terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Aluna constituída arguida aos 9 anos

Uma aluna de nove anos da Escola Básica nº 1 da Pedrulha, em Coimbra, foi constituída ‘arguida’ no âmbito de um processo disciplinar e a mãe notificada com documentos recheados de frases típicas de uma acusação judicial. A criança – que se envolveu numa briga com uma colega que já a tinha ferido – foi acusada e obrigada a mudar de estabelecimento de ensino.

A mãe da menor, Alexandra Sampaio, mostrou-se ontem revoltada com a situação e vai apresentar uma queixa ao Ministério da Educação. O que mais a indigna é a filha ser a "arguida" quando "foi ela a vítima", mas os termos usados na notificação enviada pela escola também lhe desagradam. Embora o Estatuto do Aluno preveja a utilização da palavra "arguido" (no sentido de acusado), a linguagem do documento é a própria de uma acusação para um julgamento em tribunal.

Nos documentos constam frases e expressões como "a arguida agiu de forma livre e consciente, bem sabendo que a sua conduta era violadora dos seus deveres enquanto aluna" ou "notifica-se a aluna para depor como arguida".

A briga que motivou o processo ocorreu em Outubro, quando a menor foi insultada por uma colega mais velha e acabou por, segundo a "acusação", lhe dar "uma bofetada na cara", tendo as duas trocado agressões. Alexandra Sampaio garante que a filha "andava a ser vítima" desta colega desde Janeiro e que até já tinha participado a situação à professora e pedido apoio psicológico para as menores. "A miúda em causa é muito problemática e já tem agredido outros colegas, por isso pedi ajuda", conta. "A professora sempre me disse que não podia fazer nada e por isso desta vez decidi apresentar queixa no Agrupamento de Escolas da Pedrulha, esperando que protegessem a minha filha e não que a condenassem e tratassem como se fosse um monstro, como veio a acontecer", lamenta.

"A escola falhou em todo o processo: a minha filha foi acusada e à outra miúda não aconteceu nada", diz a mãe, explicando que a "única solução" foi transferir a menor para outra escola.

Segundo Alexandra Sampaio, os problemas começaram quando, no ano lectivo passado, uma aluna repetente entrou para a turma da filha e lhe começou a "roubar o lanche para o deitar no lixo, batendo-lhe quando ela não o entregava".

A menor, que frequentava a escola da Pedrulha desde a pré-primária, foi agredida na cara em Fevereiro e, diz a mãe, "as marcas foram tão profundas que ainda hoje se vê". Passado algum tempo, a criança "voltou a chegar a casa com o rosto marcado, dizendo que tinha sido a colega".

Alexandra garante que a filha, que sempre foi "uma excelente aluna", está "traumatizada" e chegou a ter "pesadelos com a colega". Segundo a mãe, a professora terá dito que reconhecia que a aluna em causa era "violenta" e que "lhe costumava cortar as unhas para não arranhar os outros meninos".

A presidente da Comissão Provisória do Agrupamento de Escolas da Pedrulha, Isilda Barros, disse ontem desconhecer o caso, referindo que "os processos disciplinares devem ser tratados na escola com os alunos e os encarregados de educação".

"Não sei do que está a falar. Temos muitos alunos e processos", afirmou, garantindo não ter registo de "nenhum aluno que tenha sido transferido por causa de um processo disciplinar". A mãe diz que omitiu o verdadeiro motivo para facilitar a mudança. Quanto ao facto de a aluna ser tratada como arguida, Isilda Barros garante que tudo decorre "dentro do que está previsto na lei".

A instrutora do processo, Carla Diogo, escusou-se a falar. O CM contactou o Ministério da Educação, que remeteu o assunto para a Direcção Regional de Educação do Centro, que não respondeu em tempo útil.


Cátia Vicente/C.Manhã

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

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Professor morre à espera do INEM

Um professor da Escola Secundária Dr. Manuel Gomes de Almeida, em Espinho, de 51 anos, morreu por falta atempada de assistência médica competente.

