terça-feira, 3 de março de 2009

IGE e os fenómenos do Entroncamento

No mês de Dezembro a Confap recebeu uma queixa de um encarregado de educação, alegando negligência da parte da escola do seu educando, respeitante à assistência prestada em resultado de uma situação de agressão, de que fora vítima.

Facto que o pai foi buscar o seu filho no final das aulas e encontrou-o, alegadamente, com a mão inchada e deformada. Foi de imediato ao Hospital do Entroncamento, onde fez um RX, seguindo directamente para a Ortopedia do Hospital de Abrantes, onde foi diagnosticado uma fractura na mão, a qual teve de ser engessada, e estar assim 4 semanas.

Não nos parece expectável que possamos ir à escola buscar os nossos filhos e os encontremos em condições de recorrer ao hospital.
A escola tem a guarda das crianças nos períodos lectivos e é responsável pelo que lhes acontece.

A Confap encaminhou a queixa do encarregado de educação para a Inspecção Geral de Educação (IGE), a fim de que se pudesse avaliar a questão.

A IGE remeteu por ofício à Confap a resposta ao nosso pedido, informando-nos do arquivamento do processo, porquanto achava adequada a assistência prestada pela escola onde as manifestações exteriorizadas pelo aluno foram sendo avaliadas, ao longo do dia, por vários intervenientes, não tendo havido indícios de que houvesse necessidade de o aluno ser encaminhado para o hospital.

Pela avaliação feita pelo encarregado de educação e pela escola, parece que nem estamos a falar da mesma pessoa. Facto é que quando nós olhamos para os alunos vemos os nossos filhos e a escola quando olha para os nossos filhos vê apenas alunos.

Segundo o encarregado de educação, o professor de educação física, pelas 10h45 mandou o aluno ir à casa de banho colocar água, passado algum tempo mandou-o novamente passar a mão por água, visto que o inchaço da mão não desaparecia. Mandou-o posteriormente ir sozinho ao SASE, onde estava uma auxiliar que ao observar a mão, o mandou ir ao bar pedir gelo e assim ficou um tempo ate ir novamente ao SASE, onde lhe disseram para regressar às aulas que a mão iria ficar boa.

Numa aula, onde além da professora estava também presente a directora de turma, apenas pediram que um colega o ajudasse a escrever.

Durante a tarde, uma professora disse que se precisasse de ajuda, para pedir a um colega.

Segundo o encarregado de educação, da parte da escola não houve qualquer comunicação aos Pais sobre os factos ocorridos.

Factos são factos, e, muitas explicações para o sucedido podem haver, não podemos é concordar que perante o erro de diagnóstico feito pela escola, cabalmente contrariado pelo diagnóstico contrário feito pelo hospital, a IGE não reconhecendo o erro ainda o possa validar.

Factos:

- O aluno partiu a mão no início da manhã só tendo recebido socorro adequado no final da tarde e pela iniciativa do pai, que durante todo o dia desconheu a situação;

- A escola não agiu preventivamente, recorrendo aos serviços de saúde, chamando a si competências de diagnóstico clínico que nitidamente não possui;

- A escola, ao chamar para si competências que não detém, errou no diagnóstico, desvalorizando uma situação que se revelou numa fractura óssea, não tendo prestado o socorro adequado;

- A Inspecção Geral de Educação valida esta actuação através do seu delegado regional;

- O que precisará esta escola, em caso de fracturas, em termos de sintomas para recorrer a entidades de saúde? Fracturas expostas?

- Face a esta actuação, poderão os pais ficar descansados quanto aos cuidados que a escola vota aos seus alunos, nomeadamente em termos de socorro preventivo?


Muitas questões poderiam ainda ser colocadas.


Pelo ofício remetido à Confap a IGE ouviu o Conselho Executivo, mas não nos descansa quanto ao Princípio da Imparcialidade, entre outros, já que nos permite colocar as questões seguintes:

- A IGE ouviu o encarregado de educação procedendo à audição dos interessados?
- A IGE ouviu o aluno procedendo à audição do envolvido?

A Confap, na sequência, remeteu à IGE um ofício com o seguinte teor:

Cumpre-nos registar que considera adequada a assistência prestada e a avaliação feita pelos intervenientes, quando o resultado final foi e cito: “Foi buscar o meu filho no final das aulas às 16.45h, qual o meu espanto ao ver a mão inchada e deformada. Foi de imediato ao Hospital do Entroncamento, o qual fez um RX, seguindo directamente para a Ortopedia do Hospital de Abrantes, onde foi diagnosticado uma fractura na mão, a qual se encontra engessada, e vai estar assim 4 semanas.”

Adequada não foi de facto a assistência prestada, permita-nos dizer, já que o diagnóstico clínico foi totalmente contrário à avaliação feita pela escola. Foi esta avaliação feita por uma médica? Possui a escola aparelho da RX? Não dispõe o Entroncamento de Centro de Saúde ou de Hospital a quem recorrer?

Manda a prudência que nestes casos se recorra aos serviços de saúde que, ao contrário da escola, são entidades competentes em avaliações clínicas. Quais foram pois os motivos invocados pelo não encaminhamento do aluno para o hospital, alegadamente do conhecimento do encarregado de educação mas dos quais não fomos esclarecidos? Afinal trata-se do essencial da questão.

O Aluno tem o direito de ver salvaguardada a sua segurança na escola e respeitada a sua integridade física e moral, tem o direito de ser assistido, de forma pronta e adequada, em caso de acidente ou doença súbita, ocorrido ou manifestada no decorrer das actividades escolares (artigo 13º do Estatuto do Aluno, alíneas i) e j). O que não aconteceu.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Professores de Português criticam

A Associação de Professores de Português (APP) considera "verdadeiramente surpreendente e inaceitável" o não tratamento dado à avaliação na proposta de programas de língua portuguesa do Ensino Básico, apresentada pelo Ministério da Educação em Janeiro.

