional de Professores 2008 -, Filipe Ressurreição e Átila Goren animarão uma mesa-redonda, intitulada Fazer Ciência, que funcionará como espaço de partilha de experiências adquiridas no desenvolvimento de projectos nas áreas da Geologia, Biologia, Física e Química.



A ComCiencia - Encontros e Desafios inclui também espaços dedicados às novas tecnologias e ao Plano Tecnológico da Educação, os quais contarão designadamente com quadros interactivos e computadores Magalhães.



A Mostra terá vários momentos de animação, a cargo de alunos de cursos artísticos e profissionais, um concerto dos Hands on Approach e uma LAN Party.



O evento encerrará com a entrega dos prémios aos vencedores da 7.ª edição do Prémio Fundação Ilídio Pinho "Ciência na Escola".


sábado, 27 de junho de 2009

Avaliação dos professores: Governo decide antes das eleições

O secretário de Estado Adjunto da Educação admite ser "impossível" a aplicação do modelo integral de avaliação docente. Por isso, defendeu ontem ao JN, "o Governo tem de tomar uma decisão a curto prazo".

"Parece ser consensual a necessidade de introdução de correcções por ser impossível a aplicação integral do modelo", defendeu Jorge Pedreira após a reunião de ontem de manhã com a Fenprof. O modelo em vigor (decreto-lei 1-A/2009) é o simplificado que só vigora este ciclo avaliativo, cessando até 31 de Dezembro. Ou seja, sublinhou o secretário de Estado, se não forem aprovadas alterações a partir de 1 de Janeiro regressa o decreto-lei nº2/2008. Pedreira considera que o Governo deve, por isso, anunciar uma decisão até ao início do ano lectivo.

As negociações com os sindicatos sobre avaliação não devem, no entanto, começar antes de "meados de Julho", porque o ME ainda espera o parecer da OCDE - que primeiro entregará "um rascunho e só depois do ME reagir o relatório final", embora as negociações comecem só com esse "rascunho"- e a decisão do Conselho Científico para a Avaliação dos professores (CCAP) sobre qual dos modelos de avaliação deve vigorar no próximo ano (integral ou simplificado). Sem prazo dado pelo Governo para se pronunciarem, Jorge Pedreira espera que os conselheiros tenham em conta a necessidade de se tomar uma decisão rapidamente.

O concurso extraordinário para professores titulares não deve realizar-se antes das eleições legislativas. O secretário de Estado Adjunto da Educação admitiu, ontem, ao JN, ser já "muito difícil" o Governo aprovar legislação e haver tempo suficiente para os procedimentos durante os três meses que faltam até às legislativas. Depois, na reunião de dia 1 com os sindicatos o ME vai propor alterações às regras de acesso à categoria.

"Querem flexibilizar as regras gerais mas o problema não é regras mais fáceis ou difíceis mas sim a existência de vagas", defendeu ao JN o secretário-geral da Fenprof, ontem, depois da reunião com Jorge Pedreira. O concurso extraordinário para professores titulares, recorde-se, foi aprovado em Conselho de Ministros, em Abril de 2008 e dirigia-se aos mais de seis docentes do antigo 10º escalão que tinham ficado de fora da categoria.

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=1277338

Quotas para classificações de mérito afinal são transitórias

A ministra da Educação admite que as quotas para as classificações de mérito atribuídas a docentes, que a tutela sempre disse serem fundamentais para garantir a diferenciação entre professores, podem afinal deixar de existir a prazo.

Maria de Lurdes Rodrigues respondia a perguntas de jornalistas a propósito de um relatório da consultora Deloitte, onde se dá conta de que as quotas, para este efeito, são quase uma particularidade portuguesa.

Também ao PÚBLICO, o Ministério da Educação (ME) precisou, através do gabinete de imprensa, que esta é uma disposição transitória: “As quotas pretendem contribuir para abalizar a atribuição das classificações de mérito, numa primeira fase em que o processo está em fase de implementação e ainda não existe uma cultura de avaliação consolidada que permita uma correcta diferenciação das classificações”.

As classificações de mérito (Muito Bom ou Excelente) são uma das condições para se aceder à nova categoria de professor titular. Como estão sujeitas a quotas, actualmente só um terço dos docentes poderá aspirar a esta categoria.