Em paragem cardiorrespiratória, os colegas professores tentaram desesperadamente contactar o 112, mas sem sucesso. Alertados, os Bombeiros Voluntários de Espinho, com quartel nas proximidades, acorreram de imediato, não tardando mais do que três minutos. Todavia, a VMER, Viatura Médica de Emergência e Reanimação, que deveria ser imediatamente accionada para uma situação destas, estava, segundo informação dada aos Bombeiros pelo CODU, ocupada noutra situação, pelo que receberam indicações para não esperar pelo INEM e conduzir o professor de imediato para o hospital.

"Seguimos todos os procedimentos protocolares e desde o momento em que chegámos à escola iniciámos as manobras de suporte básico de vida", afirmou ao CM José Laranjeiro, subchefe dos BVE, que chefiava a equipa de socorro.

Apesar de todas as tentativas de salvamento ministradas durante o percurso até Gaia, o professor, José Quental, de Aveiro, entrou no Hospital Santos Silva já sem vida.

Ontem, os técnicos do INEM, pela voz do presidente do Sindicato dos Técnicos de Ambulância de Emergência (STAE), Ricardo Rocha, tipificaram esta morte como uma das que seriam evitáveis se os socorristas que assistiram a vítima tivessem formação adequada. Consideram os técnicos que é essa lacuna de competência que obriga ao recurso às VMER e que a situação só pode ser ultrapassada com a criação de técnicos de emergência médica, que noutros países são designados de paramédicos, com formação de 1500 horas em vez das 210 horas actuais. Segundo o responsável dos técnicos, "muitas vidas podem ser poupadas".

O Correio da Manhã contactou o INEM, que se recusou a prestar quaisquer esclarecimentos sobre este assunto.


Luís Lopes com J.C.M. / P.S.D.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Professor do ano

*professor do ano foi aquele que, com depressão profunda, persistiu em ensinar o melhor que sabia e conseguia os seus 80 alunos*


*professor do ano foi aquela que tinha cancro e deu as suas aulas até morrer.*


*professor do ano foi aquela que leccionou a 200 km de casa e só viu os filhos e o marido de 15 em 15 dias.*


*professor do ano foi aquela que abandonou o marido e foi com a menina de 3 anos para um quarto alugado. como tinha aulas à noite, a menina esperava dormindo nos sofás da sala dos professores.*


*professor do ano foi aquele que comprou o material do seu bolso porque as crianças não podiam e a escola não dava.*


*professor do ano foi aquele que, em cima de todo o seu trabalho, preparou acções de formação e se expôs partilhando o seu saber e os seus materiais.*


*professor do ano foi aquela que teve 5 turmas e 3 níveis diferentes.*


*professor do ano foi aquele que pagou para trabalhar só para que lhe contassem mais uns dias de serviço.*


*professor do ano foi aquele que fez mestrado suportando todos os custos e sacrificando todos os fins-de-semana com a família.*


*professor do ano foi aquele que foi agredido e voltou no dia seguinte com a mesma esperança.*


*professor do ano foi aquele que sacrificou os intervalos e as horas de refeição para tirar mais umas dúvidas.*


*professor do ano foi aquele que organizou uma visita de estudo mesmo sabendo que jorge pedreira considerava que ele estava a faltar.*


*professor do ano foi aquele que encontrou forças para motivar os alunos depois de ser insultado e indignamente tratado pelos seus superiores do ME.*


*professor do ano foi aquela que se manifestou ao sábado sacrificando um direito para preservar os seus alunos.*


*professor do ano foi aquele presidente de executivo que viveu o ano entre o dever absurdo, a pressão e a escola a que quer bem, os colegas que estima.*


*professores do ano, todo o ano, fomos todos nós, professores, que o continuamos a ser mesmo após uma divisão absurda.*


*professor do ano... tanto professor do ano em cada escola, tanto milagre em cada aluno.*


*Somos mais que professores do ano. Somos professores sempre!*

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Prémio Nacional de Professores

O Ministério da Educação promove a atribuição anual de um Prémio Nacional de Professores, desde 2007, dirigido a todos os educadores de infância e professores dos ensinos básico e secundário.

Na segunda edição, os candidatos à atribuição do Prémio Nacional de Professores ou dos prémios de mérito foram propostos pelos estabelecimentos de ensino ou por um grupo constituído por um mínimo de 50 docentes.

