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sexta-feira, 8 de maio de 2015

Eu não acredito!


Por que há pessoas que negam as evidências?
O HIV não causa a sida. As vacinas provocam autismo. O que é natural é mais saudável. São exemplos de teses defendidas pelos negacionistas, que insistem em fechar os ouvidos ou deturpar os dados científicos. É possível desmascará-los?

O problema da fome no mundo é um perfeito exemplo da aversão pela ciência formal, ou seja, a que é feita em universidades e centros de investigação. Esta recusa dos dados e dos métodos científicos surgiu nas derradeiras décadas do século XX, depois de se ter esfumado a veneração da década de 1950. Continuamos a acreditar nos milagres tecnológicos, mas, de forma contraditória, temos pouca fé nos que são capazes de produzi-los.

Na África subsahariana, há governos como o da Zâmbia, com 2,4 milhões de habitantes à beira da inanição, que recusou, em 2002, receber do World Food Programme várias toneladas de sementes geneticamente modificadas. As autoridades preferiam deixar que os seus cidadãos morressem de fome a plantar as sementes “venenosas”.

Na era da biologia molecular, e com uma teo­ria da evolução completamente estabelecida e comprovada, cresce o número de pes­soas que pensam que Deus nos colocou na Terra como quem planta um gerânio num vaso. O criacionismo conta com um número crescente de adeptos, como é o caso, nos Estados Unidos, dos defensores da chamada “inteligência superior”, uma nova teoria da origem da vida que os darwinianos designam por “neocriacionista”. Segundo os seus defensores, a teoria da evolução não tem resposta para algumas questões sobre o desenvolvimento de determinadas formas vivas. O conceito darwinista da selecção natural não explica totalmente, por exemplo, certas estruturas existentes em seres como os flagelados (protozoários) ou as asas de moscas do género Drosophila, de acordo com Michael Behe, professor de bioquímica na Universidade de Lehigh, o qual insiste que a complexidade dos flagelados e de certos “mecanismos” existentes nas células não pode ter evoluído a partir de outras formas vivas.

Entra o negacionismo científico
Por outro lado, o que dizer, por exemplo, de George W. Bush (fervoroso criacionista) e do seu plano para a prevenção da sida denominado “Abstenção até ao Casamento”? Durante o seu mandato, o ex-presidente norte-americano atribuiu mais de mil milhões de dólares a este programa de política social, apesar de numerosos estudos mostrarem que o convite ao celibato só em raras ocasiões alcançava os objectivos propostos.

Esta forma de pensar, normalmente guiada pela ideologia ou pela religião e que despreza qualquer constatação científica, é designada por “negacionismo científico”. O termo “negacionista” surgiu, pela primeira vez, para referir os autodenominados “revisionistas do Holocausto”, que negam a realidade da matança sistemática de judeus nos campos de concentração. Pela sua conotação moral, muitos criticam que seja utilizado para descrever os que rejeitam, por exemplo, a existência das alterações climáticas. Todavia, há cientistas que consideram que se trata de uma aplicação correcta. Na opinião do virologista norte-americano Robert Gallo, um dos responsáveis pela descoberta do vírus da imunodeficiência humana (VIH), negar que o agente viral seja o causador da sida é semelhante a semear dúvidas sobre o genocídio nazi.

De certa maneira, não deixa de ter razão. Entre 1999 e 2008, a ministra da Saúde da África do Sul (país com cinco milhões de infectados pelo VIH), a ginecologista Manto Tshabalala-Msimang, recentemente falecida, mostrou sempre uma total aversão pelos fármacos retrovirais, ao mesmo tempo que louvava as virtudes do alho, da beterraba, do limão, do azeite e da batata como cura para a pandemia. Poder-se-á quantificar, alguma vez, os danos causados por essa governante anticientífica?

É semelhante o empenho manifestado pelos líderes muçulmanos do Norte da Nigéria. Em 2003, proibiram os fiéis de se vacinarem contra a poliomielite porque, alegavam, fazia parte de uma conspiração ocidental para esterilizar as meninas muçulmanas e propagar ainda mais a sida. Consequência? Os casos de poliomielite aumentaram drasticamente e alguns dos doentes que viajaram até Meca contagiaram outros muçulmanos, o que provocou surtos da doença em mais 12 países.

O VIH não existe
Por vezes, podemos encontrar currículos espectaculares entre as fileiras dos negacionistas. É o caso do biólogo molecular Peter Duesberg, que começou a questionar a relação entre o VIH e a sida em 1987. Outros, como os médicos australianos do Grupo de Perth, negam a própria existência do vírus. Segundo escreveu, em 1993, o então editor da revista Nature, o falecido John Maddox, “os seus argumentos assentam na utilização de retóricas falsas, e ignoram qualquer constatação que entre em conflito com as suas afirmações”.

Nesse caso, por que será que acabam por se converter em opiniões generalizadas? De acordo com o divulgador norte-americano Michael Specter, perito em tecnologia e saúde, isso deve-se, em parte, ao facto de os cidadãos sentirem que estão a perder o controlo sobre o meio circundante devido à rapidez dos avanços tecnológicos. “Trata-se de uma tentativa para reduzir o mundo a dimensões compreen­síveis”, resume.

Contribuíram para isso as más práticas ou o abuso de poder por parte da comunidade científica. O exemplo mais patente é o das barbaridades cometidas durante a Segunda Guerra Mundial pelos médicos nazis e japoneses; se bem que os norte-americanos também tenham motivo para se envergonharem: entre 1932 e 1972, investigadores do Serviço Público de Saúde efectuaram a Experiência Tuskegee, que consistia em deixar de tratar centenas de homens negros doentes de sífilis, para estudar a evolução da doença.