No parecer, a APP lamenta que em toda a proposta a avaliação seja apenas referida em três ocasiões. "Encaramos a avaliação como um regulador do desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem indissociável do próprio programa", explica a associação.

No documento, divulgado ontem, a APP elogia a introdução de práticas experimentais nas aulas de Português.

E.N.

Quem manda são os E.E.



domingo, 1 de março de 2009

A difícil arte de educar

Educar requer uma grande dose de paciência, sabedoria, amor, perseverança e coerência, para conseguirmos estabelecer limites sem podar a criatividade nem sermos autoritários em demasia, dar amor sem que com isto e em seu nome nos tornemos por demais permissivos, dar liberdade para que seja exercido o livre arbítrio de cada um, de modo que haja responsabilidade pelas escolhas e pelos atos praticados.
É importante corrigir, sem ser excessivamente crítico, de modo a humilhar e desvalorizar, estabelecer regras que devem ser cumpridas, sem que sejamos tiranos, saber ser flexível, quando a situação requer, sem com isto estimularmos a impunidade.
É importante indicar caminhos, sem que com isto queiramos percorrer caminhos alheios, posto que a vida se faz a cada passo, a cada momento, a cada opção feita, a cada ato praticado, cada palavra dita (ou omitida), cada mão estendida, cada sorriso dado, a cada lágrima derramada, seja de alegria ou de dor.
Quando uma criança chega à escola, já leva uma bagagem de emoções, de sentimentos, de orientações recebidas, hábitos adquiridos pela educação que recebe na família na qual está inserida. Como vivemos num mundo globalizado, onde a informação chega a cada casa com uma incrível velocidade, por vezes tudo que se tenta passar para uma criança, parece ser algo em desuso, sem valor, frente ao que é visto através da imprensa ou da mídia televisiva.
Educamos através de coisas simples, que são reforçadas no dia a dia, como ao orientar para cuidar do que lhe pertence, não pegar nada do colega sem pedir permissão, não dizer palavrão, não mentir, exigir respeito aos mais velhos, que seja educado, gentil, que use palavras "mágicas" como Bom Dia, Com licença, Obrigado; fale sem que precise gritar, não jogue lixo na rua e uma série de outras regras básicas de boa, pacífica e respeitosa convivência.

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Parlamento aprova projectos de lei sobre educação sexual nas escolas

O Parlamento aprovou, na generalidade, projectos de lei do PS e do PCP sobre educação sexual nas escolas, matéria que os socialistas se comprometeram a trabalhar em conjunto com a oposição na especialidade.

O projecto do PS, que impõe uma carga horária mínima de 12 horas por ano lectivo dedicada à educação sexual no ensino básico e secundário, foi aprovado com os votos favoráveis do PSD, PCP e PEV e com a abstenção do CDS-PP e do BE.

O PSD deu liberdade de voto aos seus deputados e Mota Amaral, José Luís Arnaut e Zita Seabra optaram pela abstenção.

Os socialistas utilizaram o direito de fixar a agenda parlamentar para discutir o seu projecto de lei mas permitiram que diplomas do PCP e do BE fossem também votados.

O diploma do PCP, que segundo os comunistas serviu de "inspiração" ao projecto socialista, foi aprovado pelo PS, PCP, BE e PEV, com os votos contra do CDS-PP e a abstenção do PSD. O projecto de lei do BE foi chumbado, com os votos contra do PSD e CDS-PP e a abstenção do PS.

Durante o debate do projecto de lei socialista, o deputado do PS Pedro Nuno Santos invocou que "níveis elevados de educação sexual estão associados a um envolvimento mais tardio em relações sexuais" e ao "uso mais frequente do preservativo".

"São estes resultados que nós queremos multiplicar", declarou o ex-líder da Juventude Socialista (JS).

Segundo o projecto de lei do PS, "no ensino básico a educação sexual integra-se no âmbito da educação para a saúde", enquanto no ensino secundário integra-se transversalmente nas "áreas curriculares disciplinares e não disciplinares". "Cada turma tem um professor responsável pela educação para a saúde e educação sexual", estabelece o diploma.

PCP, BE e PEV defenderam que desde 1984 existe legislação sobre educação sexual nas escolas que os sucessivos governos, incluindo o actual, não aplicaram e questionaram se com a aprovação do diploma do PS não "ficará tudo na mesma".

Por outro lado, o deputado comunista Miguel Tiago alegou que o PS "foi buscar inspiração ao projecto de lei do PCP" para o seu diploma e considerou que este "implica reforço de meios humanos" nas escolas.

A deputada do BE Ana Drago perguntou ao PS se "está disponível ou não para providenciar aos jovens os meios contraceptivos", pergunta que ficou sem resposta.


O projecto de lei do PS prevê, contudo, que exista nas escolas dos 2º e 3º ciclos "um gabinete de informação e apoio no âmbito da educação para a saúde e educação sexual" aberto pelo menos três horas por semana que, no ensino secundário, "deve assegurar aos alunos a distribuição gratuita de métodos contraceptivos não sujeitos a prescrição médica".

O diploma obriga ainda as escolas a "dedicar um dia em cada ano lectivo à educação sexual, envolvendo a comunidade escolar em palestras, debates, formação ou outras actividades".

O deputado do PSD Fernando Antunes considerou que "o dia da educação sexual não faz sentido nenhum", alegando que "causará em muitas escolas dúvidas e divisões" e que "a sensibilidade e as questões éticas ligadas à sexualidade exigem moderação".

