segunda-feira, 8 de maio de 2017

Biografia - D. Pedro IV

Segundo filho varão de D. João VI e de D. Carlota Joaquina, a morte de seu irmão primogénito, D. António, encaminhou-o para a herança da coroa de Portugal. 

A sua infância decorreria em ambiente carregado, entre o instável ambiente familiar e os acontecimentos sociais e políticos, desde os ecos da Revolução Francesa, às ameaças napoleónicas, culminando pela fuga da corte para o Brasil perante as invasões francesas (1807). Contava então 9 anos de idade e a sua educação decorreu à rédea solta, sem estudos sistemáticos. Sofria de epilepsia, elemento de grande importância a considerar na compreensão da sua personalidade. Educado sem «luzes excessivas», os anos depressa lhe atribuem funções cada vez mais elevadas. 

No Brasil casou com a arquiduquesa Leopoldina de Áustria, de quem teve dois filhos: D. Maria da Glória (1819) e D. Pedro (1825). A partir da revolução liberal portuguesa de 1820, os acontecimentos, quer no Brasil quer em Portugal, atropelam-se em ritmo acelerante para o feitio de D. João VI; por intimativas de Lisboa, nomeia regente do Brasil seu filho D. Pedro (devido à agitação popular no Rio, Pará e na Baía, de inspiração liberal) e volta a Portugal. Aqui, as Cortes Gerais, preocupadas com os acontecimentos brasileiros e a ascendência a reino da antiga colónia, pensam mandar o infante D. Pedro em viagem pela Europa. Mas antes que o regente do Brasil tomasse conhecimento, escreve ele a seu pai acerca das ideias de independência que alastravam no Brasil, e das quais D. Pedro viria a ser uma pedra fundamental: com efeito, a independência cobrir-se-ia com D. Pedro que, a dada altura, se teria convencido que em vez de movido, era o motor dos acontecimentos. 

Em 7 de Setembro de 1822, o regente proclamava formalmente a independência brasileira, junto ao lpiranga (estado de São Paulo), sendo, mais tarde, proclamado imperador do Brasil. Quando em 1826, D. João VI morre imprevistamente, e se abre o problema da sucessão, o imperador brasileiro passa a ser uma das personagens fundamentais do drama nacional, que principiou a desenrolar-se e que termina em 1834 com a vitória dos liberais. D. Pedro foi proclamado rei de Portugal, conforme as determinações paternais. No decurso do seu breve e longínquo reinado, confirma D. Isabel Maria na regência, e outorga aos seus súbditos uma Carta Constitucional e abdica, condicionalmente, em sua filha D. Maria da Glória, com a condição do casamento desta com seu tio D. Miguel, ausente em Viena de Áustria, e que devia jurar a Carta. Após a doação da Carta os acontecimentos precipitaram-se: em Portugal, D. Miguel começa a governar como rei absoluto (1827), os liberais expatriados, presos ou a espernearem nas forcas; no Brasil, o choque, cada vez mais patente entre os sopros dos ventos liberais, e o autoritarismo do imperador, arrasta-o à gradual perda de prestígio e à dramática abdicação em seu filho D. Pedro II (7-4-1831). 

Tendo abdicado duas coroas, o ex-imperador do Brasil e ex-rei de Portugal, reduzido ao título de duque de Bragança, abandona o Brasil e dirige-se para a Europa com a filha D. Maria II, rainha de nome, por cujo trono se batiam os liberais portugueses espalhados pela Europa, ou reunidos na ilha Terceira. O duque de Bragança decide empenhar-se pessoalmente na solução do pleito e a 3 de Março de 1832 assume a regência e nomeia um ministério do qual faz parte Mouzinho da Silveira. Data de então a fase decisiva da luta entre liberais e absolutistas, caracterizada, fundamentalmente, pela revolucionária legislação de Mouzinho e pelo entusiasmo e abnegação de D. Pedro, na preparação da expedição militar que, dos Açores, chegará às costas portuguesas (no Norte, próximo de Mindelo), para sentar no trono a jovem soberana e impor a Carta. E nos longos meses do cerco do Porto que o regente, não obstante os defeitos de carácter e de educação, dá a plena medida da pertinácia e dedicação pela causa que encabeçava. A convenção de Évora Monte põe fim a esta cruel guerra civil, e exila o rei absoluto. Pouco mais viveria D. Pedro: só o tempo suficiente para ver as Cortes reunidas de acordo com a carta, tendo falecido 4 dias após o começo do reinado de D. Maria II; apenas com 36 anos. Apaixonado, incoerente e corajoso, o nome e a actuação de D. Pedro são indissociáveis da experiência liberal portuguesa, que assinala o início do Portugal contemporâneo: mal ou bem, melhor ou pior, o possível Portugal contemporâneo e europeu principiou aí.

