segunda-feira, 21 de junho de 2010

Exames 2010 - Ensino Básico e Secundário - Provas e Critérios


1.ª Fase /  1.ª e 2.ª Chamadas.
16 de Junho
Português - 639 - Prova V1 Prova V2 Critérios
Português - 239 - Prova - Critérios
Português Língua Não Materna - 28 - 739 - Prova  - Critérios 
Português Língua Não Materna - 29 - 839 - Prova  - Critérios 
Latim A - 732 - Prova  - Critérios 
Língua Portuguesa - 3.º ciclo - 1.ª Chamada  - 22 - Prova  - Critérios 

17 de Junho
Biologia e Geologia - 702 - Prova V1 - Prova V2 - Critérios
Matemática Aplicada às Ciências Sociais - 835 - Prova - Critérios - Critérios (provas adaptadas)
História B - 723 - Prova - Critérios
História da Cultura e das Artes - 724 - Prova - Critérios

18 de Junho
Alemão - 501 - Prova - Critérios - Alemão - 801 - Prova - Critérios
Espanhol - 547 - Prova - Critérios - Espanhol - 847 - Prova - Critérios
Desenho A - 706 - Prova - Critérios
Matemática - 3.º ciclo - 1.ª Chamada - 23 - Prova - Critérios - Critérios (provas adaptadas)

21 de Junho
Matemática A - 635 - Prova V1 - Prova V2 - Critérios - Critérios (provas adaptadas)
Matemática B - 735 - Prova - Critérios - Critérios (provas adaptadas)
Literatura Portuguesa - 734 - Prova - Critérios
História A - 623 - Prova - Critérios

Três em cada quatro alunos copia e alguns começam os "treinos" na escola primária


Nas universidades, três em cada quatro alunos assumem copiar nos exames e 90 por cento destes já o faziam no liceu. Às cábulas tradicionais vieram entretanto juntar-se métodos mais sofisticados, partilhados na internet.O professor da Universidade do Minho Ivo Domingues avançou com um projecto de investigação para perceber qual a verdadeira dimensão do "copianço" nas escolas portuguesas e deparou-se com uma realidade assustadora: “No ensino superior a predisposição para copiar é quase universal”.

O estudo realizado em 2006 veio revelar que três em cada quatro estudantes universitários copiam. “E fazem-no em qualquer disciplina, desde que precisem e possam”, sublinha o sociólogo à agência Lusa.

A investigação - "O copianço na universidade: o grau zero na qualidade" – demonstrou que existia uma espécie de “carreira escolar” no mundo da cábula: “90 por cento dos que diziam copiar já o faziam anteriormente” e alguns tinham começado “logo na primária”.

Se cabular é um hábito generalizado, rapazes e raparigas distinguem-se na hora de definir uma técnica: as alunas têm mais tendência para trocar informações entre si, “de forma mais solidária”, enquanto eles o fazem “de modo mais autónomo”.

Ivo Domingues detectou ainda que “tendencialmente os alunos que querem copiar são os primeiros a chegar à sala de aula, para escolher os lugares que os colocam mais na zona de sombra do olhar e da atenção do professor”. Mas há alunos que copiam na “linha da frente”.

As novas tecnologias são cada vez mais usuais nas salas de aula, mas não fizeram desaparecer os métodos mais tradicionais de "copianço".

“As cábulas podem ser colocadas em canetas, bolsos, nas próprias provas do exame, nos tampos das mesas, até aos métodos mais sofisticados como máquinas de calcular ou telemóveis”, diz Ivo Domingues.

Auscultadores ocultos pelos cabelos e “ligações telefónicas do interior da sala para o exterior” são outras técnicas enumeradas pelo investigador e divulgadas na Internet.

A Lusa encontrou um site onde um anónimo de Braga vendia um “kit de espionagem adaptado para copiar nos exames” por 300 euros. No youtube surgem vídeos que ensinam técnicas sofisticadas como reproduções dos rótulos das garrafas de coca-cola, onde as informações em letrinhas brancas são substituídas por matéria.

Na Internet, há também salas de conversação onde se trocam experiências de vida: “Já usei telemóvel e pergaminho no bolso da casaca”, ironiza um ex-aluno, enquanto noutra sala alguém recorda os tempos em que se usavam os “relógios Cásio com máquina de calcular”.

Conhecendo-se as técnicas, porque é que os professores não actuam mais? Ivo Domingues lembra que alguns “desvalorizam os efeitos negativos do copianço” e outros querem prevenir conflitos.

“Na identificação do ato de copiar o professor corre riscos, porque se pode enganar e o aluno não estar a copiar ou ser confrontado com a recusa do aluno em reconhecer que estava a copiar, obrigando-o a ter de o provar em público”, explica.

Os professores sabem que estão sozinhos nesta 'guerra'. Entre os estudantes existe uma espécie de “código de conduta”, um pacto de silêncio, porque para eles o "copianço" não é uma prática ilícita.

Público

Conteúdo - Erupções Vulcânicas e Tipos de Materiais Expelidos pelos Vulcões

Às erupções vulcânicas estão associados produtos de natureza gasosa, líquida e sólida.
As erupções são precedidas, acompanhadas e seguidas por abundantes emissões gasosas resultantes da desgaseificação do magma que alimenta os vulcões. O gás expelido em maior quantidade é o vapor de água, seguindo-se-lhe o anidrido carbónico (dióxido de carbono), anidrido sulfuroso (dióxido de enxofre), hidrogénio, monóxido de carbono, ácido clorídrico, metano, argon, flúor e outros. As proporções relativas dos diferentes gases variam consideravelmente com o tipo de magma e, dentro do mesmo magma, ao longo do tempo.
Durante a actividade vulcânica explosiva, ocorre a formação de quantidades variáveis de materiais sólidos que resultam de pequenas porções (salpicos) de lava que arrefecem e solidificam no ar ou na água. Estes materiais denominam-se genericamente por piroclastos ou tefra. De entre estes, destacamos: 1) poeiras ou cinzas vulcânicas, são materiais muito finos, com dimensões inferiores a quatro milímetros, facilmente transportados pelo vento e originados pela pulverização das lavas; quando se depositam na superfície terrestre dão origem a solos férteis, 2) bagacina ou «lapilli», são fragmentos de lava consolidada com dimensões compreendidas entre 4 e 32 mm, 3) bombas, são fragmentos de aspecto esponjoso, provenientes de lavas arrefecidas durante as erupções, apresentando formas variáveis e podendo atingir dimensões entre os 32 mm e 0,5 m; os fragmentos com dimensões entre 0,5 m e 1 m têm a designação de blocos e 4) pedra-pomes, são fragmentos de aspecto vesicular, com paredes muito finas, apresentando uma densidade inferior à da água, tendo origem em lavas muito ricas em sílica; à acumulação de pedra-pomes chama-se pomito.
Além dos piroclastos, outros fragmentos sólidos podem ser expelidos durante as erupções violentas. Estes fragmentos, arrancados às paredes da chaminé, têm a designação de ejectólitos.