Outra forma de negacionismo é afirmar a existência de uma relação entre dois fenómenos, mesmo que não existam quaisquer provas disso. Um exemplo é a ideia de que a vacinação provoca, entre outras coisas, o autismo. A hipótese surgiu em 1998, quando um grupo de médicos liderado por Andrew Wakefield publicou, na revista médica The Lancet, um estudo em que assegurava haver uma ligação entre a vacina tripla viral (contra a papeira, o sarampo e a rubéola) e os sintomas do autismo. Foi de imediato desmentido.

O regresso do sarampo
Contudo, o pânico espalhou-se entre os ingleses; no prazo de um ano, as vacinações passaram de 92 para 73 por cento. Chegou mesmo ao número 10 de Downing Street: o primeiro-ministro, Tony Blair, recusou revelar se tinha imunizado o seu filho mais novo. Em consequência da situação, o número de casos de sarampo, em Inglaterra e no País de Gales, foi maior em 2006 e 2007 do que na totalidade da década anterior. Em 2008, a incidência aumentou cerca de 50%.

Avaliar os danos é uma tarefa complexa. Para já, a OMS teve de renunciar ao seu objectivo de erradicar, ainda este ano, o sarampo da Europa. Não temos consciência de que só o saneamento básico e a higiene fizeram mais pela saúde humana do que as vacinas, e que nem sequer os antibióticos conseguem competir com elas.

Nos Estados Unidos, quando uma comissão criada pela prestigiosa Academia Nacional de Ciências publicou, em 2001, o relatório sobre a suposta relação entre as imunizações e o autismo, hordas de negacionistas atacaram-no e acusaram os cientistas de estarem a soldo das companhias farmacêuticas. O clamor foi de tal ordem que se voltou a divulgar, em Maio de 2004, um novo relatório ainda mais pormenorizado. Após uma análise exaustiva de todos os dados publicados e ainda por publicar em estudos epidemiológicos efectuados em numerosos países com centenas de milhares de crianças, a comissão confirmava que não existia qualquer prova de uma ligação. A presidente, Marie McCormick, era suficientemente explícita: “Não há qualquer dúvida sobre as conclusões; os dados são claríssimos.”

Contudo, o medo é mais infeccioso do que os vírus, sobretudo se houver personalidades conhecidas a contribuir para propagá-lo. Robert F. Kennedy Jr. acusou o Centro de Controlo de Doenças (CDC) de “ordenar aos investigadores que negassem qualquer ligação com o autismo”. Num artigo publicado na revista Rolling Stone, acusou as diversas agências de saúde governamentais de conspirarem com a indústria farmacêutica para ocultar os riscos das vacinas à população. Confessou, ainda, ter sido um céptico até ter lido determinados estudos científicos que lhe abriram os olhos. Claro que não revelou quais tinham sido, ou onde tinha adquirido as suas súbitas competências epidemiológicas.

Outros, como Jenny McCarthy, ex-namorada do actor Jim Carrey, têm uma maneira singular de se “especializar” na questão. Quando lhe disseram que os dados da CDC pareciam refutar a campanha antivacinas que lançara, respondeu: “A minha ciência chama-se Evan [o seu filho autista] e está agora em casa.” Onde obteve os conhecimentos que defende? “Na Universidade do Google.” Noutra ocasião em que três médicos mostraram estar em desacordo com a ex-coelhinha da Playboy, ela replicou simplesmente: “Merda!” Carrey é igualmente conspiranóico: “Não podemos permanecer cegos aos interesses da CDC, da Academia Americana de Pediatria e da indústria farmacêutica.”

O efeito deste género de posições pode ser muito perigoso (http://www.jennymccarthybodycount.com). Em alguns estados norte-americanos, os pedidos de isenção de vacinas por motivos filosóficos ou religiosos quadruplicaram durante a última década. O problema não é haver uma minoria de crianças sem imunização: a doença precisa de estender os seus tentáculos e, sem uma massa crítica de organismos receptivos, não pode progredir. Porém, se houver menos de 90% vacinados, a protecção de grupo desaparece e as consequências são difíceis de prever. É o caso, já referido, do sarampo no Reino Unido, país onde estava praticamente erradicado em meados da década de 1990. Contudo, os negacionistas descrevem desdenhosamente a evidência estatística como sendo “outro ponto de vista”.

Cruzada para eliminar o sintético
O triunfo dos argumentos anti-empíricos afecta também a esfera do consumo. Imagine que lhe mostram duas fatias de pão: uma provém de uma grande superfície e a outra, idêntica, de uma pequena padaria. Qual escolheria? Certamente, a segunda. Os motivos pouco têm a ver com a qualidade do alimento; simplesmente, o produto artesanal significa autenticidade. Fala-nos de uma forma de vida tradicional, talvez mais verdadeira e honesta; para nós, urbanos, que vivemos longe do campo, a agricultura evoca a beleza, o lar, a terra. A Revolução Industrial, com as suas máquinas e tecnologias, destruiu esse mundo puro, semelhante à povoação onde vivem os alegres e genuínos hobbits de O Senhor dos Anéis.

O desejo de autenticidade é convenientemente explorado por muitos dos defensores da agricultura orgânica ou biológica, que não utiliza fertilizantes químicos nem organismos geneticamente manipulados. “Se estiver preo­cupado com a sua saúde ou com a dos seus filhos, com a forma como os animais são tratados ou com o bem-estar dos agricultores e o futuro do planeta, deve comprar alimentos orgânicos”, recomenda Peter Melchett, da Soil Association, a organização de agricultura ecológica mais importante do Reino Unido.