Ficha genealógica:
D. Pedro IV nasceu no Palácio de Queluz a 12 de Outubro de 1798, recebendo o nome de Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Serafim de Bragança e Bourbon, tendo falecido no mesmo palácio, a 24 de Setembro de 1834, foi sepultado no Panteão de S. Vicente de Fora, sendo transladado para o Brasil em 1972.

Foi o 1.º imperador do Brasil, de 1822 a 1831, abdicando do trono para vir à Europa defender os direitos de sua filha D. Maria da Glória ao trono português.  Guardou então para si o título de duque de Bragança.

Casou em 1817 com D. Maria Leopoldina Josefa Carolina, que nasceu a 22 de Janeiro de 1797, e faleceu no Rio de Janeiro, a 11 de Dezembro de 1826, filha de Francisco I e de D. Maria Teresa, últimos imperadores do Sacro Império Romano Germânico , e primeiros da Áustria. 

Do casamento nasceram:
1. D. Maria da Glória, que sucedeu no trono;
2. D. Miguel. Nasceu e faleceu no Rio de Janeiro, a 24 de Abril de 1820;
3. D. João Carlos. Nasceu no Rio de Janeiro a 6 de Março de 1821, e faleceu na mesma cidade a 4 de Fevereiro de 1822;
4. D. Januária Maria. Nasceu no Rio de Janeiro, a 11 de Março de 1822, e faleceu em Nice, França, em 13 de Março de 1901. Casou em 1844 com Luís Carlos Maria José de Bourbon, nascido em Nápoles, a 19 de Julho de 1824, e morreu em Paris, a 5 de Março de 1897, filho de Francisco I, rei das Duas Sicílias;
5. D. Paula Mariana. Nasceu no Rio de Janeiro, a 17 de Fevereiro de 1823, e faleceu na mesma cidade, em 16 de Janeiro de 1833;
6. D. Francisca Carolina. Nasceu a 2 de Agosto de 1824, no Rio de Janeiro, e morreu em Paris, a 27 de Março de 1898. Casou em 1843 com Francisco Armando Filipe Luís Maria de Orléans (1818-1900), filho de Luís Filipe e de D. Maria Amélia, reis dos Franceses, e príncipe de Joinville e duque de Pentièvre;
7. D. Pedro. Nasceu no paço de São Cristóvão do Rio de Janeiro, a 2 de Dezembro de 1825, tendo recebido o nome de Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bebiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Rafael Gonzaga, tendo falecido em Paris a 5 de Dezembro de 1891. Foi sepultado no Panteão de S. Vicente de Fora, tendo sido transladado para o Brasil, estando sepultado na catedral de Petrópolis.
Ascendeu ao trono do Brasil, por abdicação de seu pai, em 7 de Abril de 1831. Casou em 1843 com D. Teresa Cristina de Bourbon, nascida em Nápoles no dia 14 de Março de 1822, tendo falecido no Porto em 28 de Dezembro de 1889, filha de Francisco I, rei das Duas Sicílias, e de D. Maria Isabel de Bourbon, com geração.
D. Pedro IV casou em segundas núpcias, em 1829, com D. Amélia de Beauharnais, nascida em Milão em 31 de Julho de 1812, e falecida em Lisboa, no Palácio das Janelas Verdes, em 26 de Janeiro de 1873, filha de Eugénio de Beauharnais, então vice-rei de Itália, filho do primeiro casamento de Josefina, Imperatriz dos Franceses, e da princesa Augusta Amélia, filha de Maximiano José I, rei da Baviera.
Do casamento nasceram:
8. D. Maria Amélia. nasceu em paris, a 1 de Dezembro de 1831, e morreu no Funchal, a 4 de Fevereiro de 1853, sendo sepultada na quinta do Lambert e mais tarde transladada para o Panteão de S. Vicente de Fora. Morreu solteira;
9. Vários filhos de outras ligações.

Fontes: 
Joel Serrão (dir.) 
Pequeno Dicionário de História de Portugal, 
Lisboa, Iniciativas Editoriais, 1976
Joaquim Veríssimo Serrão 
História de Portugal, Volume VII: A Instauração do Liberalismo (1807-1832), e 
História de Portugal, Volume VIII: Do Mindelo à Regeneração (1832-1851) 
Lisboa, Verbo, 1984 e 1986

Nobreza de Portugal, vol. I 
Lisboa, Editorial Enciclopédica,

domingo, 7 de maio de 2017

Desenhos para colorir - Outono


Higiene e Segurança no Trabalho - Radiações Ionizantes


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Conteúdo - Confúcio


Confúcio, também conhecido como K'ung Ch'iu, K'ung Chung-ni ou Confucius,[7] nasceu em meados do século VI (551 a.C.), em Tsou, uma pequena cidade no estado de Lu, hoje Shantung. Segundo algumas fontes antigas, teria nascido em 27 de agosto de 552 a.C. (ou seja, no vigésimo primeiro ano do duque Hsiang). Esse estado é denominado de "terra santa" pelos chineses. Confúcio estava longe de se originar de uma família abastada, embora seja dito que ele tinha ascendência aristocrática. Seu pai, Shu-Liang He, antes magistrado e guerreiro de certa fama, tinha setenta anos quando se casou com a mãe de Confúcio, uma jovem de quinze anos chamada Yen Cheng Tsai, que diziam ser descendente de Po Chi'in, o filho mais velho do Duque de Chou, cujo sobrenome era Chi.

