Assunto: envio de Pareceres
Senhor Secretário de Estado,
Conforme compromisso da FENPROF, junto se enviam os pareceres referentes aos seguintes projectos de despachos que se encontram em negociação:
Despacho sobre a organização do ano escolar 2008/2009;
Despacho sobre o calendário escolar.
Para facilitar a leitura das propostas, optámos por incluí-las nos próprios projectos utilizando a cor vermelha e o bold.
Na reunião prevista para o próximo dia 25 de Junho, a FENPROF espera que as suas propostas sejam consideradas, pois correspondem ao espírito e letra do Memorando de Entendimento, no que à organização do ano escolar respeita.
De facto, estando estabelecidos os limites máximos de permanência na escola no âmbito da designada componente não lectiva de estabelecimento, não nos parece que seja compatível a atribuição de tantas responsabilidades, tarefas e funções aos docentes, a que acrescem, no 1º Ciclo do Ensino Básico, as que decorrem do Despacho nº 14460/2008, de 26 de Maio e, em todos os sectores de educação e ensino, as tarefas acrescidas que recairão sobre alguns professores, aqueles a quem o ME decidiu designar de ?titulares?, incluindo as relativas às coordenações e às tarefas de avaliação.
Para a FENPROF o que conta é a decisão política que resulta directamente do Memorando de Entendimento e, indirectamente, da grande Marcha da Indignação que juntou 100.000 professores em Lisboa e de que resultou a consagração de limites à componente não lectiva de estabelecimento. Qualquer situação que, nas escolas, contrarie esses limites merecerá a reacção adequada por parte da FENPROF, embora estejamos em crer que o ME saberá honrar o compromisso político que assumiu. Preocupa-nos, no entanto, a afirmação do Senhor Director da DGRHE, proferida na primeira reunião negocial realizada, em que dava conta de uma alegada incompatibilidade entre o Memorando de Entendimento e este projecto de despacho. Como referimos na altura, a ser assim, terá o despacho de se adaptar ao Memorando e não o contrário, como é óbvio.
Por fim, e quanto às tarefas de avaliação a que os professores se sujeitarão, tanto os avaliados como os avaliadores, estamos em crer que, até nestes aspectos práticos, o modelo imposto pelo ME se revelará inaplicável. Em 2008/2009, recordamos, teremos, já em Setembro, quase 150.000 entrevistas para fixar objectivos, ao longo do ano 450.000 aulas observadas e no final mais 150.000 entrevistas. A estes 750.000 procedimentos individualizados acrescerão os restantes procedimentos inerentes ao processo (preenchimento de grelhas e fichas, reuniões, recursos?). Reafirmamos a nossa preocupação em relação a este processo que, estamos em crer, retirará disponibilidade aos professores para o que deles se espera que melhor façam: o trabalho com os seus alunos; Tememos que a qualidade do ensino decresça, que os conflitos nas escolas se agudizem e que, desta avaliação, não resulte qualquer aspecto positivo para a Educação o que, a confirmar-se, a FENPROF não deixará de atribuir as responsabilidades a quem as tem, por não ter ouvido as chamadas de atenção e ter insistido neste modelo de avaliação: os responsáveis do Ministério da Educação e o Governo que impuseram este tão absurdo como negativo modelo de avaliação de desempenho dos professores.
Em relação ao calendário escolar, a FENPROF reitera propostas que apresentara anteriormente e que se referem à Educação Pré-Escolar, cuja fundamentação se encontra no abaixo-assinado que, no dia 25, será entregue no Ministério da Educação.
Com os melhores cumprimentos
O Secretariado Nacional
Mário Nogueira
Secretário-Geral
sexta-feira, 20 de junho de 2008
Matemática: nunca um exame foi «tão fácil»
A Associação de Professores de Matemática (APM) considerou esta sexta-feira que o exame nacional de 9º ano da disciplina foi o «mais fácil» desde que a prova se realiza, sublinhando que algumas questões poderiam ser respondidas por alunos do 2º ciclo.
«Na generalidade, a prova é mais acessível e mais fácil do que nos anos anteriores. Algumas questões poderiam ser resolvidas por alunos do 2º ciclo», afirmou Sónia Figueirinhas, vice-presidente da APM, em declarações à Agência Lusa.
Perto de 100 mil alunos realizaram o exame nacional de Matemática, que se realiza desde 2005. O ano passado, 72,8 por cento dos estudantes tiveram nota negativa, quando em 2006 a percentagem de chumbos no teste situava-se nos 63 por cento.
«Em algumas questões ficou aquém das competências e conhecimentos que os alunos no final do 9º ano deveriam ter. Se em exames anteriores as questões eram mais elaboradas e difíceis, não há razão para que este ano também não fossem», acrescentou.
Correcções dos exames do 12º ano
Exames: mais de 10 mil alunos faltaram
Sublinhando que o exame «não tem erros» e que os 90 minutos, mais 30 de tolerância, estão adequados para a realização da prova, a responsável salientou que em relação à geometria, por exemplo, o exame aponta «mais para nomes do que para competências».
«Há questões que outros ciclos de ensino saberiam resolver de certeza, mas a prova é sobre os conteúdos leccionados no 7º, 8º e 9º anos», lamentou.
Assim, a Associação de Professores de Matemática espera que haja «uma grande melhoria» nos resultados em relação a 2007, mas sublinha que as provas «não são comparáveis».
Já na quarta-feira, a Associação de Professores de Português lamentou que o exame nacional de 9º ano da disciplina, realizado nesse dia, incluísse matéria do 2º ciclo (5º e 6º anos), considerando que esta opção pode ser «excessivamente fácil para os alunos».
Exames: 100 mil alunos avaliados hoje a Matemática do 9º ano
O exame nacional de Matemática do 9º ano começou esta sexta-feira, pelas 9:00 horas, sendo que perto de 100 mil alunos estavam inscritos nesta prova, a segunda de duas obrigatórias para a conclusão do ensino básico.
As classificações da disciplina, a mais temida, assim como as referentes ao exame de Português, serão afixadas no próximo dia 11 de Julho. A nota vale 30% da classificação final, sendo o teste cotado de zero a 100, convertido depois de um a cinco.
No ensino secundário, realiza-se hoje, entre outros, o exame nacional de Física e Química A, 10º/11º e 11º/12º, estando inscritos 54.910 alunos. Esta é uma das principais disciplinas para os que querem seguir Medicina e uma das que tem mais estudantes inscritos.
Em 2007, o exame de Física e Química A do 11º ano figurava entre as três provas com a média mais baixa, 7,2 valores. Nesse ano, o Ministério da Educação decidiu anular uma questão daquela prova, alegando que uma incorrecção na formulação da pergunta «inviabilizava a concretização de uma resposta correcta».
DD
As classificações da disciplina, a mais temida, assim como as referentes ao exame de Português, serão afixadas no próximo dia 11 de Julho. A nota vale 30% da classificação final, sendo o teste cotado de zero a 100, convertido depois de um a cinco.
No ensino secundário, realiza-se hoje, entre outros, o exame nacional de Física e Química A, 10º/11º e 11º/12º, estando inscritos 54.910 alunos. Esta é uma das principais disciplinas para os que querem seguir Medicina e uma das que tem mais estudantes inscritos.
Em 2007, o exame de Física e Química A do 11º ano figurava entre as três provas com a média mais baixa, 7,2 valores. Nesse ano, o Ministério da Educação decidiu anular uma questão daquela prova, alegando que uma incorrecção na formulação da pergunta «inviabilizava a concretização de uma resposta correcta».
DD
quinta-feira, 19 de junho de 2008
Associações de Pais defendem comparação entre resultados das provas e notas internas dos alunos
A Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) defendeu hoje uma comparação entre as notas das provas de aferição e as classificações internas atribuídas aos alunos, alegando que só assim é possível perceber se os resultados efectivamente melhoraram.
Ontem, a ministra da Educação congratulou-se com a melhoria dos resultados das provas de aferição do 4º e 6º anos, nas quais a percentagem de negativas a Matemática caiu para mais de metade relativamente ao ano passado.
O presidente da Confap congratulou-se com a "boa notícia", mas considerou que é necessário "prudência" na análise dos resultados. "Não desvalorizamos a melhoria dos resultados, mas também não achamos que todos os problemas estão resolvidos. Só com a comparação das notas das provas de aferição com as notas internas dos alunos é possível aferir com rigor e seriedade se os resultados efectivamente melhoraram", defendeu Albino Almeida.
Também a recém-criada Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE) sublinhou os resultados "positivos" nestas provas, mas recordou que estas foram consideradas fáceis pelos próprios alunos, o que, no seu entender, poderá significar que não foram avaliadas todas as competências fundamentais. "A maioria dos alunos diz que ao longo do ano foi-lhes exigido muito mais [do que nas provas]. Se os resultados estiverem inflacionados pelo facto de as provas terem sido fáceis isso é preocupante", afirmou Maria José Viseu, presidente da comissão instaladora da CNIPE.
Apesar de uma eventual facilidade poder ter contribuído para as notas alcançadas este ano nas provas de aferição, Maria José Viseu considerou que estes resultados reflectem o aumento de trabalho por parte das escolas, sobretudo ao nível do acompanhamento do estudo a Língua Portuguesa e Matemática.
Dados divulgados ontem pelo Ministério da Educação indicam que quase dois em cada dez alunos tiveram negativa na prova de aferição de Matemática do 6º ano, um resultado bastante melhor que o registado no ano passado, quando 41 por cento dos estudantes chumbaram no exame.
Após a realização das provas, a Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM) sublinhou que os enunciados continham um "número exagerado de questões demasiado elementares", afirmando por isso que os resultados dos alunos poderiam ser bastante piores se os enunciados fossem "mais exigentes".
A ministra Maria de Lurdes Rodrigues considerou que houve "pouca prudência" e "imprecisão" nas críticas da SPM e garantiu que as provas de 2008 são "equivalentes em complexidade e dimensão" às de 2007. "Agora é moda dizer-se que as provas são fáceis. A percentagem de alunos que consegue resolver todo o teste é de cinco por cento", afirmou.
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Ontem, a ministra da Educação congratulou-se com a melhoria dos resultados das provas de aferição do 4º e 6º anos, nas quais a percentagem de negativas a Matemática caiu para mais de metade relativamente ao ano passado.