As propostas de candidatura ao prémio apresentaram professores em exercício efectivo de funções, sendo que cada entidade pôde propor apenas um docente, especificando o prémio a que o candidatou.

A análise das propostas apresentadas e a escolha dos candidatos vencedores coube a um júri formado por oito personalidades de reconhecida competência e idoneidade, presidido por Roberto Carneiro.

O Prémio Nacional de Professores tem o valor de 25 000 euros. Os restantes prémios são materializados por Diplomas de Mérito Pedagógico, visitas de estudo a instituições de referência europeias ou publicação de trabalhos dos candidatos.

Tal como no ano anterior, na segunda edição, as candidaturas foram submetidas electronicamente, através do sítio da Internet www.min-edu.pt, até 15 de Setembro.

O júri analisou as candidaturas recebidas e seleccionou os professores premiados, tendo decidido, por unanimidade, atribuir prémios em todas as categorias previstas no concurso.


- O Prémio Nacional de Professores foi atribuído a Jacinta Moreira, professora de Biologia e Geologia na Escola Secundária Carolina Michaëlis, no Porto. http://www.min-edu.pt/np3/2858.html

- O Prémio de Mérito Carreira foi atribuído a Afonso Rema, professor de Português e de Francês na Escola Secundária Dr. Joaquim Gomes Ferreira Alves, em Valadares. http://www.min-edu.pt/np3/2859.html

- O Prémio de Mérito Inovação foi atribuído a Carlos Pinheiro, coordenador do Centro de Recursos Educativos na Escola Básica 2, 3 Padre Alberto Neto, em Rio de Mouro. http://www.min-edu.pt/np3/2860.html

- O Prémio de Mérito Liderança foi atribuído a João Paulo Mineiro, presidente do Conselho Executivo da Escola Secundária com 3.º Ciclo Quinta das Palmeiras, na Covilhã. http://www.min-edu.pt/np3/2861.html

O Prémio de Mérito Integração foi atribuído a José Alves Rocheta, professor de Educação Tecnológica na Escola Básica 2, 3 com Ensino Secundário Dr. Azevedo Neves. http://www.min-edu.pt/np3/2862.html



Mais informações em: http://www.min-edu.pt/np3/2856.html

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Cem mil adultos certificados

A iniciativa Novas Oportunidades certificou com novas habilitações 100 753 adultos, entre Janeiro de 2007 e Setembro de 2008, segundo dados da Agência Nacional para a Qualificação.


Estes adultos obtiveram um diploma equivalente ao 9º ou ao 12º ano de escolaridade, tendo por base as experiências acumuladas ao longo da vida, especialmente em contexto profissional. Neste ano lectivo estão disponíveis 300 cursos.

Luísa Gaio, de 33 anos, é um dos casos de sucesso. A mulher de Tábua deixou de estudar na adolescência e saltou seis anos de escolaridade desde 2006, frequentando agora uma licenciatura na Universidade de Coimbra. Candidatou-se ao curso de Turismo, Lazer e Património e já está no 2º ano, tendo acabado os passeios de fim-de-semana. "Tenho de estudar, fazer investigação e tratar da casa", diz. Já Nuno Silva, de 29 anos, quis seguir a carreira militar e ‘agarrou’ a oportunidade para obter o 12º ano, em Beja. CM

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

CONCURSO - A nossa escola pela não violência

O concurso A nossa escola pela não violência pretende premiar produtos e acções de sensibilização produzidos por alunos e alunas do 3º Ciclo do Ensino Básico e do Ensino Secundário, que privilegiem a disseminação de informação contra todas as formas de violência exercida nos contextos das relações de intimidade, dando particular ênfase àquelas consubstanciadas em razão de género.

Conforme a Resolução do Conselho de Ministros nº 83/2007 de 22 de Junho – que aprova o III Plano Nacional Contra a Violência Doméstica (2007-2010) – o combate à problemática da Violência Doméstica tem vindo a merecer um novo enfoque na sociedade portuguesa, enquadrado numa política mais ampla de promoção da igualdade de género enquanto referencial de uma cultura democrática.

