sábado, 24 de junho de 2017

Curiosidade - Sardenha - Ilhas europeias para férias de verão inesquecíveis


Sardenha tem muito mais a oferecer que a sua belíssima costa, repleta de praias paradisíacas, iates, restaurantes e hotéis de luxo. Conheça também as suas ruínas romanas e a sua cultura Nuragui ancestral.

Informação retirada daqui

Desenhos para colorir - Primavera


Biografia - Charles Vincent

n: 21 de Março de 1753 em Bourg-en-Bresse (França)
m: 1831

Oficial de Engenharia em 1773, estuda na Escola de Mezières, com o posto de 2º tenente. Exerce a sua actividade na Ilha de São Domingos de 1786 a 1801, sendo tenente-coronel em 1796. Em 1802 é nomeado director de fortificações no Exército de Itália.
Em 1807, já Coronel, e em comissão de serviço em Baiona, é nomeado Comandante da Engenharia do 1º Corpo de Observação da Gironda. Com o regresso a França, é enviado para a Toscânia como Director da sua arma. Em 1814 é nomeado Marechal de campo honorário e oficial da Legião de Honra, antes de ser reformado.

Fonte:
António Pedro Vicente,
Le Génie Français au Portugal sous l'Empire, 
Lisboa, Serviço Histórico Militar, 1984. 

3ºAno - Estudo do Meio - Vídeo - Sistema Cardiovascular

Conteúdo - Síndrome de Asperger - Comportamentos repetitivos e restritos


Os indivíduos com Síndrome de Asperger geralmente possuem comportamentos, interesses e atividades restritas e repetitivas, por vezes focadas de forma intensa e anormal. Além disso, apego à rotinas, movimentos estereotipados e repetitivos, ou preocupação exacerbada com certos objetos são algumas das características que apresentam.

A obsessão por áreas específicas do conhecimento é uma das características mais marcantes da SA. Tais pessoas geralmente se informam e possuem leitura profunda de assuntos nos quais se interessam, como dados meteorológicos ou nomes de personalidades notórias, sem necessariamente ter uma verdadeira compreensão do tópico geral. Por exemplo, uma criança pode memorizar modelos de câmeras enquanto pouco se importa com fotografia. Este comportamento é comum em torno dos 5 ou 6 anos. Embora seus focos mudem de tempos em tempos, normalmente parecem bizarros e pelo foco exagerado, dominam tanto o assunto que causam a curiosidade da família. Há vezes em que os interesses restritos de crianças com Asperger passam despercebidos pelos pais. A família tende a achar que são "manias da infância" e que a criança apenas tem uma forte preferência por isso ou aquilo, que é um traço de personalidade ou temperamento, e quando alguns desses assuntos de interesse são relativamente normais, como carros, dinossauros ou bonecas, a obsessividade e restrição ficam ainda mais mascaradas, sendo ainda menos percebidas pela família.

sexta-feira, 23 de junho de 2017

Powerpoint - Erros na BIOS e UPGRADES


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Biografia - Frédéric Chopin

Conteúdo - Francis Bacon


O objetivo do método baconiano é constituir uma nova maneira de estudar os fenómenos naturais. Para Bacon, a descoberta de fatos verdadeiros não depende do raciocínio silogístico aristotélico, mas sim da observação e da experimentação regulada pelo raciocínio indutivo. O conhecimento verdadeiro é resultado da concordância e da variação dos fenómenos que, se devidamente observados, apresentam a causa real dos fenómenos.

Para isso, no entanto, deve-se descrever de modo pormenorizado os fatos observados para, em seguida, confrontá-los com três tábuas que disciplinarão o método indutivo: a tábua da presença (responsável pelo registro de presenças das formas que se investigam), a tábua de ausência (responsável pelo controle de situações nas quais as formas pesquisadas se revelam ausentes) e a tábua da comparação (responsável pelo registro das variações que as referidas formas manifestam). Com isso, seria possível eliminar causas que não se relacionam com o efeito ou com o fenômeno analisado e, pelo registro da presença e variações seria possível chegar à verdadeira causa de um fenômeno. Estas tábuas não apenas dão suporte ao método indutivo mas fazem uma distinção entre a experiência vaga (noções recolhidas ao acaso) e a experiência escriturada (observação metódica e passível de verificações empíricas). Mesmo que a indução fosse conhecida dos antigos, é com Bacon que ela ganha amplitude e eficácia.

O método, no entanto, possui pelo menos duas falhas importantes. Em primeiro lugar, Bacon não dá muito valor à hipótese. De acordo com seu método, a simples disposição ordenada dos dados nas três tábuas acabaria por levar à hipótese correta. Isso, contudo, raramente ocorre. Em segundo lugar, Bacon não imaginou a importância da dedução matemática para o avanço das ciências. A origem para isso, talvez, foi o fato de ter estudado em Cambridge, reduto platônico que costumava ligar a matemática ao uso que dela fizera Platão.

Manual - Boas Práticas na Produção de Mel


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Vídeo - Isto é Matemática T04E01 Tenho um Logaritmo no Canto do Olho

Notícia - Uma vida artificial

A revolução das criaturas sintéticas

Em Maio, um grupo de cientistas anunciou ter conseguido criar a primeira bactéria com ADN artificial. Trata-se de um passo de gigante na corrida para fabricar novos seres a partir do zero.

Imagine células sanguíneas a transportar pelas suas veias não apenas o oxigénio necessário para a sobrevivência como, também, fármacos. Imagine sangue desidratado e armazenado durante meses, ou anos, que fosse possível levar para qualquer parte, incluindo o espaço. Imagine transfusões feitas sem risco de contrair qualquer doença. É o que vende a promissora biologia sintética.

O termo foi criado, em 1974, pelo oncologista polaco Waclaw Szybalski: “Até agora, temos estado a trabalhar na fase descritiva da biologia molecular. Todavia, o verdadeiro desafio começará quando entrarmos na fase da biologia sintética. Nessa altura, desenvolveremos novos elementos de controlo para serem acrescentados a genomas já existentes, ou criaremos outros totalmente novos.” Esta combinação de bioquímica e genética colocava duas questões que estamos, actual­mente, muito perto de conseguir resolver: qual o número mínimo de genes necessário para poder haver vida? É possível criar um ser vivo ex novo?