Cinzas vulcânicas
Fotografia mostrando amostras de cinzas vulcânicas. A dimensão da barra (7 mm), colocada em baixo do lado esquerdo, permite avaliar as dimensões relativas das amostras.
Bagacina ou lapilli
Fotografia mostrando amostras de bagacina ou «lapilli». A dimensão da barra (1 cm), colocada em baixo do lado direito, bem como a moeda, permitem avaliar as dimensões relativas das amostras.
Bomba vulcânica
Fotografia mostrando uma amostra de bomba vulcânica. A dimensão da barra (50 cm), colocada em baixo do lado direito, permite avaliar a dimensão relativa da amostra.
Pedra-pomes
Fotografia mostrando uma amostra de pedra-pomes. A dimensão da barra (3 cm), colocada em baixo do lado direito, permite avaliar a dimensão relativa da amostra.

É frequente, nas erupções vulcânicas mais violentas, a formação de uma mistura de materiais sólidos incandescentes de dimensões variadas (cinzas, bagacina, bombas e blocos), bem como de gases a elevadas temperaturas (cerca de 1000º C). A esta mistura chama-se nuvem ardente.

Modelo animado de nuvem ardente
Modelo esquemático e animado mostrando um dos mecanismos da formação de uma nuvem ardente.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Um retrato das principais ofertas educativas


10.º, 11.º e 12.º ano. Quatro tipos de cursos vocacionados para o prosseguimento de estudos a nível superior. No ensino regular são os cursos com mais alunos. Em 2009, contavam com 184.532 inscritos. Também são aqueles mais representados nos exames nacionais: 92 por cento dos alunos inscritos para as provas deste ano são oriundos destes cursos, com destaque para Ciências e Tecnologias.

Cursos profissionais

Ensino não regular. São organizados em módulos, correspondendo a 3100 horas de formação. Aos alunos que completem este nível é atribuído um diploma de estudos secundários, para além de um diploma de qualificação profissional. Nos cursos profissionais estavam inscritos, em 2008-09, 89.499 alunos.

Cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA)

Para maiores de 18 anos, que pretendam completar o 4.º, 6.º, 9.º ou 12.º ano. Estes cursos desenvolvem-se através de percursos de dupla certificação ou de habilitação escolar.

Cursos de Educação e Formação (CEF)

Ensino não regular. Destinados aos jovens com mais de 15 anos, que através deles podem concluir o 3.º ciclo ou o 12.º ano. Para além do diploma de estudos do nível correspondente, conferem certificado de qualificação profissional. Estão divididos em sete tipos, abrangendo desde jovens com habilitações inferiores ao 6.º ano, com duas ou mais retenções; até alunos do secundário. Têm duração entre um e dois dois anos. A maior parte dos inscritos é do 3.º ciclo.

Reconhecimento, validação certificação de competências

Para maiores de 18 anos. Permite reconhecer, validar e certificar os conhecimentos e competências adquiridos ao longo da vida em contextos formais e informais. É desenvolvido em Centros Novas Oportunidades. Podem aceder candidatos que não tenham concluído o 1.º, 2.º ou 3.º ciclo do ensino básico ou o ensino secundário. Pode conferir diplomas de 1.º, 2.º, e 3.º ciclos e também do nível secundário de educação.

Número de inscritos no conjunto dos ciclos: 208.120.00,0%

Respostas dos Exames Nacionais


1.ª Fase /  1.ª e 2.ª Chamadas.
16 de Junho
Português - 639 - Prova V1 Prova V2 Critérios
Português - 239 - Prova - Critérios
Português Língua Não Materna - 28 - 739 - Prova  - Critérios 
Português Língua Não Materna - 29 - 839 - Prova  - Critérios 
Latim A - 732 - Prova  - Critérios 
Língua Portuguesa - 3.º ciclo - 1.ª Chamada  - 22 - Prova  - Critérios 

17 de Junho
Biologia e Geologia - 702 - Prova V1 - Prova V2 - Critérios
Matemática Aplicada às Ciências Sociais - 835 - Prova - Critérios - Critérios (provas adaptadas)
História B - 723 - Prova - Critérios

