segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Castigo para agressores

Os quatro alunos que agrediram uma colega no Monte da Caparica (Almada) na sexta-feira vão ser “impedidos de fazer o que mais gostam”. Foi esta a garantia dada ontem aos pais de Ana Milene, a menina de 10 anos que foi agredida.




O Conselho Executivo da escola reuniu com os pais de Ana Milene e com a GNR, a quem foi apresentada queixa formal. No encontro, Rute Baptista, mãe da aluna, teve conhecimento de que os agressores “não vão a visitas de estudo”. Embora ainda não sejam conhecidas as medidas disciplinares aplicadas, o Estatuto do Aluno prevê medidas como a suspensão durante 5 ou 10 dias ou até mesmo a expulsão, de acordo com as circunstâncias. O Conselho Executivo não quis prestar esclarecimentos.

Apesar de este ser considerado “um caso isolado de violência”, a situação não tranquiliza pais e alunos. Para Rita Silva, mãe de uma aluna do 7º ano, “mais vigilância teria evitado muita coisa”. Sónia Domingos, mãe e representante dos pais do 1º ano, admite que se trata de uma zona com problemas de exclusão social, o que obriga “os professores a assumirem o papel de pais”.





Joana Nogueira

domingo, 22 de fevereiro de 2009

22% dos alunos do básico não usam Internet nas aulas

Cerca de 22 por cento dos alunos do ensino básico afirmam que nunca utilizam a Internet na sala de aula e quando o fazem é sobretudo em Tecnologias da Informação e Comunicação e em Área de Projecto.

O estudo "Crianças e Internet: Usos e Representações, a Família e a Escola", a que a Lusa teve acesso, concluiu que "as crianças dizem usar pouco a Internet na sala de aula, na relação com a escola ou com os professores e muito raramente é introduzida no ensino de disciplinas curriculares".

Segundo um inquérito do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, 22,3 por cento dos alunos dizem que "nunca" utilizam a Internet na sala de aula, 64,1 por cento "às vezes", 12,1 por cento "muitas vezes" e apenas 1,5 por cento "todos os dias ou quase".

Quando questionados sobre em que disciplinas costumam usar mais a Internet, a maioria (43,4 por cento) respondeu na aula de Tecnologias da Informação e Comunicação, seguido da Área de Projecto (28,1). Longe fica a utilização, por exemplo, nas disciplinas da área de Ciências Naturais e Sociais, com 18,1 por cento.

Durante o uso da Internet na sala de aula, 18,2 por cento dos estudantes dizem que têm um computador só para si. Separados o ensino público e o privado, estes valores são de 15,1 e 29,6 por cento, respectivamente.

Mais de 90 por cento dos inquiridos dizem ter computador em casa e 78,7 por cento têm ligação à Internet na sua residência.

Entre os oito e os 17 anos de idade, 43,4 por cento dos alunos diz ter aprendido sozinhos a utilizar a Internet, enquanto 25,5 por cento dizem ter adquirido esta competência com a ajuda dos pais.

Sobre o tipo de páginas que costumam visitar, 84,8 por cento referem endereços electrónicos de vídeos, como o YouTube, 79,6 por cento os de videojogos e 61,8 por cento sites relacionados com blogues e redes sociais, como o Hi5, MySpace ou Facebook.

As visitas a páginas relacionadas com "ciências", "serviços" e "informação geográfica" é maior quando o nível de escolaridade dos pais é "Intermédia Alta" e "Superior".

O inquérito englobou 3.039 alunos do ensino público e privado e foi realizado entre Abril e Junho do ano passado
Lusa

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Sun e Governo assinam protocolos para investigação e formação em tecnologias

Cerca de dois milhões de estudantes, professores e investigadores portugueses vão ficar mais perto das novas tecnologias. O Governo assinou hoje dois protocolos com a Sun Microsystems que visam implementar o programa “Rede de Investigação da Sun Microsystems Portugal” e estender o programa “Investindo na sua carreira – Iniciativa Académica Sun”.

O primeiro programa – que tem um prazo de dois anos – destina-se ao desenvolvimento de novas tecnologias digitais, através de projectos de investigação e formação avançada. Os laboratórios portugueses de investigação vão trabalhar em parceria com o Sun Labs na Califórnia e com outros grupos norte-americanos. Os investigadores vão, por exemplo, poder passar entre dois e quatro meses no Sun Labs ou em Portugal e o objectivo é encontrar projectos com interesse para ambas as partes que se possam desenvolver no futuro.

“A Rede de Investigação Sun Microsystems traduz o interesse de ambas as partes no desenvolvimento de investigação pré-competitiva para alargar a utilização de tecnologias digitais emergentes e aplicações de códigos abertos, assim como o reforço do conhecimento em torno de sistemas operativos Unix e Solaris, de arquitecturas de processadores multi-core e de software relacionado, do desenvolvimento de sistemas de computação distribuída e em rede, incluindo formas de Grid computing e Cloud computing, e de aplicações de redes baseadas em sensores”, explica o ministério de Mariano Gago, em comunicado.

No âmbito do Plano Tecnológico, o Ministério da Educação, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e o Ministério do Trabalho e da Segurança Social assinaram estes protocolos também para promover “o conceito de ‘open learning’, disponibilizando formação online gratuita de qualidade, que sirva de apoio à formação escolar e profissional” dos envolvidos, lê-se num comunicado enviado ao PÚBLICO pelo gabinete do Coordenador Nacional da Estratégia de Lisboa e do Plano Tecnológico.

O segundo programa pretende, assim, “promover a certificação dos estudantes portugueses em tecnologias altamente procuradas no mercado, facilitando assim a sua inserção profissional”. Conta com cerca de 400 cursos online, relacionados com a tecnologia Java, a administração do sistema operativo Solaris, o StarOffice, sistemas de armazenamento e servidores e competências profissionais. No que diz respeito a certificados há apenas três disponíveis e que já implicam o pagamento de 60 euros: Programação e Arquitectura Java, Sistema Operativo Solaris e Gestão de Identidade e Services Oriented Architecture.