Em Março de 2004, partia do porto de Halifax, no Canadá, o Sorcerer II, o iate privado do conhecido empresário e biólogo John Craig Venter, um dos “pais” do Projecto Genoma. A missão de dois anos consistia em circumnavegar a Terra para recolher espécimes das comunidades microbianas marinhas e avaliar a sua diversidade genética. A expedição Global Ocean Sampling (GOS) reuniu mais de seis milhões de genes e milhares de novas famílias de proteínas.

A energia do futuro, em ADN?

De todos os genes obtidos, Venter está particularmente interessado nas 20 mil que fabricam proteínas que podem metabolizar hidrogénio; o seu faro de homem de negócios diz-lhe que ganhará dinheiro se encontrar uma solução biológica para o problema das novas fontes de energia. Está também de olho no gene da proteína rodopsina, que os vertebrados possuem nas células da retina e que traduz a energia luminosa em impulsos nervosos. Por que será que este pigmento visual foi encontrado nas bactérias marinhas pescadas por Venter? Os microbiólogos pensam que funciona como bóia de sinalização: quando está muito escuro, a rodopsina não produz impulsos eléctricos e o micróbio sabe que se encontra a demasiada profundidade.

Na base do plano de trabalho do biólogo está a identificação da estrutura mínima do genoma necessária para uma bactéria poder subsistir exclusivamente em condições controladas em laboratório, a fim de se poder implantar-lhe genes sintéticos com capacidade para criar biocombustíveis. Depois, será preciso criar uma célula-zombie: retira-se o material genético ao microrganismo para ser substituído pelo ADN artificial. Na última década, foi essa a meta dos J. Craig Venter Institutes (http://www.jcvi.org), em Rockville e San Diego.

Em Junho de 2007, os seus cientistas conseguiam transformar a bactéria da espécie Mycoplasma capricolum noutra, Mycoplasma mycoides, ao substituir o cromossoma da segunda pelo da primeira. Em Janeiro do ano seguinte, Venter e o seu antigo colaborador Hamilton Smith (Prémio Nobel em 1978) anunciavam a criação do primeiro ADN sintético com base no Mycoplasma genitalium, uma bactéria que infecta o aparelho genital dos primatas.

Para não restarem dúvidas de que era artificial, os cientistas criaram um código semelhante ao Morse, mas em que o papel dos pontos e traços era desempenhado pelas quatro “letras” do ADN: timina (T), guanina (G), citosina (C) e adenina (A). Com as letras e os restantes componentes do ADN, formaram uma sequência que, adequadamente descodificada, revelava o nome dos 46 investigadores envolvidos no projecto, o endereço de uma página da internet para onde enviar uma mensagem de correio electrónico se alguém conseguisse decifrar o código, e três citações: uma de James Joyce, outra do físico Richard Feynman e uma outra do livro American Prometheus, a biografia de J. Robert Oppenheimer, um dos pais da bomba atómica.

Em Maio, deram o derradeiro passo: a criação inédita de um organismo sintético. Para fabricar o Mycoplasma mycoides JCVI-syn 1.0 (Synthia, como lhe chamam familiarmente os investigadores), sintetizaram ADN do genoma de M. mycoides e transplantaram-no para uma M. capricolum. Smith recorre a uma metáfora informática para explicar o processo: “O genoma é o sistema operativo, e o citoplasma (o recheio celular) é o equipamento necessário para o executar. Os dois juntos fazem que uma célula funcione.”

Os problemas de “Synthia”

Os problemas começaram quando se tentou “reiniciar” a criatura, pois muitos dos genes sintéticos não trabalham e os que funcionam não têm qualquer utilidade. As bactérias obtidas desta forma limitam-se a crescer e a reproduzir-se. Apesar disso, Venter declarou que se trata da “primeira célula sintética, pois contém um cromossoma fabricado com quatro frascos de produtos químicos, um sintetizador comercial e um computador”.

Embora, em termos conceptuais, Synthia não traga nada de novo, do ponto de vista tecnológico é um verdadeiro tour de force. Manipular grandes pedaços de ADN, sobretudo quando se pretende que encaixem e formem uma sequência com total precisão, é extremamente complexo. “A criação e inserção de um genoma sintético com mais de um milhão de pares de bases [as “letras”] é um autêntico feito”, diz a bioquímica Frances Arnold, do California Institute of Technology, em Pasadena.

Todavia, o mais importante é o conceito radical que implica: esbateu-se a linha de separação entre o vivo e o não-vivo, um caminho aberto pelo químico alemão Friedrich Whöler, em 1828, ao sintetizar um composto orgânico, a ureia, a partir de moléculas inorgânicas. Em meados do século XX, a biologia molecular demonstrou que as leis físico-químicas que regem o universo também governam os processos vivos. No início do século XXI, Venter constata que se pode manipular a matéria para criar uma forma de vida anteriormente inexistente. Apesar disso, as incógnitas da biologia ainda andam por aí, como adverte Arnold: “Podemos escrever o que quisermos. O problema é que não sabemos o que escrever.”

Há investigadores empenhados em ir ainda mais longe: criar vida a partir do zero para se poder, assim, compreendê-la. Que melhor do que engendrar sistemas que funcionem com uma química que não está presente nos seres vivos? Um desses espíritos radicais é Drew Endy: para este professor do Departamento de Engenharia Biológica do Instituto Tecnológico do Massachusetts (MIT), “nenhum perito inteligente teria fabricado os genomas dos organismos do modo como a evolução fez: algumas partes sobrepõem-se e outras perderam a sua função, mas não se podem suprimir; só ficaram a ocupar espaço”.

A explicação para esta confusão é simples: a Natureza trabalha com o que tem; não pode criar a partir do nada ou do zero, e é isso que Endy pretende tentar: “O principal objectivo da biologia sintética é facilitar a vida ao engenheiro.” Um dos seus colegas, Tom ­Knight, lembrou-se de uma maneira de resolver o problema ao reparar no sistema dos jogos Lego, onde todas as peças encaixam porque são compatíveis. Foi assim que nasceram os BioBricks, cadeias de ADN que possuem “conectores universais” nas extremidades e que se ligam entre si para formar componentes de nível mais elevado.

Por outro lado, a Natureza apenas utiliza uma vintena de aminoácidos para fabricar as proteínas de que os seres vivos necessitam, mas os cientistas conhecem milhares destas moléculas. Por que não utilizá-las? Lei Wang, do Laboratório de Biologia Química e Proteómica do Salk Institute, na Califórnia, está a trabalhar nisso. O livro da vida é escrito com 64 “palavras” (os codões) de três “letras” cada, retiradas das quatro que formam o ARN: A, G, C e U (de uracilo, que substitui a timina do ADN). Cada um destes tripletos corresponde a um aminoácido específico, excepto três de finalização que servem para assinalar aos ribossomas (as fábricas proteicas da célula) que a proteína está esgotada. Como temos mais codões do que aminoácidos, isso significa que um único aminoácido é codificado por mais de um tripleto. É por isso que os biólogos dizem que o código genético é defeituoso. Incomodado com esta redundância, Wang conseguiu atribuir uma nova missão a um dos três codões stop da bactéria Escherichia coli: agora, esta reconhece um aminoácido não-biológico e incorpora-o nas proteínas.

Genoma com capacidade de evoluir

Por sua vez, Peter Carr, do MIT, e Farren Isaacs, da Harvard Medical School, pretendem eliminar todas as instruções supérfluas do genoma da E. coli. Já o conseguiram com uma das três reiterações que indicam que a proteína está pronta. Se alcançarem o seu objectivo e a nova bactéria for viável, terão 43 tripletos aos quais atribuir outras tarefas.

É no mesmo sentido que se desenvolve um promissor estudo a decorrer num recipiente de precipitados de um laboratório da Foundation for Applied Molecular Evolution, na Florida. Designado por AEGIS, acrónimo de Artificially Expanded Genetic Information System, é, segundo o seu criador, Steven Benner, o primeiro sistema genético sintético capaz de evoluir. “Está a cumprir aquilo para que foi concebido”, assegura o bioquímico. O mais curioso do referido AEGIS é que se trata de um ADN fabricado com 12 bases diferentes, entre as quais se incluem as quatro que definem a vida terrestre. Tal como diria o Dr. McCoy de Star Trek: “É vida, Jim, mas não como a conhecemos.”

Esse poderia igualmente ser o lema do galego Antón Vila, que pretende, no seu laboratório da Universidade da Califórnia em Berkeley, acrescentar um bom número de genes à mitocôndria das nossas células, o organelo responsável pela respiração celular. Possui o seu próprio ADN porque, há 2000 milhões de anos, se tratava de uma bactéria autónoma que se uniu em simbiose a outras para formar a célula eucariota. Gradualmente, começou a desfazer-se do material genético de que não tinha necessidade para poder sobreviver. Actualmente, “consiste em apenas uma trintena de genes; estimamos que o complemento mínimo necessário seja de cerca de 300”, afirma Vila. O objectivo é apagar o caminho evolutivo percorrido pela mitocôndria e... voltar a torná-la autónoma.

Contudo, existe outra via para fabricar uma protocélula artificial com matéria-prima biológica: fazê-lo de baixo para cima ou, dito de outro modo, fabricá-la com base nos própios ingredientes químicos essenciais. Um dos mais destacados defensores desta ideia, o físico dinamarquês Steen Rasmussen, do Los Alamos National Laboratory, já anunciou que “estamos à beira de criar vida”. Segundo Giovanni Murtas, do Centro Enrico Fermi da Universidade de Roma 3, seria efectivamente possível, com uma soma de dez milhões de dólares.

Murtas tem motivos para se sentir optimista. Em 2007, conseguiu sintetizar proteínas dentro de umas gotinhas de gordura (vesículas) chamadas “lipossomas”. Algo de semelhante fora conseguido, três anos antes, pelo físico Albert Libchaber e pelo seu aluno Vincent Noireaux, da Universidade Rockefeller de Nova Iorque, com um extracto de E. coli injectado num lipossoma. Murtas fez o mesmo com um cocktail de 37 enzimas, algumas moléculas e o gene que produz uma proteína fluorescente. Durante algunas horas, os biorreactores vesiculares conseguiram produzir a proteína. Actualmente, procura incorporar novos genes, tendo como meta a principal característica da vida: a reprodução.

Todavia, criar um autêntico ser artificial exigiria desenvolver estruturas semelhantes com recurso à engenharia pura. Em 2009, George Church, da Universidade de Harvard, e Anthony Forster, da Universidade Vanderbilt, em Nashville (ambas nos Estadios Unidos), conseguiram obter, com um pouco de bioquímica e 115 genes, um ribossoma sintético viável em condições de laboratório. Por sua vez, Achim Muller, da universidade alemã de Bielefeld, fabricou uma membrana artificial a partir de uma macromolécula inorgânica: um agregado esférico de molibdato de polioxietileno.

A linha mais promissora

Todavia, a linha mais promissora é a que deriva de um projecto recentemente completado e em que participaram 13 grupos de investigação europeus: Programmable Artificial Cell Evolution (PACE). O objectivo era determinar as regras seguidas por qualquer ser vivo e, na posse delas, conceber uma criatura completamente distinta. “Não se parte de um genoma que já existe, mas de matéria inanimada, com recurso a sistemas químicos que não têm de ser forçosamente biológicos”, esclarece Ricard Solé, director do Laboratório de Sistemas Complexos da Universidade Pompeu Fabra (Barcelona) e um dos investigadores que participam no projecto. O seu grupo foi incumbido de elaborar os modelos teóricos que prevêem a dinâmica e a evolução das futuras protocélulas artificiais: os resultados mostram que é possível. Solé está convencido de que, dentro de pouco mais de uma década, teremos a primeira célula artificial.

Podemos imaginá-la como um nano-robô, a trabalhar à escala molecular, composto por três estruturas bioquímicas elementares: um tabique de contenção (a membrana que delimita o compartimento celular), um sistema de fabrico (o metabolismo) e um sistema capaz de armazenar informação. O problema não é conceber estes três componentes, mas conseguir que funcionem acoplados.