O presidente da Confap congratulou-se com a "boa notícia", mas considerou que é necessário "prudência" na análise dos resultados. "Não desvalorizamos a melhoria dos resultados, mas também não achamos que todos os problemas estão resolvidos. Só com a comparação das notas das provas de aferição com as notas internas dos alunos é possível aferir com rigor e seriedade se os resultados efectivamente melhoraram", defendeu Albino Almeida.
Também a recém-criada Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE) sublinhou os resultados "positivos" nestas provas, mas recordou que estas foram consideradas fáceis pelos próprios alunos, o que, no seu entender, poderá significar que não foram avaliadas todas as competências fundamentais. "A maioria dos alunos diz que ao longo do ano foi-lhes exigido muito mais [do que nas provas]. Se os resultados estiverem inflacionados pelo facto de as provas terem sido fáceis isso é preocupante", afirmou Maria José Viseu, presidente da comissão instaladora da CNIPE.
Apesar de uma eventual facilidade poder ter contribuído para as notas alcançadas este ano nas provas de aferição, Maria José Viseu considerou que estes resultados reflectem o aumento de trabalho por parte das escolas, sobretudo ao nível do acompanhamento do estudo a Língua Portuguesa e Matemática.
Dados divulgados ontem pelo Ministério da Educação indicam que quase dois em cada dez alunos tiveram negativa na prova de aferição de Matemática do 6º ano, um resultado bastante melhor que o registado no ano passado, quando 41 por cento dos estudantes chumbaram no exame.
Após a realização das provas, a Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM) sublinhou que os enunciados continham um "número exagerado de questões demasiado elementares", afirmando por isso que os resultados dos alunos poderiam ser bastante piores se os enunciados fossem "mais exigentes".
A ministra Maria de Lurdes Rodrigues considerou que houve "pouca prudência" e "imprecisão" nas críticas da SPM e garantiu que as provas de 2008 são "equivalentes em complexidade e dimensão" às de 2007. "Agora é moda dizer-se que as provas são fáceis. A percentagem de alunos que consegue resolver todo o teste é de cinco por cento", afirmou.
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Exames Nacionais: CDS quer acabar com «erros nas provas»
O líder parlamentar do CDS-PP, Diogo Feio, propôs hoje ao Governo a criação de uma estrutura autónoma e independente responsável pela concepção dos exames nacionais, para evitar «erros nas provas» e nas «directrizes do ministério da Educação».
Em conferência de imprensa, o deputado Diogo Feio considerou «inaceitável que todos os anos» se repitam críticas aos exames nacionais do ensino básico e secundário, nomeadamente por parte das sociedades científicas.
Diogo Feio defendeu que os responsáveis políticos devem «aceitar e ouvir» aquelas críticas e adiantou que irá questionar a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, sobre o assunto, na próxima ida da governante à comissão parlamentar de Educação, prevista para terça-feira.
No projecto de resolução hoje apresentado, o CDS-PP sustenta que «têm surgido repetidamente problemas na área relativa a exames, destacando-se erros nas provas e nas directrizes do ministério da Educação».
Diogo Feio propôs ao Governo que crie, através de concurso nacional ao qual podem concorrer universidades portuguesas, uma «estrutura autónoma e independente responsável pela concepção de exames nacionais para todos os ciclos».
O Governo seria a entidade fiscalizadora «relativamente a toda a estratégia de avaliação independente», de acordo com o diploma.
Diogo Feio propôs ainda a criação de um «banco de perguntas», no seguimento do que se faz nos EUA, «com milhares de questões previamente testadas» a incluir nos exames nacionais.
O diploma salienta que, no modelo norte-americano, um grupo de especialistas avalia as questões propostas, que terão que ser em dobro das necessárias, e fazem testes piloto a pequenos grupos de alunos.
Depois de aprovadas pela comissão de especialistas, são colocadas na base de dados e são avaliadas na sua eficácia através dos exames.
A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, considerou quarta-feira «um erro» as críticas da Associação de Professores de Português (APP) ao exame nacional da disciplina do 12º ano, realizado segunda-feira por 60 mil alunos.
Segundo a APP, o primeiro grupo da prova suscitou «algumas dúvidas», já que foi usada a terminologia linguística em revisão, e o texto final poderá ter levado os estudantes a falar de Padre António Vieira no tema de desenvolvimento, quando o autor não integra o programa do 12º ano.
Diário Digital / Lusa
Em conferência de imprensa, o deputado Diogo Feio considerou «inaceitável que todos os anos» se repitam críticas aos exames nacionais do ensino básico e secundário, nomeadamente por parte das sociedades científicas.
Diogo Feio defendeu que os responsáveis políticos devem «aceitar e ouvir» aquelas críticas e adiantou que irá questionar a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, sobre o assunto, na próxima ida da governante à comissão parlamentar de Educação, prevista para terça-feira.
No projecto de resolução hoje apresentado, o CDS-PP sustenta que «têm surgido repetidamente problemas na área relativa a exames, destacando-se erros nas provas e nas directrizes do ministério da Educação».
Diogo Feio propôs ao Governo que crie, através de concurso nacional ao qual podem concorrer universidades portuguesas, uma «estrutura autónoma e independente responsável pela concepção de exames nacionais para todos os ciclos».
O Governo seria a entidade fiscalizadora «relativamente a toda a estratégia de avaliação independente», de acordo com o diploma.
Diogo Feio propôs ainda a criação de um «banco de perguntas», no seguimento do que se faz nos EUA, «com milhares de questões previamente testadas» a incluir nos exames nacionais.
O diploma salienta que, no modelo norte-americano, um grupo de especialistas avalia as questões propostas, que terão que ser em dobro das necessárias, e fazem testes piloto a pequenos grupos de alunos.
Depois de aprovadas pela comissão de especialistas, são colocadas na base de dados e são avaliadas na sua eficácia através dos exames.
A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, considerou quarta-feira «um erro» as críticas da Associação de Professores de Português (APP) ao exame nacional da disciplina do 12º ano, realizado segunda-feira por 60 mil alunos.
Segundo a APP, o primeiro grupo da prova suscitou «algumas dúvidas», já que foi usada a terminologia linguística em revisão, e o texto final poderá ter levado os estudantes a falar de Padre António Vieira no tema de desenvolvimento, quando o autor não integra o programa do 12º ano.
Diário Digital / Lusa
"A Português ou se sabe ou não vale a pena estudar"
"Era fácil. Pensava que ia ser mais difícil." É assim que a maioria dos alunos do 9.º ano, da Escola Secundária Virgílio Ferreira, em Lisboa, classifica o exame nacional de Língua Portuguesa, realizado ontem. Para muitos este é o primeiro exame nacional e, por isso, o nervosismo foi o sentimento mais evocado pelos estudantes.
Liliana Silva, 16 anos, revela mesmo que "desde que acabaram as aulas estou a estudar para o exame. Tive explicações e tudo". Os colegas mostram uma atitude mais descontraída. "Passei dois dias a estudar", conta Laura Leal de 15 anos. Felipe Hasslocher, 14 anos, corrobora a ideia: "não estudei, a Português ou se sabe ou não vale a pena estudar".
Com os enunciados nas mãos, os alunos procuram saber junto dos colegas quais as respostas correctas. "O exame é mais fácil do que os testes normais, tem pouca gramática e mais textos", refere João Valente, 14 anos. O medo de Liliana Silva era que "saísse mais Lusíadas, porque é muito complicado".
Grande parte dos 130 inscritos para realizar o exame saiu depois dos 30 minutos de tolerância. A prova tem 1h30 de duração regulamentar, mas os alunos queixaram-se da falta de tempo. "Era fácil para fazer durante o tempo normal e o extra. Mas se tivéssemos que fazer só durante a 1h30 era muito longo", explica Felipe Hasslocher. Este ano a prova tinha mais um texto, além dos dois habituais.
O nervosismo em torno dos exames nacionais é normal. Até porque, "é diferente dos testes, havia mais tensão e estavam todos calados", frisa Inês Victorino, 15 anos. Mas, "as professoras foram simpáticas, não explicaram nada das perguntas, mas ajudaram a preencher os enunciados", conclui.
O grupo de alunos que se junta à saída da escola comenta entre brincadeiras que deste exame já estão safos. É hora de ir para casa estudar Matemática. O exame é já amanhã e "vai ser mais difícil porque é uma matéria mais concreta", alerta Liliana Silva.|
DN
Liliana Silva, 16 anos, revela mesmo que "desde que acabaram as aulas estou a estudar para o exame. Tive explicações e tudo". Os colegas mostram uma atitude mais descontraída. "Passei dois dias a estudar", conta Laura Leal de 15 anos. Felipe Hasslocher, 14 anos, corrobora a ideia: "não estudei, a Português ou se sabe ou não vale a pena estudar".
Com os enunciados nas mãos, os alunos procuram saber junto dos colegas quais as respostas correctas. "O exame é mais fácil do que os testes normais, tem pouca gramática e mais textos", refere João Valente, 14 anos. O medo de Liliana Silva era que "saísse mais Lusíadas, porque é muito complicado".
Grande parte dos 130 inscritos para realizar o exame saiu depois dos 30 minutos de tolerância. A prova tem 1h30 de duração regulamentar, mas os alunos queixaram-se da falta de tempo. "Era fácil para fazer durante o tempo normal e o extra. Mas se tivéssemos que fazer só durante a 1h30 era muito longo", explica Felipe Hasslocher. Este ano a prova tinha mais um texto, além dos dois habituais.
O nervosismo em torno dos exames nacionais é normal. Até porque, "é diferente dos testes, havia mais tensão e estavam todos calados", frisa Inês Victorino, 15 anos. Mas, "as professoras foram simpáticas, não explicaram nada das perguntas, mas ajudaram a preencher os enunciados", conclui.
