A Associação Portuguesa de Professores de Espanhol – Língua Estrangeira (APPELE) está a apelar ao Ministério da Educação para que suspenda o concurso para colocação de professores daquela disciplina. Em causa, alerta a direcção, está “a justiça na ordenação dos professores para a efectivação nas escolas” e a própria “qualidade pedagógica”, na medida em que, alegando carência de docentes daquele grupo, o ME está a permitir que profissionalizados e não profissionalizados concorram em igualdade de circunstâncias.
A alteração das condições dos concursos data do início de Março, altura em que, segundo Sónia Duarte, dirigente da APPELE, a associação começou a alertar o ministério para “a gravidade da situação”. A dirigente critica, em concreto, uma determinação estabelecida “através das regras do concurso, mas não legislada”: a de que um professor com qualificação profissional numa qualquer Língua Estrangeira ou em Português e com o Diploma Espanhol de Língua Estrangeira (DELE) nível C do Instituto Cervantes concorre em igualdade de circunstâncias com os que fizeram a sua profissionalização em Espanhol.
“A medida é transitória, mas as consequências são definitivas. Apesar de haver professores profissionalizados para preencher as cerca de 220 vagas para o quadro de nomeação definitiva, o mais provável é que elas sejam ocupadas por professores menos qualificados mas com mais anos de serviço. E isto não acontece de uma forma provisória, mas para a vida”, protesta Sónia Duarte.
Em ofício dirigido ao Ministério da Educação e a outras entidades, a APPELE sublinha que o grupo de Espanhol só foi criado em 1999, pelo que, se as regras não forem alteradas, como pretendem, “os professores profissionalizados ficarão colocados no fim da lista de candidatos”.
Desde o fim do dia que o PÚBLICO tenta obter uma reacção do Ministério da Educação a esta situação.
Graça Barbosa Ribeiro/Público
A alteração das condições dos concursos data do início de Março, altura em que, segundo Sónia Duarte, dirigente da APPELE, a associação começou a alertar o ministério para “a gravidade da situação”. A dirigente critica, em concreto, uma determinação estabelecida “através das regras do concurso, mas não legislada”: a de que um professor com qualificação profissional numa qualquer Língua Estrangeira ou em Português e com o Diploma Espanhol de Língua Estrangeira (DELE) nível C do Instituto Cervantes concorre em igualdade de circunstâncias com os que fizeram a sua profissionalização em Espanhol.
“A medida é transitória, mas as consequências são definitivas. Apesar de haver professores profissionalizados para preencher as cerca de 220 vagas para o quadro de nomeação definitiva, o mais provável é que elas sejam ocupadas por professores menos qualificados mas com mais anos de serviço. E isto não acontece de uma forma provisória, mas para a vida”, protesta Sónia Duarte.
Em ofício dirigido ao Ministério da Educação e a outras entidades, a APPELE sublinha que o grupo de Espanhol só foi criado em 1999, pelo que, se as regras não forem alteradas, como pretendem, “os professores profissionalizados ficarão colocados no fim da lista de candidatos”.
Desde o fim do dia que o PÚBLICO tenta obter uma reacção do Ministério da Educação a esta situação.
Graça Barbosa Ribeiro/Público
3 comentários:
É Uma vergonha o que este Governo fez e faz à educação!!!!!! E fará, se para lá voltarem. A Educação é o futuro de um estado. Vamos todos pagar a factura muito vara nos próximos anos. E não me preocupam as reforma (ou ausências delas) se lá chegar, mas sim a qualidade daqueles que vão ter que cuidar de mim quando tiver a idade dos avós. A razão? A culpa? Do actual governo e Ministério da Educação!
http://www.peticao.com.pt/grupo-de-recrutamento-350
petição on line
Sou professora profissionalizada e no quadro há já cinco anos, no entanto acho realmente uma injustiça esta portaria. No nosso grupo 350, temos professores contratados há anos que lutam pelo espanhol e que nunca ficaram efectivos porque abriam sempre poucas vagas. No melhor ano, foram oito vagas! Este ano que há tantas dêem estabilidade aos contratados que têm uma licenciatura das nossas Faculdades, com disciplinas anuais de língua, cultura, literatura e didáctica do espanhol. Não foram disciplinas assim tão fáceis, pois exigiram muito trabalho e dedicação de cada um de nós! NUnca ninguém se preocupou com os professores de espanhol! PAra conseguirmos os primeiros estágios a nível nacional, fomos um grupinho de cinco estudantes da Faculdade de Letras de Lisboa, a andar de escola em escola pedir, por favor, que nos dessem uma turma; fomos a audiências no Ministério da Educação; nem os sindicatos acreditavam em nós, tanto que nunca nos ajudaram! Mas agora, com tanta vaga, o espanhol já interessa! Não pode ser! Eu que tanto lutei pelo espanhol nas escolas, tanta hora da minha vida de diquei a sensibilizar os alunos para esta língua tão bonita, quero alunos bem formados! Dar espanhol, não é um emprego é uma dedicação e um amor pela cultura de um povo e pela língua! Não destruam aquilo que conseguimos em 1999!
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