A empresa Protolife, associada à PACE e fundada em 2004 pelo pioneiro da teoria do caos Norman Packard e pelo filósofo Mark Bedau, espera fabricar o ente criado pelo seu sócio Steen Rasmussen, e já baptizado com o sugestivo nome de O Bicho. Bastará uma gotinha de gordura para desenvolver a molécula sintética da hereditariedade: o ANP, ou ácido nucleico peptídico, que desempenharia o papel de ADN. “Se queremos saber o que é a vida, nada como fabricá-la”, diz Rasmussen.

Claro que todas estas tentativas suscitam críticas e dão origem a acusações de estarem a “brincar a Deus” e às clássicas alusões a Frankenstein. Todavia, como recorda Arthur Caplan, director do Centro de Bioética da Universidade da Pensilvânia, “a dignidade da vida nunca esteve no seu mistério, mas na diversidade, complexidade e capacidade para se manifestar em todo o tipo de condições e circunstâncias”. Seguramente, se há algum mistério na criação de seres vivos, reside em saber se seremos capazes de o fazer.

Patentear a vida?

O britânico John Sulston, Prémio Nobel da Medicina, lançou um verdadeiro ataque mediático contra Craig Venter e o seu indisfarçável desejo de patentear todos os resultados que saem do seu laboratório. Sulston está sobretudo preocupado com a possibilidade de Venter registar comercialmente as técnicas utilizadas para fabricar a sua bactéria sintética, tendo afirmado: “Espero que muitas dessas patentes não sejam concedidas, pois isso deixaria toda a engenharia genética sob o controlo do J. Craig Venter Institute.”

Não é a primeira vez que os dois cientistas entram em rota de colisão. Há dez anos, lideravam equipas rivais na corrida para ler a sequência do genoma humano. Venter procurava patentear sequências particularmente utéis do genoma. A trabalhar no projecto para o consórcio público, Sulston criticou duramente a sua visão empresarial. Para desvalorizar comercialmente o trabalho do norte-americano, tornou públicos todos os seus dados. Após a algazarra mediática em ambos os lados do Atlântico, a empresa Celera, de Venter, renunciou aos seus direitos.

Um exemplo do perigo para o qual nos alerta é o da empresa Myriad Genetics. Há alguns anos, conseguiu obter os direitos sobre dois genes do cancro da mama, pelo que qualquer tratamento baseado neles devia pagar royalties à Myriad. Contudo, graças à acção de grupos de defesa dos direitos civis, essa parte das patentes foi retirada.

M.A.S.
SUPER 149 - Setembro 2010

Aves das Galápagos recorrem às flores devido à falta de insetos



Um estudo desenvolvido por investigadores de Portugal, Espanha, Equador e Dinamarca concluiu que as aves das ilhas Galápagos estão a recorrer às flores para compensar a falta de insetos, anunciou a Universidade de Coimbra.

"Aves das Galápagos incluem mais de 100 espécies de flores na sua dieta, para compensar a falta de insetos, revela um estudo internacional", afirma a Universidade de Coimbra (UC) numa nota divulgada esta terça-feira.

A investigação, que acaba de ser publicada na revista "Nature Communications", do grupo "Nature", mostra, "pela primeira vez", que, "afinal, estas aves, incluindo os famosos tentilhões de Darwin, também se alimentam em larga escala de néctar e pólen", acrescentando "uma nova peça na compreensão da ecologia das espécies insulares", sublinha a UC.

Até agora, "a história da ecologia e evolução das aves" daquelas ilhas do Pacífico "contava-se essencialmente com a necessidade de se alimentarem de insetos e sementes".

A principal novidade do estudo, destaca a UC, consiste no facto de "praticamente todas as aves" do arquipélago adotarem a mesma estratégia, "alimentando-se massivamente de flores ao longo de todo o ano e em todas as ilhas, independentemente da dieta típica dos seus antepassados, vindos da América do Sul".

A mudança observada "introduz uma nova peça que pode ser muito importante no puzzle que é a evolução e a ecologia das espécies insulares", sustenta Ruben Heleno, investigador do Centro de Ecologia Funcional da UC e um dos especialistas envolvidos na pesquisa.

"A escassez de insetos obrigou muitos animais tipicamente insetívoros e granívoros a incluírem na sua dieta recursos florais mais abundantes, como pólen e néctar", afirma Ruben Heleno, considerando que "este alargamento na dieta leva a que as aves das Galápagos se tornem massivamente mais generalistas, consumindo uma diversidade de flores muito maior do que a das aves na América continental".

Mas a investigação também expõe as fragilidades do ecossistema das ilhas Galápagos, sustenta o especialista.

"As aves ganham um recurso alimentar e, simultaneamente, as flores beneficiam porque são polinizadas pela ação das aves, podendo assim produzir mais frutos e mais sementes", mas o fenómeno também representa "uma ameaça, uma vez que, ao visitar e polinizar as plantas introduzidas pelo Homem nestes frágeis ecossistemas insulares, as aves podem acelerar a progressão de plantas invasoras e a destruição dos habitats únicos das Galápagos", nota Ruben Heleno.

Desenvolvido ao longo de quatro anos, por uma equipa multidisciplinar de investigadores de Espanha, Equador, Dinamarca e Portugal, através do Centro de Ecologia Funcional da UC, o estudo "procedeu à identificação dos grãos de pólen transportados no bico de aves de 19 das 23 espécies existentes nas Galápagos".

No âmbito deste trabalho foram capturadas e libertadas, após a colheita do pólen, mais de 700 aves e a informação recolhida foi depois processada com recurso a técnicas de análise de redes complexas, adianta a UC na mesma nota.

Informação retirada daqui

Biografia - Sigmund Freud



Sigmund Freud nasceu a seis de Maio de 1856 em Pribor, cidade que hoje pertence à República Checa. O seu pai, Jacob Freud, um comerciante de lã com um grande sentido de humor, tinha dois filhos mais velhos do seu anterior casamento, Emanuel e Philipp, que viviam com o casal. Amalia Freud, vinte anos mais nova que o marido, deu à luz, aos 21 anos, o seu primeiro filho, Sigmund.
Após o nascimento de Sigmund, a mãe teve mais seis filhos; Pauline, a filha mais nova, nasceu em 1865.

