domingo, 10 de janeiro de 2010

Itália limita estrangeiros nas salas de aula


O Ministério da Educação italiano prepara-se para limitar até 30 por cento o número de alunos estrangeiros nas salas de aula a partir do próximo ano lectivo.

O Governo liderado por Silvio Berlusconi sustentou que a medida foi tomada para "favorecer a integração" das crianças estrangeiras na sociedade italiana, impedindo que se reúnam em ‘guetos dentro da escola. "Fixar um limite de 30 por cento de alunos estrangeiros por classe é uma medida útil para favorecer a integração, já que evitamos a criação de um gueto só com classes formadas por estrangeiros".

"A escola deve ser um local de integração", sublinhou a ministra da Educação, Mariastella Gelmini, em comunicado. "As nossas escolas estão prontas para aceitar todas as culturas e as crianças do mundo. Ao mesmo tempo, as escolas italianas devem manter as suas próprias tradições com orgulho e ensinar a cultura do nosso país", acrescentou a governante.

Mariastella Gelimi anunciou ainda que o Ministério vai assumir todos os custos financeiros para a integração dos alunos estrangeiros, que devem ser educados sob os princípios "do respeito pelas demais culturas, do valor das regras do comportamento cívico, da história, das leis e do idioma italiano".

A medida já foi contestada pela oposição de centro-esquerda e pelos sindicalistas, que entendem que a medida vai aumentar o sentimento de exclusão entre a comunidade imigrante. "Estabelecer um tecto de 30 por cento de estudantes estrangeiros nas salas de aula não favorece a integração, mas tem o sabor amargo do racismo", contrapôs o líder da oposição, Antonio Di Prieto.

As escolas italianas são frequentadas por cerca de 575 mil alunos, a maioria dos quais residente nas regiões central e norte do país.

C.Manhã

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