Como meio privilegiado de socialização, a Escola tem como missão proporcionar igualdade de oportunidades e educar para os valores do pluralismo e da igualdade entre homens e mulheres. A eliminação da discriminação em função do género e, consequentemente, de relações de intimidade marcadas pela desigualdade e pela violência, constitui parte essencial da educação para os direitos humanos, para o respeito pelos direitos e pelas liberdades individuais na perspectiva da construção de uma cidadania para todos e todas.

Este Concurso deverá servir de mote a práticas que promovam o combate às situações de violência nas relações de intimidade entre adolescentes e integra o Programa da Campanha Nacional Contra a Violência Doméstica: Prevenção da Violência nas relações de namoro, que decorrerá no período 2008/09.

Lisboa, 20 de Outubro de 2008
Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género

O lançamento do concurso terá lugar no dia no dia 12 de Dezembro, no Anfiteatro da Reitoria da Universidade de Coimbra.

Veja mais em http://sitio.dgidc.min-edu.pt/Paginas/default.aspx

Programa provisório
Regulamento
Ficha de Inscrição

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Publicado em Diário da República

― Despacho n.º 29398/2008, D.R. n.º 222, Série II de 2008-11-14, do Ministério da Educação - Gabinete da Ministra
Despacho que visa dar continuidade ao Programa Nacional de Ensino do Português no 1.º Ciclo do Ensino Básico (PNEP).

― Parecer n.º 7/2008, D.R. n.º 227, Série II de 2008-11-21, do Ministério da Educação ― Conselho Nacional de Educação
Parecer sobre as alterações introduzidas no Ensino Superior.

Informações Gerais

― Portugal Tecnológico 2008
Na FIL (Parque das Nações), irá decorrer entre 18 e 23 de Novembro a maior mostra nacional dedicada às tecnologias.
As bibliotecas escolares têm um espaço próprio, integrado no pavilhão do Ministério da Educação.
Para mais informações: www.rbe.min-edu.pt/

― Divulgação dos resultados da pré-selecção das candidaturas ao Alargamento da Rede de Educação Pré-Escolar
Os resultados da pré-selecção das candidaturas ao Alargamento da Rede de Educação Pré-Escolar nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto foram divulgados.
Para mais informações: http://www.pre-escolar.min-edu.pt.

― Concurso Nacional “A nossa escola pela não violência” - Data limite 30 de Novembro
A Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG) em colaboração com a Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular (DGIDC) vai lançar um concurso, cujo tema é: “ A nossa escola pela não-violência”, no âmbito da campanha nacional de prevenção da violência nas relações de namoro.
Para mais informações: http://sitio.dgidc.min-edu.pt

― Seminário Nacional sobre o Ensino Profissional
Nos dias 22 e 23 de Janeiro de 2009 vai realizar-se na Universidade Católica Portuguesa, o Seminário Nacional '20 anos do Ensino Profissional, Analisar o Passado e Olhar o Futuro.'
Para mais informações: www.drec.min-edu.pt/

― Prémio Ideia.Simplex 09
Para mais informações:
http://www.simplex.pt/ideia/00_index.html.

― Concurso 'Escola Alerta!'
Encontra-se aberto o concurso 'Escola Alerta!' 2008/2009 e já está disponível o respectivo Regulamento.
Para mais informações: http://www.inr.pt/content/1/412/concurso-escola-alerta

― Jornadas Pedagógicas da Associação Portuguesa de Educacao Ambiental (ASPEA)
Vão realizar-se as XVI Jornadas Pedagógicas da ASPEA – Biosfera, Espaço de Aprendizagem, a 30 e 31 de Janeiro, no Porto.
Para mais informações: http://sitio.dgidc.min-edu.pt

― Parlamento dos Jovens do Ensino Secundário ― Prémios no Concurso Euroscola
A Escola Secundária José Saramago de Mafra, esteve em Estrasburgo no dia 24 de Outubro de 2008, em representação de Portugal no âmbito do Concurso Euroscola, onde ganhou os 1.º e 2.º lugares, no universo de 22 países participantes e 570 alunos.
Para mais informações: www.drel.min-edu.pt/

― IV Congresso Nacional Cientistas em Acção
Para mais informações: www.drealentejo.pt/