“Este protocolo irá posicionar Portugal como o primeiro país da Europa, a trazer para a sua comunidade de estudantes técnicos de TI, uma solução open learning inovadora, em colaboração com as equipas locais, europeias e mundiais da Sun” afirmou Jorge Salamanca, director-geral da Sun Microsystems em Portugal, na assinatura que decorreu no campus da Caparica da Universidade Nova de Lisboa.

Na apresentação dos protocolos estiveram presentes, entre outras pessoas, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago, o coordenador nacional da Estratégia de Lisboa e do Plano Tecnológico, Carlos Zorrinho, o director-geral da Sun, Jorge Salamanca, o presidente da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, João Sentieiro, o presidente da Agência para a Sociedade do Conhecimento, Luís Magalhães, o secretário de Estado adjunto e da Educação, Jorge Pedreira e o secretário de Estado do Emprego e Formação Profissional, Fernando Medina.

A Sun Microsystems foi fundada em 1982 por um grupo de estudantes da Universidade de Stanford, motivo pelo qual incorpora um compromisso permanente com o meio académico, através do desenvolvimento de programas educativos, dos quais beneficiam universidades e instituições educativas de vários países.

Romana Borja-Santos

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Portal do Desporto Escolar

O portal do Desporto Escolar foi apresentado no dia 13 de Fevereiro, no âmbito da Qualific@, a Feira de Educação, Formação, Juventude e Emprego, que decorreu na Exponor.
As notícias sobre o desporto escolar passam a estar disponíveis no endereço http://www.desportoescolar.min-edu.pt/ , onde se poderão encontrar informações sobre base de dados, estatísticas, modalidades, calendário, projectos especiais, protocolos e actividade internacional.
No próximo ano lectivo, a oferta do Desporto Escolar passa a ser obrigatória em todas as escolas, embora esta actividade desportiva já seja uma realidade na maioria dos estabelecimentos de ensino.
Na apresentação do novo portal participaram os secretários de Estado da Educação, Valter Lemos, da Juventude e do Desporto, Laurentino Dias, e figuras do mundo desportivo, como João Vieira Pinto, Rosa Mota e Nuno Fernandes, bem como o presidente do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol, Joaquim Evangelista, além dos futebolistas Diogo Valente e Beto, do Leixões, Tiago Pinto, do Trofense, e o ex-jogador Lucas.

Estatuto da Carreira Docente é inconstitucional, afirma Garcia Pereira

Depois de uma análise muito extensa da carreira docente, o Dr. Garcia Pereira, especialista em Direito de Trabalho, concluiu que os diplomas sobre avaliação dos professores são «claramente violadores» de princípios constitucionais.

Num parecer preliminar ontem divulgado pelo grupo de professores que o contratou, o advogado considera o sistema de quotas ser «claramente violador quer do basilar princípio da igualdade, constante do artigo 13º da Constituição, quer dos da proporcionalidade e da Justiça a que toda a Administração Pública se encontra constitucionalmente vinculada por força do artigo 266 da CRP.

Segundo o parecer, «nenhuma obrigação existe fixada por norma legalmente válida de apresentação pelos docentes dos respectivos objectivos individuais», razão pela qual não haverá «rigorosamente nenhuma consequência» disciplinar ou de outra natureza.

Na opinião de Garcia Pereira, «ão é legalmente possível vir estabelecer por despacho regulamentar que a avaliação científico-depagógica (...) seja afinal aplicada apenas a um dos universos dos professores», quando o Decreto-Lei 15/2007 fala em avaliação de «todos os docentes».

O grupo de cerca de 50 professores que requereu o parece de Garcia Pereira, pondera agora a possibilidade de apresentar recurso contra o Estatuto da Carreira Docente.

Também o Ministério da Educação está a reunir diversos pareceres de peritos para ajudar a tutela na revisão do modelo de avaliação de desempenho dos professores.

(c) PNN Portuguese News Network

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Professor agredido por tio de aluno à porta da escola

A PSP vai comunicar ao Ministério Público a agressão sofrida, terça-feira, por um professor de Inglês da Escola Básica 2,3 Dr. Francisco Sanches de Braga, que ficou a sangrar abundantemente depois de esmurrado pelo tio de um aluno, disse fonte da corporação.

Segundo o JN apurou, o professor foi agredido a soco quando fumava um cigarro, à porta da escola, na companhia de outro docente, ao final da tarde.

Os Bombeiros Voluntários de Braga levaram o professor, com ferimentos ligeiros, ao Hospital de S. Marcos.

Na Urgência, os médicos verificaram que o agredido não tinha nenhum osso partido, pelo que lhe deram alta por volta das 21 horas.

Uma outra fonte da Escola garantiu à Lusa que o aluno em causa vai ser alvo de um processo disciplinar, devendo o caso ser também analisado pela DREN - Direcção Regional de Educação do Norte.

O caso foi presenciado por outros membros da comunidade escolar, que, além de poderem testemunhar sobre a identidade do familiar do aluno, tiraram, ainda, a matrícula ao carro onde este se deslocou.
JN

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Marçal Grilo defende menos política e mais ensino

O Ensino em Portugal precisa de "menos Ministério e mais escola, menos sindicato e mais professores", defendeu esta terça-feira, em Castelo Branco, o ex-ministro da Educação Marçal Grilo.


O antigo governante, que falava à margem de uma conferência sobre Ambiente, promovida pela Fundação Calouste Gulbenkian, defendeu ainda que, entre outras tarefas, é necessário mobilizar os professores.

'Tenho a sensação de que há algum desalento, é preciso ganhá-los, porque não se fazem alterações significativas sem os professores', disse, acrescentando que 'não significa que não haja reformas de fundo, que não haja reformas que afectem alguns direitos adquiridos pelos professores'.