O grupo de alunos que se junta à saída da escola comenta entre brincadeiras que deste exame já estão safos. É hora de ir para casa estudar Matemática. O exame é já amanhã e "vai ser mais difícil porque é uma matéria mais concreta", alerta Liliana Silva.|
DN
Ministra acusa professores de imprudência na crítica
Educação. Falhas apontadas à prova de Português do 12.º ano irritaram Maria de Lurdes Rodrigues, que acusou os professores de procurar "protagonismo". Ontem, a ministra anunciou melhoria nas notas das provas de aferição e quase cem mil fizeram teste de Português do 9.º
Lurdes Rodrigues não reconhece falhas nas provas do 12.º ano
A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, criticou a Associação de Professores de Português (APP), que apontou várias falhas aos exames de Português do 12.º ano, feitos terça-feira por 60 mil alunos. A APP, que ontem voltou a não receber do ministério os critérios de correcção das provas, neste caso de Português do 9.º ano, mantém "tudo" o que disse.
"Há muita falta de prudência quando se fazem afirmações sobre as provas", disse a ministra, para quem certos comentários indiciam "algum [desejo de] protagonismo".
Em declarações ao DN, Paulo Feytor Pinto, da APP, tinha apontado às provas o uso indevido de dois termos da Terminologia Linguística do Ensino Básico e Secundário (em revisão), referências ao padre António Vieira, que não faz parte do programa do 12.º, e formulação pouco clara de uma questão relativa a Os Lusíadas.
"Não saiu nenhum texto do padre António Vieira", afirmou a ministra, considerando ainda que, em relação à pergunta sobre Os Lusíadas, foi Feytor Pinto quem errou: "A pergunta está certa e o professor errou." Já Carlos Pinto Ferreira, director do Gabinete de Avaliação Educacional (GAVE), responsável pelas provas, foi mais além: "Esse presidente da APP teve uma atitude lamentável", considerou.
Contactado pelo DN, Paulo Feytor Pinto garantiu que "a direcção da APP mantém tudo o que disse sobre a prova". Em relação à referência ao padre António Vieira, precisou que esta surgia "num texto de António Oliveira Martins", mas disse que a pergunta poderia conduzir os alunos a escreverem sobre a obra do jesuíta do século XVII. Quanto às críticas recebidas, o presidente da APP limitou-se a dizer que "vivemos num País livre e desenvolvido, onde toda a gente tem direito a uma opinião". Já em relação ao facto de a APP não ter recebido os critérios das provas, como acontecia todos os anos, disse apenas "que a questão deve ser colocada a quem tomou essa decisão". O DN colocou a pergunta ao ministério, mas não obteve resposta.|
DN
Lurdes Rodrigues não reconhece falhas nas provas do 12.º ano
A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, criticou a Associação de Professores de Português (APP), que apontou várias falhas aos exames de Português do 12.º ano, feitos terça-feira por 60 mil alunos. A APP, que ontem voltou a não receber do ministério os critérios de correcção das provas, neste caso de Português do 9.º ano, mantém "tudo" o que disse.
"Há muita falta de prudência quando se fazem afirmações sobre as provas", disse a ministra, para quem certos comentários indiciam "algum [desejo de] protagonismo".
Em declarações ao DN, Paulo Feytor Pinto, da APP, tinha apontado às provas o uso indevido de dois termos da Terminologia Linguística do Ensino Básico e Secundário (em revisão), referências ao padre António Vieira, que não faz parte do programa do 12.º, e formulação pouco clara de uma questão relativa a Os Lusíadas.
"Não saiu nenhum texto do padre António Vieira", afirmou a ministra, considerando ainda que, em relação à pergunta sobre Os Lusíadas, foi Feytor Pinto quem errou: "A pergunta está certa e o professor errou." Já Carlos Pinto Ferreira, director do Gabinete de Avaliação Educacional (GAVE), responsável pelas provas, foi mais além: "Esse presidente da APP teve uma atitude lamentável", considerou.
Contactado pelo DN, Paulo Feytor Pinto garantiu que "a direcção da APP mantém tudo o que disse sobre a prova". Em relação à referência ao padre António Vieira, precisou que esta surgia "num texto de António Oliveira Martins", mas disse que a pergunta poderia conduzir os alunos a escreverem sobre a obra do jesuíta do século XVII. Quanto às críticas recebidas, o presidente da APP limitou-se a dizer que "vivemos num País livre e desenvolvido, onde toda a gente tem direito a uma opinião". Já em relação ao facto de a APP não ter recebido os critérios das provas, como acontecia todos os anos, disse apenas "que a questão deve ser colocada a quem tomou essa decisão". O DN colocou a pergunta ao ministério, mas não obteve resposta.|
DN
quarta-feira, 18 de junho de 2008
Fenprof pede revogação da «prova de ingresso»
A Federação Nacional de Professores (Fenprof) pediu esta quarta-feira, a revogação da «prova de ingresso» na carreira docente, considerando que promove o desemprego entre a classe porque professores que já deram aulas também têm que a realizar, informa a agência Lusa.
No âmbito do novo Estatuto da Carreira Docente, todos os candidatos a professor terão a partir de agora de realizar, pelo menos, dois exames, ficando impedidos de aceder à carreira com uma classificação inferior a 14 valores.
Candidatos vão ser avaliados no domínio do português
A prova de ingresso inclui um exame comum a todos os candidatos, no qual são avaliados no domínio da língua portuguesa e a capacidade de raciocínio lógico.
Já a segunda componente da prova irá avaliar os conhecimentos científicos e tecnológicos específicos da área ou áreas disciplinares associadas à formação académica dos candidatos.
Além destes dois exames escritos, o acesso à profissão poderá ainda incluir uma oral ou uma prova prática nos domínios das línguas, ciências experimentais, tecnologias de informação e comunicação (TIC) e expressões.
Só alguns são poupados ao exame
Os únicos dispensados da realização da prova de ingresso são os professores que foram contratados em, pelo menos, dois dos últimos quatro anos lectivos imediatamente anteriores a 2007/8, desde que tenham cumprido cinco anos de serviço lectivo e uma avaliação de desempenho igual ou superior a Bom.
Sofia Barcelos e Paulo Moreira são dois professores com quatro anos de serviço que serão submetidos a esta avaliação e correm o risco de serem excluídos caso não tenham a nota mínima de 14 valores em cada um dos parâmetros da prova.
Professores acusam ministério de ser uma «agência de desemprego»
«Se o Ministério queria uma avaliação, então, deveria tê-la feito antes de começarmos a trabalhar, não agora», acusou Sofia Barcelos, presente numa conferência de imprensa da Fenprof esta quarta-feira, em Lisboa.
A mesma opinião é partilhada por Paulo Moreira, que classifica de «lamentável» esta medida implementada pela tutela.
«A Ministra da Educação tem a mania de dizer que o ministério não é agência de emprego, e não basta que sejam tomadas medidas que dêem qualidade ao sistema. O sistema precisa dos professores, mas também não pode ser agência de desemprego, que é no que se está a tornar», criticou Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof.
Cobrança de matrícula é ilegal!
Informa-se que a cobrança de qualquer quantia pela papelada do acto de matrícula de alunos na escolaridade obrigatória é ilegal.
A renovação de mtrícula, é um processo simplificado que visa apenas actualizar os dados na ficha/processo do aluno e não deverão ser pedidos mais documentos (repetidos) do que aqueles que a escola já dispõe (salvo alterações), ou quaisquer taxas.
Despacho 13 468 / 2006 - II Série (Aqui) —Considerando que a renovação de matrícula dos alunos dos ensinos básico e secundário oficial deve ser organizada no sentido de evitar que seja solicitada aos encarregados de educação informação já existente nos serviços administrativos dos estabelecimentos de ensino;
Tendo presente que a renovação de matrícula diz respeito tão-somente a um processo de eventual actualização de dados e que importa, sempre que possível, facultar aos encarregados de educação a informação disponível que lhes permita verificar a sua correcção ou a efectivação de alterações correspondentes a opções de matrícula adequadas:
Transcrevemos o ofício-circular da DREL n.º 47/2006:
'Cobranças indevidas efectuadas no acto da matrícula a alunos sujeitos à escolaridade obrigatória.
- Não podem ser cobradas quaisquer importâncias que não estejam previstas na Lei.
- Deve ser publicitada a admissibilidade das contribuições voluntárias nos termos seguintes:
- A cobrança, no acto da matrícula, de importâncias que não as legalmente estabelecidas pode ser efectuada, desde que seja objecto de concordância por parte dos eventuais contribuintes e se destine a objectivos educativos e pedagógicos, devidamente publicitados, fixados e registados no orçamento de receitas própria da escola.'
Ou seja, o ofício é claro em dizer que:
1.º - São indevidas cobranças de matrícula, pois as mesmas não estão previstas na Lei;
2.º - A cobrança de qualquer importância é voluntária (e isso tem de se dizer aos encarregados de educação e estar escrito na informação que publicita a eventual cobrança) e, essa importância, não se destina aos papéis da matrícula (o tal 'saco de matrícula' que algumas escolas vendem), mas sim, a 'objectivos educativos e pedagógicos' e desde que esta receita esteja prevista no orçamento da escola, devendo, sempre, nestes casos, ser passado recibo (para efeitos de dedução em IRS).
As escolas devem informar os pais, de forma clara e correcta!
A CONFAP entende que cabe às Direcções Regionais notificar as escolas para a prática da legalidade nesta matéria.
As escolas, tal como os municípios, são entidades públicas que se regem pela Lei da República e pelos normativos da Administração Pública.
A renovação de mtrícula, é um processo simplificado que visa apenas actualizar os dados na ficha/processo do aluno e não deverão ser pedidos mais documentos (repetidos) do que aqueles que a escola já dispõe (salvo alterações), ou quaisquer taxas.
Despacho 13 468 / 2006 - II Série (Aqui) —Considerando que a renovação de matrícula dos alunos dos ensinos básico e secundário oficial deve ser organizada no sentido de evitar que seja solicitada aos encarregados de educação informação já existente nos serviços administrativos dos estabelecimentos de ensino;
Tendo presente que a renovação de matrícula diz respeito tão-somente a um processo de eventual actualização de dados e que importa, sempre que possível, facultar aos encarregados de educação a informação disponível que lhes permita verificar a sua correcção ou a efectivação de alterações correspondentes a opções de matrícula adequadas:
Transcrevemos o ofício-circular da DREL n.º 47/2006:
'Cobranças indevidas efectuadas no acto da matrícula a alunos sujeitos à escolaridade obrigatória.
- Não podem ser cobradas quaisquer importâncias que não estejam previstas na Lei.