― Prova de Língua Portuguesa
Para quem esteja em condições de requerer a nacionalidade e necessite de demonstrar conhecer a língua portuguesa.
Próxima Prova: 13 de Dezembro de 2008
Para mais informações: http://www.provalinguaportuguesa.gov.pt/

― Ministério da Educação esclarece aplicação do Estatuto do Aluno
A ministra da Educação esclareceu, através de um despacho, a aplicação do Estatuto do Aluno no que respeita às consequências das faltas justificadas, designadamente por doença ou outros motivos similares.
Para mais informações: http://www.min-edu.pt/np3/imprensa

sábado, 6 de dezembro de 2008

Lei 3/2008

Isto já não é uma vergonha! Vergonha é suspender o modelo burocrático de avaliação de desempenho, reconhecer que se errou ao criar um modelo impraticável e recuar. Ao invés, recuar no Estatuto do Aluno, alterar uma Lei com um despacho negociado apenas com o dito representante dos Pais - um tal "catedrático" de Pedagogia que aparece todos os dias nas televisões a defender a política educativa do Governo -, assinado ao domingo, a toda a pressa, com o único objectivo de esvaziar os protestos dos alunos, não é uma vergonha. E ainda por cima, sem que o Governo assuma as culpas do disparate. Pior: a culpa afinal é dos professores que, mais uma vez, certamente por maldade, interpretaram mal a Lei 3/2008 e vai daí aprovaram regulamentos internos que penalizam os alunos. Ora leiam o arrazoado que alguém mandou publicar, esta manhã, na Página Web do ME:

"O Ministério da Educação esclarece, através de um despacho que aguarda publicação no Diário da República, a aplicação do Estatuto do Aluno no que respeita às consequências das faltas justificadas, designadamente por doença ou outros motivos idênticos, depois de ouvida a Confederação Nacional das Associações de Pais. Reitera-se que o regime de faltas estabelecido no Estatuto do Aluno visa sobretudo criar condições para que os alunos recuperem eventuais défices de aprendizagem decorrentes das ausências à escola nos casos justificados.


Desta forma, o referido despacho determina que das faltas justificadas, designadamente por doença, não pode decorrer a aplicação de qualquer medida disciplinar correctiva ou sancionatória.


A prova de recuperação, a aplicar na sequência de faltas justificadas, tem como objectivo exclusivamente diagnosticar as necessidades de apoio, tendo em vista a recuperação de eventual défice das aprendizagens, o que faz com que não possa ter a natureza de um exame.


Pelo contrário, deverá ter um formato e um procedimento simplificado, podendo ter a forma escrita ou oral, prática ou de entrevista.


Estipula-se ainda que da prova de recuperação realizada na sequência das três semanas de faltas justificadas não pode decorrer a retenção, exclusão ou qualquer outra penalização para o aluno, mas sim apenas medidas de apoio ao estudo e à recuperação das aprendizagens, sem prejuízo da restante avaliação.
As escolas devem adaptar os respectivos regulamentos internos de acordo com o estipulado neste despacho.
Para mais informações, consultar o despacho que aguarda publicação no Diário da República."
Fonte: Página Web do ME

E já agora leiam estas pérolas incluídas no arrazoado do despacho dominical:

"2 – A prova de recuperação a aplicar na sequência de faltas justificadas tem como objectivo exclusivamente diagnosticar as necessidades de apoio tendo em vista a recuperação de eventual défice das aprendizagens.
3 – Assim sendo, a prova de recuperação não pode ter a natureza de um exame, devendo ter um formato e um procedimento simplificado, podendo ter a forma escrita ou oral, prática ou de entrevista."


Ficamos a saber que as provas de recuperação são diagnósticas. Podiam ser sumativas ou formativas. Mas não. A ministra quer que as provas sejam apenas diagnósticas. E o que a ministra decreta é para se fazer. É assim a sua concepção de autonomia das escolas.
Ficamos também a saber que a prova de recuperação tem de ser simplex. Pode ter a forma de prova escrita, oral, prática ou entrevista mas nunca a forma de exame. É para não assustar os confapianos e os meninos. Exames? Vá de retro Satanás!
Leiam, por favor, o despacho dominical . É um exemplo vivo e perfeito da novilíngua orwelliana. George Orwell quando escreveu o livro 1984 estaria a pensar nesta ministra da educação? Improvável! Mas acertou em cheio na caracterização do discurso da personagem

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Sindicatos suspendem greves regionais

A Plataforma Sindical dos Professores suspendeu esta sexta-feira as greves regionais agendadas para a próxima semana, por considerar que, pela primeira vez, o Ministério da Educação aceitou negociar a suspensão do modelo de avaliação dos professores.


