Professores de Bragança queixaram-se hoje de terem sido mal colocados pelo Ministério da Educação, ficando a dezenas de quilómetros de casa enquanto colegas com menos anos de serviço ficaram com as escolas mais próximas.
Os docentes anunciaram que vão reclamar, por considerarem que as colocações "foram feitas de forma aleatória, não cumprindo o critério da graduação profissional".
O Ministério da Educação colocou, quarta-feira, onze professores do Quadro de Zona Pedagógica de Bragança que se encontravam na bolsa de recrutamento por não terem escola. Os professores que constam nestas bolsas vão sendo colocados à medida que surgem vagas nos estabelecimentos de ensino da sua zona.
Natavidade Gonçalves, docente há 22 anos, disse à Lusa que era a primeira da lista feita com base numa graduação profissional resultante da classificação e dos anos de serviço.
A docente tinha escolhido como prioritários para colocação dois agrupamentos de Bragança, Paulo Quintela e Augusto Moreno, que tinham vagas nesta colocação, mas foram ocupadas "por outros colegas que estão no oitavo lugar da lista".
Natividade ficou em Torre D. Chama (Mirandela) assim como Elza Pereira, com os mesmos anos de serviço, que foi colocada em Mirandela.
O mesmo aconteceu ao segundo da lista, Leonel Barreira, para quem estas colocações são motivo de "indignação".
Os docentes anunciaram que vão contestar as colocações através de uma aplicação informática disponibilizada pelo próprio Ministério da Educação.
Os queixosos contam com o apoio do Sindicato dos Professores do Norte que, segundo a dirigente Alice Susano, vai também "pedir a intervenção da Inspecção Geral da Educação para averiguar qual a legislação aplicada no critério de selecção".
Contacto pela Lusa, o Ministério da Educação afirmou que "há mecanismos de recurso para quem se sinta com razões para isso" e que "existe inclusive um dispositivo electrónico para o efeito".
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