- Deve ser publicitada a admissibilidade das contribuições voluntárias nos termos seguintes:
- A cobrança, no acto da matrícula, de importâncias que não as legalmente estabelecidas pode ser efectuada, desde que seja objecto de concordância por parte dos eventuais contribuintes e se destine a objectivos educativos e pedagógicos, devidamente publicitados, fixados e registados no orçamento de receitas própria da escola.'
Ou seja, o ofício é claro em dizer que:
1.º - São indevidas cobranças de matrícula, pois as mesmas não estão previstas na Lei;
2.º - A cobrança de qualquer importância é voluntária (e isso tem de se dizer aos encarregados de educação e estar escrito na informação que publicita a eventual cobrança) e, essa importância, não se destina aos papéis da matrícula (o tal 'saco de matrícula' que algumas escolas vendem), mas sim, a 'objectivos educativos e pedagógicos' e desde que esta receita esteja prevista no orçamento da escola, devendo, sempre, nestes casos, ser passado recibo (para efeitos de dedução em IRS).
As escolas devem informar os pais, de forma clara e correcta!
A CONFAP entende que cabe às Direcções Regionais notificar as escolas para a prática da legalidade nesta matéria.
As escolas, tal como os municípios, são entidades públicas que se regem pela Lei da República e pelos normativos da Administração Pública.
Lançamento do Projecto aLer+
A sessão de lançamento do projecto aLer+, decorre na sexta-feira, dia 20 de Junho, a partir das 10:00 horas, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.Este projecto é uma iniciativa do Plano Nacional de Leitura (http://www.planonacionaldeleitura.gov.pt/), da Rede de Bibliotecas Escolares ( http://www.rbe.min-edu.pt/) e da Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas.O projecto aLeR+ é uma iniciativa do Plano Nacional de Leitura, da Rede de Bibliotecas Escolares e da Direcção Geral do Livro e das Bibliotecas, concebido com base no projecto Reading Connnects, do National Reading Trust, do Reino Unido.
O Projecto Reading Connects integra uma rede de escolas em todo o Reino Unido e tem ido um impacto significativo na elevação dos níveis de literacia e na consolidação dos hábitos de leitura da população escolar. www.literacytrust.org.uk/readingconnects/
Consiste na criação de uma cultura de escola em que o prazer de ler e a leitura são elementos centrais e transversais a todas as actividades curriculares e extracurriculares, envolvendo todos os elementos da comunidade educativa: alunos, docentes, não docentes, bibliotecários, famílias, voluntários, autarcas e todos os cidadãos e organizações da sociedade civil.
O projecto que será agora lançado tem o apoio da Direcção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular e da Fundação Calouste Gulbenkian.
O encontro de lançamento do Projecto realiza-se no dia 20 de Junho, entre as 10.00h as 17.00h, na Fundação Calouste Gulbenkian com o seguinte programa:
Agenda do Encontro
20 de Junho –Fundação Calouste Gulbenkian - salas 1 e 2
10.00 - Sessão de Abertura
Manuel Carmelo Rosa - Fundação Calouste Gulbenkian
Luís Capucha – DGIDC
Isabel Alçada – PNL
Paula Morão – PNL /DGLB
10.30 - Comunicação
Sarah Osborne - National Reading Trust, UK
Developing a whole-school reading culture
Apresentação proj. Reading Connects e Reading Champions
11.00 - Comunicação
Louise Kanolik - Loxford School, UK e Chris Lamb - Uphall
Primary School, UK
A whole school reading culture in practice
(Apresentação de práticas em duas escolas de Londres)
12.00 Pausa – café
12.30 Perguntas e debate
Sarah Osborne, Louise Kanolik e Chris Lamb
Moderação- Maria Emília Brederode Santos
13.15 - Almoço
14.45 – Simon Richey - Education Director Gulbenkian Foundation,
UK branch
- Projectos Educativos no Reino Unido – a contribuição da
avaliação: O que resulta e o que deve ser evitado.
15.30 - Alexandra Marques (PNL) Anabela Martins (RBE)
Estratégia de desenvolvimento do projecto A LER+
Definição da Agenda para o ano lectivo 2008/2009
16.30 - Perguntas e debate.
17.00 – Encerramento
Associação de Professores de Português questiona algumas das perguntas da prova do 12.º ano
A Associação de Professores de Português (APP) considera que o exame nacional da disciplina no 12.º ano, realizado ontem por mais de 60 mil alunos, “está globalmente de acordo com o programa em vigor”, mas a direcção da APP questiona as opções tomadas para colocar algumas perguntas.
Em comunicado, a APP considera que o I Grupo da prova, onde é apresentado um excerto de “Os Lusíadas”, “apresenta um grau de dificuldade elevado, não só devido à formulação não muito clara da pergunta 2, mas também devido ao excerto escolhido”.
No II Grupo do exame nacional, os professores de Português encontraram “algumas afirmações que poderão confundir” o aluno, nomeadamente a utilização de termos da nova Terminologia Linguística do Ensino Básico e Secundário (TLEBS), “como por exemplo ‘frase subordinada relativa’ ou verbo auxiliar modal”.
Este problema já tinha sido assinalado ontem por, Edviges Ferreira, vice-presidente da APP, em declarações ao PÚBLICO, “O compromisso de que não sairiam referências da TLBES não foi cumprido”, diz Edviges Ferreira. “O termo 'verbo auxiliar modal’ apareceu na prova”, exemplificou.
No Grupo III, onde é pedida “uma reflexão sobre a temática da dignidade humana e do respeito pelos direitos humanos”, a APP sustenta que o texto que antecede a questão “não está estreitamente relacionado com o tema a desenvolver”, além de que o autor referido, Padre António Vieira, “faz parte do programa do 11º ano, que não é objecto de exame”.
Ainda nas explicações de ontem ao PÚBLICO, Edviges Ferreira, admitiu que “não houve acordo entre os professores que estavam a olhar para a prova em relação a algumas questões de escolha múltipla”. Essas dúvidas mantiveram-se durante quase todo o dia de ontem, já que o Ministério da Educação demorou mais de dez horas após a conclusão do teste para divulgar os critérios de correcção, fundamentais para os docentes se basearem para a classificação das provas.
Professores lamentam predomínio de matéria do 2º ciclo na prova do 9.º ano
Tal como no exame nacional do 12.º ano, a APP fez algumas considerações sobre a prova de aferição de Português do 9.º ano. A associação lamenta que a prova de aferição de Português do 9.º ano tenha tido perguntas de gramática do 2º ciclo, referindo-se às perguntas sobre "tempos verbais simples, todos do modo indicativo" que são ensinados no 2º ciclo de ensino básico (5º e 6º anos).
"Lamentamos que a parte da gramática tivesse matéria do 2º ciclo", disse à Lusa o presidente da APP, Paulo Feytor Pinto, explicando que esta opção pode ser "excessivamente fácil para os alunos porque é matéria antiga, mas também pode ser difícil porque agora os alunos só conseguem decorar a matéria do próprio ano".
A prova incidia também, segundo a associação, sobre matérias do programa do 7º ano (subordinação causal e discurso indirecto) e do 8º (subordinação condicional).
Tal como nos anos anteriores, a APP voltou a criticar a presença de "orientações" e "ajudas excessivas" na prova que facilitam a sua realização e dificultam o trabalho dos professores no sentido de perceber os reais conhecimentos dos alunos.
Feytor Pinto admite que a opção por uma crónica de José Saramago, autor com uma "escrita mais difícil", possa ter levantado maiores dificuldades aos alunos a quem era feito um "apelo ao sentido crítico e autonomia", mas diz "não ficar chocado" com esta opção que considera importante e só lamenta que não seja feita habitualmente no ensino português.
Em comunicado, a APP considera que o I Grupo da prova, onde é apresentado um excerto de “Os Lusíadas”, “apresenta um grau de dificuldade elevado, não só devido à formulação não muito clara da pergunta 2, mas também devido ao excerto escolhido”.
No II Grupo do exame nacional, os professores de Português encontraram “algumas afirmações que poderão confundir” o aluno, nomeadamente a utilização de termos da nova Terminologia Linguística do Ensino Básico e Secundário (TLEBS), “como por exemplo ‘frase subordinada relativa’ ou verbo auxiliar modal”.
Este problema já tinha sido assinalado ontem por, Edviges Ferreira, vice-presidente da APP, em declarações ao PÚBLICO, “O compromisso de que não sairiam referências da TLBES não foi cumprido”, diz Edviges Ferreira. “O termo 'verbo auxiliar modal’ apareceu na prova”, exemplificou.
No Grupo III, onde é pedida “uma reflexão sobre a temática da dignidade humana e do respeito pelos direitos humanos”, a APP sustenta que o texto que antecede a questão “não está estreitamente relacionado com o tema a desenvolver”, além de que o autor referido, Padre António Vieira, “faz parte do programa do 11º ano, que não é objecto de exame”.
Ainda nas explicações de ontem ao PÚBLICO, Edviges Ferreira, admitiu que “não houve acordo entre os professores que estavam a olhar para a prova em relação a algumas questões de escolha múltipla”. Essas dúvidas mantiveram-se durante quase todo o dia de ontem, já que o Ministério da Educação demorou mais de dez horas após a conclusão do teste para divulgar os critérios de correcção, fundamentais para os docentes se basearem para a classificação das provas.
Professores lamentam predomínio de matéria do 2º ciclo na prova do 9.º ano
Tal como no exame nacional do 12.º ano, a APP fez algumas considerações sobre a prova de aferição de Português do 9.º ano. A associação lamenta que a prova de aferição de Português do 9.º ano tenha tido perguntas de gramática do 2º ciclo, referindo-se às perguntas sobre "tempos verbais simples, todos do modo indicativo" que são ensinados no 2º ciclo de ensino básico (5º e 6º anos).
"Lamentamos que a parte da gramática tivesse matéria do 2º ciclo", disse à Lusa o presidente da APP, Paulo Feytor Pinto, explicando que esta opção pode ser "excessivamente fácil para os alunos porque é matéria antiga, mas também pode ser difícil porque agora os alunos só conseguem decorar a matéria do próprio ano".
A prova incidia também, segundo a associação, sobre matérias do programa do 7º ano (subordinação causal e discurso indirecto) e do 8º (subordinação condicional).