Após um breve encontro com o secretário de Estado Adjunto da Educação, Mário Nogueira anunciou que está marcada próximo dia 15 uma reunião, onde tudo estará em cima da mesa”, sobretudo a revisão do Estatuto da Carreira Docente (ECD)”.

“Perante a disponibilidade do Ministério, que, pela primeira vez, aceitou uma negociação onde não estão apenas as questões da avaliação, mas outros aspectos do ECD, em nome da Plataforma suspendemos as greves regionais da próxima semana”, anunciou Mário Nogueira. CM

"Ovação" à ministra

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

ELABORAÇÃO DE MANUAIS PARA FORMAÇÃO

Elaboram-se manuais para formação nas áreas do turismo, hotelaria e cidadania.

Solicitar catálogo pelo endereço
culturforma@gmail.com

Ministra admite substituir modelo de avaliação

A ministra da Educação admite que o modelo de avaliação dos professores possa ser substituído no próximo ano lectivo. Maria de Lurdes Rodrigues, que está a ser ouvida na Assembleia da República, afirmou estar “disposta a estudar todas as formas de melhorar o actual modelo de avaliação, mesmo substituí-lo, se necessário, de forma a cumprir com os objectivos, mas só depois de aplicado”.


“Uma vez iniciada uma avaliação séria, estou totalmente aberta a discussões para alterar este modelo, ou mesmo proceder à sua substituição por outro modelo de avaliação melhor, mas em anos seguintes”, sublinhou a ministra, reiterando: “O modelo pode ser corrigido ou até substituído, mas primeiro tem de ser aplicado”



No debate de urgência, convocado pelo Bloco de Esquerda, o deputado Luís Fazenda pediu a suspensão do processo: “O modelo que era uma convicção da ministra já foi retalhado e alterado, pois então que se suspenda. Quem admite a substituição, devia aceitar também a suspensão”.



A sessão estava marcada para as 15h00, mas iniciou-se com uma hora depois devido ao atraso da ministra. O debate prossegue no Parlamento.

Bernardo Esteves

CURRICULUM VITAE - M. Lurdes R.

Interessante é ver como, em Portugal, um Professor que NUNCA FOI AVALIADO chega ao topo da Carreira Docente (Ministra da Educação!) e se põe a disparar em todos os sentidos contra os Professores-não-avaliados.

Vejamos, a Drª Maria de Lurdes tirou o antigo 5º (actual 9º) ano e ingressou no Magistério Primário (naquele tempo eram dois anos de curso). Deu aulas na Primária até se inscrever no ISCTE (com o 5ºano + 2 anos de Magistério Primário!).

Ao fim de 5 (CINCO) anos de estudos em curso nocturno, saiu com um DOUTORAMENTO que lhe permitiu dar aulas(?!) no ISCTE, por acaso onde o sr. engenheiro fez a pós-graduação (mestrado?) a seguir à 'licenciatura' da Universidade Independente.

Digam lá que não lhe deu um certo jeito nunca ser PROFESSORA AVALIADA!

Do outro lado da barricada, também era CONTRA a avaliação dos Professores, não era Drª Maria de Lurdes? Pelo menos o seu ex-Professor Iturra diz que sim... e ainda nenhum ex-aluno veio aqui para os fóruns gabar-lhe os dotes docentes! Não teremos mesmo melhor? Os professores poderão lidar com os alunos como a Srª lida com os professores? Exigir-lhes tudo, ensinando pouco
e com tão parco exemplo?

Publicada por ILÍDIO TRINDADE

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Ministério admite prolongar aplicação do modelo simplificado de avaliação

Em dia de greve nacional de professores, com uma participação, segundo os sindicatos de quase 100 por cento, o Ministério da Educação (ME) admitiu a possibilidade de aplicar o modelo simplificado de avaliação de desempenho não apenas neste ano lectivo, como tinha anunciado, mas também nos próximos, desde que os sindicatos aceitem negociar.

