quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Conteúdo - O que é um sismo?

A Terra estremece , brusca e inesperadamente, cerca de um milhão de vezes por ano, segundo algumas estimativas.
Um sismo é um movimento vibratório brusco da superfície terrestre, a maior parte das vezes devido uma súbita libertação de energia em zonas instáveis do interior da Terra. Os sismos mais violentos resultam na sua maior parte dos movimentos das placas crustais particularmente em torno das margens do Oceano Pacifico e numa cintura que se estende através da Europa do Sul até à Ásia.
Os sismos menos violentos resultam em geral das erupções vulcânicas, desmoronamentos de terra e das explosões.
De entre destes sismos designam-se por sismos de colapso, sismos vulcânicos ou sismos tectónicos

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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Os testículos ...

Na aula de biologia, o professor pergunta: Joãozinho! Quantos testículos nós temos? Quatro professor responde o menino sem pestanejar. Quatro? Você ficou doido? Bem... Pelo menos os meus dois eu garanto!

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Os finlandeses querem que os filhos sejam professores

A Finlândia surge sistematicamente no topo dos estudos PISA, em que tri-anualmente a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) examina as capacidades dos alunos de 15 anos em Ciência, Matemática e Leitura. O investigador finlandês Jouni Välijärvi surgiu numa sala apinhada de professores portugueses, num encontro organizado pelo Ministério da Educação na quarta-feira, em Lisboa, no papel de mestre a quem pedem que ensine "como se faz". No fundo, queriam saber o que é a Finlândia tem de especial? Välijärvi, director do Instituto Finlandês para a Investigação em Educação, na Universidade de Jyväskylä, explica que muito está na base, no ensino primário, onde um professor motivado e bem preparado acompanha os alunos durante seis anos.


Defende que um dos segredos do sucesso finlandês é a qualidade do ensino primário. Por que é que os professores da primária têm tanta popularidade?

Tem muito a ver com a nossa história. A Finlândia só é independente há 100 anos e os professores primários eram colocados por todo o país para espalhar a identidade nacional. É umas razões que explicam uma popularidade tão alta. Ser professor primário é tão prestigiado como ser médico ou advogado: os pais querem que os filhos sejam professores primários e, quando perguntam aos miúdos que acabaram o secundário que carreira querem seguir, a profissão surge nos dois primeiros lugares. E muitos dos que têm essa ambição não a conseguem alcançar, porque é muito difícil entrar para o curso.

A popularidade estende-se aos professores do secundário?

Depende das áreas. No secundário, muitas vezes ir para professor não é uma primeira escolha, é um recurso, e isso tem reflexos na motivação dos professores e na aprendizagem.

Por que é que ser professor primário é tão apelativo?

Uma das coisas mais importantes é a autonomia, em que cada professor organiza o trabalho como entende, por isso a questão da avaliação é muito sensível. As aulas estão muito fechadas sobre si mesmas, o que é uma força do sistema mas também uma fraqueza. Mas o facto é que os pais confiam nos professores e nas escolas.

Na Finlândia, o ensino primário prolonga-se por seis anos, as crianças ficam durante este período com o mesmo professor. Isso é importante?

Sim, é a base de tudo. Costuma ser um professor que trabalha com eles ao longo dos seis anos, mas há escolas que dividem os anos por dois professores e pode haver outros professores que ajudam nalgumas matérias, por exemplo, em Matemática ou Desporto. Fica ao critério da escola.

Os poucos chumbos que existem são na primária...

Analisando os alunos do 9.º ano, constata-se que só 2,6 por cento chumbaram e a grande maioria foi na primária. É mais eficaz reter um aluno um ano no início do que este ter que repetir um ano mais tarde, porque é uma altura em que estão a ser dadas as bases. Os professores finlandeses têm expectativas muito altas em termos académicos, incluindo os primários, mais até do que noutros países nórdicos. Por exemplo, na Dinamarca o ensino está mais centrado no bem-estar e felicidade das crianças do que nos resultados académicos. O modelo finlandês mistura os dois factores, preocupa-se com a felicidade e com a parte cognitiva, o que se traduz na aquisição de certos níveis na Escrita, Leitura e Matemática, algo que também já é importante na pré-primária.

O que faz com que um professor seja bom?

Perguntámos isso a alunos e concluímos que é quando sentem que percebe do tema que ensina e também, e este aspecto é interessante, quando sentem que se interessa por eles e está disposto a ter conversas que lhes dizem algo e que não têm necessariamente a ver com a cadeira que lecciona.

Questões como a sexualidade?

Sim, mas também quando o professor os ajuda a escolher o caminho que vão seguir, que está disposto a discutir com eles o porquê das suas escolhas.

As escolas finlandesas têm turmas pequenas. Este poderá ser outro factor de sucesso?

São pequenas e os professores defendem que devem ser ainda mais pequenas. Eu sou céptico em relação à utilidade de reduzir as turmas. Actualmente, na primária, em média, temos 21 alunos por turma, no secundário 19. Eu acho que não é possível chegar a um número óptimo, que a dimensão das turmas deve depender dos alunos, do que se ensina. Até porque ter turmas mais pequenas significa ter mais professores e isso implica aumentar gastos. Penso que o dinheiro pode ser usado para criar mais apoios de acordo com o contexto de cada escola: há escolas em que 15 por cento são imigrantes. Uma das conclusões da OCDE é a de que pagar bem a professores resulta em melhores resultados, porque aumenta a sua motivação.Até certo nível. O importante são as condições de trabalho como um todo, o salário é um sinal. O mais importante é os professores sentirem que, quando têm dificuldades, não estão sozinhos, o que não é o caso em muitos países.

A Finlândia é um dos países onde se passa menos tempo na escola.

Quando se está na escola está-se concentrado na escola, quando se sai vai-se fazer outras coisas, são tempos perfeitamente separados. Na Coreia [outro país bem classificado no PISA], os alunos levantam-se às 6h00 e voltam a casa às 21h00, e ainda têm que fazer trabalhos de casa. Para estes jovens, a escola e a educação são tudo na vida. Os finlandeses, entre tempo na escola e trabalhos de casa, passam um total de 30 horas por semana, face a 50 horas da Coreia.

Moral da história?

A forma como os países conseguem bons resultados é completamente diferente. Esse é o reverso da medalha destes estudos internacionais que incentivam a imitação. Os países podem aprender uns com os outros, mas tem que se ter muito cuidado em transplantar modelos.

domingo, 7 de agosto de 2011

O primeiro dia de aulas

No primeiro dia de aulas do 1º ano a professora estava a perguntar os nomes aos alunos. Como te chamas? Chamo-me Zezinho , e a professora diz : Zezinho és em casa aqui és José , disse a professora muito calma. Como te chamas? Chamo-me joãozinho , e a professora disse : Joãozinho és em casa aqui és João , disse a professora enervada. Como te chamas? Agosto! Agosto??? Sim , se em casa me chamam Agostinho , aqui devo ser Agosto!

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Ordens "contraditórias" provocam caos absoluto nas escolas

As escolas correram contra o tempo para preparar o próximo ano lectivo. As novas indicações sobre a organização curricular do ministro da Educação e Ciência (MEC), Nuno Crato, chegaram no final da segunda semana de Julho. Mesmo assim, conta Manuel Pereira, da Associação Nacional dos Dirigentes Escolares, as equipas de directores e professores "trabalharam noite e dia, fins--de-semana e feriados" para cumprir os prazos, distribuindo os horários pelos seus docentes e enviando ainda à Direcção-Geral de Recursos Humanos da Educação a lista dos professores que ficaram sem turmas atribuídas. A tarefa ficou concluída e até sobraram duas semanas para gozarem as férias, que este ano ficaram mais curtas. Enganaram-se. No dia a seguir chegou uma indicação da Direcção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular (DGIDC), induzindo as direcções escolares a refazerem tudo de novo, contrariando até as ordens da tutela.

Na passada sexta-feira, às 18h23, a DGIDC enviou para o correio electrónico de todas as escolas e agrupamentos as regras para elaborar os horários. Na nota, assinada pela directora-geral Alexandra Marques, informa-se que "para o ano lectivo 2011/2012 vigoram as cargas horárias do Decreto-Lei 8/2011 e o Decreto-lei 50/2011 de 8 de Abril". O primeiro engano que salta logo à vista é a eventual confusão entre o DL 8/2011 - que se refere a questões de pagamento de serviços por parte do Ministério da Saúde - e o DL 18/2011, esse sim, com normas sobre a organização curricular para o ensino básico. Embora esta última legislação regule o funcionamento das escolas, a sua aplicação também não faz sentido para professores e directores, uma vez que se trata de uma lei ainda do tempo da anterior ministra Isabel Alçada, que em Março foi revogada pela Assembleia da República.

Fica tudo como está Contactada pelo i, fonte da tutela limitou-se a explicar que "a informação que consta na nota da DGIDC é referente à organização curricular do ensino básico para o ano lectivo de 2011/2012 e que todas essas normas são do conhecimento das escolas desde o dia 14 de Julho". É uma resposta curta e pouco esclarecedora mas terá, pelo menos, a virtude de tranquilizar os directores que, afinal, vão poder ir de férias e deixar tudo como está.

Só que, por outro lado, ficam as escolas sem saber porque enviou a DGIDC uma nota sobre um procedimento que já está concluído em todas as escolas. E ficam sem perceber também qual a razão para esta entidade tutelada pelo MEC recorrer a uma legislação que diz respeito a uma matéria do Ministério da Saúde, lançando a confusão com uma lei revogada há cinco meses pelo parlamento.

"No meio desta trapalhada estão os directores que passaram o fim-de-semana angustiados sem saber se estavam perante um engano ou uma piada de mau gosto", censura Adalmiro Fonseca, presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDEP). Não basta "fazer de conta que nada aconteceu", nem sequer admitir que houve "lapso" por parte da DGIDC, avisa o dirigente da ANDAEP: "Amanhã [hoje] vou enviar à Secretaria de Estado do Ensino Básico e Secundário um e-mail a pedir a responsabilidade por este desleixo que envolveu as escolas de todo o país. Tudo isso tem de ser muito bem explicado."

Desorganização Adalmiro Fonseca defende que a directora da DGIDC, Alexandra Marques, deve ser responsabilizada, mas que este episódio também reflecte a "desorganização" dos serviços tutelados pelo ministério: "Todos querem mandar nas escolas, mas é preciso definir quem manda, quem faz o quê e qual o papel dos directores nesta história toda."

Reorganizar a estrutura do MEC não será uma tarefa fácil para Nuno Crato, reconhece o presidente da associação de directores: "Será um processo moroso que exige paciência e determinação para enfrentar demasiadas resistências."

Cooperativa de ensino despede 70 professores

Cinquenta professores efectivos e mais vinte contratados da Cooperativa Didáxis, em Riba D’Ave, Vila Nova de Famalicão, ficaram a saber que não regressam à escola em Setembro. A administração disse aos docentes estar a ser "forçada" a despedir, devido aos cortes do Estado no financiamento ao Ensino Particular. Os professores estão desesperados. "Sabíamos que haveria despedimentos, mas não estávamos à espera de um despedimento em massa", disse um docente da Didáxis. "Estamos desesperados, porque não sabemos quantos mais vão ser dispensados", vincou o professor, sublinhando que "o pior de tudo é terem comunicado os despedimentos depois de estar fechado o concurso nacional de professores. Ficamos sem hipótese nenhuma de trabalhar no próximo ano lectivo".
Os primeiros despedimentos foram feitos no final da semana passada, em duas reuniões colectivas. Primeiro, a Direcção Administrativa reuniu com os 50 professores efectivos, comunicando-lhes que, a partir de Setembro, deixariam de integrar o quadro pedagógico. Posteriormente, foram chamados 20 docentes que têm contrato a termo, sendo-lhes dito que os mesmos não seriam renovados.
A revolta entre os professores cresce, não só por terem sido convocados para as reuniões por mensagem de telemóvel, mas principalmente porque os critérios para os despedimentos não são claros. "Seria normal estarem a despedir os contratados ou os que têm menos tempo de serviço, mas, em vez disso, há professores com dez e mais anos de casa, que vão para a rua", denunciaram.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Professores avaliam colegas de outras escolas

O novo modelo de avaliação de professores proposto esta sexta-feira aos sindicatos pelo Governo terá ciclos avaliativos de quatro anos, coincidentes com a duração dos escalões da carreira, e os docentes serão avaliados por colegas de outras escolas. E haverá docentes isentos de avaliação.
O Ministério da Educação e Ciência (MEC) divulgou há momentos os princípios gerais da sua proposta para novo modelo de avaliação de professores, que está a ser apresentado pelo ministro Nuno Crato aos sindicatos. A tutela garante que "após o próximo ciclo de avaliação, com o novo modelo, os professores poderão optar pela melhor classificação obtida num dos ciclos já realizados", frisando que "ninguém será prejudicado na fase de transição".
A carga burocrática será menor: "O processo será desburocratizado, baseando-se em elementos simples para o avaliado - Programa Educativo do Professor e Relatório de Auto-Avaliação".
O ponto porventura mais polémico vem a seguir e prevê que os docentes sejam avaliados por colegas de outras escolas. O MEC sublinha que "os avaliadores terão de pertencer a um escalão mais avançado que o dos respectivos avaliados". "As aulas observadas serão efectuadas por professores do mesmo grupo disciplinar, mas exteriores à escola do professor avaliado", pode ler-se na proposta, na qual são apresentado sete princípios gerais.
O MEC refere que haverá "valorização das componentes científica e pedagógica em sala de aula, tendo em vista a melhoria dos resultados escolares", bem como o "estabelecimento de um quadro objectivo de isenções de avaliação para situações concretas". Haverá ainda "um sistema de arbitragem expedito para os recursos".

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Ministro esvazia direcções regionais

O Governo vai retirar das direcções regionais de educação centenas de professores destacados, fazendo-os regressar às escolas. "Cerca de 900 professores voltam às escolas já no próximo ano lectivo", disse ao Carlos Chagas, do Sindicato Nacional e Democrático dos Professores (FENEI/SINDEP), após reunião com o ministro Nuno Crato, mostrando-se de acordo com a medida. Segundo o dirigente, Crato está disponível para rever quase tudo, do Estatuto do Aluno e da Carreira Docente ao modelo de gestão das escolas. Quanto à avaliação de professores, a tutela disse que serão feitos "todos os esforços" para que "ainda na próxima semana sejam expostos aos sindicatos os princípios gerais de um novo modelo".

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Notas dos alunos nos exames são piores do que nas escolas

A disciplina de Português foi a segunda em que se registou uma maior diferença entre a classificação final obtida pelos alunos nas suas escolas e os resultados que obtiveram no exame do 12.º ano. A média dos alunos internos a Português foi de 13,5. No exame nacional, o resultado médio destes mesmos alunos foi de 9,6.

Os alunos internos são aqueles que frequentam as aulas o ano inteiro. Para irem a exame têm de ter, no mínimo, um 10 numa escala de 0 a 20. Tradicionalmente, as maiores diferenças a favor da classificação interna registavam-se nas disciplinas de Biologia e Geologia e Física e Química A, com exames no 11.º ano. Em 2010, por comparação à média obtida nos exames, esta diferença foi superior a quatro pontos. Este ano foi de 2,6 em ambas as disciplinas, o que se deve em grande parte a um melhor desempenho nos exames recompensado com uma média positiva, o que já não sucedia há vários anos.

Para os professores a diferença de médias justifica-se sobretudo pelo facto de as notas da escola reflectirem outras componentes para além dos resultados dos testes. Também são tidos em conta, entre outros factores, o trabalho desenvolvido pelos alunos ao longo do ano e as suas atitudes.

Mas os novos itens introduzidos este ano no exame de Português, no grupo do funcionamento da língua, poderão ser a principal causa da diferença de quatro pontos (no ano passado foi de três) entre a média que resulta da nota dada pelos professores e aquela que foi obtida no exame. Segundo a presidente da Associação de Professores de Português, Edviges Ferreira, a extensão do programa em vigor leva a que muitos professores se vejam obrigados a saltar algumas partes.

Por norma privilegia-se o estudo dos autores (Fernando Pessoa e os seus heterónimos, José Saramago e Luís Sttau Monteiro) em detrimento do treino do funcionamento da língua, onde se integra a gramática.

No exame deste ano pediu-se aos alunos que identificassem classes de palavras, funções sintácticas e que classificassem orações. E o resultado terá sido um desastre. Estes conteúdos são leccionados nos 10.º e 11.º anos. O exame do 12.º só incide sobre a matéria do programa deste último ano. Mas deste faz parte a consolidação dos itens de funcionamento da língua explorados nos dois anos anteriores.

Edviges Ferreira frisa que os testes realizados pelos alunos são diferentes das provas de exame. Esta professora defende que os alunos do ensino secundário passem também a realizar testes intermédios na disciplina de Português, à semelhança do que sucede com Matemática A, Biologia e Geologia e Física e Química A. Estes testes, elaborados pelo Gabinete de Avaliação Educacional, servem de preparação para os exames.

Este ano, a maior diferença entre a classificação interna e a média obtida nos exames voltou a registar-se a Geometria Descritiva. Foi de 4,5 pontos. No ano passado tinha sido de 5,1.

A Matemática A, com um exame mais difícil, a diferença entre a classificação interna e a média naquela prova final subiu dois pontos por comparação ao ano passado. Os resultados por escola, geralmente divulgados em Outubro, têm demonstrado que são os estabelecimentos de ensino com pior classificação que apresentam as maiores discrepâncias entre a nota de exame e a classificação interna. As notas dos exames contam 30 por cento para o cálculo da nota final.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Nuno Crato ‘foge’ da 5 de Outubro

Nuno Crato começa hoje a receber os sindicatos de professores longe da avenida 5 de Outubro, em Lisboa, o edifício-símbolo da máquina ministerial cuja extinção defendeu antes de chegar ao Governo. "A última a sair da 5 de Outubro foi a ministra Maria do Carmo Seabra, que foi para a avenida 24 de Julho, e só lá esteve seis meses, porque o Governo de Santana Lopes caiu", graceja Mário Nogueira (Fenprof). Já João Dias da Silva (FNE) diz, entre sorrisos, que o ministro da Educação e Ciência "não quer apanhar com os destroços do edifício que pretende eliminar".
Já na sexta-feira, Crato dera a sua primeira conferência de imprensa no Palácio das Laranjeiras, ligado ao ensino superior e ciência. A tutela disse ao CM que o ministro vai "trabalhar em ambas as instalações, conforme a necessidade".
Num ponto, ministro e sindicatos estão de acordo: é preciso reduzir a estrutura ministerial. Até porque os sindicatos querem saber onde Crato irá cortar, depois de ter parado a fusão de escolas e a reforma curricular. Nogueira pede "coragem para reduzir ao essencial a máquina do Ministério". Dias da Silva propõe "acabar de imediato com as equipas de apoio às escolas e extinguir as direcções regionais nesta legislatura".
A suspensão do modelo de avaliação de professores volta também a ser prioridade dos sindicatos. "Tem de ficar clara a suspensão do modelo a partir de Setembro, bem como a anulação dos efeitos no concurso. Não basta o ministro dizer, é preciso leis ou o envio de uma circular às escolas", defende Nogueira, lembrando que "foi o PSD que disse que este modelo é kafkiano".
Dias da Silva afina pelo mesmo diapasão e acredita que o ministro "vai abrir um espaço de negociação relativamente ao novo modelo de avaliação de desempenho, que se deseja menos burocrático". Nuno Crato já disse que vai apresentar um novo modelo.
Os directores das escolas já não estão a prever horas para os professores relatores dedicarem à avaliação docente no próximo ano lectivo, depois de o ministro ter afirmado que vai adoptar novo modelo. "Não vou deduzir horas para os relatores", disse ao CM Adalmiro Fonseca, presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas e director da escola Oliveira do Douro, em Vila Nova de Gaia. Mário Nogueira vai pedir hoje ao ministro para clarificar este ponto.

sábado, 9 de julho de 2011

Rede escolar: indicações até final do mês

As escolas vão receber indicações, até ao final do mês, sobre o processo de reorganização da rede escolar, que prevê encerramentos ainda em reavaliação, disse este sábado à Lusa a secretária de Estado do Ensino Básico e Secundário.

«Estamos a trabalhar para dar uma resposta o mais célere possível», garantiu Isabel Leite, à margem de uma conferência sobre educação na infância, em Lisboa.

«Compreendemos profundamente a ansiedade dos pais e dos professores», referiu a governante, acrescentando que até ao final do mês as escolas «terão indicações».

Questionada sobre quais os estabelecimentos a encerrar ou a manter as portas abertas, a secretária de Estado considerou que seria prematuro avançar já com números: «Estamos ainda a fazer uma reavaliação».

Relativamente aos contractos de professores que estão agora a terminar, Isabel Leite disse apenas que as notícias que têm sido veiculadas, nos últimos dias, se referem a «prazos que vinham do governo anterior».

No passado fim-de-semana, o Diário de Notícias avançou que se encontrava suspenso o encerramento de 654 escolas este mês, com menos de 21 alunos, provocando reacções de todos os sectores da educação, levando o ministério a esclarecer que o processo estava a ser reavaliado pela nova equipa ministerial.

A presidente da Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE) congratulou-se com o anúncio de que o Ministério da Educação vai reavaliar o plano da rede escolar.

O Ministério da Educação e Ciência (MEC) informou que irá prosseguir «uma política de racionalização» que implicará o encerramento de escolas, depois de a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) aplaudir a «suspensão» do encerramento de todas as escolas com menos de 21 alunos.

Para a ANMP, seria preferível a reavaliação estender-se até ao final do próximo ano lectivo, em 2012.

Os sindicatos também preferiam que o processo parasse por temerem que mais professores venham a ficar desempregados.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Escolas põem docentes na rua

Milhares de professores com contratos de substituição, que estavam a render outros docentes devido a doença ou gravidez, foram surpreendidos esta semana com a notícia de que estavam dispensados de imediato.
"As escolas receberam indicações da tutela para que os professores em contrato de substituição cessassem funções em Julho, com a agravante de dispensarem as pessoas sem gozarem os dias de férias a que tinham direito. Isto afecta alguns milhares de professores", disse João Dias da Silva, da Federação Nacional da Educação. A tutela escusou-se a tecer comentários.
Um caso particular é o de uma professora de Matemática na Escola Básica de 2º e 3º ciclos de São Torcato, em Guimarães, que foi despedida terça-feira, por telefone, quando estava a corrigir exames nacionais do 9º ano. Sónia Mano denunciou o caso numa carta aberta publicada ontem no ‘Diário do Minho’, em que admite que, revoltada, chegou a pensar não entregar os exames corrigidos, mas acabou por o fazer ontem, para não "prejudicar os alunos por causa de mais um erro do sistema de ensino".
Dias da Silva garante que é "completamente ilegal cessar contrato com um professor que tenha serviço distribuído". Sónia Mano disse que o director da escola lhe desligou ontem o telefone na cara por ter denunciado o caso na imprensa.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

“Fusão de escolas deve ser também reavaliada”

João Dias da Silva, Secretário-geral da Federação Nacional da Educação, fala sobre reavaliação do fecho de escolas 

– Como comenta a reavaliação do processo de fecho de escolas com menos de 21 alunos?
– Parece-me ser positivo. Sempre criticámos este processo excessivamente centralista e uniforme para todo o País, um critério cego que não tem em linha de conta as realidades de cada concelho.


– Quais as suas expectativas?
– Esperemos que nesta reavaliação se encontrem novas soluções de proximidade com as comunidades locais, em articulação com as autarquias, representantes de associações de pais e dos professores.


– O Governo afirma que o critério decisivo na reavaliação será a qualidade do ensino prestado...
– Essa é a atitude racional. O processo deve ter por base critérios de ordem pedagógica e não economicistas de poupar a qualquer custo.


– E nos casos em que já se investiu em centros escolares?
– Há que ver caso a caso. Nos casos em que há centros escolares em construção ou já prontos para acolher alunos, com envolvimento das comunidades, não se deve parar.


– Não fechar escolas seria uma boa notícia para os professores, que manteriam o seu emprego?
– Nos processos de encerramento, genericamente, os professores têm-se mantido nas escolas de acolhimento.


– Numa altura em que se pedem sacrifícios ao País, parar o fecho de escolas não sairia caro?
– Não, porventura até se gastaria menos dinheiro em transportes e nos apoios aos alunos transferidos.


– Os mega-agrupamentos também deviam ser reavaliados?
– Sim, a fusão de escolas deve obedecer à mesma regra. Exortamos o Governo a tomar a mesma medida.


– É preciso um pacto entre PSD e PS para a Educação, para não haver estas constantes mudanças?
– Sim, é preciso encontrar soluções estáveis e de compromisso para que as mudanças de governo não alterem tudo.

Exames nacionais: Júri manda anular prova e repetir exame em escola de Lisboa

Os alunos de uma escola secundária em Lisboa que tiveram mais meia hora para fazer o exame nacional de Matemática do 12.º ano, na semana passada, vão repetir a prova, soube a Lusa junto do Júri Nacional de Exames (JNE).
Em causa estão 10 alunos que fizeram o exame de Matemática A, na Escola Secundária Maria Amália Vaz de Carvalho, aos quais foram permitidos mais 30 minutos, além do tempo regulamentar, e que agora vêem o exame anulado.
"Por uma questão de equidade entre todos os alunos do país que realizaram a referida prova, foi decidido pela presidência do JNE a anulação da prova realizada pelos alunos", lê-se numa resposta enviada à agência Lusa.
O presidente do JNE, Luís Santos, afirma que como se trata de "um lapso presumivelmente imputado aos professores vigilantes", os alunos poderão repetir a prova para não ficarem prejudicados no seu percurso escolar e no acesso ao Ensino Superior.
Todo o processo foi remetido, desde logo, à Inspecção-Geral de Educação, "para que esta possa tomar as medidas que considerar pertinentes, no sentido do apuramento das responsabilidades".
O presidente do JNE indica ainda que foi dado conhecimento desta decisão aos alunos e encarregados de educação numa reunião realizada na sexta-feira, nas instalações da escola, que contou com a presença do director do estabelecimento e da vice-presidente do Júri Nacional de Exames.
O caso foi denunciado na altura por um encarregado de educação ao "Correio da Manhã".
O exame foi realizado por 38.391 alunos em todo o país, 81 por cento do total de inscritos na primeira fase.