Tal como nos anos anteriores, a APP voltou a criticar a presença de "orientações" e "ajudas excessivas" na prova que facilitam a sua realização e dificultam o trabalho dos professores no sentido de perceber os reais conhecimentos dos alunos.
Feytor Pinto admite que a opção por uma crónica de José Saramago, autor com uma "escrita mais difícil", possa ter levantado maiores dificuldades aos alunos a quem era feito um "apelo ao sentido crítico e autonomia", mas diz "não ficar chocado" com esta opção que considera importante e só lamenta que não seja feita habitualmente no ensino português.
Ministra diz que críticas da APP sobre prova de Português do 12.º ano são "um erro"
A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, considerou hoje "um erro" as críticas da Associação de Professores de Português (APP) ao exame nacional da disciplina do 12.º ano, realizado ontem por 60 mil alunos.
Em comunicado, a APP considerou que o I Grupo da prova, onde é apresentado um excerto de “Os Lusíadas”, “apresenta um grau de dificuldade elevado, não só devido à formulação não muito clara da pergunta 2, mas também devido ao excerto escolhido”.
No II Grupo do exame nacional, os professores de Português encontraram “algumas afirmações que poderão confundir” o aluno, nomeadamente a utilização de termos da nova Terminologia Linguística do Ensino Básico e Secundário (TLEBS), “como por exemplo ‘frase subordinada relativa’ ou verbo auxiliar modal”.
Confrontada com estas críticas durante a apresentação dos resultados das provas de aferição do 4º e 6º ano, a ministra limitou-se a dizer que as considerações da APP "são um erro", sem especificar.
Os exames nacionais do ensino básico e do secundário são da responsabilidade do Gabinete de Avaliação Educacional (GAVE) do Ministério da Educação. A organização e gestão do processo de realização das provas, assim como o controlo da sua qualidade, é da responsabilidade directa do director deste gabinete do ministério de Maria de Lurdes Rodrigues.
Devido a dois erros verificados nas provas do ano passado e no sentido de garantir "mais rigor e mais qualidade", o ministério decidiu que a partir deste ano as competências e responsabilidades do Conselho Científico do GAVE seriam alargadas, envolvendo ainda as associações de professores e sociedades científicas na auditoria das provas de exame.
Em comunicado, a APP considerou que o I Grupo da prova, onde é apresentado um excerto de “Os Lusíadas”, “apresenta um grau de dificuldade elevado, não só devido à formulação não muito clara da pergunta 2, mas também devido ao excerto escolhido”.
No II Grupo do exame nacional, os professores de Português encontraram “algumas afirmações que poderão confundir” o aluno, nomeadamente a utilização de termos da nova Terminologia Linguística do Ensino Básico e Secundário (TLEBS), “como por exemplo ‘frase subordinada relativa’ ou verbo auxiliar modal”.
Confrontada com estas críticas durante a apresentação dos resultados das provas de aferição do 4º e 6º ano, a ministra limitou-se a dizer que as considerações da APP "são um erro", sem especificar.
Os exames nacionais do ensino básico e do secundário são da responsabilidade do Gabinete de Avaliação Educacional (GAVE) do Ministério da Educação. A organização e gestão do processo de realização das provas, assim como o controlo da sua qualidade, é da responsabilidade directa do director deste gabinete do ministério de Maria de Lurdes Rodrigues.
Devido a dois erros verificados nas provas do ano passado e no sentido de garantir "mais rigor e mais qualidade", o ministério decidiu que a partir deste ano as competências e responsabilidades do Conselho Científico do GAVE seriam alargadas, envolvendo ainda as associações de professores e sociedades científicas na auditoria das provas de exame.
Menos negativas a Matemática
Quase dois em cada dez alunos obtiveram classificação negativa na prova de aferição de Matemática do 6.º ano, um resultado mesmo assim melhor do que o registado em 2007, quando 41 por cento não alcançou os objectivos mínimos.
Os dados do Ministério da Educação divulgados esta quarta-feira revelam que 18,3 por cento dos alunos obteve “Não Satisfaz”, menos 22 por cento do que em 2007.
Este ano, 8,9 por cento dos alunos obteve a classificação “Muito Bom”, enquanto em 2007 apenas 2,7 por cento alcançou esse nível.
Quanto à classificação “Bom”, a percentagem passou de 12,9 para 24 por cento e no “Satisfaz” subiu de 43,3 para 48,9 por cento.
O 4º ano de escolaridade seguiu a tendência do 6º, com apenas 8,8 por cento dos alunos a obter nota negativa nas provas de aferição, contra os 19,7 por cento do ano anterior.
Das notas positivas, 40,9 por cento dos alunos obteve “Satisfaz”, 34,5 por cento “Bom” e 15,4 por cento “Muito Bom”.
Resultados de Português melhoram
Os resultados na prova de aferição de Língua de Portuguesa do 6.º ano melhoraram, passando de 85,4 para 93,4 por cento relativamente ao ano de 2007. Quanto ao 4.º ano, registou-se também uma melhoria, mas apenas de 0,4 pontos percentuais.
De acordo com os resultados divulgados esta quarta-feira pelo Ministério da Educação, dos alunos do 6.º ano de escolaridade que obtiveram um resultado positivo, 4,6 por cento tiveram “Muito Bom”, contra apenas 1,1 por cento em 2007.
Os resultados foram também melhores na nota “Bom”, alcançada por 34,2 por cento dos estudantes, sendo que em 2007 este valor foi de 16,8 por cento. Com a melhoria de resultados globais, o “Satisfaz” passou de 67,5 para 54,6 por cento e as negativas desceram para 6,5 por cento, menos 8,1 por cento do que no ano anterior.
Os bons resultados do 6.º ano foram acompanhados pelos alunos do 4.º, onde os resultados positivos subiram 0,4 pontos percentuais, impulsionados pela melhoria na nota “Satisfaz”, que subiu de 44,5 para 50,6 pontos percentuais, sendo que a de “Bom” caiu de 34,6 para 33,3 por cento.
Este ano, menos 4,4 por cento dos alunos obteve a classificação de “Muito Bom”. Também menos 0,3 por cento dos alunos obteve nota negativa, sendo que apenas 10,6 por cento não conseguiu os objectivos mínimos na disciplina.
Mais de 230 mil alunos dos 4.º e 6.º anos de escolaridade realizaram as provas de aferição, em 6.883 estabelecimentos de ensino. As classificações não contam para a nota final, servindo apenas para testar a adequação das práticas lectivas.
Ninguém contava com ‘Os Lusíadas’
A obra de Camões, ‘Os Lusíadas’, foi a surpresa para os alunos do Secundário que realizaram a prova de Português. "Não estava à espera que saísse." A frase foi comum a quase todos os alunos com quem o CM falou na Escola Padre António Vieira, em Lisboa, após o exame nacional do 12º ano.
'Faz agora dez anos que o Saramago ganhou o Nobel. Por isso, pensava que saía o ‘Memorial do Convento’. Mas foi fácil, para o ano há eleições e as boas notas dão jeito a todos. Só estudei no fim-de-semana e acho que chegou', explica Mário Carvalho, de 19 anos, muito confiante na entrada em Engenharia Informática, no Técnico.
A obra de Saramago também saiu no exame, mas não como tema principal. Mário confessa que não leu o ‘Memorial’: 'Tentei, mas não consegui, aquilo não é português. Aliás, não li nenhum, estudei tudo pelo livro de preparação.'
Ana Correia, de 19 anos, tenta melhoria de nota e garante que leu a obra de Saramago. ' Correu mais ou menos, ‘Os Lusíadas’ foi inesperado e a parte da gramática difícil.' O objectivo é entrar em Psicologia, mas prefere uma privada, ISPA, porque 'é melhor'.
A prova de Português, que marcou o arranque dos exames nacionais, é aquela para a qual estavam inscritos mais alunos (71 135) mas cerca de dez mil faltaram. José Redinha, de 17 anos, saiu confiante da prova. 'Correu bem, apesar de estar à espera de Fernando Pessoa, que não saiu', diz este candidato a economista no ISEG.
Inês Silva, 24 anos, estava eufórica. 'Foi ‘bué’ fácil. Não esperava Camões mas estudei tudo. Fiz uma directa, funciono de véspera. A gramática e os excertos de Saramago também eram muito fáceis', diz a aluna que tenta entrar em Psicologia Criminal.
Menossatisfeita estava Sandra Oliveira, que pretende cursar Relações Públicas e Comunicação Empresarial. 'Podia ter corrido melhor. Esperava que saísse a comparação entre ‘Os Lusíadas’ e a ‘Mensagem’. A parte de gramática foi mais complicada', considera.
SINDICATOS CONTRA 'FACILITISMO' DAS PROVAS NACIONAIS
A Federação Nacional do Ensino e Investigação (FENEI) criticou ontem o 'facilitismo' dos exames nacionais que considera ser uma avaliação ‘faz-de-conta’. A organização sindical sublinha, em comunicado, que 'os próprios especialistas na matéria afirmam que os exames têm vindo a revelar um nível de dificuldade menor face a anos transactos'. A introdução, este ano, de meia hora de tolerância para a realização dos exames é também criticada.
'O Ministério da Educação pretende, com esta política, desinformar a opinião pública, ao apresentar o sucesso (ilusório) dos resultados dos exames e provas de aferição. O País pagará esta factura num futuro muito próximo', pode ler-se no comunicado desta organização sindical.
HOJE É A VEZ DOS ALUNOS DO 9.º ANO IREM A EXAME
O segundo dia dos exames nacionais de 2008 inicia-se com a prova de Língua Portuguesa para os alunos do 9º ano de escolaridade. Da parte da tarde, realizam-se as provas do Secundário de Desenho A, Biologia/Geologia, História, Alemão, Espanhol. Francês e Inglês. Os leitores podem solicitar por e-mail as propostas de correcção que as associações de professores vão elaborando para o endereço examesnacionais@correiomanha.pt . No site www.correiomanha.pt também serão disponibilizadas as propostas de correcção. A Associação de Professores de Português, ao contrário dos últimos anos, decidiu não elaborar correcção da prova do 12º ano.