Segundo Marçal Grilo, os docentes aceitam tudo o que lhes for apresentado com racionalidade num processo negociado e acertado.

'É preciso diminuir o papel do Ministério e aumentar o papel das escolas. As escolas têm que ser ouvidas e ter voz, os sindicatos devem ter o papel de pugnar pelos interesses sindicais dos professores e os professores têm que ter uma voz (…) no seu relacionamento com os pais e com os estudantes', defendeu.
C.M.

Nada obriga à entrega dos objectivos individuais

DN de 8/2/09

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A insistência na aplicação do modelo em causa, por parte do Governo, "parece responder apenas a um objectivo político que se esgota num mero cumprimento de calendário".
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No entanto, a maioria daqueles que ontem à tarde encheram o auditório da Fundação Bissaya Barreto, em Bencanta (Coimbra)- que representam 212 escolas e agrupamentos - reafirmaram os apelos à suspensão do processo."O que quisemos que saísse deste encontro foi uma palavra de serenidade para os professores", disse ao DN, Isabel Le Gue, da secundária Rainha D. Amélia, nova porta-voz destas escolas. "Não há nada que obrigue neste momento à entrega de objectivos individuais no decreto-regulamentar 1/A, que está em vigor", garantiu. As escolas, frisou, consideram a avaliação "mutíssimo importante", mas por isso mesmo insistem na rejeição de um modelo que, no seu entender, só vai "prejudicar" os professores, as escolas e os alunos.

Ao início da tarde de ontem, à saída de uma cerimónia em Lisboa, a ministra, Maria de Lurdes Rodrigues, parecia confiante num futuro pacífico para a avaliação: "Está tudo a decorrer com normalidade. Com dificuldades mas com normalidade", disse, acrescentando: "O que é importante é que se reunam as condições" para que a avaliação possa ser aplicada no terreno.

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José Semedo

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Professores de Moral alvo de discriminação

Mais de 300 dos 1800 professores de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) que leccionam nas escolas públicas portuguesas podem ficar sem colocação no próximo ano lectivo, devido à directiva do Ministério da Educação, que impede estes docentes de serem directores de turma e de ministrarem disciplinas como Área de Projecto ou Estudo Acompanhado.


"Trata-se de uma campanha velada contra o ensino religioso nas escolas, a nosso ver incompreensível", disse Jorge Paulo, o coordenador do secretariado nacional de Educação Religiosa Católica, sublinhando que se está, "na prática, perante uma atitude discriminatória".

Este responsável não compreende que todos os professores possam ministrar as disciplinas de Área de Projecto e Estudo Acompanhado, menos os de EMRC, que, afirma, "são licenciados como os outros". É que, explica Jorge Paulo, "mais do que a redução de horários, que implica diminuição do número de professores, está em causa o estatuto do professor e da disciplina no contexto do sistema educativo".

D. Tomaz da Silva Nunes, bispo auxiliar de Lisboa e presidente da Comissão Episcopal para a Educação Cristã, tem participado em várias reuniões com o Ministério da Educação, mas "com poucos resultados práticos".

A equipa ministerial "coloca sempre obstáculos, alegando umas vezes a lei da liberdade religiosa e outras, quando convém, a nova Concordata". Apesar de estar previsto na Concordata, os alunos do 1º Ciclo continuam a não poder usufruir desta disciplina. "No papel existe, mas na prática, mesmo que os pais a solicitem, as crianças não podem ter aulas de moral", diz Jorge Paulo, lembrando que "esta é outra das situações em que são sempre colocados obstáculos à concretização do que está claramente na lei". Os docentes prevêem que o próximo ano lectivo seja ainda mais difícil do que este, mas garantem que não vão desistir da luta. "Vamos continuar a participar nas reuniões, a apresentar sempre novos argumentos e a contrariar ideias feitas, até que o acordado seja cumprido", disse Jorge Paulo.

Assinada em 18 de Maio de 2004, a nova Concordata, que substitui o acordo celebrado em 1940 entre o Estado português e a Santa Sé, ainda não foi regulamentada, o que, entre outros aspectos, está a causar grandes dificuldades nas negociações entre a Igreja e o Ministério da Educação, no que toca à disciplina de Educação Moral e Religiosa.

O assunto vai, uma vez mais, ser debatido pela Conferência Episcopal Portuguesa, na reunião da próxima terça-feira, em Fátima. "A regulamentação da Concordata é cada vez mais urgente. Não é fácil entender que a sua regulamentação não tenha ocorrido ao longo de quase cinco anos", disse D. Jorge Ortiga, presidente da Conferência Episcopal.

Para além da disciplina de Moral nas escolas, há também o caso dos capelães hospitalares, prisionais e militares, cuja actividade depende dessa regulamentação.

Secundino Cunha

Conteúdo - Deformações

A actividade interna do nosso planeta manifesta-se tanto por fenómenos bruscos, como os vulcões e os sismos, que estudarás no tema seguinte, como também por processos muito lentos. Estes são em grande parte devidos quer à mobilidade da litosfera quer ao peso das camadas de sedimentos que tem sobre ela, que exercem diversos tipos de forças sobre as rochas que a constituem e que lhes provocam diferentes deformações.

As forças que se exercem sobre as rochas podem ser principalmente de três tipos:
Compressão – tendem a reduzir o volume da rocha;
Tracção – tendem a alongar a rocha;
Cisalhamento – provocam movimentos paralelos das rochas em sentidos opostos.
As rochas oferecem diferente resistência às forças a que estão sujeitas, não só em função da intensidade e do período de duração(tempo) dessas forças, mas também por causa de outros factores, como a composição e a estrutura da rocha e a temperatura a que seencontra.As deformações causadas nas rochas podem ser de alguns tipos fundamentais que certamente entenderás pelos exemplos simplesque a seguir te apresentamos.
A deformação do tipo elástica é reversível e proporcional à força aplicada. Quando cessa a força deformadora, cessa a deformação e a rocha recupera a forma inicial. É importante salientar que a capacidade de deformação elástica das rochas é limitada, pelo que, ultrapassado o limite de elasticidade, as rochas sofrem deformação permanente ou entram mesmo em rotura.
A deformação do tipo plástica é permanente e ocorre quando é ultrapassado o limite de elasticidade das rochas.