Este género de raciocínio, que envolve uma superioridade ética, é habitual entre os seus adeptos. Trata-se de uma missão quase evangelizadora: cultivar e comer tudo o que seja saudável e natural, livrando o mundo da sua dependência do sintético. Por vezes, a publicidade tenta confundir biológico com fresco. É óbvio que os produtos de agricultores vizinhos sabem melhor. A vantagem de ter uma pequena horta no jardim reside, precisamente, no facto de se consumirem vegetais acabados de colher, independentemente dos métodos utilizados para o seu cultivo. Todavia, não é verdade que os alimentos ecológicos sejam mais nutritivos e saudáveis do que os convencionais, como demonstram diferentes estudos.

Em 2008, o governo dinamarquês encarregou o Centro de Investigação de Alimentos Orgânicos de descobrir se havia diferenças significativas em função do modo de cultivar cenouras, batatas e maçãs. Durante dois anos, os produtos foram o sustento de ratos de laboratório. Os investigadores, liderados por Susanne Bügel, da Universidade de Copenhaga, concluíram que o seu trabalho “não apoiava a convicção de que os alimentos orgânicos contivessem mais nutrientes”. Tal como outros negacionistas, muitos dos seus defensores limitam-se, simplesmente, a fazer ouvidos de mercador aos estudos e continuam a proclamar as virtudes daquilo em que acreditam. Ou, então, chegam aos extremos do combativo Peter Melchett, que afirma: “São os consumidores, e não os cientistas, que devem decidir se os pesticidas utilizados são seguros.” Importa-se de repetir?

A defesa cega do natural torna-se atraente, muito embora nada do que comemos hoje possa, realmente, ser assim designado, pois resulta de séculos de manipulação genética através da selecção artificial e da hibridação. Actualmente, a referida manipulação é feita em laboratório e provoca grandes receios... apenas no nosso prato. Nina Fedoroff, assessora científica da secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton, é suficientemente clara: “Aceitamos a tecnologia no campo da medicina, mas, quando se trata de alimentos, queremos recuar até ao século XIX.”

Curas clínicas e espirituais
Tendo em conta que todos os alimentos processados possuem um ingrediente proveniente de organismos geneticamente modificados e que os consumimos há 30 anos, é paradoxal afirmar que são prejudiciais, quando não há registo de uma única morte em todo o mundo por sua causa. Um dado que se pode confirmar é que, em 2008, 2000 norte-americanos perderam a vida por tomar aspirinas, e 300 ao tomarem banho em casa. Por que será, então, que ninguém pede para se aplicar uma moratória ao ácido acetilsalicílico ou às banheiras?

As medicinas alternativas e complementares (MAC) são outro dos focos mais activos do negacionismo científico. Um dos seus grandes propagandistas (com tiques de misticismo New Age) é Andrew Weil: afirma não com­preen­der a preocupação científica em ter estudos controlados, que não são mais do que pormenores insignificantes, tanto para ele como para os seus seguidores. No mundo das terapias naturais, a constatação não é tão importante como a convicção. Segundo Weil, a medicina baseada em evidências “é uma forma de pensar que descarta as provas da experiência; temos de estar atentos à realidade não-material, à cura espiritual”. Advoga, essencialmente, que as particularidades pessoais estão ao mesmo nível ou acima dos ensaios clínicos.

Este modo de pensar explica posições como a do senador democrata Tom Harkin, o defensor político das MAC nos Estados Unidos. Em Março de 2009, Harkin declarou estar muito desiludido com o Centro Nacional para as Medicinas Alternativas, que tinha contribuído para criar. Motivo? Porque apenas se tinha dedicado, desde 1998, “a refutar coisas, em vez de procurar uma maneira de fazer aprová-las”.

O negacionismo nada tem a ver com o cepticismo alimentado pela ausência ou escassez de provas. Como assinalou recentemente, na New Scientist, Michael Shermer, director da Skeptics Society, há uma diferença subtil entre dizer “acredito no Big Bang” e “acredito na democracia”. Em princípio, a primeira afirmação pode ser confirmada ou refutada com recurso a melhores teorias. A segunda, não, pois depende da ideologia ou, noutros casos, da religião. Os dados nunca poderão afectar as suas convicções.

Os mandamentos do negacionista
Pretende defender uma teoria peregrina numa mesa de debate ou num programa televisivo? Aprenda com os especialistas e aplique estes preceitos, simples e suficientemente cínicos.

1. Jogue com a incerteza. Se os cientistas hesitarem, qualquer conclusão basea­da nas suas opiniões será prematura. Defenda que a sua posição também deve ser ouvida; se assim não for, estará a ser vítima de censura.

2. Escolha os argumentos empíricos que apoiem a sua hipótese e ignore os outros.

3. Cite a opinião de falsos peritos. Não interessa que sejam de campos que não pertençam aos do tema em debate

4. Rejeite qualquer consenso científico: na realidade, trata-se de uma conspiração por parte dos poderes fácticos e dos grupos de peritos. Seja conspiranóico.

5. Seja criativo com as falácias lógicas.



M.A.S. SUPER 150


sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Escândalo da professora de Mértola envolve outro funcionário escolar


O escândalo sexual que envolve uma professora de uma escola primária de Mértola continua a dar que falar. E enquanto a direcção da escola já abriu um processo de inquérito para averiguar o caso, sai agora a notícia de que os vídeos pornográficos protagonizados pela docente de 42 anos teriam ainda a participação de um técnico de informática de uma outra escola alentejana.