Dos onze filhos, Confúcio era o mais novo. Seu pai morreu quando ele tinha três anos de idade, o que o obrigou a trabalhar desde muito jovem para ajudar no sustento da família. Aos quinze anos, resolveu dedicar suas energias em busca do aprendizado. Em vários estágios de sua vida, empregou suas habilidades como pastor, vaqueiro, funcionário público e guarda-livros. Aos dezenove anos, se casou com uma jovem chamada Chi-Kuan. Confúcio teve um filho chamado K'ung Li.

Confúcio viajou por diversos lugares, esteve em íntimo contacto com o povo e pregou a necessidade de uma mudança total do sistema de governo por outro que se destinasse a assegurar o bem-estar dos súbditos, pondo, em prática, processos tão simples como a diminuição de contribuições e o abrandamento das penalidades. Já idoso, retirou-se para a sua terra natal, onde morreu com 72 anos.

Confúcio é, biograficamente, segundo o historiador chinês Sima Qian (século II a.C.), uma representação típica do herói chinês. Ele era alto, forte, enxergava longe, tinha uma barriga cheia de Chi, usava longa barba (símbolo de sabedoria), vestia-se bem e era simples. Era também de um comportamento exemplar, demonstrando sua doutrina nos seus actos. Pescava com o anzol, dando opção aos peixes, e caçava com um arco pequeno, para que os animais pudessem fugir. Comia sem falar, era directo, franco e acreditava ser um representante do céu.

EFA - STC - NG7 - DR2 - Ficha de Trabalho nº5 - Saberes Fundamentais - Sociedade, Tecnologia e Ciência


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Notícia - Cavalheiros cientistas

Quando (quase) ainda não havia profissionais

Ricos e filantropos, investigavam por puro prazer. Sem eles, o progresso teria sido muito diferente. Na segunda metade do século XIX, um jovem escocês, Robert Kidston (1852–1924), herdou uma boa quantia, o que lhe permitiu viver sem dificuldades e pagar os seus estudos de paleontologia e posterior investigação sobre a flora arcaica. Após a sua morte, a colecção de 7500 plantas e 400 desenhos que deixara foi doada à British Geological Survey (BGS), instituição dedicada ao estudo da Terra. Ali permaneceu, semi-esquecida, até que alguém se apercebeu, recentemente, que esses fósseis de 360 milhões de anos, em excelente estado de preservação, constituíam uma valiosa ferramenta para analisar as alterações climáticas e as florestas paleozóicas.

A importância do legado de Kidston é equiparável à de outros gentlemen scientists, cavalheiros abastados que se dedicaram à investigação simplesmente como hobby. A verdade é que muitos cientistas dos séculos XVII, XVIII e XIX, aos quais devemos grandes descobertas em diversos campos, puderam consagrar a vida ao estudo por descenderem de famílias nobres ou terem casado com mulheres ricas, numa época ou que não havia apoios económicos dos governos para esse fim. Quase todos pertenciam à aristocracia britânica e faziam parte, como o próprio Kidston, da Royal Society, uma associação formada em Londres, em 1660, por um grupo de homens irrequietos que se reuniam para debater filosofia, anatomia, matemática e ciência em geral.

Entre os fundadores, havia personalidades como William Brouncker ou Sir Christopher Wren, filho do diácono dos reis de Inglaterra e o arquitecto responsável pela reconstrução da Catedral de São Paulo, em Londres. Integrava também o aristocrata irlandês Robert Boyle (1627–1691), herdeiro do conde de Cork e precursor da química moderna (é conhecido pela lei de Boyle-Mariotte, sobre o volume dos gases). Aos 15 anos, decidira viajar pelo mundo; quando regressou, já com 17 anos, descobriu que tinha herdado a propriedade de Stalbridge e várias quintas na Irlanda, uma autêntica fortuna que consagrou à investigação.

Duas épocas

Os séculos XVIII e XIX foram muito distintos. No primeiro, os grandes estados europeus, guiados pelas noções do despotismo esclarecido, criaram as academias de ciências para acolher a elite da investigação; fundaram observatórios de astronomia, escolas militares, jardins botânicos, hospitais e colégios de cirurgiões e financiaram expedições científicas. O século XIX, em contrapartida, foi o tempo das revoluções burguesas e do desenvolvimento da universidade moderna, que combina ensino e investigação, como explica o historiador E. Ausejo: “O perfil maioritário deixa de ser o do rico excêntrico para se transformar no do burguês abastado com acesso a uma educação superior e, através disso, a uma profissão científica com inegáveis vantagens para a ascensão social das classes médias.”