Conteúdo - Dobras e Falhas

Quando é ultrapassado o limite de plasticidade, a rocha cede e entra em rotura. Conforme o tipo de forças que actua – compressivas, de tracção ou de cisalhamento – assim se formam falhas inversas,normais ou desligamentos

Conteúdo - Correntes de Convecção

Uma das áreas de investigação dos geólogos é a determinação das causas do movimento das placas litosféricas. Muitos admitem que estas são postas em movimento devido a correntes de convecção de massas fluidas desigualmente aquecidas, que ocorrem no manto sobre o qual assentam, que as fazem deslocar sobre ele como um «tapete rolante».

As correntes de convecção podem ser facilmente visualizadas em qualquer massa fluida, como água, que colocada num recipiente sobre uma fonte de calor fica desigualmente aquecida. Em consequência, experimenta um movimento ascendente do local onde está mais quente para o local onde está menos quente, pois quando aquecida fica dilatada, por isso, menos densa e, consequentemente, mais leve. Arrefecendo à superfície contrai, torna-se mais densa e pesada
e, por isso, afunda, gerando num movimento global a convecção.

Muitos cientistas consideram que as massas quentes da astenosfera, aquecidas por baixo devido ao calor interno da Terra, sobem em direcção à litosfera, ao mesmo tempo que as massas mais frias da parte superior descem, formando-se assim correntes de convecção de material plástico.

Como em muitos assuntos científicos, as opiniões sobre o movimento das placas não são consensuais, existindo muitas vezes grandes polémicas.
Efectivamente, há geólogos que consideram que é a litosfera, por ser mais fria e densa nas zonas de subducção, que afunda. O movimento é, assim, em parte provocado pelas placas, que são consideradas como participantes no processo de convecção do manto e não elementos passivos.

Outros geólogos consideram que é o manto inteiro, e não só a astenosfera, que se movimenta, enquanto outros apontam como geradores do movimento do manto certas regiões anormalmente quentes – hot spots – que estudarás no tema seguinte.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Escola e Família - uma relação a precisar de um 'clique'

A relação entre família e escola nos países da OCDE está a mudar o seu rumo. Ambas se encontram intimamente envolvidas na educação das crianças, mas os aspectos pelos quais são responsáveis e o modo como essa responsabilidade é delineada, varia com os tempos e as culturas, de acordo com o cenário económico e político. Três factores combinam-se para tornar mais amplamente reconhecidos os papéis da família, a escola e a comunidade na educação. A educação formal está a tornar-se mais importante do que nunca; os seus métodos são mais diversificados e os seus propósitos mais complexos; e a ideia de que, no futuro, a maior parte das pessoas terá de aprender continuamente ao longo da vida é cada vez mais reconhecida. O envolvimento dos pais na educação dos filhos está agora associada à maior apreensão de conhecimentos. Essa percepção complementa outras tendências: um movimento geral direccionado para a descentralização e autonomia local, com muitos governos a quererem, actualmente, 'tornar as escolas públicas mais em conta para os seus clientes', e mais pais a exercerem pressão sobre os políticos para uma maior variedade de escolha no ensino. Em muito países os pais vêm o seu envolvimento na escola como um direito democrático; em alguns, como a França, a Alemanha e a Dinamarca, é mesmo uma norma existente há décadas. E o conceito de contabilidade aplicado às escolas - tornando mais pública as questões financeiras e os sucessos e falhanços das escolas individualmente consideradas - foi acolhida com mais ou menos entusiasmo no Reino Unido, Canadá e Estados Unidos. O objectivo desta viragem política é fazer com que a escola dê uma resposta mais cabal às exigências e desejos dos pais e dos contribuintes. Os governos têm uma série de motivos para encorajar a participação dos pais. Há efeitos de eficiência. Na perspectiva da escolha do consumidor, os pais, enquanto consumidores, deveriam poder escolher a escola e a forma como funcionam. Assume-se, por isso, que se os pais pensarem enquanto consumidores terão uma ideia mais concreta sobre o que pretendem e serão mais críticos quanto ao que lhes é oferecido - levando as escolas a responder mais eficientemente às suas pretensões. Os governos sabem também que o envolvimento dos pais pode constituir como que uma alavanca para elevarparâmetros. Estudos de grande escala levados a cabo na Austrália, Reino Unido e Estados Unidos mostram que as escolas onde os alunos são bem sucedidos (tanto em termos de sucesso académico como de atitudes positivas face à aprendizagem) são caracterizadas por boas relações casa-escola. Este envolvimento pode igualmente atenuar desvantagens e melhorar a equidade, sabendo- se que a prestação de uma criança pode ser melhorada mostrando aos pais como apoiá-la mais eficazmente em casa - uma consideração particularmente importante quando existem diferenças culturais entre os valores do sistema educativo e os da família. Em países como o Canadá, Inglaterra, País de Gales, França e Estados Unidos, os decisores políticos estão a procurar soluções ou ajuda das escolas para questões como o abuso de drogas e álcool no meio juvenil, promiscuidade sexual e gravidez de adolescentes, abuso de menores, violência e bandos juvenis. Existem igualmente considerações de ordem financeira. Não só os pais poderão ajudar a captar fundos extra para a escola, como poderão ser um meio económico de mobilizar recursos, auxiliando em visitas escolares, ajudando em actividades desportivas ou assistindo os professores na sala.