DEPOIMENTOS
'FIZ UM EXAME RAZOÁVEL, PARA 13/14', João Coelho 17 anos, Escola Filipa Lencastre (Lisboa)
Português não é o meu forte e saiu o que não esperava, mas fiz um exame razoável, para 13 ou 14. O objectivo é Biotecnologia, no Técnico. Tenho média de 17. Deve dar.'
'FOI BOM TER SAÍDO A 'ILHA DOS AMORES'', Filipa Spínola, 17 anos, Escola Padre António Vieira (Lisboa)
Correu bem. Não esperava ‘Os Lusíadas’, mas foi bom ter saído a parte da ‘Ilha dos Amores’ porque é nessa que estou mais à vontade. Quero tirar Desporto na FMH e acho que tenho média.
'PREPAREI-ME COM SARAMGO E PESSOA', Amanda Pereira, 18 anos, Escola Homem Cristo (Aveiro)
Todas as preparações que fizemos com os professores foram entre José Saramago e Fernando Pessoa. ‘Os Lusíadas’ até é fácil. Acho que a redacção final na prova é muito subjectiva.
NOTAS
ESTRANGEIROS: 522 FAZEM EXAME
Realizaram-se também ontem, e pela primeira vez, as provas de Língua Portuguesa Não Materna dos 12.º e 9.º anos. Houve 552 alunos estrangeiros a fazer as provas
AÇORES: EXAME BEM CEDO
Devido à diferença horária de uma hora para o Continente, os alunos açorianos começaram a fazer o exame às 08h00, já que as provas têm de ser feitas em simultâneo
HOJE: BIOLOGIA E GEOLOGIA
Hoje, às 14h00, realizam-se os exame de Biologia e Geologia e História do secundário. Para as 17h00 estão marcados os exames de Alemão, Espanhol, Francês e Inglês
CRITÉRIOS DE CORRECÇÃO DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Prova Escrita de Português, 12.º Ano de Escolaridade, Prova 639/1.ª Fase
GRUPO I
A
1.
Cenário de resposta
A resposta deve contemplar os seguintes aspectos:
- A «Ilha» (incluindo as Ninfas e Tétis) é o prémio, a recompensa dada aos marinheiros; os «deleites» são os triunfos, os louros (1.ª estância);
- os prémios concedidos pela antiguidade eram atribuídos a quem fazia o difícil percurso da virtude (2.ª estância);
- os deuses não passam de humanos que praticaram feitos de grande valor; daí terem recebido o prémio da imortalidade (3.ª estância);
2.
Cenário de resposta
A resposta deve contemplar os seguintes aspectos:
- é a «Fama» que, sobre as suas «asas ínclitas», faz subir ao «estelante Olimpo» os varões;
- é a «Fama» que, «trombeta de obras tais», dá a conhecer os «feitos imortais e soberanos»;
- é a «Fama» que atribui os nomes que patenteiam a imortalidade dos humanos: «(…) Lhe deu no mundo nomes (…) / De Deuses, Semideuses, Imortais, / (…)»;
3.
Cenário de resposta
– Identificação da apóstrofe: «ó vós que as famas estimais,»;
– Explicitação do sentido: interpelação directa aos portugueses, alertando-os para o esforço que necessitam de fazer para despertarem do «ócio ignavo» e perseguirem o seu objectivo (a Fama);
4.
Cenário de resposta
A resposta deve contemplar os seguintes aspectos:
– As formas verbais «Despertai» e «ponde» desenvolvem e completam a exortação começada na estância 92;
– apontam as acções principais para os que desejam a fama (despertar do ócio, refrear a cobiça, a ambição e a tirania);
– o modo imperativo não exprime uma ordem, neste caso, mas uma exortação, um apelo;
B
Cenário de resposta
Dada a natureza deste item – de resposta aberta –, a resposta deve incidir nos conteúdos programáticos
«Reflexões do Poeta: críticas e conselhos aos portugueses».
Factor específico de desvalorização relativo ao desvio dos limites de extensão
Sempre que o examinando não respeite os limites relativos ao número de palavras indicados na instrução do item, deve ser descontado um (1) ponto por cada palavra (a mais ou a menos), até ao máximo de cinco (1 x 5) pontos, depois de aplicados todos os critérios definidos para o item. (Situação representada pela alínea a) na grelha de classificação).
Nos casos em que, da aplicação deste factor de desvalorização, resultar uma classificação inferior a zero (0) pontos, é atribuída à resposta a classificação de zero (0) pontos.
GRUPO II
Deve ser considerada, para efeitos de classificação, a resposta em que o examinando, embora não respeitando a instrução dada, registe a resposta correcta de forma inequívoca, através de um processo diferente do requerido.
1.
Resposta correcta: C
2.
Resposta correcta: A
3.
Resposta correcta: B
4.
Resposta correcta: C
5.
Resposta correcta: D
6.
Resposta correcta: B
7.
Chave
A B
1) h)
2) a)
3) c)
4) g)
5) f)
GRUPO III
Cenário de resposta
Dada a natureza deste item – de resposta aberta extensa –, não é apresentado cenário de resposta.
Factor específico de desvalorização relativo ao desvio dos limites de extensão
Sempre que o examinando não respeite os limites relativos ao número de palavras indicados na instrução do item, deve ser descontado um (1) ponto por cada palavra (a mais ou a menos), até ao máximo de cinco (1 x 5) pontos, depois de aplicados todos os critérios definidos para o item. (Situação representada pela alínea a) na grelha de classificação.)
Nos casos em que, da aplicação deste factor de desvalorização, resultar uma classificação inferior a zero (0) pontos, é atribuída a esse item a classificação de zero (0) pontos.
CALENDÁRIO
ENSINO SECUNDÁRIO (1.ª FASE)
18 de Junho
14h00 Desenho A (12.º)
14h00 Biologia e Geologia (10.º/11.º ou 11.º/12.º)
14h00 História A (12.º)
14h00 História B (11.º/12.º)
17h00 Alemão (12.º)
17h00 Espanhol (12.º)
17h00 Francês(12.º)
17h00 Inglês (12.º)
19 de Junho
0900 Economia A (10.º/11.º ou 11.º/12.º)
0900 História da Cultura das Artes (11.º/12.º)
14h00 Aplicações Informáticas B (11.º/12.º)
17h00 Geometria Descritiva A (10.º/11.º ou 11.º/12.º)
20 de Junho
09h00 Literatura Portuguesa (10.º/11.º ou 11.º/12.º)
14h00 Física e Química A (10.º/11.º ou 11.º/12.º)
14h00 Geografia A (10.º/11.º ou 11.º/12.º)
17h00 Alemão (11.º/12.º)
17h00 Espanhol (11.º/12.º)
17h00 Francês (11.º/12.º)
17h00 Inglês (11.º/12.º)
23 de Junho
09h00 Matemática B (10.º/11.º ou 11.º/12.º)
09h00 Matemática Aplic. Ciências Sociais (10.º/11.º ou 11.º/12.º)
09h00 Latim A (10.º/11.º ou 11.º/12.º)
09h00 Matemática A (12.º)
Ensino Básico (fase única)
18 de Junho
09h00 Língua Portuguesa
20 de Junho
09h00 Matemática
'Faz agora dez anos que o Saramago ganhou o Nobel. Por isso, pensava que saía o ‘Memorial do Convento’. Mas foi fácil, para o ano há eleições e as boas notas dão jeito a todos. Só estudei no fim-de-semana e acho que chegou', explica Mário Carvalho, de 19 anos, muito confiante na entrada em Engenharia Informática, no Técnico.
A obra de Saramago também saiu no exame, mas não como tema principal. Mário confessa que não leu o ‘Memorial’: 'Tentei, mas não consegui, aquilo não é português. Aliás, não li nenhum, estudei tudo pelo livro de preparação.'
Ana Correia, de 19 anos, tenta melhoria de nota e garante que leu a obra de Saramago. ' Correu mais ou menos, ‘Os Lusíadas’ foi inesperado e a parte da gramática difícil.' O objectivo é entrar em Psicologia, mas prefere uma privada, ISPA, porque 'é melhor'.
A prova de Português, que marcou o arranque dos exames nacionais, é aquela para a qual estavam inscritos mais alunos (71 135) mas cerca de dez mil faltaram. José Redinha, de 17 anos, saiu confiante da prova. 'Correu bem, apesar de estar à espera de Fernando Pessoa, que não saiu', diz este candidato a economista no ISEG.
Inês Silva, 24 anos, estava eufórica. 'Foi ‘bué’ fácil. Não esperava Camões mas estudei tudo. Fiz uma directa, funciono de véspera. A gramática e os excertos de Saramago também eram muito fáceis', diz a aluna que tenta entrar em Psicologia Criminal.
Menossatisfeita estava Sandra Oliveira, que pretende cursar Relações Públicas e Comunicação Empresarial. 'Podia ter corrido melhor. Esperava que saísse a comparação entre ‘Os Lusíadas’ e a ‘Mensagem’. A parte de gramática foi mais complicada', considera.
SINDICATOS CONTRA 'FACILITISMO' DAS PROVAS NACIONAIS
A Federação Nacional do Ensino e Investigação (FENEI) criticou ontem o 'facilitismo' dos exames nacionais que considera ser uma avaliação ‘faz-de-conta’. A organização sindical sublinha, em comunicado, que 'os próprios especialistas na matéria afirmam que os exames têm vindo a revelar um nível de dificuldade menor face a anos transactos'. A introdução, este ano, de meia hora de tolerância para a realização dos exames é também criticada.
'O Ministério da Educação pretende, com esta política, desinformar a opinião pública, ao apresentar o sucesso (ilusório) dos resultados dos exames e provas de aferição. O País pagará esta factura num futuro muito próximo', pode ler-se no comunicado desta organização sindical.
HOJE É A VEZ DOS ALUNOS DO 9.º ANO IREM A EXAME
O segundo dia dos exames nacionais de 2008 inicia-se com a prova de Língua Portuguesa para os alunos do 9º ano de escolaridade. Da parte da tarde, realizam-se as provas do Secundário de Desenho A, Biologia/Geologia, História, Alemão, Espanhol. Francês e Inglês. Os leitores podem solicitar por e-mail as propostas de correcção que as associações de professores vão elaborando para o endereço examesnacionais@correiomanha.pt . No site www.correiomanha.pt também serão disponibilizadas as propostas de correcção. A Associação de Professores de Português, ao contrário dos últimos anos, decidiu não elaborar correcção da prova do 12º ano.