Esta evolução não obsta a que muitos cientistas proviessem de famílias nobres ou de grandes tradições, como a de Henry Cavendish (1731–1810). O físico e químico inglês, que descobriu o hidrogénio e estudou, pela primeira vez, a massa da Terra e a força gravitacional, descendia dos duques de Kent e dos duques de Devonshire, linhagens que remontam ao tempo dos normandos. Alguns dos gentlemen scientists constituíam uma nova versão dos sábios do Renascimento, cujo raio de acção abarcava numerosas matérias. Foi o caso de Goldsworthy Gurney (1793–1875), cirurgião, químico, arquitecto, construtor e inventor responsável pelo desenvolvimento dos primeiros veículos a vapor, precursores dos actuais automóveis.

Viajar e pensar

Parece óbvio que a condição financeira deve ter ajudado muito esses investigadores aristocráticos e, embora E. Ausejo duvide de que o estereótipo de cientista milionário fosse generalizado (afirma que se trata de “casos pitorescos mas não tão frequentes; a ciência não foi uma obra de senhorios ociosos”), o facto é que a sua fortuna permitiu a alguns, como Alexander von Humboldt (1769–1859), dedicar a vida à exploração e ao estudo. Graças à avultada herança recebida da mãe, este cavalheiro prussiano pôde viajar, primeiro, até à Grã-Bretanha, para se formar, e, depois, partir à descoberta de outros continentes. Humboldt foi geógrafo e naturalista, além de especialista em etnografia, astronomia, vulcanologia, física e outras matérias.

Foi, também, um testamento que mudou a vida do geólogo e vulcanólogo escocês James Hutton (1726–1797), responsável por formular o princípio uniformista, segundo o qual os processos naturais que agiram no passado são os mesmos que operam no presente. Hutton era médico mas trocou a profissão pela agricultura quando herdou uma grande propriedade paterna. Como os trabalhos na quinta iam de vento em popa, mudou-se para Edimburgo para se dedicar a tempo inteiro ao estudo da superficie terrestre.

O laboratório em casa

Outro gentleman scientist foi Charles Darwin (1809–1882). Membro da Royal Society, nunca teve problemas económicos. Pelo contrário, provinha de uma família de médicos com um modo de vida folgado e a abastança cresceu ainda mais quando casou com a prima, Emma Wedgwood, herdeira de uma grande fortuna graças ao negócio de olaria dos pais. Isso permitiu a Darwin trabalhar toda a vida em casa e consagrar-se à investigação e à publicação das suas obras.

O autor de A Origem das Espécies partilhava muitas características com o primo, Sir Francis Galton (1822–1911), homem de múltiplos interesses que se dedicou à geografia, à meteorologia e à estatística, além de explorar os trópicos, fundar a psicologia diferencial e inventar a identificação através das impressões digitais. Galton pertencia a uma família que fez dinheiro com a banca, o aço, as armas e um ou outro casamento com mulheres ricas. Por outro lado, herdou também do passado as inquietações científicas do avô, Samuel ­John, que publicou vários livros e foi membro da Lunar Society, um clube de filósofos e intelectuais que se autodenominavam “lunáticos” e se reuniam em noites de Lua Cheia. Entre eles, encontravam-se James Watt, o matemático e engenheiro escocês que foi o artífice da máquina de vapor, e Erasmus Darwin, avô de Charles e pioneiro do evolucionismo.

A botânica foi uma das disciplinas que mais atraíram os investigadores do século XIX, como o londrino Joseph Banks (1743–1820). Rico de nascença, acompanhou Cook na sua primeira grande viagem, entre 1768 e 1771, e introduziu na Europa muitas árvores e plantas desconhecidas até à data, como o eucalipto e a acácia.

O estudo do reino vegetal desenvolveu-se igualmente em Portugal durante o Século das Luzes, quando a ciência estava nas mãos de uma minoria culta, formada por nobres, diplomatas, homens da Igreja... Durante esse perío­do fértil do século XVIII, o conde da Ericeira promoveria as Conferências Discretas e Eruditas, de onde saíram sócios para criar a Academia da Ciência (1720); o rei D. José adere ao movimento do despotismo esclarecido e apoia o marquês de Pombal na instituição do Colégio dos Nobres e na criação de gabinetes, laboratórios e museus. Já no século XIX, é criado o Jardim Botânico da Universidade de Lisboa, por iniciativa do conde de Ficalho e de Andrade Corvo, considerado um “moderno e útil complemento para o ensino e investigação botânicos na Escola Politécnica, símbolo dos novos rumos de progresso social e científico”.