Iniciativas de associação
A extensão da participação dos pais varia consideravelmente de país para país, com os governos a encorajá-la em diferentes graus de acordo com os níveis de ensino. Apesar de encorajar a participação dos encarregados de educação na elaboração de políticas e na administração, seja a nível nacional ou local, a legislação não é, claro, ilimitada na
concessão de poderes. Mas pode dar aos pais o direito legal de formar associações de pais, oferecer aos pais uma escolha mais alargada de escolas (apesar da liberdade de escolha nunca ser totalmente possível atendendo às condições económicas apresentadas por algumas escolas do sistema) e dar o direito a requerer às autoridades locais e às escolas a comunicação de certo tipo de informações. Em Inglaterra e no País de Gales, por exemplo, as escolas devem fornecer aos pais informações detalhadas acerca do programa curricular, da 'performance' académica da escola em relação à média nacional e a outras escolas da área, bem como informação sobre a prestação dos alunos relativamente a parâmetros nacionais. Dinamarca, França, Alemanha, Irlanda e Espanha são países onde os pais têm assento em importantes comissões decisórias, que a nível estatal quer nacional. No Canadá, algumas províncias instauraram recentemente comissões de consulta a pais, tendo alguns estados dos EUA, paralelamente, decidido incluir os pais em comissões de consulta locais. Em Inglaterra, País de Gales e Japão, pelo contrário, os pais não estão representados em qualquer tipo de organismos. A participação dos pais na escola pode ser exercida de variadas formas. Estudos recentes sobre indicadores educativos da OCDE determinaram a extensão da participação dos pais em processos de tomada de decisão a nível do ensino básico. Nos doze países cobertos pelo estudo, pensa-se que 57 por cento dos alunos do ensino básico estão inseridos em escolas nas quais os pais participam em decisões financeiras ou de organização. Menos de um em quatro alunos frequenta uma escola em que os pais têm influência na escolha do pessoal. A afirmação activa dos pais nas decisões escolares varia de acordo com a capacidade de autonomia concedido por cada país. No Japão, Alemanha e França, por exemplo, as escolas não têm orgãos de gestão; Na Alemanha, porém, os conselhos escolares - onde os pais se encontram representados - pode, por vezes, influenciar a escolha de um director. Na Dinamarca, Espanha e Irlanda as escolas são vistas como unidades mais autónomas e os quadros escolares, em que os pais têm assento, tem uma real influência na tomada de decisões. O processo estará mais adiantado em Inglaterra e no País de Gales, onde os orgãos de gestão (onde se incluem os pais) das escolas tomam todas as decisões importantes fora do contexto curricular. Na Dinamarca, França, Alemanha e Espanha os conselhos escolares são uma forma comum de participação, mas fora destes países eles são meramente conhecidos. A estrutura habitual é simples: todos os pais de uma determinada turma reúnem-se em conjunto com os professores. Na Dinamarca, ondem os professores acompanham frequentemente a mesma turma ao longo de toda a 'Folkeskole', pais e professores podem conhecer-se melhor e os pais têm muitas vezes uma voz importante nos aspectos da vida escolar. Grande parte dos governos empenham-se igualmente a encorajar relações mais estreitas entre as escolas e as comunidades locais, tendo posto em marcha um sem número de projectos-piloto e redes locais. Mas na maioria dos casos, a política não passou das palavras e os esforços levados a cabo tendem a representar experiências que raramente são concretizadas no sistema educativo. Apesar disso, as escolas podem oferecer meios para reforçar o espírito comunitário - pondo à disposição, por exemplo, instalações para práticas desportivas, encontros, educação de adultos e outras formas de desenvolvimento pessoal e social, especialmente em áreas rurais. Acordos de partenariado entre escolas e empregadores locais podem igualmente constituir uma importante fonte de sinergias, recursos e boa vontade. Um recente inquérito sobre serviços integrados para crianças em risco de insucesso escolar (estimadas entre 15 e 30 por cento), revelou numerosos exemplos de sucessos de cooperação entre escolas e serviços locais. São disso exemplo as ZEP (Zonas Prioritárias de Educação), em França, a política dinamarquesa de nomear uma 'Folkeskol', em cada dez, como centro cultural comunitário, bem como o Esquema de Ligação Casa-Escola-Comunidade irlandês. À parte do Canadá e dos Estados Unidos, cada país deste estudo possui um programa curricular nacional que define o que deve ser ensinado nas escolas - esta rigidez, no
entanto, pode variar consideravelmente. Na Dinamarca, Irlanda e Espanha os pais estão representados em comissões de programas curriculares que estabelecem ou revêem os curriculos; na Alemanha, cada estado federal tem um conselho de pais que exerce influência junto do Ministério da Cultura em determinadas questões. Em outros países, como a Inglaterra, País de Gales e Japão os pais não têm poder de opinião nos conteúdos ou estrutura curriculares nacionais.. No Canadá e nos Estados Unidos, os curriculos são estabelecidos por governos estaduais ou provinciais, habitualmente sem nenhuma influência por parte dos pais. Muitas províncias canadianas, porém, estão a restruturar as suas políticas institucionais e algumas criaram comissões de consulta junto dos pais nessas matérias.