DEPOIMENTOS
'FIZ UM EXAME RAZOÁVEL, PARA 13/14', João Coelho 17 anos, Escola Filipa Lencastre (Lisboa)
Português não é o meu forte e saiu o que não esperava, mas fiz um exame razoável, para 13 ou 14. O objectivo é Biotecnologia, no Técnico. Tenho média de 17. Deve dar.'
'FOI BOM TER SAÍDO A 'ILHA DOS AMORES'', Filipa Spínola, 17 anos, Escola Padre António Vieira (Lisboa)
Correu bem. Não esperava ‘Os Lusíadas’, mas foi bom ter saído a parte da ‘Ilha dos Amores’ porque é nessa que estou mais à vontade. Quero tirar Desporto na FMH e acho que tenho média.
'PREPAREI-ME COM SARAMGO E PESSOA', Amanda Pereira, 18 anos, Escola Homem Cristo (Aveiro)
Todas as preparações que fizemos com os professores foram entre José Saramago e Fernando Pessoa. ‘Os Lusíadas’ até é fácil. Acho que a redacção final na prova é muito subjectiva.
NOTAS
ESTRANGEIROS: 522 FAZEM EXAME
Realizaram-se também ontem, e pela primeira vez, as provas de Língua Portuguesa Não Materna dos 12.º e 9.º anos. Houve 552 alunos estrangeiros a fazer as provas
AÇORES: EXAME BEM CEDO
Devido à diferença horária de uma hora para o Continente, os alunos açorianos começaram a fazer o exame às 08h00, já que as provas têm de ser feitas em simultâneo
HOJE: BIOLOGIA E GEOLOGIA
Hoje, às 14h00, realizam-se os exame de Biologia e Geologia e História do secundário. Para as 17h00 estão marcados os exames de Alemão, Espanhol, Francês e Inglês
CRITÉRIOS DE CORRECÇÃO DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Prova Escrita de Português, 12.º Ano de Escolaridade, Prova 639/1.ª Fase
GRUPO I
A
1.
Cenário de resposta
A resposta deve contemplar os seguintes aspectos:
- A «Ilha» (incluindo as Ninfas e Tétis) é o prémio, a recompensa dada aos marinheiros; os «deleites» são os triunfos, os louros (1.ª estância);
- os prémios concedidos pela antiguidade eram atribuídos a quem fazia o difícil percurso da virtude (2.ª estância);
- os deuses não passam de humanos que praticaram feitos de grande valor; daí terem recebido o prémio da imortalidade (3.ª estância);
2.
Cenário de resposta
A resposta deve contemplar os seguintes aspectos:
- é a «Fama» que, sobre as suas «asas ínclitas», faz subir ao «estelante Olimpo» os varões;
- é a «Fama» que, «trombeta de obras tais», dá a conhecer os «feitos imortais e soberanos»;
- é a «Fama» que atribui os nomes que patenteiam a imortalidade dos humanos: «(…) Lhe deu no mundo nomes (…) / De Deuses, Semideuses, Imortais, / (…)»;
3.
Cenário de resposta
– Identificação da apóstrofe: «ó vós que as famas estimais,»;
– Explicitação do sentido: interpelação directa aos portugueses, alertando-os para o esforço que necessitam de fazer para despertarem do «ócio ignavo» e perseguirem o seu objectivo (a Fama);
4.
Cenário de resposta
A resposta deve contemplar os seguintes aspectos:
– As formas verbais «Despertai» e «ponde» desenvolvem e completam a exortação começada na estância 92;
– apontam as acções principais para os que desejam a fama (despertar do ócio, refrear a cobiça, a ambição e a tirania);
– o modo imperativo não exprime uma ordem, neste caso, mas uma exortação, um apelo;
B
Cenário de resposta
Dada a natureza deste item – de resposta aberta –, a resposta deve incidir nos conteúdos programáticos
«Reflexões do Poeta: críticas e conselhos aos portugueses».
Factor específico de desvalorização relativo ao desvio dos limites de extensão
Sempre que o examinando não respeite os limites relativos ao número de palavras indicados na instrução do item, deve ser descontado um (1) ponto por cada palavra (a mais ou a menos), até ao máximo de cinco (1 x 5) pontos, depois de aplicados todos os critérios definidos para o item. (Situação representada pela alínea a) na grelha de classificação).
Nos casos em que, da aplicação deste factor de desvalorização, resultar uma classificação inferior a zero (0) pontos, é atribuída à resposta a classificação de zero (0) pontos.
GRUPO II
Deve ser considerada, para efeitos de classificação, a resposta em que o examinando, embora não respeitando a instrução dada, registe a resposta correcta de forma inequívoca, através de um processo diferente do requerido.
1.
Resposta correcta: C
2.
Resposta correcta: A
3.
Resposta correcta: B
4.
Resposta correcta: C
5.
Resposta correcta: D
6.
Resposta correcta: B
7.
Chave
A B
1) h)
2) a)
3) c)
4) g)
5) f)
GRUPO III
Cenário de resposta
Dada a natureza deste item – de resposta aberta extensa –, não é apresentado cenário de resposta.
Factor específico de desvalorização relativo ao desvio dos limites de extensão
Sempre que o examinando não respeite os limites relativos ao número de palavras indicados na instrução do item, deve ser descontado um (1) ponto por cada palavra (a mais ou a menos), até ao máximo de cinco (1 x 5) pontos, depois de aplicados todos os critérios definidos para o item. (Situação representada pela alínea a) na grelha de classificação.)
Nos casos em que, da aplicação deste factor de desvalorização, resultar uma classificação inferior a zero (0) pontos, é atribuída a esse item a classificação de zero (0) pontos.
CALENDÁRIO
ENSINO SECUNDÁRIO (1.ª FASE)
18 de Junho
14h00 Desenho A (12.º)
14h00 Biologia e Geologia (10.º/11.º ou 11.º/12.º)
14h00 História A (12.º)
14h00 História B (11.º/12.º)
17h00 Alemão (12.º)
17h00 Espanhol (12.º)
17h00 Francês(12.º)
17h00 Inglês (12.º)
19 de Junho
0900 Economia A (10.º/11.º ou 11.º/12.º)
0900 História da Cultura das Artes (11.º/12.º)
14h00 Aplicações Informáticas B (11.º/12.º)
17h00 Geometria Descritiva A (10.º/11.º ou 11.º/12.º)
20 de Junho
09h00 Literatura Portuguesa (10.º/11.º ou 11.º/12.º)
14h00 Física e Química A (10.º/11.º ou 11.º/12.º)
14h00 Geografia A (10.º/11.º ou 11.º/12.º)
17h00 Alemão (11.º/12.º)
17h00 Espanhol (11.º/12.º)
17h00 Francês (11.º/12.º)
17h00 Inglês (11.º/12.º)
23 de Junho
09h00 Matemática B (10.º/11.º ou 11.º/12.º)
09h00 Matemática Aplic. Ciências Sociais (10.º/11.º ou 11.º/12.º)
09h00 Latim A (10.º/11.º ou 11.º/12.º)
09h00 Matemática A (12.º)
Ensino Básico (fase única)
18 de Junho
09h00 Língua Portuguesa
20 de Junho
09h00 Matemática
terça-feira, 17 de junho de 2008
Alunos acordam mais cedo nos Açores
Luís de Camões, Fernando Pessoa, Saramago e Sttau Monteiro dominavam esta terça-feira as conversas dos 200 alunos que esta manhã se preparavam para fazer o exame nacional de Português do 12º ano na Escola Jerónimo Emiliano de Andrade, em Angra do Heroísmo, escreve a Lusa.
Por causa da diferença horária, os alunos açorianos começaram a fazer o exame às 8h locais, já que as provas têm de ser feitas em simultâneo em todas as escolas.
De bilhete de identidade e esferográfica na mão, grande parte dos jovens manifestou-se à agência Lusa prudente nas expectativas quanto às notas finais.
«Camões é difícil, Pessoa complicado, Saramago e Sttau Monteiro são complexos»
«Camões é difícil, Pessoa complicado, Saramago e Sttau Monteiro são complexos», afirmaram alguns dos estudantes junto à escola secundária da ilha Terceira.
Enquanto uns tiravam dúvidas de última hora, outros desejavam entre si «boa sorte», «felicidades» ou «que tudo corra bem» gerando, como dizia uma jovem, «uma onda de energias positivas» que, assegurava, «bem precisamos».
Quanto ao futuro, em grande parte dos jovens subsiste a dúvida do curso superior que pretendem frequentar, ainda que outros adiantem que querem Direito ou Educação Física, no caso dos rapazes, e Biologia, Medicina ou Design no caso da raparigas.
Nos Açores, segundo os dados da Direcção Regional de Educação, estão inscritos, para as diversas provas nacionais, 3.351 alunos, menos 277 que no ano passado. Para os exames da primeira fase, vão ser utilizados duas dezenas de estabelecimentos de ensino em oito das nove ilhas do arquipélago, excepto no Corvo, a mais pequena das ilhas.
A primeira fase de exames decorre até 23 de Junho, encerrando com o exame de Matemática, e a segunda fase entre 14 e 18 de Julho.
A época de exames nacionais obrigatórios para a conclusão do ensino básico e secundário arranca com a prova de português do 12º ano, na qual estão inscritos mais de 70 mil alunos em todo o país.
Além deste exame, realizam-se também as provas de Língua Portuguesa Não Materna dos 12º e 9º anos. No total, 71.135 alunos estão inscritos para fazer exames esta terça-feira.
Segundo dados oficiais do Ministério da Educação (ME), entre os 326.245 exames nacionais a realizar até 18 de Julho, os que registam mais inscrições são os de Português, na terça-feira (71.135), Biologia e Geologia na quarta-feira (58.040), Física e Química na sexta-feira (54.910) e Matemática a 23 de Junho (48.427).
Atropelamento mortal: motorista da Carris inocente
O inquérito ao atropelamento mortal de uma aluna da escola D. José I, na Musgueira, concluiu que o motorista da Carris está inocente. Segundo o Diário de Notícias, o acidente ficou a dever-se à «imprudência do peão que, infelizmente, atravessou a rua sem as cautelas necessárias».