Eclosão vegetal

Embora Francisco Manuel de Mello Breyner, o conde de Ficalho, se tivesse destacado como botânico e se enquadre no perfil de gentleman scientist, outros nomes conhecidos da botânica portuguesa talvez tivessem nomes menos sonantes ou não pudessem dispor de tantos recursos, mas a sua obra foi igualmente importante, como é o caso, entre outros, de Avelar Brotero (1744–1828), professor de botânica e agricultura na Universidade de Coimbra e autor de obras como Flora Lusitânica, na qual identificava cerca de 1800 espécies, muitas delas desconhecidas até então. Em sua honra, foi fundada a Sociedade Broteriana, agremiação científica que viria a exercer grande importância no desenvolvimento da botânica portuguesa através do seu Boletim.

Outro indiscutível cavalheiro da ciência foi o abade Correia da Serra (1750–1823), que se dedicou sobretudo à investigação nas áreas da botânica e da geologia e fundou, juntamente com o duque de Lafões, a Academia de Ciências de Lisboa. De grande prestígio intelectual, conviveu com os maiores cientistas da sua época e publicou trabalhos nas mais conceituadas revistas, tendo mesmo sido descrito pelo presidente Thomas Jefferson, dos Estados Unidos, como “o homem mais erudito que jamais conheci”. Com o prestígio e os conhecimentos que possuía no exterior, este presbítero secular e fidalgo da Casa Real ajudou o país a desenvolver a investigação e a mentalidade científicas, num esforço para Portugal não ficar completamente para trás em termos europeus.

Claro que, apesar disso, tudo era feito de modo muito mais modesto do que, por exemplo, no Reino Unido. Os meios eram incomparavelmente menores e reinava a precariedade. A “descolagem” científica apenas se verificaria mais de um século depois. Seja como for, muitos investigadores europeus dos séculos XVIII e XIX eram amadores que se dedicavam à ciên­cia por diversão, embora ganhassem a vida noutras profissões. O próprio Darwin era um jovem cientista amador quando embarcou no HMS Beagle; o primeiro microscópio composto foi inventado por Zacharias Janssen, um mercador holandês e cientista amador, e há muitos outros exemplos.

Colecções e museus

Em Portugal (como noutros países), há diversos exemplos de grandes coleccionadores cujas obras de arte e objectos reunidos ao longo da existência deram origem à criação de museus baptizados com os seus nomes: é o caso do Museu Calouste Gulbenkian ou, mais recentemente, do Museu Berardo, ambos si­tuados em Lisboa. Tanto um como outro podem ser considerados mecenas das artes.
Os belgas Paul Otlet (1868–1944) e Henri La Fontaine (1854–1943), filhos de famílias da alta burguesia, foram também grandes coleccionadores. Juntos, criaram a classificação decimal universal, método bibliográfico para ordenar e catalogar as obras nas bibliotecas, além do Mundaneum, um espaço que reuniria todo o saber em pequenas fichas interligadas. Otlet foi um visionário que antecipou a internet: “A mesa de trabalho deixará de estar cheia de livros. Em vez disso, terá um ecrã e um telefone. Um edifício imenso servirá para armazenar todos os livros e toda a informação e, através de uma chamada, será possível pedir qualquer página para se poder ver no ecrã”, escreveu. O belga imaginou “uma máquina para o trabalho intelectual, suporte de uma enciclopédia completa e colectiva que possa reflectir o pensamento humano e a materialização gráfica de todas as ciências e as artes; todos os pensadores de todas as épocas estariam a colaborar na sua criação; esse novo meio vai permitir formar um Livro Universal”. Uma obra assim acolheria o trabalho de todos os cavalheiros da ciência.

Altruístas do século XXI

Actualmente, não há muitos cientistas a trabalhar exclusivamente por amor à ciência, mas ainda resta um ou outro. De acordo com Millán Muñoz, director do Centro de Estudos Ambientais do Mediterrâneo (CEAM), um deles é Robert Schemenauer, um meteorologista canadiano que, após trabalhar durante anos para o Governo do seu país, decidiu retirar-se para uma casa nas montanhas. Ali, desenvolveu um sistema de recolha de água do nevoeiro e neblinas com uma rede de polipropileno (semelhante ao nylon), capaz de captar e armazenar a humidade. Depois, fundou a FogQuest (http://www.fogquest.org), organização sem fins lucrativos destinada a promover projectos para abastecer de água comunidades rurais de países em vias de desenvolvimento. Algumas povoações do planalto sul-americano e de vários paí­ses africanos já dispõem de água potável graças a esta técnica.