Iniciativas Individuais
Em contraste com esta diversidade de iniciativas de actuação conjunta, a iniciativa individual dos pais está mais divulgada, tem um impacto mais directo na instrução e dirige- se, habitualmente, a três actividades em particular. A primeira é a participação directa na sala de aula - normalmente como ajuda não especializada ou na assistência a professores -, que muitas vezes levanta polémica. Nem todos os professores aceitam bem esta ideia e muitos pais desconhecem esse papel. Uma série de iniciativas (como por exemplo no Canadá, Inglaterra, País de Gales, Irlanda e Estados Unidos) demonstraram que tanto professores como alunos podem beneficiar desta cooperação, em especial quando as crianças são mais novas. A educação básica em França, na Alemanha e no Japão, pelo contrário, revela-se muito eficiente sem qualquer interferência dos pais. Nestes três países existe um forte consenso quanto aos objectivos e aos processos educacionais. Os pais, não se mostram menos interessados na educação dos filhos, apesar de existir uma demarcação clara e definida entre o que acontece na sala de aula e é visto como responsabilidade do professor, e as responsabilidades atribuídas à casa e aos pais. A importância dos pais auxiliarem os filhos em casa é indiscutível. Os últimos números recolhidos pelos indicadores educativos da OCDE sugerem que cerca de três quartos dos alunos do ensino básico (nos doze países analisados) frequentam escolas que envolvem os pais no apoio activo à aprendizagem dos filhos em casa. Por exemplo, pedindo às crianças para ler aos pais determinadas passagens de um livro todas as noites, aos pais que certifiquem no caderno de apontamentos o cumprimento de uma determinada tarefa, encorajando os pais a levarem os filhos à biblioteca e ensinar-lhes como encontrar informação para projectos escolares, realizando 'Workshops', que poderão ter lugar ao final da tarde, para explicar aos pais de que forma podem ajudar os filhos a desenvolver a sua aptidão em determinadas matérias. As escolas podem também oferecer variadas formas de apoio 'psicológico e social'. Querer ajudar os filhos a melhorar o seu desempenho pode encorajar os pais a frequentar aulas (na escola ou em qualquer outro local) que cubram aspectos do curriculo, da paternidade, de actividades ligadas à leitura, etc... -, daí resultando um melhorado e efectivo relacionamento com a escola, que se poderá mesmo estender a uma influência mais directa na estrutura curricular (A Associação Europeia de Pais, por exemplo, atribuiu o seu prémio de mérito a um professor dinamarquês, por este ter delineado o programa curricular da turma em estreita cooperação com os pais dos alunos). Especialmente em áreas sócio- economicamente desfavorecidas, tais iniciativas de formação poderão contribuir para o aumento da confiança e da competência de jovens pais, encorajando-os a participar mais activamente. Cinco mensagens centrais emergem desta vontade dos governos em maximizar os benefícios do envolvimento dos pais nas escolas. A primeira é a divulgação de exemplos de práticas bem sucedidas. Nos países que onde se incrementou a participação dos pais existe um variado leque de projectos com sucesso ou experiências que ofereceram exemplos concretos do que pode funcionar. Segundo, as estratégias bem sucedidas devem ser
reaplicáveis de modo a permitir aos pais, alunos e professores de outros locais beneficiarem com elas, em vez de simplesmente 're-inventarem a roda'. A terceira porque uma entreajuda genuína conduz a um respeito mútuo. Muito do sucesso do envolvimento dos pais na escola advém do facto de professores e encarregados de educação terem de se relacionar mutuamente, lidarem com diferenças de opinião e entenderem o papel de cada um. Em quarto lugar, por um enquadramento legal claro que definiria direitos e responsabilidades, complementando-los com práticas de conjunto. Finalmente, e para fazer o melhor uso possível das energias e recursos dos pais, o seu quadro de tarefas educacionais deve ser bem identificado. A consulta junto de um painel abrangente de grupos comunitários e de serviços locais ajudaria os decisores políticos a conjungar diferentes pontos de vista e experiências.

Vídeo - Deriva Continental

Conteúdo - Tipos de Limites


Os cientistas, com os dados actuais, admitem que a litosfera se encontra dividida em várias placas, que se movem umas relativamente às outras, deslizando lentamente sobre a astenosfera.
A velocidade das placas, medida actualmente utilizando satélites, lasers e ondas de rádio, é muito variável de umas para outras, mas, em média, é de 1 a 18 centímetros por ano.


É, principalmente, no bordo das placas litosféricas que ocorrem importantes processos geológicos. Tais processos dependem dos três tipos de movimentos que as placas podem ter umas em relação às outras e que podem ser:




Convergentes - quando as placas se aproximam

Divergentes - quando se afastam

Laterais - quando se deslocam lateralmente




Nos bordos das placas ocorrem importantes fenómenos geológicos, dos quais se destacam a ocorrência de sismos, e a deformação das rochas. Como não se forma nem se destrói a litosfera, estes são designados por conservativos.
São acontecimentos que ocorrem, por exemplo, no Pacífico Oriental, ao longo da Falha de Santo André (EUA).





Nos bordos das placas que se afastam– movimentos divergentes – os principais acontecimentos geológicos são o alargamento do fundo oceânico, o afastamento dos continentes e a ocorrência de sismos e vulcões.



Como se forma nova litosfera, estes bordos são chamados construtivos .



É o que ocorre nos Açores, provocando o afastamento das ilhas Corvo e Flores das restantes, e na Islândia, país que se situa na dorsal média do oceano Atlântico, precisamente no limite das placas
Americana e Euro-Asiática.






Nos bordos das placas que se aproximam – movimentos convergentes - os mais importantes fenónemos geológicos são a formação de montanhas e a ocorrência de sismos e de actividade vulcânica.
Como as placas ao movimentarem-se chocam entre si, o que leva à destruição da litosfera nestes bordos, estes são designados por destrutivos.
São exemplos desta situação as ilhas Aleutas, os Andes e os Himalaias

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Legislação

Publicado em Diário da República

Despacho n.º 4196-A/2009. D.R. n.º 22, Suplemento, Série II de 2009-02-02, do Ministério da Educação ― Gabinete do Secretário de Estado da Educação
Mobilidade por transferência de professor titular.

― Anuncio n.º 867/2009. D.R. n.º 22, Série II de 2009-02-02, dos Ministérios do Trabalho e da Solidariedade Social e da Educação -Agencia Nacional para a Qualificação, I. P.
Listas (por ordem alfabética e por NUT II e NUT III) dos avaliadores externos no âmbito dos Centros Novas Oportunidades abrangidos pelo despacho n.º 2897/2006 (2.a série), de 7 de Fevereiro, cuja acreditação foi renovada.