Após uma breve passagem por Leipzig, a família mudou-se definitivamente para Viena, em 1860. Enquanto os meio-irmãos foram viver para Manchester, Freud frequentou o curso de Medicina na Universidade de Viena, entre 1873 e 1881. Durante este período realizou trabalho cientifico na área de Fisiologia, com um dos grandes cientistas alemães da época, Ernst Brüecke, director do Laboratório de Fisiologia da Universidade de Viena. Neste laboratório Freud desenvolveu um novo método de coloração de tecidos nervosos para observação ao microscópio. Com esta descoberta Freud esperava conseguir reconhecimento cientifico, mas este só iria chegar anos mais tarde. O ano de 1882, foi bastante agitado para Freud, ficou noivo de Martha Bernays e começou a trabalhar na Clínica Psiquiátrica Theodor Meynert, onde conheceu Josef Breuer. Três anos mais tarde tornou-se professor da Universidade de Viena, onde leccionou um curso de Neuropatologia e desenvolveu um trabalho sobre os efeitos da cocaína como anestésico.

Em 1886, ainda antes do seu casamento com Martha Bernays, Freud viajou para Paris, onde ficou bastante impressionado com o trabalho do neurologista francês Jean Charcot que utilizava hipnotismo para tratar doentes histéricos e outras condições mentais anormais. Quando voltou para Viena, abriu um consultório privado para o tratamento de doenças psicológicas, que lhe proporcionou material para o desenvolvimento das suas teorias e as suas técnicas pioneiras. Utilizou a hipnose para o tratamento de alguns casos; no entanto, os seus efeitos benéficos não duraram muito. Foi então que Breuer falou a Freud sobre um novo método que estava a utilizar com um paciente histérico, que consistia em deixar o paciente falar sobre os primeiros sintomas de histeria e gradualmente os sintomas desapareciam. Ao trabalhar com Breuer, Freud formulou e desenvolveu a ideia de que muitas das neuroses (fobias, paralisia histérica, algumas formas de paranóia, etc.) têm origem em experiências traumáticas passadas, que não foram esquecidas, mas ficaram escondidas do consciente. O tratamento consistia em o doente lembrar-se das experiências e confrontar-se com elas intelectual e emocionalmente, por forma a apagar as causas psicológicas dos sintomas neuróticos. Esta técnica e a teoria que a suporta foram publicadas no livro "Estudos em histeria", em 1895, por Freud e Breuer. Neste ano nasceu a sexta e mais nova filha de Freud, Anna.

Após a publicação deste livro, Breuer e Freud começaram a discordar em certos aspectos; Breuer não concordava com a importância que Freud dava às origens sexuais das neuroses. Após a separação, Freud continuou a praticar psicanálise e a desenvolver a sua teoria. Utilizou o termo "psicanálise" pela primeira vez em 1896, num artigo publicado em francês sobre a etiologia das neuroses. Um ano mais tarde, inicia a análise a si próprio que culmina com a publicação de "A Interpretação dos Sonhos" em 1900 – este é considerado o seu melhor trabalho. Neste livro falava da relação com o seu irmão mais novo, já falecido, da crise emocional devida à morte do pai e na importância dos irmãos mais velhos no relacionamento com as pessoas que o rodeavam. Esta análise revelou-lhe que o amor e a admiração que sentia pelo pai, estavam misturados com sentimentos de vergonha e ódio. Por isso quando criança desejou que o seu meio-irmão Philipp (da mesma idade que a mãe) fosse seu pai e que o pai morre-se, pois era um rival nas atenções da mãe. Este sentimento foi a base para a sua teoria do complexo de Édipo. Freud publicou em 1901, "A psicopatologia da vida quotidiana" e em 1905, "Três ensaios sobre a teoria da sexualidade". Inicialmente as teorias de Freud foram mal recebidas pela sociedade, provocando um enorme escândalo, devido à importância que dava à sexualidade. Durante estes anos manteve reuniões em suas casas com alguns dos grandes pensadores da sua época.

Só em 1908, durante o primeiro congresso Internacional de Psicanálise em Salzburg é que as teorias de Freud foram reconhecidas. Um ano mais tarde foi convidado a proferir uma série de palestras, nos E.U.A., que foram base para o seu livro publicado em 1916, "Cinco palestras sobre psicanálise". A partir de então, a reputação de Freud foi aumentando e escreveu obras até à sua morte, num total de mais de 20 obras teóricas e estudos clínicos. No seu trabalho "O Ego e o ID", Freud revelou a sua teoria sobre o Id, Ego e Super-ego.


Nos primeiros anos após a formação da sociedade de Psicanálise de Viena, as teorias de Freud foram apoiadas por Adler e Jung. Mas em 1911, Adler decide deixar a sociedade por não concordar com as teorias de Freud — mais tarde Jung deixa também a sociedade. Estas duas sisões foram as primeiras de muitas que aconteceram neste movimento, mas Freud sabia que tais discordâncias nos princípios básicos eram os primeiros passos para o nascimento de uma nova ciência.

A Primeira Guerra Mundial começa em 1914 e Freud atravessa um período bastante negativo. O número de pacientes diminuiu de tal forma, que Freud quase não tinha dinheiro para sustentar a sua família. Depois da Guerra foi-lhe diagnosticado um cancro, e mais tarde, após um ataque cardíaco, foi obrigado a deixar de fumar. Neste período, Freud recebeu vários prémios e muitos dos seus livros foram reeditados.
As obras de Freud e dos seus colegas psicanalistas foram publicamente queimadas em 1933, na Alemanha. Muitos dos colegas de Freud emigraram nos anos seguintes, mas Freud recusou-se a sair do país. Depois da anexação da Áustria pela Alemanha, em 1938, a família de Freud foi objecto de perseguições nazis. A sua casa e a sociedade de psicanálise de Viena foram revistadas e Anna Freud foi presa durante um dia pela Gestapo. Freud refugia-se então em Londres instalando-se inicialmente numa casa alugada em Elsworthy Road. No início do ano de 1938, Freud conheceu Salvador Dali e, durante o encontro, este desenhou, às escondidas, umcroquis e mais tarde um desenho a bico de pena de Freud. Estes desenhos não lhe foram mostrados pois prenunciavam a sua morte iminente. A 27 de Setembro de 1938, Freud mudou-se para Maresfield Gardens em Hampstead, onde se encontra uma casa-museu desde 1982. Permaneceu nesta casa até à sua morte, em 23 de Setembro de 1939 com 83 anos. A sua filha, Anna continuou a viver na casa e esta só se tornou museu após a sua morte. No último ano de vida continuou o seu trabalho, recebendo pacientes para as suas sessões, e concluiu duas das suas obras. Mas em Agosto de 1939 a doença obrigou-o a deixar definitivamente de praticar psicanálise.