J.M.D./I.J.
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sábado, 6 de maio de 2017

Vídeo - Isto é Matemática T03E06 Enquanto Há Vida, Há Esperança Matemática

Biografia - Adélia Prado

Escritora e poeta mineira. Sua obra recria com uma linguagem despojada e direta, freqüentemente lírica, a vida e as preocupações dos personagens do interior de Minas. Adélia Luzia Prado de Freitas nasceu em 13 de dezembro de 1936 em Divinópolis. Aos 14 anos, já escreve seus primeiros versos. Estuda com padres franciscanos e forma-se em filosofia. Entra para o magistério em seguida mas abandona o projeto de dar aulas depois de se casar e ter cinco filhos. No início dos anos 70, publica seus primeiros poemas em jornais de sua cidade e de Belo Horizonte. Em 1971 divide com Lázaro Barreto a autoria do livro A Lapinha de Jesus. Sua estréia individual acontece em 1976, com Bagagem, livro que chama a atenção da crítica pela originalidade e pelo estilo. Em 1978 escreve O Coração Disparado, com o qual conquista o Prêmio Jabuti de Literatura, conferido pela Câmara Brasileira do Livro, de São Paulo. Nos dois anos seguintes, dedica-se à prosa, com Solte os Cachorros (1979) e Cacos para um Vitral (1980). Volta à poesia em 1981, com Terra de Santa Cruz. Em seguida, publica Componentes da Banda (1984), O Pelicano (1987) e O Homem da Mão Seca (1994) . Seus dois últimos livros, lançados em 1999, são o romance Manuscrito de Felipa e o livro de poemas Oráculos de Maio.

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Biografia - Richard Boyle

(1627 - 1691) Químico e físico irlandês naturalizado britânico, natural de Lismore Castle, em Lismore, Irlanda, redirecionador metodológico da física e da química modernas em função da valorização das medidas e da racionalidade das deduções experimentais. Um dos catorze filhos de Richard Boyle, o primeiro conde de Cork, estudou em Eton e em vários centros culturais europeus, desenvolvendo conhecimentos com as principais correntes do pensamento da época e tornando-se um admirador da obra de Galileu. Viajou vinte anos pela Europa, inicialmente se dedicando à difusão da fé cristã e ao estudo das línguas orientais, além de se aprofundar na pesquisa científica. De volta à Inglaterra, escreveu diversos ensaios filosóficos e começou seus estudos de física e química. Embora seu principal interesse fosse a química, era também fascinado pelas propriedades físicas do ar. Foi um dos fundadores da Royal Society, a partir de um movimento iniciado entre os cientistas da época (1644).

Transferiu-se para Oxford (1654), onde realizou sua maior produção científica. A partir dos trabalhos de Von Guerrick, incentivou Hooke a aperfeiçoar a bomba de vácuo e ambos construíram uma máquina pneumática para desenvolvimento de pesquisas com gases (1659), especialmente com o ar. Publicou Novas experiências físico-mecânicas, tocando a mola do ar (1660), sobre máquinas propulsoras de ar e geradoras de vácuo, criadas juntamente com Robert Hooke. Ambos construíram uma bomba pneumática, que permitiu demonstrar a impossibilidade de se obter o vácuo absoluto.

Analisando o ar, descobriu que ele servia de meio para a propagação do som e que era compressível por ser constituído de partículas minúsculas que se movem no vácuo. Verificou também que seu volume era inversamente proporcional à pressão a que era submetido (anos depois o abade francês Edme Mariotte deu maior precisão a essa lei, observando que só era válida sob temperatura constante). Outra de suas descobertas importantes foi a de que a água se expandia ao se congelar.

Notabilizou-se pelos desenvolvimento de estudos sobre a dilatação dos gases, publicados em The Sceptical Chymist (1661), um dos primeiros textos científicos em que a química se diferencia da alquimia e da medicina. Nela atacou a teoria aristotélica dos quatro elementos (terra, ar, fogo e água) e também os três princípios (sal, enxofre e mercúrio) propostos por Paracelso, desenvolvendo o conceito de partículas primárias que, por combinação, produziriam corpúsculos. Todos os fenômenos naturais, por conseguinte, se explicavam não pelos elementos e qualidades aristotélicas, mas sim pelo movimento e organização de partículas primárias.

Também com Hooke publicou Alguns ensaios fisiológicos (1662), onde formulou a importante Lei de Boyle. Foi a partir de suas definições químicas e reações que se iniciou a separação entre química e alquimia. Estabelecendo-se em Londres (1668), foi eleito presidente da Royal Society (1680), mas declinou da honra por não concordar com os termos do juramento de posse. Os seus múltiplos interesses intelectuais levaram-no a montar uma gráfica em que imprimiu diversas traduções da Bíblia. Durante alguns anos dirigiu a Companhia das Índias Orientais e, sem abandonar a pesquisa, dedicou os últimos anos de vida a pregação religiosa.