― Anuncio n.º 868/2009. D.R. n.º 22, Série II de 2009-02-02, dos Ministérios do Trabalho e da Solidariedade Social e da Educação - Agência Nacional para a Qualificação, I. P.
Listas (por ordem alfabética e por NUT II e NUT III) dos avaliadores externos no âmbito dos Centros Novas Oportunidades abrangidos pelo despacho n.º 19 047/2006, de 19 de Setembro, cuja acreditação foi renovada.

― Portaria n.º 138/2009. D.R. n.º 23, Série I de 2009-02-03, da Presidência do Conselho de Ministros e Ministérios das Finanças e da Administração Pública, das Obras Públicas, Transportes e Comunicações e da Educação.
Define as condições de atribuição do «passe escolar 4_18@escola.tp»

― Decreto-Lei n.º 30/2009. D.R. n.º 23, Série I de 2009-02-03, do Ministério da Educação
Estabelece o regime jurídico aplicável ao reconhecimento, pelo Estado Português, do ensino ministrado com currículo e programas portugueses em estabelecimentos de ensino de iniciativa privada situados fora do território nacional.



Informações Gerais

― Monitorização dos Projectos de Cooperação ao Abrigo do N.º 1 da Portaria 1102/97 e Artigo 30.º do DL 3/2008
O prazo para preenchimento on-line do questionário “Monitorização dos Projectos de Cooperação ao Abrigo do N.º 1 da Portaria 1102/97 e Artigo 30.o do DL 3/2008” foi prorrogado ate dia 13 de Fevereiro.
Para mais informações: http://sitio.dgidc.min-edu.pt

― Educacao Pré-escolar: Brochura “Despertar para a Ciência ― Actividades dos 3 aos 6”
Para mais informações: http://sitio.dgidc.min-edu.pt ou directamente em http://sitio.dgidc.min-edu.pt/recursos/Lists/Repositrio%20Recursos2/Attachments/805/pre_ciencias_1.pdf

― Oficio Circular n.º 1
Conclusão de cursos profissionais extintos no âmbito da revisão curricular ao abrigo do Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de Março.
Para mais informações: www.drelvt.min-edu.pt/ ou directamente em http://www.drelvt.min-edu.pt/oficios_circulares/oficios_circulares_2009_01.pdf

― Critérios para a elaboração de itens do tipo 'verdadeiro/falso'
São explicitados os critérios para a elaboração e classificação de itens do tipo 'verdadeiro/falso' nas provas do corrente
ano lectivo. Para mais informações: http://www.gave.min-edu.pt/np3/233.html e http://www.confap.pt/desenv_noticias.php?ntid=1153

― Fórum Qualificação 2009 – Escolhas com Futuro - 7, 8 e 9 de Maio de 2009
Tem como objectivos promover e valorizar as ofertas educativas e formativas de dupla certificação de jovens de nível 3.
Para mais informações: http://www.drel.min-edu.pt/

― Concurso Como se vive a Liberdade em Portugal…
Crescer em Democracia: o olhar das crianças e dos jovens 35 anos depois do 25 de Abril [2.ª edição – ano lectivo 2008/2009] Concurso escolar, de âmbito nacional, dirigido a alunos e a escolas do ensino básico (1.º, 2.º e 3.º ciclos) e do ensino secundário.
Para mais informações: http://sitio.dgidc.min-edu.pt

― Olimpíadas Nacionais de Astronomia 2009
A Sociedade Portuguesa de Astronomia organiza um concurso de âmbito nacional dirigido a alunos do ensino Secundário.
Inscrições até 13 de Fevereiro.
Para mais informações: http://w3.dren.min-edu.pt/

― Qualificação dos Profissionais do Sector da Educação – Abertura de candidaturas
Decorre entre os dias 2 de Fevereiro e 2 de Março de 2009 o período para apresentação de candidaturas ao POPH no âmbito da Tipologia de Intervenção 3.5 – Qualificação dos Profissionais do Sector da Educação.
Para mais informações: http://www.poph.qren.pt

Conteúdo - Tectónica de Placas

O esforço de muitos cientistas para interpretar os dados provenientes de diferentes ramos da Ciência levou, no final do século XX, à proposta da Teoria da Tectónica de Placas, uma visão dinâmica dos fenómenos geológicos que ocorrem na Terra. A Tectónica é um ramo da Geologia que estuda o relevo terrestre e as suas deformações numa perspectiva dinâmica, isto é, integrados nas forças e movimentos globais da Terra.

Através da utilização de certas tecnologias, como o sonar e os veículos-robôs, foi possível construir um modelo da morfologia do fundo dos oceanos, que sugere que as rochas do fundo se formam a partir de materiais libertados nos rifts, que se expandem pela planície e se afundam nas fossas. Portanto, esta expansão é acompanhada pelo movimento do fundo oceânico.



No bordo dos continentes existe um patamar que afunda suavemente - a plataforma continental – e termina num declive acentuado – o talude continental . Junto ao bordo dos continentes surgem, por vezes, zonas muito profundas – as fossas – na continuidade das quais existem zonas
zonas de grande instabilidade geológica – zonas de subducção.
As zonas de subducção são áreas onde porções da litosfera deslizam por debaixo de outras. O movimento descendente da litosfera provoca a sua fusão no manto subjacente – a astenosfera .
Na faixa médio-oceânica existem cadeias montanhosas submarinas – as dorsais oceânicas . Estas são constituídas por cristas aguçadas alinhadas de um e de outro lado de enormes fendas – os rifts – que chegam a atingir dois quilómetros de profundidade. Estas fendas não são contínuas porque estão recortadas por milhares de fendas transversais.
De um e de outro lado das cadeias montanhosas submarinas estendem-se vastas superfícies planas – as planícies abissais .
A morfologia submarina sugere que as rochas dos fundos oceânicos se formam a partir de materiais provenientes dos rifts, que se expandem pela planície abissal e se afundam nas fossas, levando a admitir o movimento do fundo oceânico.

