A Fenprof sublinhou esta quarta-feira que a consideração da avaliação de desempenho no concurso de professores provocou "graves injustiças", depois de serem divulgadas as listas provisórias, e apelou aos docentes para que reclamem.
"Ao ser considerada a avaliação neste concurso, há candidatos que sobem centenas de lugares em prejuízo de outros por razões extremamente injustas que se impõem num quadro de desigualdade e discriminação", afirma a Federação Nacional dos Professores (Fenprof), em comunicado.
Foram esta quarta-feira divulgadas as listas provisórias de ordenação dos docentes candidatos à contratação, bem como a destacamento por condições específicas, para o próximo ano lectivo.
A Fenprof sublinha, entre outros aspetos, que muitas escolas decidiram atribuir ‘Bom’ a todos os professores, o que não permite obter uma bonificação - reservada para as classificações de 'Muito Bom' e 'Excelente'.
Até à data, os listas de ordenação eram definidas pela nota de curso dos docentes e pelos anos de serviço.
No comunicado, a federação liderada por Mário Nogueira apela aos professores que foram ultrapassados para reclamarem, já que "uns lugares acima ou abaixo na lista graduada pode significar um ano com emprego ou no desemprego".
A divulgação das listas provisórias atrasou-se devido a uma providência cautelar interposta pela Fenprof no Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF) de Beja, contra a consideração da avaliação nos concursos.
O tribunal deu razão ao Ministério da Educação (ME), mas o sindicato requereu "a reforma da sentença" com base no facto de "o ME ter alegado com argumentos falsos" junto do TAF.
Sem comentários:
Enviar um comentário