Vico nasceu como o sexto dos oito filhos de Antonio Vico e Candida Masulio. Foi-lhe dado este nome por causa de São João Batista, e foi batizado na Igreja Católica, à qual permaneceu leal toda a vida. Desde a primeira infância ele combinou um agudo e amplo intelecto com um insaciável amor ao conhecimento, e muito da sua educação se deu na livraria de seu pai. Com a idade de sete anos ele caiu do alto de uma escada - talvez uma daquelas usadas para alcançar os livros na loja - e fraturou severamente seu crânio. Durante as cinco horas em que permaneceu completamente inconsciente e imóvel, o médico local declarou que ele ou morreria ou ficaria idiotizado. Apesar de sua convalescença levar três anos e sua constituição permanecer delicada durante toda a vida, ele recuperou-se integralmente e entrou na escola com dez anos. Vico ultrapassou seus colegas tão rapidamente que logo foi transferido para uma escola jesuíta. Dentro de um ano, contudo, ele viu seus professores devolvendo-o à anterior, e ele deixou a escola para estudar por conta própria.
Uma visita casual à universidade atraiu sua atenção para o direito romano, em uma época em que a jurisprudência envolvia conhecimento de ética, teologia, política, história, filologia, línguas e literatura. Embora ouvisse as detalhadas palestras de Don Francesco Verde, um distinguido professor de direito, ele percebeu que os princípios básicos eram facilmente perdidos nas minúcias, e ele voltou ao estudo autônomo mais uma vez. Com dezesseis anos ele testou suas habilidades no tribunal assumindo um caso em defesa de seu pai. Ele deu-se bem mas decidiu-se a não seguir a custosa prática do direito. Achou sua saúde fraca, as cortes ruidosas, os casos tediosos e sua mente poética restrita demais naquela profissão, embora descobrisse na jurisprudência as chaves para um novo entendimento da humanidade e da sociedade.
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