O jornal i avança que o tal técnico de informática de um outro agrupamento escolar do Alentejo visitaria regularmente a professora. Nessas ocasiões, ambos se encerrariam na sala de aula para protagonizarem as alegadas práticas sexuais em frente à câmara. Ambos receberiam dinheiro a troco dos vídeos pornográficos, destinando-se estes a sites com conteúdos para adultos.

O Ministério da Educação e Ciência (MEC) já confirmou que o caso está a ser averiguado. “A direcção da escola instaurou um processo de inquérito, tendo solicitado à Inspecção-Geral da Educação e Ciência (IGEC) a nomeação de um instrutor” para liderar o caso, aponta o jornal i.

A IGEC terá agora que avaliar e determinar se a professora será alvo de algum tipo de medida punitiva, nomeadamente de suspensão, o que afectaria o arranque do ano lectivo que começa na próxima segunda-feira.

A Polícia Judiciária estará também a investigar o caso a pedido da professora que alega que não é ela que aparece nas imagens, mas uma “sósia”. A docente terá estado na quarta-feira no Hospital de Beja, ainda de acordo com o i, para ser avaliada pelo serviço de psiquiatria, no âmbito das diligências do processo.

Entretanto, os alegados vídeos porno da professora, que circulariam na Internet, já terão sido bloqueados, não estando mais disponíveis.

Vídeo Pornográfico gravado em Escola de Mértola

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Professora primária de Mértola faz vídeo pornográfico na sala de aula


Agrupamento de escolas reúne-se hoje para discutir caso e encontrar soluções. Docente terá sido surpreendida por aluno durante gravação
Uma professora do ensino primário do agrupamento de escolas de Mértola terá gravado vídeos de teor sexual na sala onde dá aulas a alunos entre os seis e os nove anos. As imagens foram postas a circular na internet e entre os habitantes da região, deixando as mães dos actuais alunos "chocadíssimas" com a situação. Ontem a direcção da escola foi confrontada com o caso por uma das encarregadas de educação, mas optou por referir-se ao assunto como sendo da vida privada da docente. Os pais dos alunos já apresentaram queixa na câmara municipal e no agrupamento de escolas.

O caso já vinha sendo abordado há algumas semanas, de forma discreta, entre os habitantes da pequena localidade onde a professora dá aulas e na própria cidade alentejana de Mértola. Um dos vídeos - onde a docente se despe, se exibe e se toca para a câmara num espaço identificado pelos pais como o da sala de aula das crianças - foi visto por mães, colegas e habitantes.

Ontem, na habitual reunião de abertura do ano lectivo, o assunto foi oficialmente posto em cima da mesa. Na sala estavam a professora em causa, duas outras professoras em representação da direcção da escola, uma vereadora da autarquia e cerca de seis encarregados de educação. Uma das mães mostrou um outro vídeo - que não o da sala de aula, porque esse foi entretanto bloqueado pelos administradores da página com conteúdos para adultos -, mas a direcção limitou-se a dizer que não havia razões para se abordar o assunto porque se tratava de matéria da "vida privada" da professora.

Uma das primeiras pessoas que tiveram acesso às imagens disse ao i que a docente fazia "vídeos para venda em sites pornográficos" nos intervalos das aulas e fora do período lectivo, mas um dos alunos terá, pelo menos por uma ocasião, surpreendido a professora nas gravações, durante as quais recebia dinheiro em troco de poses e actuações para a câmara, para que era paga em função daquilo que aceitasse apresentar.

Ainda hoje, os responsáveis do agrupamento deverão reunir- -se para discutir este assunto, depois de na segunda-feira ter chegado à Câmara de Mértola uma denúncia assinada por vários pais. Na autarquia, segundo disse ao i fonte que acompanhou o processo, o sentimento era de "nojo e repugnância" em relação a este caso.

Contactada pelo i, a professora negou sempre qualquer participação nas gravações, atribuindo a situação a casos de "inveja" na localidade. "Nunca fiz isto numa sala de aulas, é uma montagem. As pessoas viram um vídeo em que posso não ser, não sou eu - é uma sósia minha - e começaram a difamar-me. Tenho tido uma vida sempre íntegra e sempre muito correcta e agora vêm difamar-me por causa disto", acusou a docente, avisando já ter contactado a Polícia Judiciária (PJ).

A advogada que representa a docente contactou o i dizendo que a PJ teria "em curso uma investigação para saber a origem do vídeo" e com uma exigência: "Estou a ligar-lhe para que não publique esta história", disse Maria Manuel Sebastião.

Notícia retirada do Jornal I

domingo, 18 de agosto de 2013

Professora acusada de sexo com alunos menores


Norte-americana enviava mensagens de texto com conteúdo sexual. Summer Michelle Hansen, uma professora norte-americana de ensino especial, com 31 anos, está a ser acusada de ter relações sexuais com alunos menores de idade. A docente de uma escola na Califórnia, EUA, pode apanhar até 13 anos de prisão caso seja considerada culpada.

Os abusos sexuais terão ocorrido "nas salas de aula, casas de banho, no seu carro e até nas casas dos menores", entre maio de 2012 e 2013, apesar de as crianças não terem diretamente aulas com Summer Michelle Hansen.

Uma das alegadas vítimas terá dito à polícia, segundo o site espanhol ‘ABC', que Summer Michelle Hansen enviava mensagens inadequadas, sugerindo contactos sexuais" e até imagens em roupa interior. A professora terá chegado ainda a oferecer sexo como recompensa por bons desempenhos nos jogos de beisebol.

Por:Cátia Carmo

sábado, 21 de abril de 2012

Professor contesta suspensão


A Direcção Regional de Educação de Lisboa e Vale do Tejo suspendeu preventivamente, por 90 dias, um docente de Matemática da Escola Secundária de Sampaio, Sesimbra, por "comportamentos inadequados na sala de aula".
António Caldeira Lucas, professor há 40 anos, diz que este é o quarto processo contra si, fala em "perseguição" política e fez queixa judicial contra o director da escola, Rui Marques do Bem. O director disse que "foram os pais dos alunos que apresentaram queixa na Inspecção-Geral da Educação, entidade que solicitou a suspensão provisória".
O facto de o docente ter sido suspenso por 90 dias indica que se trata de uma acusação muito grave. Segundo o Ministério da Educação "o docente já foi substituído e as aulas estão a decorrer normalmente".

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Albufeira: Mandava despir alunos nas aulas


O professor do Curso de Interpretação, Artes e Espectáculos da Escola Secundária de Albufeira acusado de obrigar alunos a despirem-se integralmente nas aulas, raparem o cabelo e representarem cenas de envolvimento homossexual, incentivando-os a beijarem-se na boca, foi suspenso por 90 dias.
O professor garante estar a ser alvo "de uma calúnia" e classifica o processo disciplinar como "kafkiano". Refere ainda que não foi ouvido no decurso do mesmo.
"O instrutor só ouviu a acusação e chegou a conclusões que podiam ser desmontadas pela defesa", refere o docente, que lembra o facto de ter a solidariedade da directora da escola e de um numeroso grupo de elementos da comunidade escolar de Albufeira, que se dirigiu, por escrito e pessoalmente, à Direcção Regional de Educação do Algarve (DREA) manifestando apoio.
No despacho da DREA, onde se dá nota da suspensão preventiva por 90 dias, o instrutor justifica a aplicação da pena: "Existem fortes indícios de que a presença do professor na escola pode causar agitação social e foram comprovadas práticas pedagógicas censuráveis que podem originar pena disciplinar de demissão".

sábado, 24 de março de 2012

FC Porto queixa-se ao Ministério da Educação por causa de professora "ayatollah"

O FC Porto pretende que o Ministério da Educação se pronuncie sobre “os fascistas do gosto”, na sequência de uma queixa contra o ensinamento às crianças de cantigas infantis com saudações ao Benfica numa escola pública da Ericeira.

Em comunicado divulgado nesta quinta-feira, o clube portuense condena “o proselitismo em escolas públicas”, saúda “o civismo do pai” autor da queixa e critica o género de cantilenas naquele jardim-de-infância público: “Em vez de ensinarem os valores da liberdade de escolha, ou de opinião, preferem ser uma espécie de ‘ayatollahs’ das suas próprias preferências”.

“Mais grave é que a adulteração da letra é prática diária e repetida três vezes ao dia, não só no jardim-infância da Ericeira, mas também em todas as escolas do pré-escolar do agrupamento e noutras de Lisboa e Cascais”, refere a nota divulgada na página oficial do clube.

O FC Porto pretende que “o Ministério da Educação se pronuncie sobre estes fascistas do gosto e dê instruções para que, em todas as escolas do país, se acabem com práticas que fazem lembrar os tempos da outra senhora”.

A inclusão da expressão ‘viva ao Benfica’ na cantilena “Atirei o pau ao gato” de um jardim-de-infância da Ericeira, Mafra, motivou a queixa de um pai ao Ministério da Educação, por desrespeitar a pluralidade de gostos.

Na queixa enviada, Eduardo Mascarenhas, pai de uma menina de quatro anos, manifestou-se contra o facto de a educadora ter feito uma adaptação, ao ensinar as crianças a cantar “vai-te embora pulga maldita/batata frita/viva o Benfica”, várias vezes ao dia.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Condenado por assediar alunas

Um professor acusado de assediar sexualmente três alunas de uma escola em Seia foi condenado na pena de quatro anos e meio de cadeia, suspensa, e inibido de dar aulas a crianças durante dez anos.
Os juízes do Tribunal de Seia consideraram provados, na generalidade, os factos de que o docente da Escola Dr. Guilherme Correia Carvalho era acusado. Professor de Educação Visual, o arguido, de 55 anos, foi julgado por ter enviado links com conteúdos pornográficos a três alunas, então com 12 e 13 anos. A mãe de uma das menores denunciou a situação à Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco e o caso foi investigado pela PJ da Guarda.
Os factos que estão em causa no processo ocorreram durante o ano lectivo de 2009/2010. As mensagens de cariz sexual enviadas às menores incluíam sobretudo links para vídeos pornográficos.
Quando o caso foi denunciado, a direcção do Agrupamento de Escolas notificou o docente para entregar o equipamento informático e vedou-lhe o acesso à internet na escola. Durante as investigações foram-lhe apreendidos dois computadores. O colectivo de juízes condenou-o, mas o seu advogado já anunciou a intenção de recorrer do acórdão.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Professora com cancro ganha luta

O Tribunal Administrativo e Fiscal de Loulé condenou, no dia 5, a Caixa Geral de Aposentações a aposentar, por inteiro, a professora Maria Manuela Jácome, residente em Faro.


Com esta decisão, terminou uma longa batalha que a docente, doente oncológica, travou com aquele organismo durante vários anos. Várias juntas médicas recusaram a aposentação da docente, que foi perdendo, com o avançar da doença, um quarto do estômago, a vesícula, o baço, o duodeno e parte do intestino.


