quarta-feira, 22 de julho de 2015
terça-feira, 21 de julho de 2015
Notícia - Pinguim-rei morre mais e tem menos filhos por causa de marcadores metálicos
A identificação um indivíduo no meio de uma população de pinguins não é fácil. Uma das técnicas utilizadas é a utilização de marcadores em forma de banda que se colocam nas asas dos pinguins. Nas últimas décadas, vários estudos discutiam se esta abordagem causava algum mal às espécies, agora uma investigação de dez anos publicada na Nature mostra que os pinguins-rei com estes marcadores são mais susceptíveis e procriam menos. A banda metálica é utilizada para identificar os pinguins (DR) “O quadro é desambiguo”, disse à AFP Yvon Le Maho da Universidade de Estrasburgo, na França. “Entre os pinguins com bandas, os indivíduos menos adaptados morrem nos primeiros cinco anos do estudo, deixando vivos os super-atléticos. Nos outros cinco anos, a mortalidade é igual mas o sucesso reprodutivo dos pinguins com bandas foi de 39 por cento abaixo da média.” A equipa de investigação estudou uma população de pinguim-rei, Aptenodytes patagonicus, da ilha da Possessão, no arquipélago Crozet perto da Antárctida. Os investigadores escolheram cem indivíduos ao acaso e colocaram em 50 bandas metálicas à volta da asa, os outros 50 foram seguidos por radares que detectam implantes. O estudo decorreu entre 1998 e 2008. Durante os dez anos morreram mais 16 por cento de pinguins com os marcadores, a mortalidade foi concentrada na primeira metade da década. O que a equipa estima é que as bandas dificultam a movimentação na água, obrigando um esforço maior por parte dos pinguins e um maior gasto de energia. Isto faz com que estes indivíduos permaneçam mais dias no mar para caçar e cheguem a terra dias mais tarde, atrasando a reprodução e fazendo com que muitas vezes só tenham filhos no ano seguinte. Muitas vezes os pinguins servem para estudar o impacto das alterações climáticas no oceano, já que estão no topo da cadeia alimentar. À luz deste artigo, os estudos que tiram conclusões sobre este assunto utilizando populações de pinguins estudadas com marcadores podem ter que ser revistos, defende o artigo. “Durante o decurso do nosso estudo, quando a temperatura do mar era baixa e o alimento era abundante, não existia virtualmente nenhuma diferença entre aves com bandas e aves sem bandas”, disse Claire Saraux, colega de Yvon Le Maho. “No entanto, quando a temperatura aumenta e o alimento é menos abundante, os pinguins tem que nadar mais rápido, e os pinguins com banda permanecem mais tempo no mar à procura de alimento.”
Vila Nova Gaia - prof/a Biologia
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Notícia - Fóssil pode ajudar a explicar a origem das pinças dos escorpiões

O Schinderhannes bartelsi foi encontrado fossilizado numa ardósia extraída de uma mina perto da localidade de Bundenbach, na Alemanha. A zona, denominada Hunsrück Slates, é conhecida por ter fornecido ao mundo diversas pistas sobre a evolução dos artrópodes.
“O espécimen é o único exemplo conhecido desta invulgar criatura”, disse o investigador da Universidade de Yale, Derek Briggs, autor do artigo na prestigiada revista científica.
Com esta descoberta, os cientistas ficam mais próximos de perceber a origem das duplas quelíceras (apêndices articulados que estão ao lado da boca e servem para apanhar as presas) que se podem encontrar nas cabeças dos escorpiões e dos caranguejos-ferradura – animal no qual foi inspirado o desenho do Pavilhão Atlântico em Lisboa. Estas quelíceras podem ser equivalentes às encontradas em criaturas que supostamente se terão extinguido cem milhões anos antes do Schinderhannes bartelsi.
A secção da cabeça do fóssil tem grandes olhos salientes, uma abertura de boca circular e um par de apêndices cobertos de espinhos. O tronco é composto por 12 segmentos e o corpo termina numa cauda em forma de espigão. Entre a cabeça e o tronco existem duas extremidades triangulares, com a forma de asa – que supostamente ajudariam a criatura a nadar, da mesma forma como os pinguins fazem, refere Briggs. O Schinderhannes bartelsi mede cerca de 10 centímetros, ao contrário dos seus antepassados que quase atingiriam um metro de comprimento.
“Infelizmente a mina de onde foi retirado este fabuloso material está fechada por razões económicas, e assim os únicos especímes adicionais que vão aparecer estão já nas mãos de coleccionadores, que podem não estar devidamente preparados ou conscientes do que [os espécimes] representam”, lamentou Briggs.
Público
segunda-feira, 20 de julho de 2015
domingo, 19 de julho de 2015
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