domingo, 14 de setembro de 2008

Aulas começam a sério só no fim do prazo

Ao contrário do que tem acontecido em anos anteriores, a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, foi a única governante a marcar presença numa escola no arranque do ano lectivo. Dia 10 foi apontado como o primeiro dia de aulas de 2008/2009, mas as aulas a sério só começam na segunda-feira, dia 15 na maioria das escolas, como é o caso da EB 2,3 Leonardo Coimbra (Filho), no Porto, que ontem recebeu a visita da ministra da Educação. Dia 15 "estarão todas operacionais. Confio, assim tem acontecido nos últimos três anos, não há razão para que assim não seja", disse Maria de Lurdes Rodrigues. À semelhança do que aconteceu na escola visitada pela governante, os alunos começaram ontem a regressar às escolas mas a maioria dos estabelecimentos abriu portas sem leccionar.

À saída, Maria de Lurdes Rodrigues tinha à sua espera cerca de uma dezena de dirigentes do Sindicato de Professores do Norte, de quem recebeu um "documento de reflexão", em que o SPN diz que "a resposta aos graves problemas com que o sistema educativo se confronta obriga a um investimento persistente na educação", nomeadamente o recurso a mais docentes "e não o seu despedimento ou utilização como mão-de-obra barata". De acordo com os sindicalistas, "em muitas escolas, os professores vêem--se confrontados com horários que ultrapassam as 35 horas semanais".

Durante a visita à Escola Leonardo Coimbra (Filho), ainda sem quaisquer alunos pelos corredores - aulas só na próxima semana, estando a segunda e terça-feira reservadas para as apresentações -, a ministra assistiu à apresentação de um vídeo sobre a degradação de que sofria aquele espaço escolar e, posteriormente, as várias obras de requalificação de que foi alvo. Estava prevista para a manhã uma visita à Escola Básica com 2.º e 3.º ciclo de Miragaia, mas devido a um atraso acabou por não se verificar.

Em Lisboa, as escolas públicas também optaram por dar início ao ano lectivo no último dia do prazo estabelecido pelo Ministério da Educação. O DN não conseguiu encontrar nenhuma escola aberta, só os ATL estão a funcionar. Neste momento, as escolas preparam o arranque das aulas, com as reuniões de professores e pais. As aulas vão começar dia 15, mas a maioria dos estabelecimentos reservou o dia de amanhã para os alunos do 1.º ano conhecerem as instalações, antes das aulas a sério.

Outras escolas também aproveitam para terminar as obras antes das crianças ocuparem o espaço, como é o caso da Cassano Gouveia, em Lisboa. Já na Moinhos do Restelo, só faltam mesmo as últimas reuniões entre os professores e algumas arrumações dos materiais, conforme explicou ao DN a coordenadora, Vanda Dias.

O prazo que o ministério fixa para o início do ano lectivo significa normalmente que a maioria dos estabelecimentos de ensino só começa a dar aulas no último dia do calendário. Mas, Mário Nogueira, da Fenprof (Frente Nacional de Professores), garante que "não há nenhum prejuízo porque os dias de aulas são os mesmos para todas as escolas. Quem começa três dias mais tarde, acaba também três dias mais tarde".

Começar no último dia do prazo não é por isso problema. "As escolas escolhem o que mais lhe convém", defende o dirigente sindical. O facto das aulas arrancarem no último dia permite um arranque mais preparado. "Existe todo um trabalho prévio que as escolas têm de estabelecer e que não conseguem numa semana", assegura. Até porque, os professores só iniciam os trabalhos a 1 de Setembro. Por isso, Mário Nogueira considera que a existência de um prazo é positiva. "Assim está assegurado que durante esse período todas as escolas estão abertas."
JOANA DE BELÉM e ANA BELA FERREIRA

Educação/Ano lectivo: Escola de São João da Madeira inicia aulas abraçada às novas tecnologias

A Escola Secundária Serafim Leite, em São João da Madeira, iniciou quinta-feira o novo ano lectivo de braço dado com as novas tecnologias.

A escola assinala o princípio do fim dos cadernos escolares e dos quadros tradicionais rabiscados a giz.

"Todas as plataformas tecnológicas instaladas até final de Maio começam a ser usadas em pleno neste início de ano lectivo, a partir do dia 11", garantiu à agência Lusa o presidente do Conselho Executivo da escola, Pedro Gual.

A par da Escola Secundária André de Gouveia, em Évora, a "Serafim Leite" foi pioneira a completar o primeiro eixo do Plano Tecnológico da Educação (PTE), recebendo um investimento de meio milhão de euros.

Em 20 das 44 salas de aula há agora quadros interactivos, onde já não se escreve com giz mas com caneta electrónica e onde professor até pode fazer anotações sobre imagens ou textos.

Nas restantes 24 salas os quadros tradicionais coexistem com modernos videoprojectores.

Os computadores com acesso à Internet estão em todas as salas, mas o acesso à rede é possível em todo o perímetro escolar, graças a uma rede sem fios (wireless).

A escola tem também um sistema de comunicações de voz preparado para funcionar sobre protocolo de Internet (VoIP).

Para o presidente do Conselho Executivo, a "revolução" tecnológica traz uma multiplicidade de vantagens, incluindo o aperfeiçoamento do sistema de e-learning (ensino à distância) já existente na escola há três anos.

Neste domínio, "passa a ser tudo mais fácil", observou Pedro Gual.

"Um professor com quadro interactivo pode gravar tudo o que ali escreveu e enviar para a plataforma. Isso permite que os alunos revejam a matéria dada quando quiserem", explica.

