quinta-feira, 19 de junho de 2008

"A Português ou se sabe ou não vale a pena estudar"

"Era fácil. Pensava que ia ser mais difícil." É assim que a maioria dos alunos do 9.º ano, da Escola Secundária Virgílio Ferreira, em Lisboa, classifica o exame nacional de Língua Portuguesa, realizado ontem. Para muitos este é o primeiro exame nacional e, por isso, o nervosismo foi o sentimento mais evocado pelos estudantes.

Liliana Silva, 16 anos, revela mesmo que "desde que acabaram as aulas estou a estudar para o exame. Tive explicações e tudo". Os colegas mostram uma atitude mais descontraída. "Passei dois dias a estudar", conta Laura Leal de 15 anos. Felipe Hasslocher, 14 anos, corrobora a ideia: "não estudei, a Português ou se sabe ou não vale a pena estudar".

Com os enunciados nas mãos, os alunos procuram saber junto dos colegas quais as respostas correctas. "O exame é mais fácil do que os testes normais, tem pouca gramática e mais textos", refere João Valente, 14 anos. O medo de Liliana Silva era que "saísse mais Lusíadas, porque é muito complicado".

Grande parte dos 130 inscritos para realizar o exame saiu depois dos 30 minutos de tolerância. A prova tem 1h30 de duração regulamentar, mas os alunos queixaram-se da falta de tempo. "Era fácil para fazer durante o tempo normal e o extra. Mas se tivéssemos que fazer só durante a 1h30 era muito longo", explica Felipe Hasslocher. Este ano a prova tinha mais um texto, além dos dois habituais.

O nervosismo em torno dos exames nacionais é normal. Até porque, "é diferente dos testes, havia mais tensão e estavam todos calados", frisa Inês Victorino, 15 anos. Mas, "as professoras foram simpáticas, não explicaram nada das perguntas, mas ajudaram a preencher os enunciados", conclui.

O grupo de alunos que se junta à saída da escola comenta entre brincadeiras que deste exame já estão safos. É hora de ir para casa estudar Matemática. O exame é já amanhã e "vai ser mais difícil porque é uma matéria mais concreta", alerta Liliana Silva.|

DN

Sem comentários: