quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Escolas ainda esperam chegada dos 'Magalhães'

As entregas dos Magalhães estão abaixo das expectativas dos pais e das escolas, apesar de o Governo garantir que estão a ser entregues sete mil computadores por dia. Segundo o Ministério da Educação, dos 300 mil pedidos, 120 mil chegaram ao destino.

Agrupamentos contactados avançam que os números dados pelo ministério não têm correspondência no terreno, onde muitas escolas ainda não receberam os aparelhos, enquanto outras só agora o começaram a fazer. Os estabeleci- mentos do concelho da Guarda, por exemplo, só há uma semana começaram a receber os Magalhães. Só o Agrupamento de Escolas de Sequeira, o primeiro daquela zona do País a receber os computadores, teve 245 pedidos. "Só 21 alunos não requisitaram o Magalhães, mas até agora recebemos apenas 60. A primeira remessa de 40 chegou na quinta-feira da semana passada, e os outros 20 chegaram esta semana, o que é insuficiente para a procura", reconhece José Grilo Santos, presidente do agrupamento.

Ainda na zona centro, Eduarda Carvalho, presidente do Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Poiares, reconhece que as entregas redobraram nos últimos dias, mas ainda assim são insuficientes. "Há mesmo escolas do agrupamento que ainda não receberam os Magalhães, embora outras já tenham recebido todos." Para António José Ganhão, da Associação Nacional de Municípios, "a expectativa criada pelo programa não tem tido resposta nas entregas".

Problema que o Ministério das Obras Públicas e das Comunicações - que divide com a tutela da Educação a responsabilidade pelo programa - atribui a problemas burocráticos. "Falhas de comunicações entre as operadoras e as escolas que já foram resolvidas", garante João Morgado Fernandes, assessor do ministério. A partir de ontem, os mais de 50 mil alunos do básico de escolas privadas e cooperativas também podem inscrever-se para receber o Magalhães. Até Fevereiro, o Ministério da Educação espera ter concluído o processo de inscrição e espera concluir o programa e-escolinhas até à Páscoa.
PEDRO VILELA MARQUES

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