A apresentação de sumários electrónicos das aulas é outra possibilidade que se cria e, segundo Pedro Gual, pequenos módulos de formação para ajudar os professores nesta matéria vão iniciar-se na próxima semana.

Numa modernização tecnológica que vai além das salas de aula, a segurança também foi contemplada, já que em todo o perímetro escolar está instalado um sistema de vídeovigilância, com 16 câmaras.

O sistema contempla ainda um cartão electrónico do aluno, que regista entradas e saídas da escola e funciona como uma espécie de cartão Multibanco interno na secretaria, bar e cantina.

É um cartão que traz "maior segurança à comunidade escolar", possibilitando um conjunto de informações que até aqui não era possível, observou Catarina Silva, 16 anos, aluna no 11º ano.

Sobre o recurso dos professores nas aulas a mapas digitais, computadores, videoprojectores e quadros interactivos, a jovem disse não ter dúvidas que "o ensino vai melhorar".

"Vamos aos poucos deixando de andar com os cadernos atrás, substituindo-os por portáteis, o que é bem melhor", sublinhou.

Também Bruno Miguel, 17 anos, se mostrou "surpreendido" com a modernização tecnológica registada nos últimos tempos na escola.

"Acho que estamos no bom caminho. E se o Portugal quer evoluir tem de ser desta forma", referiu este aluno do 12º ano.

Crisália Azevedo, 15 anos, matriculou-se agora na "Serafim Leite", mas já tem "grandes expectativas" quanto ao que a espera.

"Já ouvi falar que aqui apostam muito na inovação e nas novas tecnologias. Eu, que ando sempre a navegar na Internet, fico satisfeita", declarou.

A Escola Secundária Serafim Leite é a mais antiga da cidade e conta actualmente com cerca de 870 alunos matriculados no ensino diurno e 500 a frequentarem as aulas nocturnas.

A aposta do PTE nesta escola foi da responsabilidade da tutela, mas Pedro Gual disse acreditar que a opção teve em conta a apetência da "Serafim Leite" para a formação na área informática.

Antes do lançamento do PTE, alunos daquela escola chegaram a desenvolver uma aplicação informática para planear a rede de oferta educativa e sinalizar casos de abandono escolar, posta ao serviço da Coordenação da Área Educativa de Entre Douro e Vouga.

Lusa

20 medidas de política educativa para o ano lectivo de 2008/2009

O reforço das medidas de apoio social para as famílias e para os alunos é uma prioridade do Ministério da Educação (ME) para este ano lectivo, de modo a prevenir o abandono escolar, dando resposta às dificuldades económicas das famílias e incentivando a melhoria dos resultados escolares dos estudantes.

Para apoiar as famílias e os alunos, o ME procede à alteração das condições de apoio da Acção Social Escolar (ASE), aumentando a transparência e simplificando o procedimento através da utilização dos escalões do abono de família

As mudanças na ASE traduzem-se no crescimento do número de beneficiários, que quase triplica para mais de 700 mil, ao mesmo tempo que se eleva o montante das comparticipações acima da inflação, passando a abranger os alunos do ensino secundário, em condições idênticas às dos que frequentam a escolaridade obrigatória.

A criação do passe escolar 4_18@escola.tp, destinado aos estudantes dos 4 aos 18 anos, permite um desconto de 50 por cento na aquisição do cartão e da mensalidade do passe. Abrangendo um universo potencial de 1,6 milhões de estudantes, esta medida visa o apoio social às famílias nas deslocações dos seus filhos para a escola, incentivando, desde a infância, a utilização regular dos transportes colectivos.

A oferta de um livro a todos os 115 mil alunos do 1.º ano de escolaridade, no início do ano lectivo, pretende assinalar o início da vida escolar dos alunos, motivando para a leitura em família.

Para prestar um apoio mais adequado aos alunos com necessidades educativas especiais de carácter permanente, vai entrar em funcionamento a rede de escolas de referência destinadas aos alunos cegos e aos surdos, bem como unidades especializadas em perturbações do espectro do autismo e em multideficiência.

A discriminação positiva para escolas situadas em meios difíceis, realizada através da assinatura de contratos-programa para o desenvolvimento de projectos educativos, vai abranger mais 100 agrupamentos.

Com o objectivo de reconhecer e de valorizar o mérito, a dedicação e o esforço no trabalho e no desempenho escolares, o ME atribui um Prémio de Mérito aos melhores alunos de cada escola que tenham concluído o ensino secundário no ano lectivo de 2007/2008.


Outra das grandes apostas do ME para este ano lectivo é a modernização das escolas, nomeadamente do parque da educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário. Interromper o ciclo de degradação de muitos estabelecimentos de ensino e reduzir as assimetrias inscritas na rede constituem objectivos prioritários, a par da oferta de espaços qualificados, com a melhoria das instalações escolares, equipando-as com laboratórios, oficinas e bibliotecas, de modo a dar resposta aos desafios que se colocam às escolas do futuro.

Para o efeito, merecem especial destaque a continuidade do Programa de Modernização das Escolas Secundárias, com início das obras em 26 estabelecimentos de ensino; o prosseguimento da ordenação da rede escolar do 1.º ciclo, com a entrada em funcionamento de 50 centros escolares; e o lançamento de um concurso para o alargamento da rede do pré-escolar, com especial incidência nas áreas metropolitanas onde as taxas de cobertura são mais baixas.


A generalização de novas regras para a gestão escolar, que tem como finalidade tornar as escolas espaços educativos mais eficientes, pressupõe a aplicação do novo regime de gestão e autonomia das escolas, com o intuito de reforçar as lideranças, de abrir a escola ao exterior e de aprofundar as suas competências.