As sondagens realizadas no fundo dos oceanos possibilitaram a datação dos sedimentos e das rochas. Estas pesquisas mostraram que as rochas são mais recentes junto aos rifts e mais antigas junto às margens continentais, e que os sedimentos são menos espessos junto à dorsal médio-oceânica do que perto do talude continental.

Admite-se que a Terra é constituída quimicamente por três zonas concêntricas: crosta, manto e núcleo. Nestas zonas as propriedades físicas da Terra variam. Por exemplo, a crosta e a zona superior de manto são rígidas e formam a litosfera que assenta numa zona pastosa do manto – a astenosfera.

Conteúdo - Fundos Oceânicos

As plataformas continentais prolongam os continentes sob os oceanos, possuindo até cerca de 200 metros de profundidade e até 1000 quilómetros de comprimento. Formaram-se entre períodos glaciares, quando os oceanos inundaram parte dos continentes, dando origem a áreas de águas pouco profundas ao longo das costas. Estas áreas encontram-se cobertas de sedimentos provenientes da erosão das rochas continentais, que para ali são transportados pelos rios.

Na transição entre a plataforma continental e as planícies abissais, existe o talude continental. Este consiste num declive muito acentuado, passando das centenas para os milhares de metros de profundidade em poucos quilómetros, e forma-se a partir de sedimentos provenientes do seu cume e da esfoliação da placa continental em subdução.


Os oceanos não são apenas a porção de superfície terrestre que se encontra coberta por água. Os fundos oceânicos são geologicamente distintos dos continentes e encontram-se num ciclo perpétuo de criação e destruição que molda o seu aspecto. Este processo ocorre lentamente ao longo de dezenas e centenas de milhões de anos.

Foi durante os anos após a Segunda Guerra Mundial que grande parte do fundo oceânico foi descoberto e estudado, devido ao avanço tecnológico dos sonares. Com estes estudos descobriram-se vários relevos oceânicos, tais como as dorsais oceânicas, que consistem num sistema contínuo de cadeias montanhosas submarinas de origem vulcânica, com aproximadamente 60 mil quilómetros, que rodeia o planeta Terra, ocupando o eixo médio dos oceanos. Este sistema é o maior relevo geológico no planeta e é formado por placas divergentes, ou seja, que se movem em direcções opostas. Nas suas zonas de fractura, denominadas riftes oceânicos, o magma basáltico, de origem mantélica, ascende e forma nova crosta oceânica, elevando assim o fundo oceânico. A dorsal ergue-se em média 3000 a 4000 metros acima do fundo marinho mas, por vezes, as montanhas submarinas erguem-se ao ponto de vir a superfície formando ilhas vulcânicas, como é o caso dos Açores e da Islândia. A dorsal oceânica é ocasionalmente fracturada por falhas transformantes, em que as placas deslizam uma paralelamente à outra e não há destruição nem formação de crosta.


A crosta formada pela dorsal oceânica é destruída nas fossas oceânicas, também designadas de zonas de subdução. As fossas são criadas em fronteiras convergentes quando se dá a colisão entre uma placa oceânica densa e uma placa continental mais leve. A placa oceânica afunda em relação à continental e mergulha no manto até se fundir. O material fundido ascende a superfície formando ilhas ou cadeias montanhosas, como a cordilheira dos Andes na América do Sul. Na fossa das Marianas, perto do Japão, encontra-se o ponto mais profundo da superfície terrestre, com aproximadamente 11 quilómetros de profundidade.

Ocupando aproximadamente metade do fundo marinho encontramos as planícies abissais. Iniciam-se na fronteira entre a crosta continental e a crosta oceânica e prolongam-se até às profundezas dos oceanos. É a área mais plana da superfície terrestre, situada entre os 2500 e os 6000 metros de profundidade. O seu relevo plano é o resultado da acumulação de lençóis de sedimentos com uma espessura aproximada de 5000 metros. Estes lençóis escondem as rochas basálticas características da crosta oceânicas. O seu relevo plano é, por vezes, interrompido pelas abyssal hills, que acontecem quando os lençóis de sedimentos não possuem espessura suficiente para cobrir as rochas da crosta oceânica. As abyssal hills encontram-se normalmente cobertas por sedimentos. São vulcões já extintos ou pequenas formações rochosas que ascenderam pela crosta sob a forma de magma. As abyssal hills podem ser encontradas paralelamente a dorsal oceânica, e observadas em grupo ou isoladas. As planícies abissais são mais comuns no oceano Atlântico e menos comuns no Pacifico, onde as fossas oceânicas são mais comuns, pois os sedimentos tendem a acumular-se nas fossas.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Delegados sindicais entregam objectivos

O sistema de avaliação de professores também está a gerar polémica nos sindicatos. Em escolas do distrito de Viseu existe um mal-estar entre os docentes porque alguns delegados sindicais "foram dos primeiros" a entregar os objectivos .


O Sindicato de Professores da Região Centro (SPRC) minimizou ontem estes casos, salientando que no distrito existem "mais de 200 delegados" e a organização "não é perfeita". "Podem existir dois, três casos pontuais que não espelham, de maneira alguma, o sentimento reinante", disse Francisco Almeida, do SPRC, adiantando que a maioria dos docentes entregou os objectivos "contra a sua vontade" e alguns de "lágrimas no rosto".

Para o sindicalista, a entrega do documento "não significa que os professores estejam de acordo com este modelo de avaliação". Francisco Almeida frisa que no dia 16 realizam-se plenários em Lamego e Viseu, que vão acabar "com os professores de novo na rua".



L.O.