Por outro lado, Fernando Antunes defendeu "um reforço da autonomia das escolas" e da "participação dos pais e encarregados de educação" na definição dos conteúdos da educação sexual.

Por sua vez, o líder parlamentar do CDS-PP, Diogo Feio, afirmou que para o seu partido "a escola nunca pode em circunstância alguma substituir o ambiente familiar e a educação sexual não deve ser ideologicamente direccionada", princípios que quer ver assegurados na nova legislação.

"Há abertura do PS para na especialidade trabalharmos um texto o mais consensual possível", declarou, no final do debate, o deputado socialista Pedro Nuno Santos.


Lusa

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Legislação

Publicado em Diário da República

― Decreto-Lei n.º 34/2009. D.R. n.º 26, Série I de 2009-02-06, da Presidência do Conselho de Ministros
Estabelece medidas excepcionais de contratação pública, a vigorar em 2009 e 2010, destinadas à rápida execução dos projectos de investimento público considerados prioritários.

― Lei n.º 7/2009. D.R. n.º 30, Série I de 2009-02-12, da Assembleia da República
Aprova a revisão do Código do Trabalho.


Para publicação em Diário da República

― Despacho da Ministra da Educação
Aprova a lista de investimentos considerados prioritários que respeitam às escolas incluídas na fase 2A do programa de modernização das escolas com ensino secundário.

― Despacho Normativo do Gabinete do Secretário de Estado da Educação
Determina a alteração dos Regulamentos do Júri Nacional de Exames e dos exames dos ensinos básico e secundário.

― Portaria do Gabinete do Secretário de Estado da Educação
Identifica os requisitos que conferem habilitação profissional para a docência nos grupos de recrutamento da educação especial.


Informações Gerais

― Concurso de design - Criação de cartaz para Comemoração do 35.º aniversário do 25 de Abril de 1974
Já se encontram disponíveis o formulário de submissão e as declarações (Mod. 1 e Mod.2).
Para mais informações: http://sitio.dgidc.min-edu.pt

― Candidatura de Mérito 2009
Lista de Agrupamentos/escolas que apresentaram projectos no âmbito da Candidatura de Mérito 2009.
Para mais informações: http://www.rbe.min-edu.pt/np4/362.html

― Ministério da Educação apresentou propostas sobre a estruturação da carreira docente
O Ministério da Educação apresentou às associações sindicais propostas sobre a estruturação da carreira, designadamente a introdução de novos escalões e a regulamentação de um prémio de desempenho de acordo com os resultados da avaliação.
Para mais informações: http://www.min-edu.pt/np3/professores

― Formação em língua portuguesa para estrangeiros - Abertura de candidaturas
A Comissão Directiva do Programa Operacional Potencial Humano (POPH) informa que decorre entre os dias 9 de Fevereiro e 16 de Março de 2009 o período para apresentação de candidaturas.
Para mais informações: http://www.poph.qren.pt/index.asp

― Os Dias do Desenvolvimento – 2009
O Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD) está a preparar a 2.ª Edição de “Os Dias do Desenvolvimento”, com o apoio da Direcção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular (DGIDC) e outras entidades.
Irá realizar-se na FIL Junqueira (Pavilhão do Rio) nos dias 28 e 29 de Abril.
Para mais informações: http://sitio.dgidc.min-edu.pt/

― FÓRUM – Avaliação de desempenho Perguntas e Respostas ― Esclarecimentos de dúvidas (Docentes)
Com o objectivo de apoiar todos os intervenientes neste processo, a Direcção Geral de Recursos Humanos da Educação (DGRHE) disponibiliza uma ferramenta de “Perguntas & Respostas”, à qual terão acesso de consulta todos os professores.
Para mais informações: http://www.dgrhe.min-edu.pt/Portal/

― Bolsas para Actividades de Educação Extra-Escolar
Aviso de abertura do concurso para a atribuição de bolsas no âmbito da Educação Extra-Escolar.
Para mais informações: http://w3.dren.min-edu.pt/

― Concursos — Matemática
Destinam-se a alunos dos 1.º e 2.º Ciclos do Ensino Básico e a professores que estejam a frequentar o Programa de Formação Contínua em Matemática.
Para mais informações: http://www.drec.min-edu.pt/

― Exposição “A Evolução de Darwin”
A Exposição 'A Evolução de Darwin' será apresentada pela Fundação Calouste Gulbenkian em colaboração com o Museu de História Natural de Nova Iorque.
Programa da Série de Conferências Internacional 'Darwin's Evolution' - (c/ tradução simultânea).
Para mais informações: http://www.drel.min-edu.pt/

Concursos 2009

Diário da Républica de 27 de Fevereiro de 2009

Decreto-Lei n.º 51/2009 - Concursos
consulte em:

Professores fazem patrulha na escola

Sucessivos casos de violência levaram a Escola Básica dos 2º e 3º ciclos Ruy Belo, em Monte Abraão, Sintra, a adoptar medidas radicais. Numa reunião geral de professores, realizada dia 18, decidiu-se que os docentes passam a patrulhar a escola, em regime de voluntariado. "A ideia é aumentar a nossa presença, numa acção dissuasora", contouuma professora. Foi também proibida a utilização de telemóveis e MP3, uma vez que muitos dos casos estão relacionados com o roubo destes aparelhos. "Os alunos e os pais já foram informados. Haverá sanções disciplinares para quem não cumprir", disse a mesma fonte.Os professores decidiram ainda enviar uma carta à Direcção Regional de Educação de Lisboa e Vale do Tejo (DRELVT) para voltar a expor os problemas. E ponderam fechar a escola, numa acção de protesto, caso as respostas tardem.
A 26 de Janeiro, o CM noticiou a agressão por parte de um aluno de 13 anos a uma auxiliar, bem como a sucessão de casos de violência, com 60 suspensões aplicadas só no primeiro período – o número subiu agora para 82 – e a criação de um Gabinete de Intervenção Disciplinar. Após a publicação da notícia, uma reunião juntou responsáveis da escola, elementos da Comissão de Protecção de Menores, da DRELVT, da PSP e do Tribunal de Família e Menores de Sintra.
fonte do Ministério da Educação garantiu ontem que 'há uma mobilização dos parceiros relevantes' para resolver os problemas. Mas as soluções tardam. 'A escola está inserida num meio com níveis socio-económicos baixos, muitos dos alunos são filhos de imigrantes, há gangs com tentáculos dentro da escola', afirma uma docente, explicando que aquela 'está preparada para 600 alunos, mas tem quase mil'. 'Precisamos de ajuda: de auxiliares, assistentes sociais, psicólogos, vigilantes, de mais meios humanos e materiais', diz a mesma fonte, garantindo contudo que 'não há drogas nem álcool na escola'.



Bernardo Esteves / André Pereira

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Sr. Presidente do Conselho Executivo da Escola Secundária Poeta Al Berto,Sines‏

Escola Secundária de Sines, regras de (má) Gestão

Passados uns meses depois uma entrevista dada pelo Sr. Presidente do Conselho Executivo da Escola Secundária Poeta Al Berto de Sines, que afirmava haver ausência de abandono escolar na referida escola, analisamos esta mesmo afirmação como uma autêntica ocultação de dados, porém não é este o único facto que me fez escrever e denunciar publicamente problemas relacionados com a Escola Secundaria Poeta Al Berto.
Ora vejamos, esta escola em que à alguns anos se notava uma eficiência de socialização entre alunos, pais, docentes, bons resultados escolares, grande variedade de cursos e áreas, onde os alunos vinham com uma outra motivação (tudo isto com a anterior Presidência), … era diferente!
Posto isto, e indo de encontro ao tema central deste artigo, revejo atitudes da parte do Presidente, que põe em causa a democracia escolar dos próprios alunos, sabemos nós que todas as escolas do país têm os seus problemas, e para não citar só problemas a Escola Secundaria de Sines também tem virtudes e enalteço as boas condições a nível de infra-estruturas, poucas qualidades para uma escola que é referência na zona do concelho de Sines onde muitos alunos optam por estudar nesta mesma escola e é a única com acesso ao ensino secundário no nosso concelho, contudo os problemas desde há uns anos a esta parte têm vindo a fazer parte do dia-a-dia escolar destes alunos, atingindo regras e atitudes, por parte do Presidente, como impensáveis para um estabelecimento de ensino, onde os princípios básicos para uma boa educação começam em casa e anexam-se na escola.
O Presidente do Conselho Executivo da Escola Secundária Poeta Al Berto de Sines, com as suas leis, regras e imposições não deveria vir para a comunicação social afirmar que a escola está no caminho certo, tolerância no abandono escolar ZERO, alunos motivados… mas como factos são factos a nossa escola, desde que este Senhor assumiu a presidência (coincidência?), tem vindo a descer no ranking das escolas nacionais piorando de ano para ano.

E como factos são factos, o que podem os alunos desta escola comer no buffet? Pois bem, praticamente um iogurte liquido e uma sandes são os únicos alimentos disponíveis num buffet cada vez mais vazio onde semanas após semanas os alimentos vão sendo retirados limitando-se a pouca variedade, e já que estamos na onda do buffet a regra que este senhor quis impor desde o ano lectivo passado é inacreditável, pois durante o período de aulas é expressamente proibida a venda de quaisquer alimentos (seja comida ou água), sendo assim analisando bem esta situação a conclusão que chego após observar várias situações é que um aluno durante o período de aula(nesse período não é necessariamente durante a aula, pois um professor pode ter faltado e assim está isento de aula) tem sede/fome e tem que esperar até à hora do toque de saída para que as funcionárias possam vender os alimentos, e até esperar que chegue a sua vez (pois com filas intermináveis) entretanto toca para entrar de novo na aula e o aluno tem 5 minutos para se por na sua sala de aula com risco de ter falta, assim sendo o aluno irá ter que passar mais hora e meia (duração da aula) até ter oportunidade de beber a sua água (a sede já aperta)se o tempo do intervalo e as filas assim o permitirem, pois durante o período de aula o buffet não tem qualquer autorização de vender seja o que for aos alunos (PELO MENOS, A ÁGUA NÃO SE NEGA A NINGUÉM SENHOR PRESIDENTE!), é frequente ver as funcionárias atrás dos alunos nos intervalos a imporem espaços para os miúdos estarem, pois os alunos não podem andar pelos corredores na escola á vontade dando a entender que todos devem estar na sala de convívio.
Talvez seja com base neste raciocínio que o senhor Presidente, tenha proibido os “seus” alunos de se divertirem a jogar futebol nos intervalos, a escola tem os seus devidos espaços desportivos, mas mais uma regra, mais uma imposição, as redes das balizas foram retiradas e é frequente ver os funcionários da escola tirarem as bolas aos miúdos para que não joguem futebol (proibir crianças de se divertirem!) prescindindo do desporto e diversão, levando a que os alunos sem diversão entrem por outros caminhos, como por exemplo irem para o portão da escola ou para a porta da entrada dos prédios ali à frente existentes, fumarem o seu cigarrinho ou até um cigarrinho “mágico”.
Se há situações que um aluno não concorde não tem como expor a sua opinião ou defender as suas causas fazendo crer que os seus direitos são devidamente expostos e concretizados, ora bem, é de conhecimento público (ou talvez não) que a Escola Secundária Poeta Al Berto, não tem uma Associação de Estudantes não que seja por falta de alunos interessados, ou falta de listas candidatas, a história resume-se a estes factos, desde a ultima Associação de Estudantes (ainda constituída com a anterior presidência), que não há nova Associação e no ano lectivo anterior houveram duas listas que se interessaram em avançar para concorrer à Associação de Estudantes desta escola, eis que, o Presidente, não admite a constituição de uma nova Associação, perante estas duas listas que se queriam candidatar, foi argumentando problemas e obstáculos fazendo tudo para que estas mesmas listas não fossem constituídas, isto leva a crer que o Presidente não admite a união entre os alunos (Porque será?), tomando o total absolutismo face ás suas decisões.
Não é próprio de um Presidente, aquando da resolução de um problema, ainda por cima escolar, não dar direito a que os alunos expressem as suas razões e dar oportunidade para que os mesmos se defendam, pois é lamentável que o Presidente do Conselho Executivo se recuse a receber os alunos para falarem cara a cara.
Concluindo está na altura de os alunos perderem o medo de opinar as regras que são impostas, é visível o receio dos alunos e professores com medo de processo, está na altura de mudança, está na altura de ver a Secundária de Sines subir no ranking, mas, infelizmente, com estes anos todos que este senhor já leva no poder, chegamos à conclusão que com esta presidência tal é impossível! É importante uma mudança e rápida para que a situação não seja mais lamentável do que aquilo que já se sucede.