"A minha mulher efectuou três operações em 2001, quando lhe foi detectado um cancro no pâncreas. Decidiu pedir a aposentação, quando constatou que não conseguia desempenhar a sua profissão, mas que sempre lhe foi recusada", disse Helder Jácome, marido da docente, que só espera pela tramitação em julgado desta sentença para avançar com um pedido de indemnização, ao Estado, por danos morais e patrimoniais.
"Foram anos de sofrimento e muito dinheiro gasto com pedidos de pareceres médicos que não tiveram dúvidas em dar-nos razão", afirma Helder Jácome.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Professora despedida por dizer que alunos "têm o cérebro no rabo"

Uma professora de liceu do bairro de Queens, em Nova Iorque (EUA), foi despedida depois de ter dito aos alunos que "tinham os cérebros no rabo". Segundo o tablóide norte-americano 'New York Post', Bernardette Camacho, de 39 anos, piorou a situação ao tentar subornar uma aluna com promessas de aprovação na disciplina caso fosse sua testemunha.
Bernardette Camacho estava a dar aulas de Estudos Sociais na escola de Hillcrest, no bairro de Queens, quando proferiu o insulto. Segundo disse ao tablóide nova-iorquino, perdeu a calma durante um exame quando os alunos estavam a atirar-lhe livros e a ridicularizar o sotaque, visto que a sua língua materna é o castelhano. No entanto, garante que só lhes gritou que "não tinha o cérebro no rabo".
Nega igualmente ter oferecida uma nota positiva à aluna que deveria ser sua testemunha, apesar de a mãe da jovem confirmar que chegou a ligar à docente, ameaçando que iria contactar as autoridades se ela não parasse de fazer insistentes telefonemas para a filha.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Professora entrega aos alunos vídeo pornográfico seu por engano


Uma professora argentina disponibilizou aos seus alunos a sua 'pendrive' que supostamente deveria conter material das aulas de Biologia. O problema é que em vez desse conteúdo didáctico, encontrava-se no dispositivo um vídeo com cenas sexuais explícitas, das quais a docente era a protagonista.
A imprensa argentina explica esta segunda-feira que rapidamente os alunos começaram a partilhar o vídeo na internet e que o episódio provocou uma onda de revolta entre os pais, que afirmam já não ser a primeira vez que acontece algo desta natureza.
A professora já tinha sido apanhada a "acariciar" o namorado dentro do recinto escolar e não foi sancionada.

domingo, 14 de novembro de 2010

Professora agredia alunos à vassourada

Sempre que algum aluno perturbava a aula, a professora, com cerca de 50 anos, reagia ao murro e pontapé.
Entre Setembro e Novembro de 2007, pelo menos quatro alunos, todos com nove anos, foram violentamente agredidos com recurso a vassouras, sapatos e até guarda-chuvas. A docente, que dava aulas numa escola primária de Vila Nova de Gaia, foi denunciada e condenada no início deste ano a dois anos de pena suspensa – condenação que a Relação do Porto agora confirmou.
A professora, que lecciona há 33 anos, foi também alvo de um processo disciplinar instaurado pela Direcção Regional de Educação do Norte, no qual foi condenada apenas a 300 euros de multa. Continuou a dar aulas, mas está de baixa médica há alguns meses.
Os maus tratos aos menores começaram no ano lectivo de 2007/ /20o8, durante as aulas. Perante situações de mau comportamento por parte das crianças, a docente atacava-os com pontapés, estalos, vassouras, sapatos e até uma pantufa. A mulher ameaçava--os ainda: caso contassem algo aos pais, seria muito pior. Na maioria das situações, os menores começavam a chorar, face às fortes dores que sentiam.
Num caso, a professora chegou a agredir um menino com a bota e desferiu-lhe várias pancadas com o cabo da vassoura nos ombros, causando-lhe, assim, muitas dores. O acórdão da Relação relata ainda os casos de uma menina que caiu após levar um pontapé no peito e de uma criança a quem a professora partiu um guarda-chuva nas costas, apenas porque aquela tinha sorrido.
"É inconcebível numa sala de aula aquele tipo de acção da professora para com o aluno, quer para pôr fim a um qualquer distúrbio, quer para reagir a uma qualquer acção", dizem os magistrados.
Ao fim de dois meses de sofrimento, as crianças acabaram por ganhar coragem e contaram aos pais o que estava a acontecer.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Piropos lançam medo na escola


As autoridades policiais não encontraram até ontem motivo que justifique um alerta lançado pela Escola Secundária de Canas de Senhorim, segundo o qual duas carrinhas suspeitas andavam a circular nas proximidades com ocupantes que ameaçavam a integridade física das alunas.A escola divulgou um alerta interno e enviou aos encarregados de educação uma carta onde lhes pedia que acompanhassem os alunos, adiantando que militares da GNR, incluindo à civil, estavam a vigiar a zona e já tinham identificado os suspeitos. O estabelecimento também comunicou as suspeitas à GNR, por escrito.
"As pessoas das carrinhas são de bem", explicou ontem uma fonte policial, adiantando que as declarações das alunas, entre 13 e 16 anos, que diziam ser abordadas e molestadas, "são contraditórias e extemporâneas". Os boatos evoluíram depois de um grupo de operários da construção civil ter lançado uns piropos às alunas. Mas, dado o alarme criado, a GNR poderá comunicar o caso a tribunal. O mesmo poderão fazer os donos das viaturas, cujas matrículas e outros dados circulam agora na internet, ligadas às suspeitas.
Apesar de tudo, e de "não haver nada de anormal", Rogério Oliveira, pai de uma aluna, considera que a escola "fez bem" em avisar os pais. A direcção da escola não esteve ontem contactável.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Suicídio deixa escola em choque