Durante a sua vida, Freud defendeu várias teorias, que foram bastante "avançadas" para a sua época e por isso mal aceites na sociedade.
As pessoas não acreditavam nos meus factos e pensavam que as minhas teorias eram duvidosas. No fim, eu vou ganhar, mas a luta ainda não acabou. Sigmund Freud

Anna O. era uma rapariga de 20 anos, que passou a maior parte da sua vida a cuidar do pai doente. Desenvolveu vários sintomas, como tosse, perda de sensibilidade nas mãos e pés, paralisia parcial e espasmos involuntários que não tinham nenhuma causa física. A certa altura, começou a ter dificuldades de fala, ficou muda e, mais tarde, só falava em Inglês em vez do alemão, a sua língua materna. Quando o seu pai morreu, recusou comer durante algum tempo e desenvolveu alguns problemas pouco usuais. Tentou suicidar-se várias vezes, tinha mudanças de humor drásticas e fantasias. Breuer diagnosticou-lhe histeria, que significava que tinha sintomas aparentemente físicos, mas que não o eram. Durante as noites, Anna caía em estados que Breuer chamava "hipnose espontânea", que poderiam explicar as fantasias e outras experiências que tinha durante o dia. Anna definia estes episódios de "limpar chaminés", onde relembrava acontecimentos emocionais que eram explicação de alguns sintomas. Resumindo, os sintomas desapareciam quando ela se lembrava do episódio que o provocava e tinha a emoção apropriada ao episódio. Mas um novo problema apareceu, Breuer reconheceu que ela se tinha apaixonado por ele e ele estava a apaixonar-se por ela. Não fosse este já um grande problema, Anna dizia a todos que estava gravida de Breuer. Como este era casado, deixou, abruptamente as sessões com Anna e perdeu todo o interesse pelo estudo de casos de histeria.
Após estes incidentes, Anna passou algum tempo num sanatório. Mais tarde, tornou-se numa figura activa e respeitada, foi a primeira assistente social na Alemanha com o seu verdadeiro nome, Bertha Pappenheim. Ela vai ser lembrada não só pelo seu trabalho, mas também por ser a inspiração de uma das mais influentes teorias da personalidade.

EFA - STC - Texto - Nível de Conflitualidade na Sociedade Portuguesa. - Sociedade, Tecnologia e Ciência

A observação do número de condenados e arguidos serve de indicador do nível de conflitualidade na sociedade portuguesa.


Observando o gráfico verifica-se uma redução quer dos arguidos, quer dos condenados de 1960 a 1974. Recordando que 1960 correspondeu ao recrudescimento da mobilização militar para o Ultramar e simultaneamente a uma aceleração da emigração para a Europa, factores que justificam a redução da importância da população activa, aqui teremos explicações para a redução do número dos arguidos e dos condenados.

Após 1975 estes números sobem, particularmente no que diz respeito aos arguidos. A desmobilização militar, o regresso de meio milhão de retornados, a expulsão dos emigrantes portugueses dos países europeus onde se encontravam na sequência do 1º choque petrolífero (1973) e o facto de Portugal se ter tornado um destino de imigrantes nas décadas de 80 e 90, bem como o aumento da literacia e a maior consciência cívica terão levado mais portugueses a procurar resolver os seus conflitos na Justiça. A discrepância entre o número de arguidos e o número de condenados evidencia a lentidão da máquina judicial.

Tendo em consideração que Portugal seria culturalmente bastante homogéneo em 1960, seria aceitável uma maior litigância hoje perante a diversidade de culturas, mas os processos que entram em tribunal e simplesmente prescrevem porque foram ultrapassados todos os prazos constitui por si a mais grave negação da justiça.

As tecnologias da informação não estão ainda integradas no ambiente de trabalho dos juízes, que vivem atafulhados em papelada, mas por exemplo, a banalização de minutas modelo de reclamação pela Internet já permite a pessoas com poucos conhecimentos de Direito o exercício dos seus direitos de cidadania, o que por si é outro factor que faz subir os indicadores de litigância. 




A população encarcerada em Portugal situa-se um pouco abaixo da média da OCDE. Porém, devemos observar que o valor médio não é muito exigente, porque alguns países têm elevado número de prisioneiros por motivos políticos: Estados Unidos, Federação Russa, África do Sul e Chile. A generalidade dos países desenvolvidos tem menos população encarcerada que Portugal,gerindo o seu sistema de justiça como maior eficiência, porque não necessitam tanto de prisões.

Este comentário poderá ser melhorado com recurso a dados mais actualizados.


Dados Utilizados: Tabela 9.09 da Situação Social em Portugal, 60-99.




População encarcerada por 100.000 habitantes, OCDE FactBook 2008.

Higiene e Segurança no Trabalho - Powerpoint sobre Ruído


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Biografia - Alfred Nobel


O prémio Nobel foi instituído pelo famoso sueco Alfred Nobel. Talvez não tão famoso assim, já que este continua a ser, para muitos, um "ilustre desconhecido".


Immanuel Nobel, engenheiro civil e inventor, e Andrietta Ahlsell, pertencente a uma família abastada, viram nascer o seu filho Alfred a 21 de Outubro de 1833, em Estocolmo. Neste ano, Immanuel viu-se forçado a declarar falência devido a graves problemas financeiros. Em 1837, a família deixa Estocolmo e separa-se; Andrietta e seus filhos mudam-se para a Finlândia e Immanuel para S. Petersburgo. Immanuel criou, então, uma oficina mecânica de construção de equipamento para o exercito russo. O sucesso deste empreendimento chegou quando Immanuel conseguiu convencer o Czar e seus generais a utilizar as minas navais, inventadas por ele próprio, para impedir navios inimigos de ameaçar a cidade. Estas consistiam em simples contentores de madeira cheios de pólvora, ancorados no Golfo da Finlândia, que impediram a Marinha Britânica de chegar à zona de fogo de S. Petersburgo, durante a guerra da Crimeia (1853-1856).