Escrito por Aluno da Escola/Estação de Sines

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Professores utilizam alunos na luta política (visão da CONFAP)

Os professores do Agrupamento de Escolas Território Educativo de Coura decidiram cancelar a quase totalidade das actividades previstas para este ano lectivo que envolvam a comunidade ou que impliquem qualquer deslocação. Neste leque de actividades canceladas encontram-se, por exemplo, o desfile de carnaval, a habitual ida à praia das crianças do pré-escolar, várias visitas de estudo ou a participação em programas educativos de âmbito nacional. Prejudicar a comunidade foi a forma encontrada por estes professores na sua luta política.


A associação de pais não compreende esta tomada de posição por parte dos docentes, que irá causar graves prejuízos aos alunos, pois este o Concelho de Paredes de Coura debate-se com graves carências económicas e sociais e sabemos que muitos dos alunos do agrupamento têm nas actividades agora suspensas uma oportunidade que, infelizmente, muitos pais não lhes conseguem oferecer.

Além disso, numa altura em que se tenta, cada vez mais, levar os pais e a comunidade à escola, a atitude dos docentes, tomada por maioria dos 143 professores e educadores do agrupamento, vem afastar ainda mais esse cenário.

O Plano Anual de Actividades é um documento de planeamento que define, em função do Projecto Educativo, os objectivos, as formas de organização e de programação das actividades. É um documento que é aprovado pelo Conselho Geral (ou Conselho Geral Transitório), elaborado pelo Director/Conselho Executivo depois de ouvido o Conselho Pedagógico a quem cabe unica e exclusivamente apresentar propostas.

Como pode o Conselho Pedagógico ter aprovado unilateralmente tal suspensão? De onde lhe advêm tais competências?

Tal situação configura um 'motim' do qual é necessário esclarecer cabalmente toda a comunidade e apurar responsabilidades.

Senão incumprimento do Plano Anual de Actividades e uma deliberação que carece de competências e por isso ilegal, pelo menos traduz uma inteira falta de respeito pelo princípio de Ética e sobretudo pela comunidade educativa e em particular pelos jovens, seus alunos, levando à descredibilização da classe docente e da escola pública.
Os fins não podem justificar os meios.

Anexamos a CARTA ABERTA que melhor do que a Confap traduz toda a situação:

Carta aberta aos professores do Agrupamento de Escolas Território Educativo de Coura

Caros professores e educadores,

Quando os actuais órgãos sociais da Associação de Pais do Agrupamento de Escolas Território Educativo de Coura tomaram posse, há pouco mais de dois anos, um dos aspectos que mais nos impressionou foi o grande alheamento dos pais em relação à escola. Uma realidade que, infelizmente, ainda hoje subsiste mas que, felizmente, será de dimensões mais reduzidas. Queremos acreditar que foi o empenho conjunto desta associação de pais e de outros elementos da comunidade educativa, nomeadamente o conselho executivo do Agrupamento e todos os docentes que aqui exercem funções, que possibilitou esta maior aproximação entre os pais e a escola. Exemplo disso foi o crescimento da participação dos encarregados de educação nas habituais reuniões com os directores de turma.

Mas também a própria comunidade courense, onde o Agrupamento está, queira ou não, inserido, acolheu com excelente receptividade várias actividades promovidas pelas escolas, pelos professores, pelos alunos. Actividades que conseguiram a proeza de saltar os muros dos estabelecimentos de ensino deste concelho e trazer a escola ao encontro dos cidadãos, da comunidade, no seguimento, aliás, daquelas que são as linhas mestras que norteiam o projecto educativo do Agrupamento de Escolas Território Educativo de Coura, onde se exalta uma escola que envolva os alunos, mas também as famílias e a comunidade.