A transferência de competências para os municípios é outra das medidas a aplicar neste âmbito, de forma a possibilitar uma gestão mais próxima e mais eficaz, com uma maior partilha de responsabilidades e uma mais empenhada participação da comunidade.

A implantação do novo regime de avaliação de desempenho dos professores, ao mesmo tempo que promove o aperfeiçoamento das práticas de ensino e de aprendizagem, garante a diferenciação dos docentes pelo mérito e permite uma regulação mais rigorosa da progressão na carreira.

A concretização do Plano Tecnológico da Educação constitui-se como um meio para a melhoria do desempenho escolar dos alunos, garantindo a igualdade de oportunidades, e para a modernização dos estabelecimentos de ensino, apetrechando-os com os equipamentos tecnológicos mais modernos.

A ligação da Internet em banda larga em todas as salas de aula, o aumento da velocidade de ligação à Internet para mais de 48 Mbps e, ainda, a aquisição de 310 mil computadores, de 9000 quadros interactivos e de 25 mil videoprojectoressão importantes metas a atingir.

O objectivo é melhorar o rácio de alunos por computador com ligação à Internet de banda larga, garantir um videoprojector por sala de aula e assegurar um quadro interactivo para cada três salas.

A utilização do cartão do aluno, a par da instalação de sistemas de videovigilância e de alarme electrónico, permitirá maior segurança nos estabelecimentos de ensino.

O lançamento do programa e.escolinha para acesso ao computador Magalhães, destinado aos alunos do 1.º ciclo, e o alargamento do programa e.escola aos alunos do 3.º ciclo, para aquisição de computadores portáteis com acesso à Internet em banda larga em condições muito vantajosas, são medidas fundamentais para generalizar, desde cedo, o acesso aos computadores e à Internet.

A reforma do ensino artístico especializado é outra das prioridades definidas, de modo a permitir que, já neste ano lectivo, mais de 25 mil alunos tenham acesso a ensino artístico especializado.

Além do aumento do orçamento disponível para o ensino artístico especializado, o ME procede à reorganização do modelo de funcionamento das escolas, bem como à definição de novas regras de financiamento do ensino particular e cooperativo e de novas condições de matrícula.

A integração nos quadros de docentes do ensino artístico especializado que estavam contratados há mais de 10 anos, a criação de quadros de escolas e o regime extraordinário para acesso à profissionalização em serviço são outras das medidas tomadas neste âmbito.

III Campeonato superTmatik Cálculo Mental



















Este campeonato resulta de um projecto com o mesmo nome que se destina ao treino das quatro operações básicas e que foi idealizado de forma a fomentar o gosto pela actividade matemática nos primeiros anos. Dada a grande receptividade dos alunos e dos professores a esta iniciativa foi lançado o campeonato a nível nacional.

O Campeonato destina-se aos alunos dos 1.º, 2.º e 3.º ciclos do Ensino Básico e tem como principais objectivos:
- Fomentar o interesse pela prática do cálculo mental;
- Desenvolver destrezas numéricas e de cálculo;
- Reforçar a componente lúdica na aprendizagem da matemática;
- Detectar e divulgar talentos na área do cálculo mental.

Durante o torneio os alunos têm de ser capazes de criar e utilizar estratégias de cálculo próprias para conseguir responder rápida e correctamente às expressões que lhe são colocadas, dado que estão em situação de competição e ganha quem for o primeiro a responder.

Para mais informações e respectiva inscrição consulte a página http://www.eudactica.com

sábado, 13 de setembro de 2008

Objectivos Individuais 2



Link: Objectivos Individuais 2

Pais de alunos surdos reclamam apoio

Os pais das crianças que frequentavam a Unidade de Apoio à Educação de Alunos Surdos de Santarém (UAEAS) lamentam a forma como este serviço foi encerrado e reclamam a manutenção da linguagem gestual na formação dos seus filhos. Sílvia Fonseca, representante dos pais dos alunos da UAEAS, que funcionava há quatro anos na escola básica de primeiro ciclo de S. Domingos, disse à agência Lusa que foi com surpresa que soube, em Julho, que as sete crianças que frequentavam a unidade teriam de passar para a escola de referência de Riachos (Torres Novas), o que obrigaria algumas das crianças a deslocações de 160 quilómetros por dia.

Informados, na sequência de uma pergunta da deputada Luísa Mesquita à ministra da Educação, de que não era obrigatória a frequência das escolas de referência, os pais decidiram manter os filhos na escola de S. Domingos, mas Sílvia Fonseca não se conforma com o "apoio mínimo" de que vão dispor.

A escola tem duas salas equipadas para o trabalho com as crianças surdas e, nos últimos quatro anos, contou com o apoio especializado de duas professoras de educação especial, uma formadora de língua gestual e uma terapeuta da fala.

A partir de segunda-feira, as cinco crianças que ainda frequentam o primeiro ciclo (duas transitaram para o segundo ciclo) vão ficar distribuídas em diferentes turmas e contarão com uma professora de apoio que correrá as várias salas.

A terapia da fala será assegurada ao abrigo de um protocolo celebrado entre o Agrupamento de Escolas Alexandre Herculano e a Associação de Pais e Amigos dos Cidadãos com Deficiência Mental (APPACDM).

Para Sílvia Fonseca, a continuação da formação em linguagem gestual é fundamental para as crianças e os pais não se conformam com a interrupção abrupta do seu ensino.

A vereadora da Câmara Municipal de Santarém com o pelouro da Educação, Lígia Batalha, disse à agência Lusa que a autarquia tem a garantia do Governo de que será colocada uma técnica em linguagem gestual na escola.