Biografia - D.Pedro V

Nasceu em Lisboa a 16 de Setembro de 1837, filho primogénito de D. Maria II e de D. Fernando de Saxe-Coburgo-Gota. 

Reconhecido príncipe real e sucessor da coroa de Portugal pelas Cortes Gerais Extraordinárias e Constituintes, em sessão de 26 de Janeiro de 1838; sucede a sua mãe em Novembro de 1853; até à sua maioridade governa seu pai como regente. E aclamado rei aos 18 anos e presta juramento perante as cortes Gerais. Os dois anos antes de começar a governar passou-os em viagens pelo estrangeiro, completando assim a educação primorosa cuidada que sua mãe na história conhecida pela «A Educadora» lhe fez ministrar. Ela própria dirigiu o ensino dos primeiros anos. 

Desde novo manifestou uma inteligência e vontade de saber fora do vulgar, a que uma poderosa memória contribuiu para um brilho excepcional de personalidade. Das suas viagens deixou-nos um relato em dois volumes - Diário - publicados pela Academia das Ciências e integrados na obra Escritos de El-Rei D. Pedro V. O Diário tem um grande interesse para o estudo da figura humana do rei e para o conhecimento da Europa sua contemporânea. Dedicou a sua vida ao progresso e ao bem-estar do país, apesar de atormentado pelos contínuos flagelos de ordem pública e particular – as epidemias, as grandes inundações, a morte da esposa, a sombra militante de Saldanha. Mesmo assim consegue dar novo ritmo à vida portuguesa mercê do seu espírito liberal e progressista que tem de lutar com o tradicional reaccioarismo nacional. Dedica grande parte do tempo aos problemas da educação, que considera fundamental para que se note a mínima parcela de progresso; os assuntos relacionados com a indústria, a agricultura, os melhoramentos públicos, a política internacional, etc., preocupam-no a todo o instante. 

Pode considerar-se o jovem rei como o primeiro homem moderno que em Portugal testemunhou em escritos do seu punho o significado da sua época, o conhecimento do seu país e dos seus homens. Morto prematuramente, apenas com 24 anos, a sua morte enlutou verdadeiramente o reino. Bulhão Pato diz: «Foi a primeira vez que vi A. Herculano chorar como uma criança». (Memórias, vol. II.)

Ficha genealógica:
D. Pedro V nasceu no Palácio das Necessidades, a 16 de Setembro de 1837, recebendo o nome de Pedro de Alcântara Maria Fernando Miguel Rafael Gonzaga Xavier João António Leopoldo Vítor Francisco de Assis Júlio Amélio; morrendo no mesmo local, a 11 de Novembro de 1861.
Casou em 18 de Maio de 1858 com a princesa Estefânia de Hohenzollern-Sigmaringen (nasceu em Dresda, a 15 de Julho de 1837, e morreu em 17 de Julho de 1859; sepultada no Panteão Real de S. Vivente de Fora), filha de Carlos António, príncipe de Hohenzollern-Sigmaringen, e de sua mulher Josefina Frederica Luísa, filha do grão-duque de Baden. O consórcio não teve descendência.


Fontes: 
Joel Serrão (dir.) 
Pequeno Dicionário de História de Portugal, 
Lisboa, Iniciativas Editoriais, 1976
Joaquim Veríssimo Serrão 
História de Portugal, Volume VIII: Do Mindelo à Regeneração (1832-1851) e 
História de Portugal, Volume IX: O Terceiro Liberalismo (1851-1890) 
Lisboa, Verbo, 1986

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Desenhos para colorir - Outono


Higiene e Segurança no Trabalho - Manual para as indústrias da fileira de madeira


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Conteúdo - Confúcio


Confúcio (chinês: 孔子, pinyin: Kǒng Zǐ, Wade-Giles: K'ung-tzŭ, ou chinês: 孔夫子, pinyin: Kǒng Fūzǐ, Wade-Giles: K'ung-fu-tzŭ, literalmente "Mestre Kong") (tradicionalmente 27 de agosto de 551 a.C. – 479 a.C.), foi um pensador e filósofo chinês do Período das Primaveras e Outonos.

A filosofia de Confúcio sublinhava uma moralidade pessoal e governamental, os procedimentos corretos nas relações sociais, a justiça e a sinceridade. Estes valores ganharam predominância na China em relação a outras doutrinas, como o legalismo (法家) e o taoismo (道家), durante a Dinastia Han (206 a.C. – 220). Os pensamentos de Confúcio foram desenvolvidos num sistema filosófico conhecido por confucionismo (儒家).