«Estamos disponíveis para estender a aplicação deste regime transitório por mais algum tempo, para o próximo ano lectivo ou até mais, no sentido de criar confiança junto dos sindicatos, (...) desde que eles aceitem negociar e abdiquem de uma posição de tudo ou nada», disse à Lusa o secretário de Estado Adjunto e da Educação, Jorge Pedreira.

A confirmar-se a disponibilidade do Ministério, a avaliação dos professores no próximo ano lectivo poderia continuar a ser feita com base apenas com base na auto-avaliação, assiduidade, formação contínua e participação em projectos e na vida da escola, ponde de lado os resultados dos alunos, a observação de aulas, ou qualquer outro aspecto da componente científico-pedagógica.

Nas alterações propostas pelo ME, só no caso dos docentes que ambicionarem obter as classificações de Muito Bom e Excelente, terá obrigatoriamente que ser feitas observação de aulas.

Em reacção a esta proposta, o porta-voz da Plataforma Sindical de Professores, Mário Nogueira, afirma que só demonstra «a teimosia de quem, mesmo sabendo que o seu modelo nunca vai ser aplicado, pretende manter a sua matriz».
D.Digital

Greve de professores: escolas fechadas em todo o país

A previsão dos sindicatos está a concretizar-se no terreno. Esta manhã, muitas escolas em todo o país encontram-se fechadas. De norte a sul, o cenário repete-se. Os nomes sucedem-se, num balanço ainda provisório, mas a Plataforma de Sindicatos fala em adesão «superior a 90 por cento».

No Porto estão fechadas escolas tão importantes como a Escola Gomes Teixeira, Clara de Resende e Irene Lisboa, enquanto a Fontes Pereira de Melo tem apenas dois professores a dar aulas. Também todo o agrupamento vertical Augusto Gil tem as portas encerradas, assim como a Aurélia de Sousa. 94 por cento em greve na Alexandre Herculano e na Ramalho Ortigão encontram-se apenas três professores em quarenta.
No distrito de Coimbra o cenário é semelhante, com muitas escolas encerradas: EB 2,3 Alice Gouveia, Montemor-o-Velho, Secundária Cristina Torres (Figueira da Foz), EB 2,3 de Condeixa, Agrupamento de Escolas da Lousã, Agrupamento de Escolas Alice Gouveia e as maiores escolas do primeiro ciclo da cidade de Coimbra. No restante, a adesão é de cerca de 90 por cento, como acontece na Eugénio de Castro, Martim de Freitas e Secundária de Tábua.

Em todo o distrito de Lisboa há escolas encerradas, como acontece com a Secundária Gil Vicente ou a EB 2/3 dos Olivais. Nas outras há «adesão superior a 90%», explicou Manuel Grilo, da Fenprof. «Temos números superiores ao esperado, não só em Lisboa, mas em todo o país», frisou. Na Secundária Rainha D. Amélia, que normalmente não faz greve, «a adesão é de 89%», referiu a presidente do Conselho Executivo.

No Algarve também são muitas as escolas encerradas, revelando que o protesto vai de norte a sul.
Lusa



Aplicação Informática

Recebido de um colega:

«Dar à Sra. Ministra um pouco do seu veneno...

Colegas,

A está a pôr à prova a nossa união. Como devem saber, já começámos a receber as indicações para utilizar a aplicação informática on-line para mandar os objectivos individuais.

Eu sou amigo de um dos engenheiros informáticos que criaram esta aplicação naquela altura que ouve problemas com os concursos. Lembram-se?

**Então, é assim: podemos devolver o presente envenenado à Sra. Ministra.
Como?

Simplesmente bloqueando a aplicação. E para isso basta introduzir três vezes a *password* de forma errada. Se todos o fizermos, o ME fica com um problema: 140 000 aplicações bloqueadas. Bloqueadas para a avaliação, para os concursos, para tudo... Para melhorar a situação, os engenheiros informáticos que criaram a aplicação já não trabalham para o ME.