No relatório da consultora Deloitte, que foi pedido pelo ME, compara-se as formas de avaliação dos docentes em Portugal, França, Inglaterra, Holanda e Polónia. “Considerando as características genéricas do modelo de avaliação, deverão destacar-se três componentes relevantes: a obrigatoriedade do processo, o avaliador e o sistema de quotização. Assim, os modelos dos diferentes países são obrigatórios, os avaliadores são elementos internos à escola (com excepção da França, em que o processo é externo e não obrigatório) e apenas em Portugal é contemplado um sistema de quotização/harmonização das avaliações”, lê-se no documento, a que a agência Lusa teve acesso.

A Federação Nacional de Professores (Fenprof) foi informada que o ME apresentará a sua proposta sobre este tema na primeira semana de Julho. Em conferência de imprensa, a Fenprof anunciou que admite já não participar nesta reunião. “A negociação é um simulacro”, denunciou.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

António Barreto sobre as provas de aferição

A PUBLICAÇÃO, pelo Ministério da Educação, do "Manual de Aplicadores" não passou despercebida. Vários comentadores se referiram já a essa tão insigne peça de gestão escolar e de fino sentido pedagógico. Trata-se de um compêndio de regras que os professores devem aplicar nas salas onde se desenrolam as provas de aferição de Português e Matemática. Mais preciso e pormenorizado do que o manual de instruções de uma máquina de lavar a roupa. Mais rígidos do que o regimento de disciplina militar, estes manuais não são novidade. Podem consultar-se os dos últimos quatro anos. São essencialmente iguais e revelam a mesma paranóia controladora: a pretensão de regulamentar minuciosamente o que se diz e faz na sala durante as provas.
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ALGUNS exemplos denotam a qualidade deste manual: "Não procure decorar as instruções ou interpretá-las, mas antes lê-las exactamente como lhe são apresentadas ao longo deste Manual". "Continue a leitura em voz alta: Passo agora a ler os cuidados a terem ao longo da prova. (...) Estou a ser claro(a)? Querem fazer alguma pergunta?". "Leia em voz alta: Agora vou distribuir as provas. Deixem as provas com as capas para baixo, até que eu diga que as voltem". "Leia em voz alta: A primeira parte da prova termina quando encontrarem uma página a dizer PÁRA AQUI! Quando chegarem a esta página, não podem voltar a folha; durante a segunda parte, não podem responder a perguntas a que não responderam na primeira parte. Querem perguntar alguma coisa? Fui claro(a)?". Além destas preciosas recomendações, há dezenas de observações repetidas sobre os apara-lápis, as canetas, o papel de rascunho, as janelas e as portas da sala. Tal como um GPS ("Saia na saída"), o Manual do Aplicador não esquece de recomendar ao professor que leia em voz alta: "Escrevam o vosso nome no espaço dedicado ao nome". Finalmente: "Mande sair os alunos, lendo em voz alta: Podem sair. Obrigado(a) pela vossa colaboração"!
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A LEITURA destes manuais não deixa espaço para muitas conclusões. Talvez só duas. A primeira: os professores são atrasados mentais e incompetentes. Por isso deve o esclarecido ministério prever todos os passos, escrever o guião do que se diz, reduzir a zero quaisquer iniciativas dos professores, normalizar os procedimentos e evitar que profissionais tão incapazes tenham ideias. A segunda: a linha geral do ministério, a sua política e a sua estratégia estão inteiras e explícitas nestes manuais. Trata os professores como se fossem imaturos e aldrabões. Pretende reduzi-los a agentes automáticos. Não admite a autonomia. Abomina a iniciativa e a responsabilidade. Cria um clima de suspeição. Obriga os professores a comportarem-se como "robots".
A ser verdadeira a primeira hipótese, não se percebe por que razão aquelas pessoas são professores. Deveriam exercer outras profissões. Mesmo com cinco, dez ou vinte anos de experiência, estes professores são pessoas de baixa moral, de reduzidas capacidades intelectuais e de nula aptidão profissional. O ministério, que os contratou, é responsável por uma selecção desastrada. Não tem desculpa.
Se a segunda for verdade, o ministério revela a sua real natureza. Tem uma concepção centralizadora e dirigista da educação e da sociedade. Entende sem hesitação gerir directamente milhares de escolas. Considera os professores imbecis e simulados. Pretende que os professores sejam funcionários obedientes e destituídos de personalidade. Está disposto a tudo para estabelecer uma norma burocrática, mais ou menos "taylorista", mais ou menos militarizada, que dite os comportamentos dos docentes.
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O ANO lectivo chega ao fim. Ouvem gritos e suspiros. Do lado, do ministério, festeja-se a "vitória". Parece que, segundo Walter Lemos, 75 por cento dos professores cumpriram as directivas sobre a avaliação. Outras fontes oficiais dizem que foram 57. Ainda pelas bandas da 5 de Outubro, comemora-se o grande "êxito": as notas em Matemática e Português nunca foram tão boas. Do lado dos professores, celebra-se também a "vitória". Nunca se viram manifestações tão grandes. Nunca a mobilização dos professores foi tão impressionante como este ano. Cá fora, na vida e na sociedade, perguntamo-nos: "vitória" de quem? Sobre quê? Contra quem? Esta ideia de que a educação está em guerra e há lugar para vitórias entristece e desmoraliza. Chegou-se a um ponto em que já quase não interessa saber quem tem razão. Todos têm uma parte e todos têm falta de alguma. A situação criada é a de um desastre ecológico. Serão precisos anos ou décadas para reparar os estragos. Só uma nova geração poderá sentir-se em paz consigo, com os outros e com as escolas.
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OLHEMOS para as imagens na televisão e nos jornais. Visitemos algumas escolas. Ouçamos os professores. Conversemos com os pais. Falemos com os estudantes. Toda a gente está cansada. A ministra e os dirigentes do ministério também. Os responsáveis governamentais já só têm uma ideia em mente: persistir, mesmo que seja no erro, e esperar sofridamente pelas eleições. Os professores procuram soluções para a desmoralização. Uns pedem a reforma ou tentam mudar de profissão. Outros solicitam transferência para novas escolas, na esperança de que uma mudança qualquer engane a angústia. Há muitos professores para quem o início de um dia de aulas é um momento de pura ansiedade. Foram milhares de horas perdidas em reuniões. Quilómetros de caminho para as manifestações. Dias passados a preencher formulários absurdos. Foram semanas ocupadas a ler directivas e despachos redigidos por déspotas loucos. Pais inquietos, mas sem meios de intervenção, lêem todos os dias notícias sobre as escolas transformadas em terrenos de batalha. Há alunos que ameaçam ou agridem os professores. E há docentes que batem em alunos. Como existem estudantes que gravam ou fotografam as aulas para poderem denunciar o que lá se passa. O ministério fez tudo o que podia para virar a opinião pública contra os professores. Os administradores regionais de educação não distinguem as suas funções das dos informadores. As autarquias deixaram de se preocupar com as escolas dos seus munícipes porque são impotentes: não sabem e não têm meios. Todos estão exaustos. Todos sentem que o ano foi em grande parte perdido. Pior: todos sabem que a escola está, hoje, pior do que há um ano.
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«Retrato da Semana» - «Público» de 24 de Maio de 2009