Por outro lado, conseguiu também, em diversas ocasiões, levar a comunidade à escola para participar em várias actividades.
Tudo isso parece, contudo, ter ficado esquecido pelo corpo docente deste agrupamento de escolas, que não encontrou outra forma de protesto contra uma política de âmbito nacional, que não fosse o deitar por terra uma política educativa local que começava a dar frutos. Em luta contra a proposta de avaliação defendida pelo Ministério da Educação, os professores e educadores do Agrupamento resolveram cancelar todas as actividades habitualmente realizadas fora da escola.
Actividades habitualmente abertas à comunidade, realizadas ao encontro da população, mas também todas aquelas que permitiam aos alunos um contacto com realidade diferentes da sua. Este ano não haverá desfile de Carnaval, não haverá visitas de estudo, não haverá praia para os mais pequenos e toda uma série de actividades que normalmente traziam a escola para o meio da comunidade.

A Associação de Pais, defendendo a necessidade absoluta dos docentes serem devidamente avaliados, não está, de maneira alguma, contra o legal direito à greve dos professores que contestam a forma como o Ministério da Educação o quer fazer. Greve que, aliás, já causou muitos problemas aos alunos e encarregados de educação deste agrupamento, levando inclusivamente, e incompreensivelmente, a que se fechassem totalmente as escolas, não obstante a existência de funcionários não docentes e até de funcionários de outras empresas que, não estando em greve, foram impedidos de exercer as suas funções. Não se compreende, por exemplo, como se pode negar a refeição do meio-dia a crianças que, muitas vezes, têm na escola a sua única refeição.

Apesar disso, repito, não somos de forma alguma contra o livre exercício do direito à greve pelos professores e educadores. Mas não conseguimos entender o porquê de, como forma de retaliação à imposição ministerial, se cancelarem todas as actividades extracurriculares do Agrupamento. Será que julgam que são os cerca de 700 pais de Paredes de Coura que vão beliscar o Governo? Não tenham dúvidas que os únicos que vão ser prejudicados são os alunos e a relação da escola com a comunidade onde está inserida. E, muito provavelmente, a imagem dos professores e educadores no seio dessa comunidade, mas isso é coisa com que, certamente, não se preocuparão.

Nós, pais e encarregados de educação, pelo contrário, ficamos preocupados quando vemos que a escola onde estudam os nossos filhos fecha as portas à comunidade e se isola do que a envolve, como se fosse possível uma escola funcionar de costas voltadas para a comunidade. Ficamos tristes quando sabemos que, por causa de uma atitude que não compreendemos por parte dos docentes, as crianças e jovens de Paredes de Coura vão ficar privadas de uma série de actividades que as enriqueciam, social e culturalmente, actividades de importância significativa especialmente num concelho com as características económicas e sociais que tem Paredes de Coura. Mas, acima de tudo, ficamos consternados, por saber que uma atitude como esta coloca em xeque todo um trabalho em prol e com a comunidade, que vinha sendo desenvolvido até então.

Por tudo isto, fazemos chegar à comunidade docente do Agrupamento de Escolas Território Educativo de Coura o nosso descontentamento pela atitude tomada no Conselho Pedagógico do passado dia 11 de Fevereiro. Mas também o nosso apelo para que, tendo em atenção os nossos filhos, os vossos alunos, reconsiderem e encontrem outras formas de travar as vossas batalhas.

A Associação de Pais
Escola EB 2,3/S de Paredes de Coura
Volta da Quinta – 4940-574 Paredes de Coura Tel. 960140115 / E-mail : apaetec@mail.telepac.pt


descarregar a CARTA ABERTA

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Castigo para agressores

Os quatro alunos que agrediram uma colega no Monte da Caparica (Almada) na sexta-feira vão ser “impedidos de fazer o que mais gostam”. Foi esta a garantia dada ontem aos pais de Ana Milene, a menina de 10 anos que foi agredida.




O Conselho Executivo da escola reuniu com os pais de Ana Milene e com a GNR, a quem foi apresentada queixa formal. No encontro, Rute Baptista, mãe da aluna, teve conhecimento de que os agressores “não vão a visitas de estudo”. Embora ainda não sejam conhecidas as medidas disciplinares aplicadas, o Estatuto do Aluno prevê medidas como a suspensão durante 5 ou 10 dias ou até mesmo a expulsão, de acordo com as circunstâncias. O Conselho Executivo não quis prestar esclarecimentos.

Apesar de este ser considerado “um caso isolado de violência”, a situação não tranquiliza pais e alunos. Para Rita Silva, mãe de uma aluna do 7º ano, “mais vigilância teria evitado muita coisa”. Sónia Domingos, mãe e representante dos pais do 1º ano, admite que se trata de uma zona com problemas de exclusão social, o que obriga “os professores a assumirem o papel de pais”.





Joana Nogueira

domingo, 22 de fevereiro de 2009

22% dos alunos do básico não usam Internet nas aulas

Cerca de 22 por cento dos alunos do ensino básico afirmam que nunca utilizam a Internet na sala de aula e quando o fazem é sobretudo em Tecnologias da Informação e Comunicação e em Área de Projecto.

O estudo "Crianças e Internet: Usos e Representações, a Família e a Escola", a que a Lusa teve acesso, concluiu que "as crianças dizem usar pouco a Internet na sala de aula, na relação com a escola ou com os professores e muito raramente é introduzida no ensino de disciplinas curriculares".

Segundo um inquérito do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, 22,3 por cento dos alunos dizem que "nunca" utilizam a Internet na sala de aula, 64,1 por cento "às vezes", 12,1 por cento "muitas vezes" e apenas 1,5 por cento "todos os dias ou quase".

Quando questionados sobre em que disciplinas costumam usar mais a Internet, a maioria (43,4 por cento) respondeu na aula de Tecnologias da Informação e Comunicação, seguido da Área de Projecto (28,1). Longe fica a utilização, por exemplo, nas disciplinas da área de Ciências Naturais e Sociais, com 18,1 por cento.