"Pode não ser no primeiro dia, mas as crianças irão certamente contar com esse apoio especializado", assegurou.

Lígia Batalha afirmou que a autarquia acompanhou o processo e que, caso não venha a resposta esperada do Ministério da Educação, tem propostas alternativas no sentido de salvaguardar o "superior interesse das crianças".

Maria João Igreja, presidente do conselho executivo do Agrupamento de Escolas Alexandre Herculano, disse à Lusa que gostaria de poder oferecer as melhores condições aos alunos do ensino especial que frequentam as suas escolas, assegurando que todos os apoios que forem dados "serão rentabilizados ao máximo", para que nada afecte o normal desenvolvimento destas crianças.

Sílvia Fonseca lamenta que tenha sido invocada, como justificação para o não funcionamento de uma escola de referência em Santarém, a resposta dada pelos pais a um questionário que lhes foi enviado num dia à noite para entregar na manhã seguinte em que lhes era perguntado qual a primeira língua que pretendiam para os filhos, língua portuguesa ou língua gestual.

"Ninguém nos deu nenhuma informação sobre as implicações dessa opção, mas mesmo assim anexámos uma carta em que, apesar de indicarmos a língua portuguesa como primeira língua, sublinhávamos a importância da continuação da formação em linguagem gestual", disse.

"Foi uma rasteira que nos pregaram", considerou.

Contudo, disse, os pais mantêm a esperança de que não se perca o trabalho realizado nos últimos anos, que considerou fundamental para o sucesso escolar que estas crianças têm demonstrado. Mirante

Ministra e autarcas mais perto do acordo sobre tutela das escolas

A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, apresentou na semana passada, numa reunião com representantes da Associação Nacional de Municípios, "uma nova proposta de contrato" tendo em vista a concretização da transferência de competências para as autarquias no 2.º e 3.º ciclos do ensino básico.

A nova oferta foi confirmada por António José Ganhão, presidente da Câmara de Benavente e responsável da ANMP para a área da Educação. O autarca não quis adiantar pormenores sobre o documento, explicando que este terá ainda de ser votado numa reunião do colégio directivo da ANMP, que terá lugar na próxima terça-feira. Mas deu a entender que Maria de Lurdes Rodrigues terá avançado com respostas às garantias exigidas pelos municípios para avançarem com a concretização da transferência: "É uma proposta diferente da que foi apresentada inicialmente", reconheceu.

À partida para a reunião, os autarcas exigiam garantias "por escrito" de que o Estado continuará a assegurar, depois de 2009, o pagamento dos vencimentos e dos descontos dos 36 mil funcionários que deverão passar para a sua tutela, além dos encargos com a renovação e manutenção das centenas de escolas que irão herdar.

Outras exigências passavam pela clarificação das competências sobre estes trabalhadores em matérias disciplinares, o reforço dos recursos humanos das autarquias para lidarem com o acréscimo de efectivos - que, em alguns casos, irá dobrar - e a alteração da lei das Finanças locais para permitir que esse mesmo acréscimo possa ser feito dentro da lei.

O assessor de imprensa do Ministério da Educação, Rui Nunes, recusou também adiantar pormenores sobre a proposta apresentada.

Ainda assim, considerou que o encontro "correu bem", que foram "esclarecidas as dúvidas levantadas pelos municípios" e que, por isso, do ponto de vista do Ministério da Educação "estão criadas as condições para o processo avançar".

O acordo com a Associação Nacional de Municípios não era obrigatório para que as transferências se concretizassem, já que o que está previsto, no diploma aprovado em Junho em Conselho de Ministros, é que estas sejam feitas caso a caso, através de contratos de execução celebrados individualmente com as autarquias. Contratos que, de resto, terão variantes para salvaguardar realidades distintas - como a escassez ou excesso de pessoal nas escolas.

O secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, chegou mesmo a dizer que partiria para a contratualização mesmo que não se chegasse a um acordo total com a ANMP, com a qual o assunto tem vindo a ser debatido nos últimos três anos.

Um aviso que levou a ANMP a lembrar que as suas posições tendem a ser seguidas pelas autarquias, apesar de ter admitido que poderiam haver algumas câmaras prontas a "avançar em qualquer condição".

A transferência de poderes será a maior da história em matéria de educação, mas o ministério garante que só celebrará contratos com quem ofereça garantias de poder manter ou subir a qualidade das escolas.
PEDRO SOUSA TAVARES

XVIème CONGRÈS DE L'APPF

Ce congrès, organisé en partenariat avec la Faculté des Lettres de l'Université de Porto et le Service de Coopération et d'Action Culturelle de l'Ambassade de France vise à placer les compétences de l'oral au coeur de l'enseignement/apprentissage du français, à analyser les implications du Cadre Européen Commun de Référence pour les Langues du Conseil de l'Europe sur les pratiques pédagogiques ainsi qu'à explorer des démarches, des supports divers et des instruemnts d'évaluation.

Ces aspects seront abordés d'un point de vue théorique, sous la forme de conférences et développés de manière pratique dans des compte-rendus d'expériences et des ateliers.

Les ateliers constituent un moment privilégié de formation et nous aimerions accueillir des expériences de terrain dans le domaine de l'enseignement et de l'évaluation de l'oral. Nous lançons donc un appel aux collègues pour proposer des ateliers qui pourraient, entre autres, aborder les points suivants :

L'enseignement de s composantes linguistiques : la phonologie, la prosodie, le lexique et la morphosyntaxe
CECR et compétences de l'oral
La compréhension orale et audiovisuelle
Tâches d'interaction et de production orale
Multimédia et pédagogie de l'oral
Évaluer l'oral
Oral et interculturel ....
Les propositions devront nous être adressées (par courrier ou mail) jusqu'au 30 Septembre. La proposition devra comprendre un titre, un résumé (environ 150 mots) et indiquer le matériel technique nécessaire. Les intervenants sélectionnés bénéficient d'une inscription gratuite.