Conteúdo - Formação de Montanhas 3

Agora, vamos fazer um pequeno parágrafo para ficarmos com algumas noções muito elementares sobre um dos domínios da Geologia, a Geologia Estrutural, afim de compreendermos um pouco melhor aformação das cadeias montanhosas dobradas. Esta consiste no estudo e análise da história de uma rocha tal como fica registada na sua geometria, isto é, a sua posição espacial, absoluta e relativa. Este domínio faz parte de uma matéria mais ampla, no que concerne à deformação da crusta terrestre provocada pelos movimentos e forças causadores da alteração da disposição ou arranjo que as rochas possuíam inicialmente, o qual se designa por Tectónica. Sempre que uma rocha é submetida a pressões muito elevadas, pode dobrar-se ou fracturar-se. Daí resultam as dobras e fracturas (falhas quando os blocos sofrem deslocamentos relativos). O tipo de estrutura resultante depende das propriedades físicas das rochas e do meio em que se produzem as deformações. Dobras são estruturas cujas superfícies primárias de referência ficaram abauladas, curvadas ou alteradas sem perca de continuidade. Há vários tipos de dobras. Por exemplo, de acordo com a geometria podemos distinguir três variedades de dobras: anticlinais (dobras cujos lados ou flancos inclinam-se em sentidos divergentes), sinclinais (dobras cujos flancos inclinam-se em sentidos convergentes) e monoclinais (consistem numa flexão, em que as camadas mais ou menos horizontais, assumem, localmente, uma inclinação em determinada direcção). Há dobras de escala microscópica até dobras com dezenas e centenas de Kilómetros. Uma dobra raras vezes se encontra isolada, e quase todas elas contribuem para a constituição de um Sistema de Dobras. Os sistemas de dobras mais extensos e espectaculares desenvolveram-se nas chamadas cinturas de montanhas dobradas ou orogénicas.

Dobras Anticlinal Sinclinal
Fotografia mostrando dobras associadas em Anticlinal=A (flancos=fl inclinam-se em sentidos divergentes - ver setas) e Sinclinal=S (flancos=fl inclinam-se em sentidos convergentes - ver setas).
Dobra Deitada
Fotografia mostrando uma dobra deitada.
Dobra Deitada Setas
Fotografia mostrando uma dobra deitada, entre as duas setas.
Dobras quartzitos-xistos
Fotografia mostrando pequenas dobras em quartzitos intercalados por xistos.
Pequenas dobras xistos-grauvaques
Fotografia mostrando pequenas dobras (observar a escala) em grauvaques alternando com xistos.

Falhas são fracturas mediante as quais as rochas se deslocam, de forma que perdem a sua continuidade original. Existe um movimento relativo, em qualquer direcção, dos blocos de rochas, ao longo do plano de falha (a superfície de fractura ao longo da qual teve lugar o movimento relativo). Existem várias classificações para as falhas. Por exemplo, numa classificação segundo os movimentos relativos dos blocos, vamos considerar dois tipos de falhas, sabendo que existem muitas mais: falha normal é aquela em que os blocos rochosos se deslocaram, um em relação ao outro, segundo a inclinação do plano de falha; falha inversa é aquela em que um bloco (chamado teto) se desloca em sentido ascendente sobre o plano de falha, relativamente ao bloco rochoso chamado muro. A estes aspectos tectónicos fizemos já alusões preliminares em TEMAS precedentes (Ver Tectónica de Placas) e iremos fazer em TEMAS posteriores (Vulcanismo e Sismos).

Falhas associadas a dobras
Fotografia mostrando uma falha (traço do plano de falha=F-F1) associada a dobras do tipo anticlinal=DA e sinclinal=DS.
Falhas Conjugadas
Fotografia mostrando falhas (F) conjugadas em siltitos gresosos alternando com siltitos argilo-carbonosos. PF=traço do plano de falha.
Falhas associadas a dobras
Fotografia mostrando uma falha (traço do plano de falha=F-F1) associada a dobras. DA=dobra em anticlinal.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Quando os alunos são mais do que um número numa pauta


Quando se apresentam a exames para concluir o equivalente ao 12.º ano português, os alunos das escolas inglesas que pretendem prosseguir estudos no ensino superior já têm em seu poder uma resposta pessoal das faculdades a que se pretendem candidatar. Na verdade, já a têm vários meses antes dos exames, o que lhes permite também uma melhor gestão de recursos e esforços. David Smith, director do St. Julian´s School, a escola inglesa de Carcavelos, frisa ao PÚBLICO que este é um processo mais personalizado do que aquele que se pratica em Portugal. Em Janeiro - os exames realizam-se entre Abril e Junho - todos os alunos que pretendam prosseguir estudos apresentam uma candidatura on-line, onde descrevem em 600 palavras as razões da sua escolha de curso. Pelo seu lado, acrescenta David Smith, os directores das escolas destes alunos têm que os apresentar às faculdades que escolheram. Para o efeito, na mesma altura, têm que elaborar um perfil do aluno e do seu historial escolar, acrescentando nesta declaração as classificações que se prevê venham a ter nos exames.

Com base nas candidaturas dos alunos e nas apresentações dos di rectores, as faculdades transmitem depois aos candidatos as suas ofertas: ou seja, se eles poderão ser aceites e, se sim, em que condições, indicando o número de pontos que terão de obter nos exames para garantir a entrada. A escolaridade obrigatória no Reino Unido começa aos cinco anos e vai até aos 16 anos, equivalendo ao 10.º ano português. Para ser candidato ao ensino superior, um aluno tem que concluir mais dois anos de escolaridade e realizar os chamados A-Levels (Advanced Level General Certificate of Education). Para garantir a aprovação, e posterior entrada no superior, os alunos terão que obter um mínimo de 40 pontos, que corresponde à classificação E. A nota máxima, A*, vale 140 pontos. "Descobri, como aluna, que o segredo de passar num exame aqui não está na quantidade de matéria que se "memoriza", mas sim na maneira como se aprende a mesma, e, acima de tudo, na maneira como se usa o nosso sentido crítico e de análise pa- ra responder às questões", conta Leonor Silva de Mattos, que concluiu o ensino superior no Reino Unido há um par de anos e é agora professora na Universidade de Hertfordshire.

Antes dos A-Levels, os estudantes já tiveram de prestar provas nacionais no final dos 11 anos de escolaridade. Com estes exames, que têm um peso para a nota final que varia, segundo as disciplinas, entre 100 e 25 por cento, os alunos obtêm o chamado GSCE - General Certificate of Secondary Education. Mesmo que obtenham maus resultados é-lhes atribuído um certificado comprovando que acabaram a escolaridade obrigatória. É um diploma destinado ao mundo do trabalho e que não permite o prosseguimento dos estudos.