Durante o uso da Internet na sala de aula, 18,2 por cento dos estudantes dizem que têm um computador só para si. Separados o ensino público e o privado, estes valores são de 15,1 e 29,6 por cento, respectivamente.

Mais de 90 por cento dos inquiridos dizem ter computador em casa e 78,7 por cento têm ligação à Internet na sua residência.

Entre os oito e os 17 anos de idade, 43,4 por cento dos alunos diz ter aprendido sozinhos a utilizar a Internet, enquanto 25,5 por cento dizem ter adquirido esta competência com a ajuda dos pais.

Sobre o tipo de páginas que costumam visitar, 84,8 por cento referem endereços electrónicos de vídeos, como o YouTube, 79,6 por cento os de videojogos e 61,8 por cento sites relacionados com blogues e redes sociais, como o Hi5, MySpace ou Facebook.

As visitas a páginas relacionadas com "ciências", "serviços" e "informação geográfica" é maior quando o nível de escolaridade dos pais é "Intermédia Alta" e "Superior".

O inquérito englobou 3.039 alunos do ensino público e privado e foi realizado entre Abril e Junho do ano passado
Lusa

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Sun e Governo assinam protocolos para investigação e formação em tecnologias

Cerca de dois milhões de estudantes, professores e investigadores portugueses vão ficar mais perto das novas tecnologias. O Governo assinou hoje dois protocolos com a Sun Microsystems que visam implementar o programa “Rede de Investigação da Sun Microsystems Portugal” e estender o programa “Investindo na sua carreira – Iniciativa Académica Sun”.

O primeiro programa – que tem um prazo de dois anos – destina-se ao desenvolvimento de novas tecnologias digitais, através de projectos de investigação e formação avançada. Os laboratórios portugueses de investigação vão trabalhar em parceria com o Sun Labs na Califórnia e com outros grupos norte-americanos. Os investigadores vão, por exemplo, poder passar entre dois e quatro meses no Sun Labs ou em Portugal e o objectivo é encontrar projectos com interesse para ambas as partes que se possam desenvolver no futuro.

“A Rede de Investigação Sun Microsystems traduz o interesse de ambas as partes no desenvolvimento de investigação pré-competitiva para alargar a utilização de tecnologias digitais emergentes e aplicações de códigos abertos, assim como o reforço do conhecimento em torno de sistemas operativos Unix e Solaris, de arquitecturas de processadores multi-core e de software relacionado, do desenvolvimento de sistemas de computação distribuída e em rede, incluindo formas de Grid computing e Cloud computing, e de aplicações de redes baseadas em sensores”, explica o ministério de Mariano Gago, em comunicado.

No âmbito do Plano Tecnológico, o Ministério da Educação, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e o Ministério do Trabalho e da Segurança Social assinaram estes protocolos também para promover “o conceito de ‘open learning’, disponibilizando formação online gratuita de qualidade, que sirva de apoio à formação escolar e profissional” dos envolvidos, lê-se num comunicado enviado ao PÚBLICO pelo gabinete do Coordenador Nacional da Estratégia de Lisboa e do Plano Tecnológico.

O segundo programa pretende, assim, “promover a certificação dos estudantes portugueses em tecnologias altamente procuradas no mercado, facilitando assim a sua inserção profissional”. Conta com cerca de 400 cursos online, relacionados com a tecnologia Java, a administração do sistema operativo Solaris, o StarOffice, sistemas de armazenamento e servidores e competências profissionais. No que diz respeito a certificados há apenas três disponíveis e que já implicam o pagamento de 60 euros: Programação e Arquitectura Java, Sistema Operativo Solaris e Gestão de Identidade e Services Oriented Architecture.

“Este protocolo irá posicionar Portugal como o primeiro país da Europa, a trazer para a sua comunidade de estudantes técnicos de TI, uma solução open learning inovadora, em colaboração com as equipas locais, europeias e mundiais da Sun” afirmou Jorge Salamanca, director-geral da Sun Microsystems em Portugal, na assinatura que decorreu no campus da Caparica da Universidade Nova de Lisboa.

Na apresentação dos protocolos estiveram presentes, entre outras pessoas, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago, o coordenador nacional da Estratégia de Lisboa e do Plano Tecnológico, Carlos Zorrinho, o director-geral da Sun, Jorge Salamanca, o presidente da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, João Sentieiro, o presidente da Agência para a Sociedade do Conhecimento, Luís Magalhães, o secretário de Estado adjunto e da Educação, Jorge Pedreira e o secretário de Estado do Emprego e Formação Profissional, Fernando Medina.

A Sun Microsystems foi fundada em 1982 por um grupo de estudantes da Universidade de Stanford, motivo pelo qual incorpora um compromisso permanente com o meio académico, através do desenvolvimento de programas educativos, dos quais beneficiam universidades e instituições educativas de vários países.

Romana Borja-Santos

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Portal do Desporto Escolar

O portal do Desporto Escolar foi apresentado no dia 13 de Fevereiro, no âmbito da Qualific@, a Feira de Educação, Formação, Juventude e Emprego, que decorreu na Exponor.
As notícias sobre o desporto escolar passam a estar disponíveis no endereço http://www.desportoescolar.min-edu.pt/ , onde se poderão encontrar informações sobre base de dados, estatísticas, modalidades, calendário, projectos especiais, protocolos e actividade internacional.
No próximo ano lectivo, a oferta do Desporto Escolar passa a ser obrigatória em todas as escolas, embora esta actividade desportiva já seja uma realidade na maioria dos estabelecimentos de ensino.
Na apresentação do novo portal participaram os secretários de Estado da Educação, Valter Lemos, da Juventude e do Desporto, Laurentino Dias, e figuras do mundo desportivo, como João Vieira Pinto, Rosa Mota e Nuno Fernandes, bem como o presidente do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol, Joaquim Evangelista, além dos futebolistas Diogo Valente e Beto, do Leixões, Tiago Pinto, do Trofense, e o ex-jogador Lucas.