O suicídio de Amner Keller, de 14 anos, na noite de domingo, deixou em choque os alunos da EB 2,3 de Freiria, Torres Vedras. Os 700 alunos da escola juntaram-se ontem de mãos dadas no recreio e cumpriram um minuto de silêncio. No site da escola, um poema de homenagem, começava assim: "O meu amigo era engraçado/ Nunca andava magoado, mas sim animado". O rapaz de origem brasileira enforcou-se com um cachecol no guarda-fatos do seu quarto, numa moradia em Escaravilheira, onde vivia com o pai, a madrasta e três irmãs. Os colegas do 6º F dizem que estava de castigo no quarto até final do ano lectivo, sem telemóvel e computador, depois de ter tido negativa a Inglês. Na escola, todos destacaram as suas qualidades. "Era um miúdo alegre, meiguinho", disse  uma funcionária. O director Jorge Baptista descreve-o como "um miúdo acarinhado por todos e sem problemas disciplinares". O corpo foi ontem autopsiado e seguiu para ser velado na Capela de São Pedro da Cadeira. A família não informou sobre o funeral, mas deverá ser cremado.
A recuperar está a criança de Guimarães que tentou o suicídio.

CM

terça-feira, 25 de maio de 2010

Professora acusada de agredir

Uma professora da EB1 das Arroteias (Moita) é acusada pelos pais de uma aluna do 2º ano de agressões físicas e verbais à filha de sete anos. A queixa deu origem a um processo instaurado pelo agrupamento escolar Fragata do Tejo, que ilibou a docente.

Mas os pais da aluna afirmam que o agrupamento quis proteger a professora e ameaçam recorrer aos tribunaisA professora chegou à escola este ano lectivo e a partir de Outubro, garante António Godinho, pai da menina, começaram as agressões. "A minha filha queixava-se de que a professora lhe batia na cabeça, lhe puxava as orelhas e a chamava de burra, inútil, idiota, estúpida e badalhoca", revela, sublinhando que havia mais alunos vítimas de agressão. "Hou-ve mais crianças a contar que a professora lhes batia mas na hora da verdade os pais encolheram-se."


Os pais foram falar com a professora, mas afirmam que as agressões continuaram: "A minha filha foi-se muito abaixo, não queria ir à escola, perguntava quando é que a professora se ia embora. Era uma sensação de impotência vê-la em desespero", conta a mãe. Os pais apresentaram queixa na DRELVT a 20 de Janeiro, mas afirmam que o inquérito instaurado pelo agrupamento foi "conduzido de forma tendenciosa para proteger a professora". "Um elemento do agrupamento perguntou na aula, com a professora ao lado, se alguém tinha visto a professora bater na minha filha. Os miúdos sentiram-se pressionados e mentiram. A partir daí tudo mudou. Viraram todos os miúdos contra a minha filha, que passou a ser a queixinhas."


No inquérito, foram ouvidos sete alunos. A 17 de Maio, o inquérito foi arquivado por não se ter provado as agressões. Os pais afirmam que vão recorrer à Justiça.


CM

Menino de 10 anos atira-se da janela por ter tido negativa


Um menino de 10 anos, filho de um dentista e de uma professora, atirou-se ontem da varanda do seu quarto depois de a mãe o ter colocado de castigo por ter tido uma nota negativa num teste. O rapaz, que mora em Guimarães, é um excelente aluno e sentiu-se injustiçado com o castigo. Fechado no quarto, ameaçou a mãe que se atirava da janela caso esta não abrisse a porta.

A mãe ignorou a ameaça e o menino acabou mesmo por se atirar do quarto andar, de uma altura de 12 metros, caindo sobre um carro da polícia. A criança está agora internada com um braço e a bacia partidos.

Quando a mãe se apercebeu que o filho se tinha lançado da varanda desmaiou e teve também de receber tratamento hospitalar.

Sol

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Câmara suspende professora que posou para a Playboy


A Câmara de Mirandela suspendeu das actividades lectivas a professora do 1.º Ciclo do Ensino Básico que posou nua para a Playboy, transferindo-a para outro serviço da autarquia, disse à agência Lusa a vereadora da Educação. Professora pode perder emprego por posar para Playboy

Alertada para a situação por parte do Agrupamento de Escolas de Torre de Dona Chama, onde a docente é responsável pelas Actividades Extra Curriculares (AEC), a vereadora do pelouro da Educação, Gentil Vaz, referiu que a autarquia decidiu esta sexta-feira afastar a funcionária das actividades lectivas e do contacto com os alunos e pais. A contratação dos professores das AEC é da responsabilidade do município. Segundo a responsável, a professora vai exercer funções num outro serviço da autarquia, com um estatuto não inferior ao que exercia até aqui.