Na Finlândia, apresentado como modelo de excelência no ensino, a escolaridade obrigatória é dos sete aos 16 anos. Depois seguem-se, como cá, três anos de ensino secundário, embora os alunos possam completar este nível em menos tempo. "É bastante flexível. Não conta o tempo efectivo, mas sim o ritmo escolhido pelos estudantes", explica Katriina Pirnes, adida de Cultura e Comunicação na embaixada em Lisboa.

Privilegia-se a "autonomia dos alunos", acrescenta. Não existe uma divisão de turmas por ano, mas sim por disciplinas. Nestas existe uma divisão por cursos. Uns são obrigatórios e outros de escolha livre. Deste modo aproxima-se o ensino secundário dos moldes em que é ministrado o superior. O número mínimo de créditos para a conclusão do secundário é de 75.

Para concluir este nível os estudantes têm de realizar exames nacionais, que decorrem em duas épocas, na Primavera e no Outono. Há quatro provas obrigatórias, entre elas o chamado conjunto de estudos gerais que inclui História, Biologia, Física, Química, Religião (luterana ou ortodoxa), Ética, Filosofia, Psicologia, Estudos Sociais, Geografia e Educação de Saúde). Dependendo do exame, o estudante responde entre seis e oito perguntas.

No final do 12.º ano são atribuídos dois diplomas: um com a média dos três anos; outro só com a média dos exames nacionais, que são convertidas numa menção qualitativa em latim. Os estudantes que quiserem prosseguir estudos no superior terão que realizar ainda provas de admissão à faculdade. A Finlândia é um dos poucos países europeus que mantêm esta prerrogativa. Segundo Katriina Pirnes, as universidades insistirem que a selecção deve ser feita essencialmente no acesso e não durante os estudos.

Já em França, conta Estelle Valente, de 33 anos, o regime é o contrário. As faculdades mais próximas da área de residência dos alunos são obrigadas a garantir-lhes lugar desde que estes tenham uma média mínima de 10. "A selecção faz-se durante o curso e há muitos casos em que, no final do 1.º ano, mais de 50 por cento dos estudantes desistem", acrescenta. Estelle nasceu e estudou nos arredores de Paris e está há um mês em Lisboa, Interrompeu um douramento em Economia. Diz que, em França, o final do secundário - chamado baccalauréat - "é uma instituição". É o limiar fixado por muitos pais." Estão sempre a dizer: tens que ter o bac", conta. Os alunos são obrigados a realizar exames a todas as disciplinas, incluindo algumas em vias de extinção em Portugal, como a Filosofia, mas as provas e a ponderação das notas são diferentes segundo os ramos escolhidos.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Chumbos estão a diminuir devido a limpeza nas estatísticas


É uma relação de causa e efeito que está patente nas estatísticas dos últimos anos divulgadas pelo Ministério da Educação: mais do que a um alegado maior facilitismo dos exames, a queda abrupta de chumbos entre os alunos do 3.º ciclo e do ensino secundário tem ficado a dever-se sobretudo ao número crescente de jovens "desviados" para as vias profissionalizantes, na sequência de uma reforma aprovada em 2004 pelo ministro do PSD, David Justino, e que foi concretizada e ampliada nos anos seguintes pela ministra socialista Maria de Lurdes Rodrigues. "Indirectamente, induziu-se assim uma melhoria dos resultados que, infelizmente, não tem a ver com uma melhoria da qualidade do ensino ou dos alunos. Trata-se tão-só de um efeito estatístico", frisa ao PÚBLICO Joaquim Azevedo, membro do Conselho Nacional de Educação e investigador da Universidade Católica do Porto. Muitos dos jovens que estão nas vias profissionalizantes eram alunos com dificuldades. Agora podem concluir os seus estudos sem realizar exames nacionais e com processos de avaliação interna nas escolas menos exigentes do que aqueles em vigor para os alunos do chamado ensino regular. A sua prestação deixou também de contar para o cálculo das taxas de retenção e de transição, já que estes são indicadores que apenas expressam a situação no ensino regular, onde geralmente estão os alunos que tencionam prosseguir estudos.

Entre 2006 e 2009, o número de estudantes nas vias profissionalizantes do secundário subiu mais de 50 por cento, enquanto o número de jovens no ensino regular desceu quase 11 pontos. Em consequência deste duplo movimento, no ano lectivo passado a percentagem de alunos nos cursos profissionais representava já 36,6 por cento do total. Neste período de tempo, a taxa de retenção no secundário, ou seja, a relação percentual entre o número de alunos que não puderam transitar para o ano seguinte e o número de matriculados nesses anos lectivos, desceu quase 12 pontos, passando de 30,6 para 18,7.

No 3.º ciclo, a taxa de retenção passou de 19,1 em 2006 para 13,7 em 2008. Em 2009 ficou-se nos 13,8. Este grande trambolhão nos chumbos dá-se no final do ano lectivo que foi também o da primeira grande expansão dos chamados Cursos de Educação e Formação (CEF). Estes cursos são destinados aos jovens com mais de 15 anos que têm um historial de retenções. O número de inscritos nos CEF representa cerca de 10 por cento dos matriculados no 3.º ciclo. De 18.224 inscritos em 2006 passou-se para 43.984, um suplemento de quase mais 26 mil alunos. Que são quase tantos como os que o 3.º ciclo do ensino regular perdeu durante esse período.

Há quatro anos, estes alunos entravam para as estatísticas do ensino regular, o que agora não acontece. "Isso tem um efeito nos resultados porque estes 10 por cento são os estudantes que, à partida, tinham mais dificuldades, são os piores alunos", sublinha Joaquim Azevedo. Nas escolas, o processo está em curso agora, antes das reuniões finais de avaliação. Os directores de turma e os serviços de psicologia e orientação chamam os encarregados de educação dos alunos repetentes que se encontram em risco de chumbar de novo para propor a transferência para cursos profissionalizantes.

Em muitos casos, a passagem do aluno é decidida em função da aceitação desta alternativa - poderá transitar de ano, no mesmo nível, se trocar o ensino regular por um curso profissionalizante, que lhe dará a equivalência ao 6.º, 9.º ou ao 12.º ano, consoante as habilitações que já possuir no acto de transferência.

Já esta semana, o Ministério da Educação deu por concluída outra revolução estatística: incluiu, pela primeira vez, os adultos das Novas Oportunidades, abrangidos pelos processos de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC), entre a população inscrita no 3.º ciclo e no secundário no ano lectivo de 2008/09, que é o último de referência.

O Ministério da Educação justifica a alteração com o facto de, nos últimos anos, esta modalidade ter vindo a substituir gradualmente o ensino recorrente, também procurado por adultos, mas não só, e que era, e continua a ser, contabilizado para o número de matriculados. Através dos adultos em RVCC, cerca de 20 por cento do total, o número de matriculados que é apresentado no secundário ultrapassou os 470 mil, o que representa um acréscimo de mais 130 mil por comparação a 2005/06.

Como o número de alunos do ensino regular continua em retracção e o dos cursos profissionais se mantém em expansão, a soma dos adultos das Novas Oportunidades significa também que quase 60 por cento da população que o Ministério da Educação apresenta agora como estando no ensino secundário não precisará de realizar exames nacionais para concluir o 12.º ano ou equivalente.

O mesmo se passa, mas com os exames do 9.º ano, com cerca de 40 por cento das 500 mil pessoas que o ME dá também como inscritas no 3.º ciclo.

Público

segunda-feira, 14 de junho de 2010

domingo, 13 de junho de 2010

Sul pior que o Norte

As regiões da Grande Lisboa e península de Setúbal têm permanecido entre as que se encontram abaixo da média nacional no que respeita à percentagem de alunos que transitaram de ano ou concluíram o seu nível de escolaridade respectivo, no que toca tanto ao 3.º ciclo do ensino básico como ao ensino secundário.Na lista dos pontos negros figuram também, entre outros, o Grande Porto, a zona do Oeste e o Algarve. No ensino secundário, das 30 sub-regiões (NUTS III) do país, 12 continuavam em 2007/08 abaixo da média nacional.

O Ministério da Educação, que divulgou estes dados, não apresenta razões para esta persistência de maus resultados na zona sul e que abrange regiões, como Lisboa, onde o rendimento líquido anual por agregado é maior. O gabinete de imprensa do ME indicou que "não tem nenhum estudo científico que sustente esta questão, pelo que todas as conclusões que se possam retirar da leitura dos dados poderão carecer de rigor e, portanto, serão evitadas".

Publico

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Avaliação conta para concurso


Os tribunais administrativos e fiscais de Beja e de Lisboa deram esta sexta-feira razão ao Ministério da Educação (ME) no litígio que o opunha à Fenprof, permitindo que a avaliação de desempenho conte para o concurso de professores contratados, anunciou o secretário de Estado Adjunto e da Educação, Alexandre Ventura.
O ME vai agora retomar o concurso de colocação de professores que se encontrava suspenso e que envolve cerca de 50 mil candidatos. Alexandre Ventura sublinhou que a decisão anterior do Tribunal Administrativo e Fiscal de Beja desfavorável ao ME era "provisória", enquanto estas são "definitivas" e somam-se a outras quatro proferidas por tribunais de Porto, Coimbra, Lisboa e Funchal que também deram razão ao ME.

Alexandre Ventura garantiu que "os professores estarão colocados nas escolas no início do ano lectivo". Até agora, a ordenação dos docentes para concurso era determinada apenas pela nota obtida no curso superior e pelo tempo de serviço, passando agora também a contar o factor avaliação.

Os docentes que obtiveram classificações de Muito Bom e Excelente podem assim ultrapassar os restantes. O CM contactou o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, que reservou uma reacção para mais tarde.

CM

Conteúdo - Tectónica de Placas 3


Como, durante os anos das décadas de 1950 e 60, foram sendo traçados mais mapas das anomalias magnéticas dos fundos oceânicos, logo mais informação, ficou provado que as variações magnéticasnão eram aleatórias mas obedeciam a padrões determinados. Quando estes padrões magnéticos foram traçados sobre grandes regiões, o fundo do oceano apresentou um padrão do tipo “zebra” (Ver figura da página anterior-formação da banda de anomalias magnéticas-). As bandas alternas de diferente polaridade magnética estavam colocadas, do lado de fora, em faixas, de um e do outro lado da crista médio-oceânica (meso-oceânica): uma faixa com polaridade normal e a faixa adjacente com polaridade invertida. O teste padrão total, definido por estas faixas alternadas de rocha magnetizada com polarização normal e inversa, tornou-se conhecido como o “listado” magnético.
A descoberta do “listado” magnético alertou, naturalmente, para mais perguntas: como se forma o teste padrão magnético do “listado”? E por que são as faixas simétricas em torno das cristas ou dorsais médio-oceânicos? Estas perguntas não poderiam ser respondidas sem se saber o significado destas dorsais. Em 1961, os cientistas começaram a teorizar sobre a estrutura das zonas das dorsais da crista médio-oceânica onde o fundo oceânico era rasgado em dois, longitudinalmente, ao longo da crista. O magma novo, proveniente de grandes profundidades da terra, subia facilmente, ao longo destaszonas de fraqueza, e era expelido ao longo da crista, criando uma crusta oceânica nova. Este processo, operando durante muitos milhões de anos construiu o sistema de 50.000 quilómetros ao longo das cristas ou dorsais médio-oceânicos. Esta hipótese era suportada por diversas linhas da evidência(1) junto da crista, as rochas são muito novas, e tornam-se progressivamente mais velhas quando afastadas da crista; (2) a rocha, mais nova, junto à crista, tem sempre uma polaridade (normal) actual; e (3) as “listas” das rochas paralelas e simétricas à crista alternam na polaridade magnética (normal-invertida-normal, etc.), sugerindo que o campo magnético da terra se inverteu muitas vezes.
exp_fund_ocea
Modelo animado e simplificado da expansão do fundo oceânico.

idade da crusta oceânica atlântica

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Conteúdo - Estrutura da Terra 3

veloc1.gif
A partir dos dados obtidos de vários sismogramas, é possível traçar-se um gráfico, como o representado acima, que relaciona o tempo gasto pelas ondas sísmicas com a distância epicentral. A velocidade das ondas P e S aumenta com a distância ao epicentro e a velocidade da onda L mantêm-se constante. A velocidade média das ondas sísmicas não é constante. Para o caso considerado, aumenta com a profundidade (quanto maior é a distância epicentral, maior é a profundidade atingida pelas ondas sísmicas), o que significa que o meio de propagação, isto é, o interior da Terra não é homogéneo sob o ponto de vista das grandezas que influenciam a sua propagação.
raref1.gif
Os raios sísmicos, tal como os raios luminosos, sofremreflexão e refracção ao passarem de um meio para outro de características físicas diferentes. Para ângulos de incidência superiores ao valor do ângulo crítico, o raio sísmico só se reflecte. Para valores inferiores ao valor do ângulo crítico, o raio sísmico refracta-se e reflecte-se.
Em sismologia, à superfície de separação entre dois meios com propriedades físicas diferentes chama-sedescontinuidade.
As trajectórias das ondas P e S são curvilíneas. Como a Terra é heterogénea, admite-se que as ondas sísmicas atravessem meios com propriedades físicas diferentes.
ondaraef4.gif
Esquema representando uma onda sísmica directa, reflectida e refractada.
Logo que um raio sísmico toca uma superfície, separando dois meios de propagação diferentes (superfícies de descontinuidade), reflecte-se e/ou refracta-se de modo que as suas trajectórias permitem, aos sismólogos, conhecer as características dos meios atravessados.
ondararef5.gif
Esquema representando possíveis comportamentos de uma onda P, numa superfície de descontinuidade, entre dois meios sólidos.
São precisamente estes fenómenos de reflexão e de refracção que explicam o facto de as ondas atingirem a superfície terrestre de modo desigual, originando para cada sismo umazona de sombra, isto é, uma zona onde não se propagam ondas P e S directas e, consequentemente, não se manifesta actividade sísmica.
descont1.gif
Esquema do trajecto das ondas sísmicas nas zonas mais superficiais da Terra.
As estações sismográficas AB e C, representadas no esquema, encontram-se a diferentes distâncias do epicentro de um mesmo sismo. Naturalmente é de esperar que as ondas cheguem primeiro à estação A, a mais próxima do epicentro, depois à estação B e, só depois, à estação C, que se encontra mais afastada. Em regra é assim que sucede. No entanto, nalguns casos, as ondas chegam primeiro à estação C. Tal só pode ser justificado admitindo que, ao atingirem determinada profundidade (na passagem do meio I para o meio II), a velocidade das ondas aumenta abruptamente, a ponto de percorrer em menos tempo um espaço maior.
Em 1909, em Zagreb na Jugoslávia, André Mohorovicic, notável geofísico, depois de complicados cálculos matemáticos chegou à conclusão que uma descontinuidade separa a crosta terrestre do que se encontra por baixo; este limite, denominado em sua honra descontinuidade de Mohorovicic, descontinuidade de Moho ou descontinuidade M, situa-se a uma profundidade média de 40 quilómetros. À zona situada abaixo dessa descontinuidade chamou-se manto. A descoberta de Mohorovicic permitiu seleccionar dados com interesse para o conhecimento da estrutura da Terra.
É de salientar que a profundidade da crosta (crusta) não é constante, variando entre os 5 e os 10 Km de espessura sob os oceanos, e entre os 20 e os 70 Km sob os continentes, sendo os valores mais elevados atingidos nas grandes cadeias montanhosas continentais.
A diferença de velocidade de propagação das ondas P nos oceanos (7 Km/s) e nos continentes (6 Km/s) permite considerar a crusta (crosta) subdividida em dois tipos: crusta continental e crusta oceânica. Esta variação da velocidade das ondas P ao longo da crusta deve-se à variação da sua composição - a crusta continental é constituída, essencialmente por rochas graníticas (d=2,7), enquanto que a oceânica é constituída, principalmente, por rochas basálticas mais densas (d=2,9).
terraios1.gif
Esquema mostrando as zonas de sombra assinaladas pelo comportamento das S e P à profundidade de 2900 Km (limite da zona representada a amarelo) e 5.150 Km (limite da zona representada a branco), bem como os diferentes estados físicos das sucessivas camadas concêntricas da Terra, deduzidos a partir das velocidades de propagação das ondas sísmicas.
Em 1906, o irlandês Oldham verificou que as ondas P registadas no pólo oposto ao epicentro de um sismo se encontravam atrasadas em comparação com as registadas nas proximidades do epicentro, propagando-se a 4,5 Km/s em vez dos 6,5 Km/s habitualmente observáveis. Oldham concluiu que "as ondas, penetrando a grande profundidade, atravessam um núcleo central composto por uma matéria diferente, que as transmite com menor velocidade". E, assim, admitiu-se pela primeira vez a existência de um núcleo, contudo, de dimensão desconhecida. Sete anos mais tarde, o alemão Beno Gutenberg consegue determinar a sua dimensão, depois de observar que, para cada sismo, existe um sector da superfície terrestre onde é impossível registar ondas sísmicas directas, isto é, ondas sísmicas que atingem a superfície terrestre sem sofrerem desvios na sua trajectória, que, no interior da Terra, é geralmente curvilínea. A esta faixa dá-se o nome de zona de sombra e a mesma situa-se a uma distância angular do epicentro compreendida entre os 105o e os 142o(103o e 143o); fazendo a conversão da distância angular em distância quilométrica, sobre a superfície terrestre, a zona de sombra de um sismo situa-se entre os 11.500 e os 14.000 Km de distância do epicentro. As estações sismográficas localizadas até 105o registavam a chegada das ondas P e Snos horários previstos; as estações situadas para além dos 142o do epicentro do sismo não registavam a chegada das ondas S (S sombra), e as ondas P (K) eram registadas com atraso em relação ao tempo previsto.
Gutenberg demonstrou que esta zona de sombra se deve a uma descontinuidade. A análise comparada de séries de sismogramas de diferentes estações sismográficas permitiu a Gutenberg calcular a profundidade desta descontinuidade - 2.900 Km. Por este facto, a esta fronteira que assinala o início do núcleo, dá-se o nome de descontinuidade de Gutenberg (no esquema acima representado corresponde ao limite da zona amarela).

Xadrez e Ensino


O Departamento de Matemática da Universidade de Évora em colaboração com a Delegação Regional do Sul e Ilhas da Sociedade Portuguesa de Matemática promovem pelo segundo ano consecutivo  a Acção de Formação "Xadrez e Ensino" a realizar em Évora, nos dias 19 e 26 Junho e 3 e 10 de Julho de 2010, no Colégio Luís António Verney.

Esta Acção de Formação está acreditada pelo Conselho Científico e Pedagógico da Formação Contínua, órgão do Ministério da Educação responsável pela acreditação das acções de formação contínua de professores, nos grupos de docência 230, do 2º ciclo do Ensino Básico, e 500 e 510, do 3º ciclo do Ensino Básico e Secundário, e podendo ser acreditado posteriormente em outros grupos de docência.

Registo nº CCPFC/ACC-57805/09
Nº de créditos: 1,1



Contactos para Informações
Departamento de Matemática
Tele. 266 745 370, Fax: 266 745 393





Valores de inscrição
Inscrição até dia 14 de Junho, 40 euros





O valor da inscrição inclui as pastas do evento, coffee-breaks, tabuleiro de xadrez e, ainda, um livro de xadrez. O seu pagamento deve ser feito através de cheque cruzado, endossado à Universidade de Évora, o qual deve ser enviado, juntamente com a ficha de inscrição, para a morada seguinte:

Organização da Acção de Formação "Xadrez e Ensino"
Universidade de Évora
Departamento de Matemática
Rua Romão Ramalho, 59
7000-671 Évora

Uma cópia da ficha de inscrição deve também ser enviada para o seguinte endereço de email: xadrez10@uevora.pt
 Para obter algum esclarecimento adicional deverá contactar-nos através do email anterior.



terça-feira, 8 de junho de 2010

Avaliação na plataforma informática


Arrastar impasse no concurso e desrespeitar decisão do tribunal é irresponsável, alerta a FENPROF
O Ministério da Educação enviou às escolas, durante a noite de ontem, domingo, dia 6, um despacho da DGRHE que obriga as escolas que, há 1 ano, avaliaram os professores sem utilizarem a plataforma informática do ME, a fazerem-no durante o dia de hoje, 7 de Junho.
Convirá dizer que as escolas que calcularam as classificações à margem da referida “plataforma informática”, o fizeram por razões de rigor, pois o instrumento disponibilizado pelo ME era impreciso e arredondava as classificações, daí resultando a própria alteração da menção avaliativa. Exemplo:
- dois professores no intervalo do Bom, um com 7,4 outro com 7,5 viram arredondadas as classificações, respectivamente, para 7 (mantendo o Bom) e para 8 (passando a ter Muito Bom e uma bonificação no concurso).
Esta questão dos arredondamentos é das que o Tribunal Administrativo e Fiscal de Beja considerou factor de desigualdade, sendo que, para milhares de docentes candidatos ao concurso, nem sequer a avaliação é considerada (por exemplo, os avaliados pelo SIADAP ou os que trabalharam nas Regiões Autónomas).
Conclui-se, então, que o Ministério da Educação, em vez de corresponder à Recomendação da Assembleia da República, às preocupações da Provedoria de Justiça e à decisão reafirmada do TAF de Beja, decide, irresponsavelmente, desenvolver procedimentos que, arrastando a suspensão do concurso por mais tempo, terão consequências no início do ano escolar, em Setembro, em todas as escolas.
Esta atitude obstinada do ME é irresponsável e, neste caso concreto, só serve para dar ainda mais trabalho às escolas num momento em que estas se encontram exacerbadas de trabalho com o encerramento do ano lectivo.
É inaceitável este comportamento do ME que desrespeita as escolas, os docentes, a Assembleia da República, a Provedoria de Justiça e o Tribunal. É mesquinha esta atitude de quem arrasta um problema apenas para “não dar o braço a torcer”. A Educação merece (muito) melhor!

Fenprof

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Ministério diz que tribunal lhe reconhece «plena razão» nos processos de avaliação de professores

O Ministério da Educação informou hoje que lhe foi reconhecida «a plena razão» nos processos de avaliação do desempenho como parte do concurso de professores, depois de conhecida a sentença do Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa. 

Os sindicatos de professores interpuseram providências cautelares e intimações em vários tribunais administrativos para impedir que a avaliação constasse do concurso para o ano lectivo de 2010-2011, por considerarem que iria criar situações de injustiça.

A Assembleia da República aprovou em Maio, com os votos favoráveis de todos os partidos da oposição, um projecto de resolução do CDS-PP recomendando ao Governo que a avaliação de desempenho não seja tida em conta nos concursos de professores, dada a forma conturbada e desigual como decorreu o processo avaliativo nas diferentes escolas do país na anterior legislatura.

Em nota hoje emitida, a tutela diz que «o Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa, por sentença datada de 28 de Maio de 2010, deu razão aos argumentos do Ministério da Educação no âmbito da acção de intimação que visava eliminar a avaliação do desempenho do concurso de professores».

O Ministério de Isabel Alçada refere que esta decisão «vem no mesmo sentido» da do Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra e da do Tribunal Administrativo e Fiscal do Funchal, pronunciadas a 31 de Maio e a 1 de Junho, respectivamente.

Lusa / SOL

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Ministra nega facilitismo na possibilidade de passar do oitavo para o 10º ano

A ministra da Educação, Isabel Alçada, negou hoje que a possibilidade de os alunos, com mais de 15 anos, auto-proporem-se a exame do 9º ano e passarem para o 10º ano seja facilitismo. A medida, criada em Fevereiro, dá uma nova oportunidade de avaliação para os alunos com mais de 15 anos e que ficariam este ano retidos no 8º ano.