Estatuto da Carreira Docente é inconstitucional, afirma Garcia Pereira

Depois de uma análise muito extensa da carreira docente, o Dr. Garcia Pereira, especialista em Direito de Trabalho, concluiu que os diplomas sobre avaliação dos professores são «claramente violadores» de princípios constitucionais.

Num parecer preliminar ontem divulgado pelo grupo de professores que o contratou, o advogado considera o sistema de quotas ser «claramente violador quer do basilar princípio da igualdade, constante do artigo 13º da Constituição, quer dos da proporcionalidade e da Justiça a que toda a Administração Pública se encontra constitucionalmente vinculada por força do artigo 266 da CRP.

Segundo o parecer, «nenhuma obrigação existe fixada por norma legalmente válida de apresentação pelos docentes dos respectivos objectivos individuais», razão pela qual não haverá «rigorosamente nenhuma consequência» disciplinar ou de outra natureza.

Na opinião de Garcia Pereira, «ão é legalmente possível vir estabelecer por despacho regulamentar que a avaliação científico-depagógica (...) seja afinal aplicada apenas a um dos universos dos professores», quando o Decreto-Lei 15/2007 fala em avaliação de «todos os docentes».

O grupo de cerca de 50 professores que requereu o parece de Garcia Pereira, pondera agora a possibilidade de apresentar recurso contra o Estatuto da Carreira Docente.

Também o Ministério da Educação está a reunir diversos pareceres de peritos para ajudar a tutela na revisão do modelo de avaliação de desempenho dos professores.

(c) PNN Portuguese News Network

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Professor agredido por tio de aluno à porta da escola

A PSP vai comunicar ao Ministério Público a agressão sofrida, terça-feira, por um professor de Inglês da Escola Básica 2,3 Dr. Francisco Sanches de Braga, que ficou a sangrar abundantemente depois de esmurrado pelo tio de um aluno, disse fonte da corporação.

Segundo o JN apurou, o professor foi agredido a soco quando fumava um cigarro, à porta da escola, na companhia de outro docente, ao final da tarde.

Os Bombeiros Voluntários de Braga levaram o professor, com ferimentos ligeiros, ao Hospital de S. Marcos.

Na Urgência, os médicos verificaram que o agredido não tinha nenhum osso partido, pelo que lhe deram alta por volta das 21 horas.

Uma outra fonte da Escola garantiu à Lusa que o aluno em causa vai ser alvo de um processo disciplinar, devendo o caso ser também analisado pela DREN - Direcção Regional de Educação do Norte.

O caso foi presenciado por outros membros da comunidade escolar, que, além de poderem testemunhar sobre a identidade do familiar do aluno, tiraram, ainda, a matrícula ao carro onde este se deslocou.
JN

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Marçal Grilo defende menos política e mais ensino

O Ensino em Portugal precisa de "menos Ministério e mais escola, menos sindicato e mais professores", defendeu esta terça-feira, em Castelo Branco, o ex-ministro da Educação Marçal Grilo.


O antigo governante, que falava à margem de uma conferência sobre Ambiente, promovida pela Fundação Calouste Gulbenkian, defendeu ainda que, entre outras tarefas, é necessário mobilizar os professores.

'Tenho a sensação de que há algum desalento, é preciso ganhá-los, porque não se fazem alterações significativas sem os professores', disse, acrescentando que 'não significa que não haja reformas de fundo, que não haja reformas que afectem alguns direitos adquiridos pelos professores'.

Segundo Marçal Grilo, os docentes aceitam tudo o que lhes for apresentado com racionalidade num processo negociado e acertado.

'É preciso diminuir o papel do Ministério e aumentar o papel das escolas. As escolas têm que ser ouvidas e ter voz, os sindicatos devem ter o papel de pugnar pelos interesses sindicais dos professores e os professores têm que ter uma voz (…) no seu relacionamento com os pais e com os estudantes', defendeu.
C.M.

Nada obriga à entrega dos objectivos individuais

DN de 8/2/09

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A insistência na aplicação do modelo em causa, por parte do Governo, "parece responder apenas a um objectivo político que se esgota num mero cumprimento de calendário".
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No entanto, a maioria daqueles que ontem à tarde encheram o auditório da Fundação Bissaya Barreto, em Bencanta (Coimbra)- que representam 212 escolas e agrupamentos - reafirmaram os apelos à suspensão do processo."O que quisemos que saísse deste encontro foi uma palavra de serenidade para os professores", disse ao DN, Isabel Le Gue, da secundária Rainha D. Amélia, nova porta-voz destas escolas. "Não há nada que obrigue neste momento à entrega de objectivos individuais no decreto-regulamentar 1/A, que está em vigor", garantiu. As escolas, frisou, consideram a avaliação "mutíssimo importante", mas por isso mesmo insistem na rejeição de um modelo que, no seu entender, só vai "prejudicar" os professores, as escolas e os alunos.

Ao início da tarde de ontem, à saída de uma cerimónia em Lisboa, a ministra, Maria de Lurdes Rodrigues, parecia confiante num futuro pacífico para a avaliação: "Está tudo a decorrer com normalidade. Com dificuldades mas com normalidade", disse, acrescentando: "O que é importante é que se reunam as condições" para que a avaliação possa ser aplicada no terreno.

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José Semedo