Durante esta guerra, Immanuel Nobel foi pioneiro em armas artesanais e em desenho de locomotivas. Devido ao sucesso obtido, Immanuel levou a família para viver consigo em S. Petersburgo. Aqui os seus filhos receberam uma educação primorosa com professores particulares. Os seus estudos incluíam Ciências, Línguas e Literatura. Aos 17 anos, Alfred já falava fluentemente Sueco, Russo, Francês, Inglês e Alemão. As suas disciplinas preferidas eram Literatura, Poesia Inglesa e Físico-Química. Mas seu pai não apreciava o gosto de Alfred pela Poesia, especialmente por esperar que os seus filhos lhe seguissem as pisadas. Assim, Alfred foi enviado para o estrangeiro para ganhar experiência em Engenharia Química. Durante um período de 2 anos, visitou a Alemanha, França e EUA. Em Paris, cidade que apreciava muito, trabalhou num laboratório privado com o professor T. J. Pelouze, famoso químico francês. Ali, conheceu um outro jovem químico italiano, Ascanio Sobrero que tinha, 3 anos antes, inventado a nitroglicerina, um líquido altamente explosivo. Alfred ficou muito interessado na nitroglicerina e na forma com esta poderia ser aplicada na construção, já que aquela apresentava um poder explosivo superior ao da pólvora. No entanto, o seu uso implicava extremas medidas de segurança, ainda a resolver, por ser um líquido extremamente instável e de difícil controlo.


Em 1852, regressou a casa para trabalhar nas empresas do pai, que estavam a ter um enorme sucesso. Com a colaboração do pai e irmãos, realizou experiências para transformar a nitroglicerina num explosivo útil e comercial.

Infelizmente, com o fim da guerra, Immanuel foi forçado a declarar novamente falência. Deste modo, Immanuel e dois dos seus filhos, Alfred e Emil, deixaram S. Petersburgo, rumo a Estocolmo. Os outros 2 irmãos de Nobel, Robert e Ludvig, ficaram em S. Petersburgo, tentando, a muito custo, salvar a empresa da família. Nesse empreendimento, dedicaram-se à indústria do petróleo no Sul do império russo, o que os tornou avultadamente ricos para a época.

Em 1863, após retornar á Suécia, Alfred dedicou-se ao desenvolvimento da nitroglicerina como explosivo. Diversas explosões e em particular uma que ocorreu em 1864, na qual o seu irmão Emil e outras pessoas foram mortas, convence as autoridades da perigosidade da nitroglicerina. Assim, as experiências com nitroglicerina dentro da cidade de Estocolmo foram proibidas, o que levou Alfred a mudar-se para um barco ancorado no lago Malaren, para poder continuar a sua pesquisa. Na tentativa de tornar a nitroglicerina segura de manipular, combinou-a com diferentes aditivos, tendo maior sucesso com a sílica, que transformava o líquido numa pasta moldável. Em 1867, patenteou este material com o nome de dinamite. Esta descoberta, juntamente com um detonador criado para o efeito, permitiu reduzir consideravelmente o custo de grandes construções, como canais e túneis.

Devido às capacidades empreendedoras de Nobel, o mercado de dinamite cresceu exponencialmente. Em 1865, a sua fábrica em Krümmel, perto de Hamburgo, exportava nitroglicerina para a Europa, América e Austrália. Fundou fábricas e laboratórios em 90 locais diferentes, em mais de 20 países. Apesar de ter residência oficial em Paris, despendia a maioria do seu tempo em viagens de negócios, e a trabalhar intensamente num dos seus vários laboratórios espalhados pelo mundo. Nobel interessava-se particularmente pelo desenvolvimento da tecnologia dos explosivos, mas também por outros inventos na área da química, como borracha sintética e seda artificial, etc. Durante toda a sua vida patenteou 355 inventos!


O trabalho intenso e as sucessivas viagens não lhe deixavam muito tempo para uma vida privada. Assim, aos 43 anos publicou o seguinte anúncio num jornal: "Homem saudável bem formado e idoso procura senhora de meia idade, com conhecimento de várias línguas para secretária e governanta". A senhora mais qualificada foi a condensa Bertha Kinsky, que, após um curto período de tempo, a trabalhar com Nobel, regressou à Áustria, para casar com o conde Arthur Von Suttner. Apesar disso, Nobel e Bertha continuaram amigos e escreviam-se com frequência. Durante esta longa amizade, Bertha tornou-se pacifista e escreveu um livro intitulado "Lay down your arms" ("Baixem as vossas armas"), tornando-se numa figura proeminente do movimento pacifista. Sem dúvida que esta posição influenciou Nobel, quando incluiu um prémio para pessoas ou organizações que promovessem a paz — Bertha Von Suttner recebeu o Nobel da Paz em 1905.

Muitas das companhias fundadas por Nobel desempenham, ainda hoje, um papel muito importante na economia mundial, como por exemplo: a "Imperial Chemical Industries", Inglaterra; "Société Centrale de Dinamite", França; e "Dyno Industries", Noruega.

Alfred Nobel faleceu, em San Reno, a 10 de Dezembro de 1896. O seu testamento, redigido em 1895, sem a ajuda de advogados, anulando anteriores realizados em 1889 e 1893, estipulou que as receitas da sua herança — que à data da sua morte ascendia a mais de 33 milhões de coroas suecas — deveriam ser divididos anualmente em cinco partes e distribuídos "em forma de prémios às pessoas que, durante o ano anterior, mais tenham contribuído para o desenvolvimento da humanidade". Os prémios deveriam ser distribuídos da seguinte forma: "...uma parte para a pessoa que tenha realizado o descobrimento ou o invento mais importante no campo da Física; uma parte à pessoa que tenha realizado o descobrimento ou melhoramento mais importante em Química; uma parte para a pessoa que tenha realizado o descobrimento mais importante no domínio da Fisiologia ou da Medicina; uma parte para a pessoa que tenha produzido, no campo da Literatura, a obra mais notável de tendência idealista; e uma parte para a pessoa que tenha levado a cabo o maior ou melhor trabalho em favor da fraternidade entre as nações, pela abolição ou redução dos exércitos permanentes e pela celebração e fomento de congressos pela paz". No testamento, Nobel refere ainda que "...não se deve ter em conta a nacionalidade dos candidatos, quem deverá receber o prémio é o mais digno, independentemente se é escandinavo ou não".