No meu agrupamento, vamos fazê-lo todos juntos. Vamos ligar um computador à net no bar e um por um, com os outros como testemunhas, vamos bloquear a nossa aplicação.

Continuemos unidos e ninguém nos vencerá. Vamos vencer a ditadura.»*
** Atenção! Não registe os seus objectivos individuais on line

Não existe situação legal que nos obrigue a tal procedimento!!!!!

*Caro/a Colega,*

*Tal como se esperava, o Ministério da Educação desenvolveu um aplicativo informático para que, online, cada professor preencha um formulário com a indicação dos seus objectivos individuais.

Ou seja, deixa ao livre critério de cada um a decisão de colocar os seus objectivos individuais a um clique da DGRHE.

*E porque é que o ME não o faz? Porque poderia incorrer em grave ilícito.
*
*1.º* - Nenhum professor ou educador é obrigado a registar, por este processo, os seus objectivos individuais. Tal, a fazer-se, só deve acontecer, nos termos da legislação em vigor, em entrevista com o seu avaliador, devendo ficar arquivado na escola, no processo respectivo;

*2.º* - Não pode ser imposto qualquer prazo, pois não há qualquer prazo para que os objectivos individuais sejam entregues. Nos termos da lei, apenas o processo de autoavaliação constitui obrigação do professor e isso nunca ocorreria neste momento.

*Para além disso, nós, PROFESSORES, estamos em luta contra este modelo e, por isso, recusamo-nos a prosseguir com qualquer procedimento relacionado com a avaliação do desempenho*. E isto é que é verdadeiramente importante!

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Acesso a Professor Titular

Comentários? Para quê? E VIVA PORTUGAL.

Escândalo no ministério da Educação


Isto é uma sem vergonha!!!
Deputados a prof. titular Os deputados do PS estão contra nós, mas querem ser titulares sem porem os pés na escola. Que VERGONHA!Retirado da Ordem Trabalhos
ME / Plataforma: Ponto 8. Acesso à categoria de Professor Titular para os Professores em exercício de funções ou actividades de interesse público, designadamente, enquanto Deputados à Assembleia da República e ao Parlamento Europeu, Autarcas, Dirigentes da Administração Pública, Dirigentes de Associações Sindicais e Profissionais.
Agora é que não percebo nada! Mas agora já se pode 'atingir o topo'... mesmo estando 'fora' da escola? Todas as mudanças que o ME quis fazer não foi para acabar com 'isso'? Não ia ser titular apenas quem provasse, 'no terreno', a sua excelência? Dizem uma coisa, fazem outra... a toda a hora! Depois de se terem 'esquecido' dos que antes estiveram nessas funções, no primeiro concurso....: mais um concurso extraordinário? ou só conta daqui para a frente, e os «tristes» que ficaram para trás? Tem que ser o tribunal a dar-lhes razão?
O novo 4º escalão será, provavelmente, para os 'Professores-titulares-avaliadores'. Deste modo, cria um 'estatuto' diferente para quem é avaliador e foge às incompatibilidades de avaliador e avaliado concorrerem às mesmas cotas. Quantos chegaram a titular por haver uma vaga na escola e não ter mais ninguém a concorrer, no entanto escolas houve em que colegas com quase o dobro dos pontos não acederam a PT porque não havia vaga, e com isto só quero dizer e afirmar da injustiça desta peça, monstruosamente montada e maquiavelicamente posta em prática que é a dos professores titulares.
Esta proposta do PM é inaceitável. Espero que professores e sindicatos estejam bem conscientes desta proposta que é verdadeiramente ofensiva, para não dizer outra coisa! Tenhamos dignidade e não nos deixemos vender. Esta é das respostas mais repugnantes jamais feitas por um governo. Oferecem tachos a sindicalistas, boys e girls das direcções gerais dos vários ministérios, há uma tentativa de oferecer aos professores avaliadores um 'acesso' ao 4º escalão de titular. *Chegamos ao limite da indecência e a resposta só pode ser uma*: revisão do ECD, anulação da divisão da carreira e combate total a esta avaliação.
DEVEMOS OBRIGAR OS SINDICATOS A REJEITAR LIMINARMENTE ESTAS PROPOSTAS!