“Não é uma medida que tenha a ver com facilitismo, é ao contrário. O exame é o mesmo. Mas aqueles que não tiveram possibilidade de completar no ano próprio, podem preparar-se, estudar com apoio fora da escola e se tiverem nota para passar, passarão e podem prosseguir estudos”, disse a ministra aos jornalistas, no final do debate parlamentar, e em reacção a uma notícia publicada hoje pelo jornal i.

Isabel Alçada lembra que “já houve esta possibilidade em tempos e que agora foi repensada”.

Questionada sobre a viabilidade real de um aluno conseguir passar no exame sem frequentar as aulas, a ministra diz acreditar nessa possibilidade. “Se estudarem, se tiverem vontade – a vontade move o mundo - se quiser esforçar-se, recorrer a apoios para superar dificuldades, acredito que para alguns isso será possível”, respondeu.

A Associação Nacional de Professores e o Conselho de Escolas consideram que a medida não terá grandes efeitos práticos. Em bom rigor, será difícil que os alunos ultrapassem este tipo de exames. Um aluno que não tenha frequentado o 9º ano dificilmente conseguirá um bom resultado no exame”, considerou à TSF João Granjo, presidente da Associação Nacional de Professores.

Também o presidente do Conselho de Escolas, Álvaro Almeida dos Santos, é de opinião que “vai ser bastante difícil em termos práticos o alunos ultrapassar este obstáculos [dos exames]”. Citado pela Lusa, o dirigente considerou que, “tal como está, a medida não deverá ter um grande efeito prático”, não contestando também “a justeza e a generosidade da medida”.

A questão é levantada na edição de hoje do diário i, que classifica como “polémica” a medida do Ministério da Educação (ME) “que permite aos alunos com mais de 15 anos fazer as provas do 9º ano e saltar a última etapa do ensino básico”. Segundo o jornal “a medida apanhou uma boa parte os professores desprevenida, já que só ao longo das últimas semanas foram sendo informados pelas escolas das novas directivas, durante as reuniões gerais de preparação para os exames nacionais”.

O presidente do Conselho de Escolas mostrou-se surpreendido “por só agora se ter notado que isto era possível”, já que a medida do ME foi publicada em Diário da República em meados de Fevereiro.

A justificação remetia para o facto e os alunos inscritos no 8º ano que fiquem retidos neste ano lectivo passarão “automaticamente a ser abrangidos” pelo novo limite de escolaridade obrigatória, alargado até aos 18 anos. Foi devido à inclusão deste alunos no novo regime, que o ME decidiu criar um nova oportunidade de avaliação e que é válida unicamente para este ano.

Público

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Piropos lançam medo na escola


As autoridades policiais não encontraram até ontem motivo que justifique um alerta lançado pela Escola Secundária de Canas de Senhorim, segundo o qual duas carrinhas suspeitas andavam a circular nas proximidades com ocupantes que ameaçavam a integridade física das alunas.A escola divulgou um alerta interno e enviou aos encarregados de educação uma carta onde lhes pedia que acompanhassem os alunos, adiantando que militares da GNR, incluindo à civil, estavam a vigiar a zona e já tinham identificado os suspeitos. O estabelecimento também comunicou as suspeitas à GNR, por escrito.
"As pessoas das carrinhas são de bem", explicou ontem uma fonte policial, adiantando que as declarações das alunas, entre 13 e 16 anos, que diziam ser abordadas e molestadas, "são contraditórias e extemporâneas". Os boatos evoluíram depois de um grupo de operários da construção civil ter lançado uns piropos às alunas. Mas, dado o alarme criado, a GNR poderá comunicar o caso a tribunal. O mesmo poderão fazer os donos das viaturas, cujas matrículas e outros dados circulam agora na internet, ligadas às suspeitas.
Apesar de tudo, e de "não haver nada de anormal", Rogério Oliveira, pai de uma aluna, considera que a escola "fez bem" em avisar os pais. A direcção da escola não esteve ontem contactável.

terça-feira, 1 de junho de 2010

500 Escolas com menos de 20 alunos encerradas em Setembro


O Ministério da Educação estima que já no próximo ano lectivo estejam encerradas cerca de 500 escolas do 1.º ciclo com menos de 20 alunos, no âmbito de um plano de reorganização da rede escolar.

O número provisório foi avançado hoje pelo secretário de Estado da Educação,João Mata, enquanto decorria a reunião do Conselho de Ministros que aprovou a resolução que estabelece os princípios para a reorganização da rede escolar pública.

"Cerca de 500 escolas já não abrem em Setembro", disse aos jornalistas João Mata, sublinhando que os dados definitivos só serão conhecidos a 15 de Junho, altura em que termina a avaliação da situação no terreno.

"O encerramento das escolas com menos de 20 alunos é um princípio que tem de ser aferido no terreno. Há um trabalho de proximidade que está a ser feito com as autarquias e com os agrupamentos escolares", sublinhou o secretário de Estado, explicando que esta resolução do Conselho de Ministros significa que vão encerrar apenas as escolas sem condições.

João Mata garantiu que "os alunos só são deslocados se forem para escolas com melhores condições de ensino e aprendizagem, para garantir igualdade de oportunidades".

Entre as condições que o Governo considera essenciais está a existência de "refeitório, salas de informática, salas para o ensino do inglês e da música".

No total, existem 3200 escolas do 1.º ciclo, das quais 600 têm menos de 20 alunos. Em Portugal, frequentam o 1.º ciclo cerca de 470 mil crianças, estimando-se que esta medida afecte no máximo dez mil crianças.

Em conversa com os jornalistas no Ministério da Educação, João Mata voltou hoje a lembrar que as escolas com menos de 20 alunos apresentam taxas de retenção muito superiores à média nacional: "Em média, a taxa de retenção é superior a 33%".

João Mata disse ainda que este é um trabalho que veio "prosseguir e aprofundar o trabalho iniciado em 2005 e que levou ao encerramento de cerca de 2500 escolas: escolas de insucesso, isoladas e sem condições e sem recursos adequados ao sucesso escolar".