Apoio dos pais é essencial para o sucesso escolar

O que é que distingue um bom aluno? Para as professoras, o interesse: nas aulas, nas matérias e o interesse dos pais. Aliás, o papel dos encarregados de educação no desempenho do aluno é mesmo fundamental, consideram as educadoras.

"Estar atento, é o meu lema", diz Maria de Jesus Pena, professora reformada e coordenadora pedagógica do Centro de Estudos X-Plain, em Lisboa. Como é que isso se traduz no dia-a-dia? A educadora aconselha os pais a acompanharem os filhos nas tarefas escolares, ajudá-los nos trabalhos de casa - "sem os fazer por eles" -, estar atento às datas dos testes, perguntar como correram, saber as notas. Sobretudo, "nunca perder a oportunidade de elogiar". Porque a confiança é fundamental, explica. "Já vi muitos alunos melhorarem a todas as disciplinas porque tiveram apoio numa. Entusiasmam-se e percebem que são capazes", conta.

"Acreditarem em si próprios é fundamental", concorda Maria João Saraiva de Menezes, professora de Filosofia. A autora de livros com conselhos para pais diz ainda que os educadores devem estimular a ambição das crianças. No entanto, recusa a atribuição de recompensas (dinheiro ou prendas) por notas, já que considera que os resultados devem servir para aumentar o ego e não a carteira. Já Maria de Jesus Pena valoriza a abordagem positiva e não vê esta prática com maus olhos.

Para Maria de Menezes, os educadores servem ainda para estabelecer regras. E uma das regras deve ser o estudo diário, diz. "Estar com atenção nas aulas pode não ser suficiente. O tempo de estudo necessário varia muito de criança para criança", realça Maria de Jesus Pena. As professoras falam em pelo menos uma hora por dia e consideram que, quando aumenta o número de disciplinas, não é suficiente. Quando não é possível os pais acompanharem o estudo dos filhos, Maria de Jesus Pena considera que as explicações e os centros de estudo podem ser solução, "desde que sejam bons e tenham professores motivados e competentes". Um segredo é estar atento aos interesses da criança e usar isso para a motivar, diz.

O mesmo se passa na leitura, diz a educadora. É um dos hábitos que melhoram o desempenho escolar, no entanto, é também muito difícil de incutir. Maria de Jesus Pena recomenda muito cuidado na escolha dos primeiros livros. "Tem de ser criteriosa, o livro tem de ir ao encontro dos gostos da criança, e prendê-la nas primeiras páginas, porque uma má experiência pode arruinar a criação do hábito." Ao mesmo tempo, os livros competem com a multimedia, lembra a professora de Filosofia. "Os computadores são óptimos, mas sem exageros. Não se pode rodear as crianças de tecnologia para ficarem entretidas", alerta Maria de Jesus Pena.

As educadoras lembram também que as crianças e os adolescentes precisam de tempo. "Tempo para não fazer nada, viver o seu espaço, a relação com os irmãos, a busca do eu", diz a professora de Filosofia. Por isso, cuidado para não os sobrecarregar com actividades extracurriculares.

PATRÍCIA JESUS

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Pais recorrem ao crédito para comprar material escolar para filhos

Há quem recorra a créditos, quem comece as compras com meses de antecedência ou antecipe o subsídio do natal. Há também quem conte com a ajuda das «madrinhas». Motivo de preocupação para os pais, as compras do material escolar são contudo uma aventura excitante para os mais novos.

A verdade é que as famílias portuguesas deverão comprar em Setembro cerca de dez milhões de manuais definidos pelas escolas como «obrigatórios», diz a «Lusa». O regresso às aulas para os mais de 1,4 milhões de alunos faz movimentar todos os anos um negócio de milhões.



Só os livros obrigatórios representam «80 milhões de euros e quase cem por cento destes manuais são comprados durante este mês», disse à «Lusa» o assessor da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), Paulo Gonçalves. Além destes manuais, existe ainda uma panóplia de compêndios de apoio que fazem disparar os gastos das famílias sem ajudas sociais, motivo mais do que suficiente para a maioria dos pais deste país recorrem ao crédito, para comportar os custos.

Se no primeiro ano cada um dos três manuais ronda os sete euros, no 2º ano o preço sobe em média um euro e no 4º ano nove euros não chegam para comprar um livro. Feitas as contas, a entrada para a primeira classe deveria custar pouco mais de 20 euros, mas com o material os gastos chegam aos 35 euros.


A primeira grande subida de preços acontece na passagem do primeiro para o segundo ciclo: no 5º ano os livros rondam os 15 euros e com muito mais disciplinas a maioria dos pais gasta mais de 100 euros.

No 3º ciclo o custo médio de um compêndio ronda os 25 euros. Mas ainda existem outras surpresas desagradáveis: o manual de Matemática B ultrapassa os 30 euros, Geometria Descritiva do 11º ano custa mais de 33 euros e o de História do 12º ano passa os 40 euros.

Só nos manuais obrigatórios do 6º ano, e 7º, os pais chegam a gastar 410 euros. Um custo redobrado se for mais do que um filho.

Recorde-se que segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), os portugueses gastam mais em educação que a média europeia. As famílias com filhos despendem 571 euros do seu orçamento e, segundo o mesmo inquérito, os mais gastadores são os da região de Lisboa, que chegam a despender 978 euros.