Gentil Vaz referiu ainda que a autarquia foi obrigada a tomar uma medida por causa do «alarme social» provocado pela notícia e por causa do «ambiente desagradável» que se instalou na escola de Torre de Dona Chama, onde referiu que os alunos trocavam fotocópias das fotografias e alguns colegas a começaram a olhar de lado. A vereadora referiu que o caso vai ser analisado pelos serviços jurídicos da autarquia, já que, segundo explicou, legalmente esta situação não está enquadrada em lado nenhum, nem no Estatuto da Carreira Docente. O contrato da funcionária termina a 30 de Junho e se ela quiser voltar a dar aulas nas AEC terá que se sujeitar a um novo concurso. «Se ela voltar concorrer não sei se esta situação será tida em conta», salientou. A docente recusou-se a prestar declarações à comunicação social.


sábado, 31 de outubro de 2009

Pedófilo confessa crimes na Internet


O chefe da secretaria da Escola EB 2,3 de Alcanede, Santarém, que está em prisão preventiva indiciado de ter abusado sexualmente de, pelo menos, cinco rapazes com idades entre os 12 e os 14 anos, escreveu uma carta a assumir os crimes mas diz ser vítima de uma cabala por "miúdos ávidos de dinheiro". Fernando Vitorino enviou o manuscrito ao portalwww.alcanedefreguesia.com, onde está publicado na integra.

O alegado pedófilo, de 56 anos, foi detido no dia 3 de Outubro quando estava numa boda que se realizou no Castelo de Alcanede, estando indiciado de vários crimes de abuso sexual de crianças, actos sexuais com adolescentes e recurso à prostituição de menores.

Na sua carta, Fernando Vitorino começa por dirigir-se aos dois autores do portal da freguesia de Alcanede, pedindo-lhes que divulguem o seu texto, que classifica como "um pouco saudosista e talvez poético" em virtude da "difícil situação" em que se encontra.

O autor da carta não nega os crimes de que está indiciado mas defende-se dizendo ter sido "nitidamente alvo de uma cabala organizada por miúdos ávidos de dinheiro e outras coisas, para alimento dos seus vícios".

"Embora, em consciência, não me sinta 100% culpado (...) a minha voz não é ouvida e sei que vou passar muitos anos nesta situação", escreve o homem, que a seguir se dirige aos amigos pedindo-lhes "perdão" por ter traído a sua confiança, o que o faz sentir-se "sujo e vazio".

Os seus dias na cadeia da Polícia Judiciária de Lisboa, relata, são passados a conversar com o companheiro de cela e a ler jornais e revistas já desactualizados. "Nem os resultados das eleições sei. Estou completamente afastado do Mundo. Talvez seja isso que mereça", escreve. É através de orações que Fernando Vitorino encontra "coragem para enfrentar o dia-a-dia", contando o tempo através do seu relógio de pulso.

"A minha vida terminou no passado dia 3 de Outubro.

Embora, em consciência, não me sinta 100% culpado, porque fui nitidamente alvo de uma cabala organizada por miúdos ávidos de dinheiro e outras coisas, para alimento dos seus vícios. A minha voz não é ouvida e sei que vou passar muitos anos nesta situação.

De qualquer modo, amigos, sinto-me sujo, vazio. Sinto que nunca mais vou conseguir olhar, olhos nos olhos os meus amigos. Sinto-me um traidor da confiança que tinham em mim e do valor que me atribuíam e que agora concluíram ser inócuo.

Peço-vos perdão e agradeço que transmitam este meu pedido aos meus amigos com quem convivi.

Aqui, tenho como companhia, as minhas orações a pedir coragem para enfrentar o dia-a-dia, o meu companheiro de cela e os jornais e revistas, já desactualizados, que me vão chegando por outros reclusos.

Nem os resultados das eleições sei. Estou completamente afastado do mundo. Talvez seja isso que mereça. Desculpem a letra, estou nervoso e emocionado.

Bem Hajam

Fernando Vitorino

22/10/2009 (Tenho relógio com calendário e horas enquanto duram as pilhas)". n


A investigação da Polícia Judiciária, que se prolongou por várias semanas, foi desencadeada por denúncias de cinco encarregados de educação de alunos da escola onde o alegado pedófilo trabalhava. A detenção ocorreu num sábado.

Segundo fonte policial, Fernando Vitorino atraía as vítimas para a sua residência, no Bairro dos Mortais, nos arredores de Alcanede. Em troca dos actos de cariz sexual oferecia-lhes dinheiro, roupa e outros artigos caros. Todas as vítimas são do sexo masculino.

Fernando Vitorino é solteiro, vivia sozinho e trabalhou 16 anos naquela escola de Alcanede. Antes foi funcionário da junta de freguesia, de onde saiu para se candidatar ao executivo. Quem o conhece diz que tem "uma orientação sexual diferente".

Suspenso por apalpar alunas


O Conselho Executivo da Escola Básica do 2º Ciclo de Figueira de Castelo Rodrigo suspendeu um professor de Música por suspeitar de que tenha apalpado duas alunas e se tenha acariciado à sua frente.

O caso foi denunciado pela mães das duas alunas, de 11 e 12 anos, que apresentaram queixa na GNR. Lina Santos Eiras, de 35 anos, mãe de uma das vítimas, afirmou ao CM que os abusos começaram a 21 de Abril. "A minha filha foi apagar o quadro e, quando regressava ao lugar, o professor apalpou-lhe o rabo", conta a mãe que, na altura, fez queixa ao Conselho Executivo e à Direcção Regional de Educação do Centro (DREC), mas "ninguém fez nada".

Há duas semanas, o professor, de 41 anos, casado, voltou ao mesmo. "Baixou as calças e mexeu nos órgãos genitais à frente da minha filha, da amiga e de duas auxiliares. Foi uma pouca-vergonha. Na aula seguinte encostou-se à minha menina e apalpou o rabo à amiga", diz Lina Eiras, avançando que a filha "tem medo dele".

Henrique Silva, vice-presidente do Conselho Executivo da escola, confirmou ao Correio da Manhã que o professor "foi suspenso e alvo de um processo disciplinar". Alguns pais pretendem o afastamento definitivo do docente.