Um dos muitos aspectos característicos da morfologia vulcânica é a existência de caldeiras que resultam do desaparecimento, parcial ou total, do cone vulcânico. As caldeiras vulcânicas são estruturas colapsadas por explosões, abatimentos ou agentes erosivos. As caldeiras apresentam, geralmente, contornos mais ou menos regulares circulares ou elípticos. |
Modelo esquemático e animado mostrando a formação de uma caldeira por abatimento parcial do cone vulcânico. | Caldeira vulcânica de Kilauea, a 1250 m de altitude, situada na ilha do Havai, a maior ilha do arquipélago Havaiano. Observe os contornos circulares. | Caldeiras da ilha do Havai, transformadas em lagoas. |
O magma é uma mistura complexa de silicatos, que se encontra em fusão a temperaturas que variam, mais ou menos, entre os 800º C e 1200º C. Consoante o teor em sílica, os magmas podem dividir-se em: 1) ácidos, quando apresentam mais de 60% do teor em sílica, 2) andesíticos, quando o teor em sílica está compreendido entre 50% e 60%, e 3) básicos, quando o teor em sílica é inferior a 50%. Existe uma estreita relação entre o teor em sílica de um magma e a sua viscosidade. Assim, quanto maior for o teor em sílica, mais baixa será a temperatura para o manter no estado líquido e maior será a sua viscosidade. Deste modo, os magmas ácidos são mais viscosos que os magmas básicos. Também a fluidez de um magma aumenta com a temperatura, com o teor de ferro e magnésio, e com a quantidade de água nele contida. Sempre que o magma atinge a superfície das crustas, liberta os gases nele contidos, passando a chamar-se lava. De acordo com as características (teor em sílica, ferro, magnésio e água, viscosidade, fluidez, temperatura) dos magmas, de uma forma geral, podemos considerar três tipos de actividade vulcânica (efusões lávicas): 1) efusiva, caracterizada pela emissão lenta de lavas, em forma de escoadas, como se de "rios de lavas" se tratasse; os vulcões com actividade efusiva são alimentados por magmas básicos e fluidos, 2) explosiva, caracterizada pela projecção de consideráveis massas de materiais sólidos e por uma violenta libertação de gases; os magmas são, neste caso, ácidos e viscosos, os quais originam lavas que raramente formam escoadas, mas antes originam agulhas e cúpulas, e 3) mista, caracterizada pela alternância de explosões violentas e emissão lenta de lavas. |
Exemplo de uma actividade vulcânica efusiva. Vulcão de Mauna Loa na ilha do Havai. Fotografia tirada no dia 28 de Março de 1984. A lava derramada forma uma abundante escoada lávica - "Rio de lava" - próximo das pequenas crateras visíveis ao fundo da fotografia . A cratera que lançou o maior volume de lava é a que se situa na parte superior direita da fotografia. A escoada lávica com 1 a 2 quilómetros de largura na parte frontal, estendeu-se ao longo de 25 quilómetros. | Exemplo animado de uma actividade vulcânica explosiva no Monte de Santa Helena (Mount Saint Helens), situado a NW dos Estados Unidos, no estado de Washington. Durante 2 meses o vulcão, "adormecido" há 123 anos, mostrou sinais (sismos, erupção de vapores e cinzas) que estava a "acordar". Uma "protuberância" cresceu no lado norte da montanha. No dia 18 de Maio, de 1980, rochas e gelo deslizaram a alta velocidade e a montanha explodiu lançando gases, magma, e água pelo lado onde a "protuberância" tinha estado. | Exemplo de uma actividade vulcânica mista. Vulcão Stromboli, também conhecido pelo "farol do Mediterrâneo, localizado na ilha Stromboli, no Mar Tirreno, a Norte da Sicília, na Itália. A fotografia tirada no dia 6 de Dezembro de 1985, mostra uma vista aérea de parte da cratera do Stromboli. A lava flui da direita para a esquerda do observador, resultado de uma violenta erupção que emitiu uma nuvem de cinza a uma altura de aproximadamente 2000m acima da cratera. Então um fluxo de lava emergiu e, lentamente, alcançou o mar. |
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