Novas Oportunidades: 15% da população activa adere a programa

O primeiro-ministro anunciou esta sexta-feira em Beiriz, Póvoa do Varzim, que 15 por cento da população activa portuguesa, que não terminou o Ensino Secundário, encontra-se inscrito no Programa Novas Oportunidades.


Na inauguração do Centro Novas Oportunidades da Escola EB 2,3 de Beiriz, José Sócrates frisou que esta percentagem de pessoas “devem ser elogiadas pela coragem que tiveram de assumir que não sabem o suficiente e precisam de melhorar as suas competências”.


O chefe do Governo sublinhou que este Programa é “dos mais importantes lançados nos últimos anos em Portugal e é decisivo para que o país vença a batalha de qualificação”.


Sócrates lamentou ainda que, no parâmetro da qualificação, Portugal seja “dos piores” colocados na OCDE, na medida em que “o último número sobre qualificação da população activa portuguesa refere que apenas 30 por cento tem mais do que o Secundário”.


Dados da Agência Nacional para a Qualificação, no período de 2007 até 31 de Agosto de 2008, indicam que 447.774 adultos inscreveram-se nos Centros de Novas Oportunidades, entre os quais 92.351 obtiveram certificados. Dos adultos que já obtiveram certificação, 4.021 foram de nível secundário.

APRESENTAÇÃO DA CANDIDATURA AOS CONCURSOS ESPECIAL E EXTRAORDINÁRIO PARA A CATEGORIA DE PROFESSOR TITULAR

O Decreto-Lei n.º 104/2008, de 24 de Junho, veio estabelecer um regime de concurso especial e um regime de concurso extraordinário para lugares da categoria de professor titular, a abrir em cada agrupamento de escolas/escola não agrupada.

I – CONCURSO ESPECIAL
1. Destina-se à ocupação de lugares da categoria de professor titular, por docentes com a categoria de professor, posicionados nos índices remuneratórios 340, 299 e 245, que não puderam ser opositores ao primeiro concurso da categoria de professor titular (realizado em 2007) por não preencherem os requisitos previstos na alínea c) do n.º 5 do art.º 15º do Decreto-Lei n.º 15/2007, de 19 de Janeiro.• A este concurso podem candidatar-se os docentes que não concorreram ou que foram excluídos do concurso realizado em 2007, pelo facto de entre 1 e 11 de Junho de 2007 se encontrarem com dispensa total ou parcial da componente lectiva nos termos do Decreto-Lei n.º 224/2006, de 13 de Novembro.
• A este concurso não podem concorrer os docentes considerados incapazes para o exercício de funções docentes pela Junta Médica Regional do ME.
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2. Trata-se de um concurso com dois procedimentos concursais:A - um para os docentes na categoria de professor posicionados nos índices remuneratórios 299 e 245;
B - um para os docentes na categoria de professor posicionados no índice remuneratório 340.

3. A este concurso, tal como em 2007, aplica-se integralmente o regime constante do Decreto-Lei n.º 200/2007, de 22 de Maio.


4. O provimento em lugar de quadro efectua-se em vaga a aditar automaticamente ao quadro de pessoal, na categoria de professor titular, e a extinguir quando vagar.

II – CONCURSO EXTRAORDINÁRIO5. Destina-se à ocupação de lugares da categoria de professor titular por docentes, com a categoria de professor, posicionados no índice remuneratório 340.
6. Trata-se de um concurso com um único procedimento concursal.
7. A este concurso aplica-se integralmente o regime constante do Decreto-Lei n.º 200/2007, de 22 de Maio, com as alterações introduzidas pelo art.º 30º do Decreto-Lei n.º 104/2008, de 24 de Junho.

8. O provimento em lugar de quadro efectua-se em vaga a aditar automaticamente ao quadro de pessoal, na categoria de professor titular, e a extinguir quando vagar.

9. O concurso extraordinário realiza-se a seguir ao concurso especial.

III - Mais informações:
10. Dias de 12 a 15 de Setembro
Recolha de elementos para a constituição dos Júris e Comissões de Certificação para cada um dos procedimentos concursais, a realizar através de aplicação electrónica a disponibilizar em www.dgrhe.min-edu.pt , designadamente os referidos nos pontos 2A ,2B e 5.

Oportunamente será divulgada a calendarização das diferentes etapas dos concursos especial e extraordinário.

Secundário dá "fracas bases" para a ciência

O modelo do ensino secundário não estimula o ensino da ciência e o desenvolvimento de projectos nesta área. Faltam docentes que apoiem os alunos que se vêem obrigados a desenvolver estes trabalhos fora do horário escolar.

É preciso investir mais em conteúdos que promovam o conhecimento científico e é também preciso que os professores se empenhem mais em ajudar os alunos na elaboração de projectos. A crítica, em jeito de desabafo, foi feita pelo presidente da Associação Juvenil de Ciência que organiza o XXVI Encontro Juvenil de Ciência, na Universidade de Aveiro. São cerca de 75 os jovens que durante estes dias vão apresentar os seus trabalhos desenvolvidos ao longo do ano.

Gonçalo Pimentel disse ainda que estes encontros são um bom complemento ao ensino regular. "Esta área falha muito nas escolas e infelizmente há poucos professores, a nível nacional, que conseguem desenvolver bons projectos e apresentá-los cá. Contam-se pelos dedos os professores que fazem isso. Acho que é a base escolar, ao nível do ensino secundário que falha. A ideia da área de projecto é muito boa, mas tem de funcionar e isso depende muito do trabalho dos professores".