Sem embargo legalmente possível, Nobel não deixou a sua herança a alguém em particular. Por isso, aquando da sua leitura, em Janeiro de 1897 foi fortemente criticado por alguns dos seus parentes, e as instituições implicadas a refutaram qualquer responsabilidade, já que não tinham sido contactadas anteriormente. O Rei Oscar II da Suécia e Noruega juntamente com os políticos criticou a impossibilidade da realização deste projecto. Somente passados 3 anos se resolveu a questão: foi criada a Fundação Nobel pelos executores do testamento, Ragnar Sohlmane e Rudolf Lilljequist, e os diferentes organismos mencionados no testamento aceitaram as responsabilidades implicadas por este. Ragnar Sohlman teve um papel muito importante para o estabelecimento da Fundação Nobel em 1900, chegando mesmo a ser, mais tarde, Director Gerente da Fundação.

Existem cinco Comités Nobel especiais, ligados aos organismos que atribuem os prémios. Cada um destes Comités é composto de cinco membros, e cada Comité pode solicitar a outros peritos uma assessoria. O organismo administrativo unificador é a Fundação Nobel, em Estocolmo. O principal objectivo do Conselho de Administração da Fundação é administrar os fundos e propriedades pertencentes à fortuna de Alfred Nobel.

No terceiro centenário do Banco da Suécia, em 1968, foi criado um prémio de Ciências Económicas, em memória de Alfred Nobel, assegurando à Fundação Nobel um prémio igual aos seus prémios. O premiado é escolhido pela Real Academia Sueca de Ciência; a nomeação dos candidatos, selecção dos premiados e entrega dos prémios seguem as mesmas normas que regem os restantes prémios Nobel.

As pessoas qualificadas para propor os candidatos são: laureados com o prémio Nobel em anos anteriores, dentro dos seus respectivos campos; membros dos organismos que atribuem os prémios, assim como os pertencentes aos comités Nobel, nas suas respectivas esferas; professores e catedráticos de universidades específicas, ou convidados especiais dos organismos que atribuem os prémios; os presidentes de Associações de Autores — na área da Literatura; os membros de certas organizações internacionais parlamentares ou legais — na área da Paz; os membros de parlamentos e governos — também na área da Paz. Se alguém se propuser a si próprio é automaticamente desqualificado. As autoridades suecas e norueguesas não têm qualquer influência nas decisões relativas aos prémios, nenhuma representação ou apoio oficial a favor de um candidato tem alguma relevância. Os Comités examinam as propostas à sua disposição até ao dia 1 de Fevereiro. No início do Outono, as suas informações são apresentados aos respectivos Comités Nobel. Depois de avaliar o méritos dos candidatos, os organismos que atribuem os prémios dão a conhecer as decisões finais, geralmente em meados de Outubro. Todos os procedimentos para a atribuição dos prémios são secretos.

Os prémios Nobel de Física, Química, Fisiologia ou Medicina, Literatura e o prémio de Ciências Económicas são formalmente entregues pelo Rei aos laureados, numa cerimónia no Palácio de Concertos de Estocolmo, no dia 10 de Dezembro — aniversário da morte de Alfred Nobel. A entrega do Prémio da Paz tem lugar, no mesmo dia, na Câmara Municipal de Oslo, na Noruega. Cada laureado recebe uma medalha Nobel em ouro e um diploma Nobel. A importância do prémio, varia segundo as receitas do fundo obtidas nesse ano e é transferido depois de 10 de Dezembro, segundo o desejo dos laureados.

Os prémios são considerados, em geral, como a mais alta honra civil do mundo. Aparte de estimular os possíveis candidatos a novos esforços, os prémios têm servido para dar a conhecer, ao mundo, individualidades científicas e literárias, assim como as contribuições humanitárias, deste modo mais amplamente difundidos e conhecidos.


Glória Almeida

quinta-feira, 22 de junho de 2017

Curiosidade - Santorini - Ilhas europeias para férias de verão inesquecíveis


Quase que dispensa apresentações, é umas das mais conhecidas e turísticas ilhas gregas. É de origem vulcânica, com as suas típicas casas brancas e azuis, viradas para o mar.

Informação retirada daqui

Desenhos para colorir - Primavera


Biografia - Augustin-Gabriel, comte d'Aboville

Barão do Império francês
n: 20 de Março de 1773, La Fère (França)
m: 15 de Agosto de 1820, em Paris (França)

Filho mais velho do conde François-Marie d'Aboville, inspector-geral da artilharia e senador, entra na escola de artilharia de  Châlons em 1789. Serve na Bélgica e no Reno, sendo tenente coronel e sub-director da artilharia em Moguncia, na Alemanha, no começo do Consulado. Em finais de 1800 é  nomeado director geral dos parques do Exército de Itália, ocupando diversas funções de direcção na  artilharia, em Paris (1800), na Holanda (1804) e de novo em Itália. 
Em 1807 é nomeado director do parque de artilharia do Corpo da Gironda e mais tarde do Exército de Espanha. General de brigada em 1809 e barão do Império em 1812 foi nomeado director dos parques do Exército de Espanha e do de Portugal em Janeiro de 1813, perdendo a quase totalidade dos seus canhões no fim da batalha de Vitória, em Junho. Dirigiu a artilharia do Exército do Norte, durante os Cem Dias.

Apoia o regresso de Luís XVIII substituindo o pai que tinha votado a demissão de Napoleão em 1814, e tinha falecido em finais de 1817, na Câmara dos Pares.

Biografia retirada de Arqnet

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Professor/a de Inglês para Explicações a Ensino Secundário

O Centro de Estudos Aldeia do Saber procura Professor/a de Inglês para dar explicações individuais a Ensino Secundário.

Perfil: 
- experiência em explicações;
- forte capacidade para motivar alunos;
- dinâmico, autónomo e pro-ativo;

Enviar CV para:
ce.aldeiadosaber@gmail.com