Por nenhum texto ser comprovadamente de autoria de Confúcio e as ideias mais comumente atribuídas a ele terem sido redigidas durante o período entre a sua morte e a fundação do primeiro império chinês em 221 a.C., muitos acadêmicos são muito cautelosos em atribuir asserções específicas ao próprio Confúcio. Os seus ensinamentos podem ser encontrados na obra Analectos de Confúcio (論語), uma coleção de aforismos que foi compilada muitos anos após a sua morte. Por cerca de dois mil anos, pensou-se ter sido Confúcio o autor ou editor de todos os Cinco Clássicos (五經), como o Clássico dos Ritos (禮記) (editor) e Os Anais de Primavera e Outono (春秋) (autor).

Os princípios de Confúcio tinham base nas tradições e crenças chinesas comuns. Favoreciam uma lealdade familiar forte, veneração dos ancestrais, respeito com os idosos por parte dos mais jovens (e, de acordo com intérpretes posteriores, das esposas para como os maridos), e a família como a base para um governo ideal.

EFA - STC - NG7 - DR2 - Ficha de Trabalho nº7 - Etapas da Elaboração de um Inquérito - Sociedade, Tecnologia e Ciência


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Notícia - Bactérias que comem arsénio podem levar a NASA a descobrir vida noutros planetas


A janela com que procuramos vida no Universo acabou de aumentar depois de uma equipa de cientistas encontrar pela primeira vez uma bactéria que se alimenta de arsénio. A descoberta é publicada hoje na edição online da revista Science e amanhã na edição impressa, e é o mistério que a NASA revela na sua conferência de imprensa. As bactérias foram encontradas num lago salgado na Califórnia (Science).

Toda a vida que se conhece é construída com base em seis elementos: o carbono, o oxigénio, o hidrogénio, o azoto, o enxofre e o fósforo. São estes átomos que fazem as moléculas de ADN, as proteínas, as gorduras que compõem as células dos animais, das plantas, dos fungos e das bactérias.

Quando se olha para fora do planeta Terra para encontrar vida, os cientistas têm o hábito de procurar por ambientes que podem disponibilizar estes elementos. “A vida como a conhecemos necessita de alguns elementos e exclui outros”, disse Arial Anbar, um dos autores do artigo, da NASA. “Mas serão estas as únicas opções? Quão diferente é que a vida pode ser?”, questionou o cientista, citado num comunicado de imprensa.

A descoberta feita por Felisa Wolfe-Simon, primeira autora do artigo, que trabalha no Instituto de Astrobiologia da NASA, responde esta pergunta. O artigo começa por explicar que existem seres vivos que conseguem substituir átomos específicos de moléculas raras por outros que têm propriedades semelhantes. Como por exemplo, alguns artrópodes que têm cobre em vez de ferro no seu sangue.

A cientista tentou verificar esta possibilidade com um dos seis elementos principais – o fósforo. Este átomo, que compõe a estrutura do ADN e é importantíssimo para a composição de proteínas e gorduras, poderia ser substituído pelo arsénio, um átomo maior, altamente venenoso, mas que está exactamente abaixo do fósforo na coluna da Tabela Periódica, o que indica que tem muitas propriedades semelhantes.

“Nós pusemos não só a hipótese que sistemas bioquímicos análogos aos que conhecemos hoje poderiam utilizar arsénio com a função biológica equivalente ao fosfato”, explicou em comunicado Wolfe-Simon, “mas também que estes organismo tivessem evoluído no início da Terra e pudessem persistir até hoje em ambientes invulgares.”

Para isso, a astrobióloga foi até ao lago Mono na Califórnia, rico em arsénio, para retirar amostras de sedimentos com populações de bactérias. No laboratório, colocou estas amostras numa cultura rica em arsénio e sem nenhum fósforo. Ao final de algum tempo verificou que tinha bactérias a crescer.

A estirpe que cresceu chama-se GFAJ-1 e pertence à família das bactérias Halomonadaceae. Apesar de crescer melhor em ambientes com fósforo, a equipa fez vários testes e encontrou provas que o arsénio foi incorporado no ADN e nas proteínas.

“Este organismo tem uma capacidade dupla. Pode crescer tanto com fósforo como com arsénio. Isso torna-o muito peculiar; no entanto [esta bactéria] está longe de ser uma verdadeira forma de vida alienígena que deriva de uma árvore diferente da vida”, explicou Paul Davies, um dos autores do artigo e físico teórico, grande interessado em astrobiologia, director do BEYOND Centro para os Conceitos Fundamentais de Ciência, da Universidade do Arizona, acrescentando que esta descoberta pode ser a ponta de um iceberg de diferentes tipos de vida que até agora a comunidade científica não prestou atenção.

Segundo Felisa Wolfe-Simon, o mais importante é que estes resultados voltam a lembrar a flexibilidade da vida. “Esta história não é sobre o arsénio ou sobre o lago Mono”, explicou. “Se existem seres aqui na Terra que podem fazer algo tão surpreendente, o que é que a vida ainda pode mostrar que nós não vimos?”

Manual - AMI BIOS beep codes - AWARD BIOS beep codes


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