A Universidade de Aveiro recebe, até ao dia 12, o XXVI Encontro Juvenil de Ciência que reúne jovens, entre os 15 e os 23 anos. O objectivo principal é a troca de experiências entre todos e proporcionar a participação em diversas actividades que englobam os vários ramos da ciência.

Gonçalo Pimentel, explicou ainda que o encontro serve para os jovens apresentarem projectos que desenvolvem ao longo do ano. "A base de todo o encontro é os jovens desenvolverem projectos durante o ano e depois têm a oportunidade de apresentá-los aqui, sem qualquer compromisso com júris. É uma mais-valia para o esforço de um ano. São projectos de todos o tipo científico, desde a biologia à física. Temos tido um bom apoio e temos algumas escolas que enviam bom projectos".

Este ano, participam cerca de 75 jovens, mas o presidente da Associação Juvenil de Ciência garante que "não houve vagas para tantas pessoas interessadas em participar. É um sinal de que os jovens gostam da ciência e estão interessados em aprender mais". Também o vice-reitor da Universidade de Aveiro, António Ferrari, disse que este tipo de iniciativas "são uma forma de estimular os jovens para o conhecimento científico. É importante dar-lhes este tipo de oportunidades. A universidade vê com muitos bons olhos o envolvimento dos estudantes do ensino secundário nestas matérias".
PAULA ROCHA

Fenprof vai lutar pela fiscalização do novo modelo de gestão escolar

O início do ano lectivo 2008/09, esta quarta-feira, está marcado pelas críticas de vários sindicatos dos professores. À TSF, Mário Nogueira, da Fenprof, adiantou que vai lutar pela fiscalização do novo modelo de gestão escolar.Em declarações à TSF, o secretário-geral da Fenprof contou ter recebido um parecer, por parte do constitucionalista Guilherme da Fonseca, que dá razão aos professores na questão da organização das escolas. Guilherme da Fonseca «identifica sete artigos contendo normas de duvidosa legalidade», pelo que «iremos desenvolver uma campanha no plano jurídico» no sentido da alteração do novo modelo de gestão das escolas, disse. Mário Nogueira adiantou que o parecer vai ser enviado para o Presidente da República, grupos parlamentares e Provedor de Justiça, entre «outras entidades que têm poder de requerer essa fiscalização». O representante da Fenprof disse ainda antever um ano lectivo com muitos protestos por parte de professores. Por seu lado, o secretário-geral da Federação Nacional dos Sindicatos de Professores (FNE), João Dias da Silva, apontou algumas questões que diz estarem a preocupar os docentes, como «a dimensão das turmas» ou as instalações escolares, entre outras condições de trabalho. Já Albino Almeida, da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) fez saber que vai estar atento às mudanças e lançou um apelo à participação dos pais e dos encarregados de educação na «vida das escolas».
Ouça a entrevista neste LINK

Professores de Educação Especial contestam listas de colocação

Dezenas de professores de Educação Especial, no desemprego, vão tentar impugnar as listas de colocação. Os docentes queixam-se de discriminação. Os sindicatos acusam o ministério de incompetência.

Há centenas de professores de Educação Especial à beira de um ataque de nervos: não só ficaram excluídos das listas de colocação como agora receiam que docentes sem qualquer especialização ou experiência na área façam a formação de 50 horas, anteontem anunciada pela ministra da Educação, e possam ficar à sua frente em futuras colocações.

Os sindicatos prometem "estar atentos" a esta situação. Dezenas de professores, de todo o país, vão reunir-se amanhã, à tarde, no Café Velasquez, no Porto, para definirem "uma estratégia concertada". Para já, o objectivo é impugnar as listas de colocação.

Sofia Barcelos, Sónia Pinheiro, Carla Caetano e Ana Cristina Silva ficaram excluídas das listas de colocação. Por esse motivo não poderão, no próximo ano, candidatar-se ao concurso de quadros. Neste momento recebem 315 euros de subsídio de desemprego e esperam por uma oferta de escola para poderem voltar a dar aulas.

As quatro foram excluídas porque quando se inscreveram na pós-graduação não tinham cinco anos de serviço efectivo. A lei assim o exige mas esse requisito legal, alegam, não é aplicado a todos os candidatos: à semelhança do ano passado, este ano, mais de quarenta docentes com zero dias de serviço ficaram colocados. As exclusões funcionam por denúncia e a Direcção-Geral de Recursos Humanos da Educação (DGRHE), reclamam, não justifica porque exclui uns e aceita a candidatura de outros.

"A lei não está a ser igual para todos", queixou-se Sónia Pinheiro. O secretário-geral da FNE argumentou que por vezes a exclusão passa "pelo tipo de declaração passada pela instituição de ensino superior" onde os professores se especializaram - quando é generalista é validada pela DGHRE.

"É um motivo discricionário reprovável", classifica João Dias da Silva. Enquanto Mário Nogueira, da Fenprof, atribui à "incompetência" do ministério esses erros administrativos. "Não posso acreditar que o ME tenha uma política de favorecimento".

Há três anos, Sónia Pinheiro acabou por ficar colocada pelo ME, "sem qualquer explicação", depois de ter sido excluída das listas. Há dois anos, Carla Caetano viajou do Porto para Lisboa - ficou colocada numa escola com horário completo; no último ano lectivo a escola renovou-lhe o contrato. O mesmo aconteceu com Ana Cristina Silva desde 2006. Todas se questionam por que os mesmos documentos são aceites num ano e depois recusados.

"Não andámos a estudar para nada", desabafa, revoltada, Sofia Barcelos. As quatro professoras manifestam-se discriminadas e ultrajadas e garantiram que este ano não desistirão da batalha legal.

