A primeira metade do século XVIII foi marcada pelo florescimento da mineração no Brasil, após serem aí descobertos ouro e pedras preciosas. O rei D. João V tornou-se então um dos mais ricos monarcas da Europa.
A 1 de novembro de 1755, no reinado do seu sucessor D. José I, ocorreu o grande terramoto de Lisboa que destruiu quase toda a cidade e que foi um golpe no coração do império. O primeiro-ministro Sebastião José de Carvalho e Melo, Marquês de Pombal, dirigiu uma rápida reconstrução. Na baixa de Lisboa aplicou os conceitos urbanos e estéticos do Iluminismo e iniciou um período de modernização e europeização, com reformas profundas na administração, economia e educação, rumo a uma monarquia absoluta impondo o despotismo esclarecido à nobreza.
As Cortes nunca reuniram. Em 1757, os jesuítas, defensores do pacto de sujeição do rei à República, que viriam a ser expulso do paço e, depois, expulsos de Portugal com a aquiescência do Vaticano, com impacto em toda a Europa. Um ano depois, a tentativa de assassinato do rei foi aproveitada pelo Marquês de Pombal para iniciar uma campanha de punição das famílias reticentes no processo dos Távora. Relativamente ao Brasil, o Marquês considerava-o uma colónia estritamente dependente de Lisboa e ao serviço do enriquecimento do Reino de Portugal; o povo brasileiro sentiu-se desprezado, o que gerou a instabilidade local suficiente para que a colónia se revoltasse.
O rei morreu em 1777, ascendendo ao trono D. Maria I de Portugal e seu marido D. Pedro III, que derrubaram o Marquês de Pombal e o forçaram a refugiar-se fora da capital. O império decaiu e o declínio acentuou-se com as guerras napoleónicas.
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