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Sociedade Portuguesa de Química admite que "errou" em parecer sobre exames

A Sociedade Portuguesa de Química (SPQ) admitiu hoje que “errou” quando, a propósito de uma questão (1.5.1) do exame nacional de Física e Química A, disse que a frase, destinada a ser completada, era “cientificamente bastante censurável”.


“Dado que esse parecer veicula informação incorrecta foi solicitado à equipa de auditoria científica de Química da prova de Física e Química A um parecer técnico esclarecendo a correcção” do ponto em causa, refere um comunicado do SPQ.

Assim, adianta a SPQ relativamente à questão em apreço, é correcto afirmar que “a energia de ionização do magnésio é superior à energia de ionização do sódio uma vez que, dado o aumento da carga nuclear ao longo do período, o raio atómico tem tendência a diminuir”.

O novo parecer esclarece ainda que “o aumento da carga nuclear contribui com um efeito atractivo entre as cargas positivas do núcleo e os electrões, que vai no sentido de promover a diminuição do raio atómico e o aumento da energia de ionização”.

“Não está explícito nem implícito na pergunta que este efeito seja exclusivo, que não é. Ele é, no entanto, a regra, que é válida para o par de elementos seleccionados” conclui.

O parecer da equipa de auditoria científica refere, porém, que há excepções à regra, como por exemplo o alumínio (Al): “Apesar de o alumínio ter número atómico superior ao do magnésio, prevalece o efeito de blindagem dos electrões que, repelindo-se, contrariam a atracção nuclear, justificando a diminuição da energia de ionização”.

Na semana passada, a SPQ considerou que o grau de dificuldade do exame nacional de Física e Química A se situou entre 01 e 03, numa escala até 05, nas questões sobre aquela disciplina.

O exame nacional de Física e Química A, 10.º/11.º ou 11.º/12.º, é uma das disciplinas nucleares para os alunos que querem seguir Medicina. Realizou-se no passado dia 19 e é a segunda prova com mais alunos inscritos (57 593), a seguir a Português (73 696).

Lusa