ALEXANDRA INÁCIO

Objectivos Individuais 1



Link: Objectivos Individuais 1

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Grandes municípios sem educação

Nenhum dos grandes municípios - como Lisboa, Porto e Gaia - vai aceitar receber, este ano lectivo, as competências de Educação que o Estado pretendia transferir até Dezembro. Ainda assim serão "largas dezenas", refere Governo.

Não há condições para que os maiores municípios aceitem as transferência de competências na área da Educação, definidas pelo decreto-lei. Lisboa seguramente não será abrangida, nem o Porto ou Gaia. "As maiores dificilmente terão condições para avançar já", disse fonte governamental ligada ao processo.

O secretário de Estado da Administração Local, Eduardo Cabrita, afirmou, contudo, que "há um número significativo de municípios da Região Norte que já manifestaram intenção de aderir". Ao fim de dois anos de conversações entre os representantes do Governo e a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e passado um mês da publicação do diploma, não houve ainda qualquer contratualização entre uma única autarquia e o Ministério da Educação.

Mas Cabrita acredita que até Dezembro serão assinados "largas dezenas" de contratos. Porque os desta primeira etapa começarão a funcionar em Janeiro.

"Não temos a preocupação de que sejam todas as câmaras ou a maioria a aderir já", referiu ainda, tendo em conta que se trata de 900 estabelecimentos do 5.º ano ao 9.º ano, e da maior transferência de competências desde 1984, quando a gestão das escolas do Primeiro Ciclo do Ensino Básico passou para as autarquias.

Na reunião de anteontem com o Governo, a ANMP apresentou várias dúvidas sobre quem paga os salários do pessoal não-docente e as obras do parque escolar.

Definido o rácio de pessoal não docente de cada escola em função do número de alunos e das salas de aulas, se a Autarquia tiver mais funcionários que o rácio, o Poder Central promete transferir as verbas correspondentes aos salários dos que estão em falta.

Se houver excesso e ficarem, o Governo assegura os salários de todos os que estão a trabalhar. Os dispensados não têm remuneração assegurada.

António José Ganhão, vice-presidente e representante da ANMP na reunião com Cabrita; a ministra da tutela, Maria de Lurdes Rodrigues, e o secretário de Estado da Educação, Valter Lemos disse que "havendo novos elementos", a ANMP vai analisar e dirá o que pensa após a reunião da ANMP, na próxima terça-feira.

ALEXANDRA MARQUES

Curso de Formação em Educação Especial

Curso de Formação em Educação Especial - INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA COM ALUNOS COM MULTIDEFICIÊNCIA E INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA COM ALUNOS COM PERTURBAÇÕES DO ESPECTRO DO AUTISMO

Curso de Formação: 50 horas
Destinatários: professores e educadores a exercer funções de docência ou de direcção de escola, psicólogos, terapeutas e outros técnicos que desenvolvam a sua actividade no âmbito da educação especial em estabelecimentos públicos ou privados
Locais: Norte; Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo, Algarve
Calendário e Horário: a publicar


Curso de Formação em Educação Especial - INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA COM ALUNOS SURDOS
Curso de Formação: 50 horas
Destinatários: professores e educadores a exercer funções de docência ou de direcção de escola, psicólogos, terapeutas e outros técnicos que desenvolvam a sua actividade no âmbito da educação especial em estabelecimentos públicos ou privados
Locais: Norte; Centro, Lisboa e Vale do Tejo
Calendário e Horário: a publicar

Curso de Formação em Educação Especial - INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA COM ALUNOS CEGOS E COM BAIXA VISÃO
Curso de Formação: 50 horas
Destinatários: professores e educadores a exercer funções de docência ou de direcção de escola, psicólogos, terapeutas e outros técnicos que desenvolvam a sua actividade no âmbito da educação especial em estabelecimentos públicos ou privados
Locais: Lisboa e Vale do Tejo
Calendário e Horário: a publicar


Inscrições:

O formulário de pré-inscrição encontra-se disponível para preenchimento online em http://area.dgidc.min-edu.pt/formacao, devendo ser enviado até ao dia 19 de Setembro. Os resultados das candidaturas serão publicados no site da DGIDC, no dia 25 de Setembro.

Selecção dos candidatos

A selecção dos candidatos será feita por ordem de chegada das inscrições, atendendo às prioridades abaixo indicadas.
1º prioridade: docentes sem formação especializada a exercerem funções na educação especial, em unidades especializadas ou escolas de referência;
2ª prioridade: docentes sem formação especializada, a exercerem funções na educação especial em estabelecimentos públicos ou privados;
3ª prioridade: docentes titulares de turma ou de disciplina ou com funções de direcção de escola, a exercerem funções em estabelecimentos públicos ou privados;
4ª prioridade: psicólogos, terapeutas e outros técnicos que desenvolvem a sua actividade no âmbito da educação especial, em estabelecimentos públicos ou privados;
5ª prioridade: docentes com formação especializada a exercerem funções na educação especial, em unidades especializadas ou escolas de referência;
6ª prioridade: docentes com formação especializada, a exercerem funções na educação especial em estabelecimentos públicos ou privados.

Não serão admitidos os candidatos que já frequentaram este curso de formação.

Contactos: e-mail - dseease@dgidc.min-edu.pt; tel. 21 393 45 32.


1ª Ciclica - Colocações já disponíveis

As colocações referentes à 1ª Ciclica já estão disponíveis no site do Ministério da Educação.

1ª Ciclica - 500



Link: 1ª Ciclica - 500