Segundo o Diário de Notícias, a investigação determinou que o «acidente não se deveu a falhas mecânicas no veículo, nem a deficiências na conduta e na condução do motorista (...), não se verificando, assim, qualquer responsabilidade por parte do motorista».
Recorde-se que a Carris mandou abrir um inquérito urgente ao atropelamento que provocou a morte a uma aluna de 12 anos, no início deste mês.
iol
Segundo o Diário de Notícias, a investigação determinou que o «acidente não se deveu a falhas mecânicas no veículo, nem a deficiências na conduta e na condução do motorista (...), não se verificando, assim, qualquer responsabilidade por parte do motorista».
Recorde-se que a Carris mandou abrir um inquérito urgente ao atropelamento que provocou a morte a uma aluna de 12 anos, no início deste mês.
iol
Prova de Português do 12º ano "foi fácil"
A generalidade dos alunos do 12º ano ouvidos hoje pela Lusa acharam o exame nacional de Português do 12º "fácil" e dizem que o completaram sem problemas. À saída das provas, um misto de apreensão e esperança dominava os sentiments dos estudantes.
"Não tive tantas dificuldades quanto esperava. Pensei que ia ser mais difícil, mas conseguia responder a tudo e até acho que acertei na maioria das perguntas", disse uma aluna do 12º ano da escola secundária José Gomes Ferreira, em Lisboa.
"Achei que para o programa que é dado o exame foi razoável. Não foi complicado de todo", explicou.
Na escola Jerónimo Emiliano de Andrade, em Angra do Heroísmo, Açores, à saída da prova os alunos dividiam-se entre as suas preferências pela "Ilha dos Amores" de Luís de Camões e uma análise ao "Memorial do Convento" de José Saramago.
Para Miguel Medeiros, 18 anos, candidato a uma entrada na universidade em Educação Física e Desporto, a prova "correu bem, mas a nota pode ser má", enquanto Carolina Toste não compreendia porque tinha estudado tanto, uma vez que "o teste foi fácil".
Para Duarte Leonardo, 17 anos, que pretende frequentar a Escola Naval, "a prova correu mais para o menos", sublinhando que "as escolhas múltiplas foram mais fáceis que o tema de desenvolvimento", que abordava, genericamente, a questão dos Direitos Humanos.
André Parreira, 19 anos e aspirante a um curso de Enfermagem, afirmou convicto que já fez "coisas mais difíceis", no que é corroborado por Carla Santos, 17 anos, que quer tirar Gestão de Empresas, e Joana Silva, 17 anos, e candidata a um curso de Direito, que confessou "não gostar dos Lusíadas".
A época de exames nacionais obrigatórios para a conclusão do ensino básico e secundário arrancou hoje com a prova de português do 12º ano, na qual estavam inscritos mais de 70 mil alunos.
Além deste exame, realizaram-se também hoje as provas de Língua Portuguesa Não Materna dos 12º e 9º anos. No total, no ensino secundário 1.135 alunos estão inscritos para fazer exames esta terça-feira.
Mais de 326 mil a exame até 18 de Julho
Segundo dados oficiais do Ministério da Educação (ME), entre os 326.245 exames nacionais a realizar até 18 de Julho, os que registam mais inscrições são os de Português (71.135), Biologia e Geologia na quarta-feira (58.040), Física e Química na sexta-feira (54.910) e Matemática a 23 de Junho (48.427).
No básico haverá duas chamadas para os 99.930 alunos inscritos (menos 7.201 do que no ano passado) mostrarem o que sabem de Língua Portuguesa e Matemática ao nível do 9º ano, a primeira na quarta e na sexta-feira, e a segunda na próxima semana, a 26 e 27 de Junho.
Os alunos dispõem de 90 minutos para porem à prova os seus conhecimentos, sendo as pautas das classificações em ambas as chamadas afixadas a 11 de Julho.
Quanto ao secundário, estão inscritos para exame 157.718 alunos (menos 11.849 do que em 2007), dos quais 96.953 são candidatos ao Ensino Superior. "
Luxemburgo: Escola portuguesa sem garantias de instalação
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Luxemburgo defendeu hoje que «a solução» para a integração da comunidade portuguesa no país está na escola pública, limitando-se a considerar «interessante» o projecto da Universidade Lusófona de abrir uma escola.
O chefe da diplomacia portuguesa, Luís Amado, realizou hoje uma visita ao Grão Ducado onde se reuniu com as principais autoridades do país para discutir, principalmente, questões do domínio da integração da comunidade portuguesa no Luxemburgo.
Os dois ministros dos Negócios Estrangeiros apresentaram em conferência de imprensa os principais resultados das discussões.
Para Jean Asselborn, o Luxemburgo já fez «muitos esforços» para poder chegar a uma solução que satisfaça todas as comunidades estrangeiras no país quanto ao ensino da sua língua e está disposto a «continuar os esforços» num quadro em que se deve privilegiar a escola pública.
O responsável governamental não afastou a possibilidade de se vir a abrir uma escola portuguesa no país, tendo anunciado a criação de um grupo de trabalho para analisar essa possibilidade.
A Universidade Lusófona anunciou em Abril que gostaria de abrir uma escola portuguesa no Luxemburgo para combater a «lamentável» taxa de insucesso escolar entre as crianças portuguesas residentes naquele país.
Por seu lado, Luís Amado começou por sublinhar a «grande identidade de pontos de vista» entre Portugal e Luxemburgo em matérias de política internacional, tendo em seguida referido a importância da comunidade portuguesa neste país.
O chefe da diplomacia portuguesa referiu que, apesar de Portugal ter comunidades maiores noutros países, é no Luxemburgo que ela é maior percentualmente em relação à população total do país.
No Luxemburgo, residem oficialmente 67.800 portugueses, mas o número real deve ascender a 80 mil.
Os portugueses representam 16 por cento da população do Luxemburgo e 20 por cento da população activa.
Para Jean Asselborn, a comunidade portuguesa está «bem integrada», tendo voltado a assegurar que as autoridades do país irão «muito em breve» tomar uma decisão final sobre uma lei que permitirá a dupla nacionalidade para os residentes no país.
O ministro lembrou que o problema para os portugueses é o desconhecimento que têm da língua luxemburguesa, uma questão intimamente ligada à entidade nacional do país.
Na visita bilateral realizada, Luís Amado também teve encontros com o primeiro-ministro, Jean-Claude Juncker, e o Grão Duque do Luxemburgo, Henri Albert Gabriel Félix Marie Guillaume.
Diário Digital / Lusa
O chefe da diplomacia portuguesa, Luís Amado, realizou hoje uma visita ao Grão Ducado onde se reuniu com as principais autoridades do país para discutir, principalmente, questões do domínio da integração da comunidade portuguesa no Luxemburgo.
Os dois ministros dos Negócios Estrangeiros apresentaram em conferência de imprensa os principais resultados das discussões.
Para Jean Asselborn, o Luxemburgo já fez «muitos esforços» para poder chegar a uma solução que satisfaça todas as comunidades estrangeiras no país quanto ao ensino da sua língua e está disposto a «continuar os esforços» num quadro em que se deve privilegiar a escola pública.
O responsável governamental não afastou a possibilidade de se vir a abrir uma escola portuguesa no país, tendo anunciado a criação de um grupo de trabalho para analisar essa possibilidade.
A Universidade Lusófona anunciou em Abril que gostaria de abrir uma escola portuguesa no Luxemburgo para combater a «lamentável» taxa de insucesso escolar entre as crianças portuguesas residentes naquele país.
Por seu lado, Luís Amado começou por sublinhar a «grande identidade de pontos de vista» entre Portugal e Luxemburgo em matérias de política internacional, tendo em seguida referido a importância da comunidade portuguesa neste país.
O chefe da diplomacia portuguesa referiu que, apesar de Portugal ter comunidades maiores noutros países, é no Luxemburgo que ela é maior percentualmente em relação à população total do país.
No Luxemburgo, residem oficialmente 67.800 portugueses, mas o número real deve ascender a 80 mil.
Os portugueses representam 16 por cento da população do Luxemburgo e 20 por cento da população activa.
Para Jean Asselborn, a comunidade portuguesa está «bem integrada», tendo voltado a assegurar que as autoridades do país irão «muito em breve» tomar uma decisão final sobre uma lei que permitirá a dupla nacionalidade para os residentes no país.
O ministro lembrou que o problema para os portugueses é o desconhecimento que têm da língua luxemburguesa, uma questão intimamente ligada à entidade nacional do país.
Na visita bilateral realizada, Luís Amado também teve encontros com o primeiro-ministro, Jean-Claude Juncker, e o Grão Duque do Luxemburgo, Henri Albert Gabriel Félix Marie Guillaume.
Diário Digital / Lusa
Pais denunciam cobrança de taxas ilegais nas matrículas
A Federação das Associações de Pais de Vila Franca de Xira denunciou hoje que há escolas do concelho que estão a cobrar taxas ilegais na matrícula dos alunos, algumas delas chegando aos oito euros, informa a TSF.
António Castela, da Federação das Associações de Pais, deu como exemplo uma escola de Alverca que está a cobrar oito euros. O responsável revelou ainda que os pais têm contestado a ilegalidade na cobrança das taxas que vai acontecendo em diversas escolas.
«Há várias escolas onde temos referências deste tipo de reclamação por parte dos pais. Por isso, temos vindo a contestar a situação», acrescentou.
Contactado pela TSF, o Ministério da Educação esclareceu que os pais não são obrigados a pagar a referida taxa e no caso em que esta já foi cobrada terão direito a reembolso.
dd
António Castela, da Federação das Associações de Pais, deu como exemplo uma escola de Alverca que está a cobrar oito euros. O responsável revelou ainda que os pais têm contestado a ilegalidade na cobrança das taxas que vai acontecendo em diversas escolas.
«Há várias escolas onde temos referências deste tipo de reclamação por parte dos pais. Por isso, temos vindo a contestar a situação», acrescentou.
Contactado pela TSF, o Ministério da Educação esclareceu que os pais não são obrigados a pagar a referida taxa e no caso em que esta já foi cobrada terão direito a reembolso.
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