quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Não são manuais escolares, são livros de entretenimento


Conselho editorial da Porto Editora garante que não há “qualquer discriminação” nos livros de atividades para meninos e meninas e volta a colocá-los à venda. Editora refere que fez uma “análise serena e ponderada do caso”, assegura que não há “matéria objetiva e relevante” para retirar livros dos pontos de venda, e refuta várias observações feitas pela Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género.

Os blocos de atividades para meninos e meninas dos 4 aos 6 anos de idade, que tanta polémica e debates causaram no último mês, voltam a estar à venda. A Porto Editora (PE) chegou a suspender a venda desses livros após críticas de discriminação feitas pela Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG). A editora e a CIG reuniram-se entretanto e anunciaram que vão trabalhar em conjunto na produção de materiais destinados a crianças. O conselho editorial da empresa livreira esteve a analisar o caso e resolveu voltar a colocar os livros no mercado para compra livre. 

Segundo a editora, não há motivos para a retirada definitiva desses livros. “(…) tendo-se concretizado os objetivos pretendidos, e comprovada a não existência de qualquer discriminação, põe-se fim à suspensão da venda daqueles livros no quadro do exercício pleno da liberdade de expressão da autora e das ilustradoras, bem como da liberdade de edição, respeitando estes valores fundamentais”, sustenta a PE em nota da Direção Editorial. 

A empresa adianta que a suspensão da venda deveu-se à vontade de fazer “uma análise serena e ponderada do caso, sem ceder às pressões e avaliações imediatistas e precipitadas, e como forma de denunciar a lamentável manipulação que esteve na origem da polémica”. Debruçou-se então sobre o parecer técnico da CIG, que, entre outras coisas, referia que os livros promoviam a discriminação e diferenciação entre homens e mulheres, e refuta várias observações desse documento.  
  
“A Porto Editora tem plena consciência da sua missão e da sua responsabilidade na promoção do desenvolvimento educacional, cultural e civilizacional. Um compromisso que honra diariamente, procurando fazer sempre mais e melhor nas diferentes áreas editoriais em que atua e, dessa forma, satisfazer a pluralidade de gostos, interesses e necessidades das suas leitoras e dos seus leitores”, lê-se na nota da Direção Editorial. 

Os blocos de atividades, com capa azul para meninos e capa cor-de-rosa para meninas, com vários exercícios para crianças dos 4 aos 6 anos, estiveram no centro das atenções no último mês. A editora e a CIG reuniram-se, acertaram uma estreita colaboração, e anunciaram um trabalho conjunto na promoção de “conteúdos que fomentem uma educação promotora de igualdade de oportunidades e do desenvolvimento das diferentes capacidades e talentos de todas as crianças, contribuindo assim para a construção de uma sociedade em que mulheres e homens exercem uma cidadania plena”. 

Bolas para meninas, peluches para meninos 
A PE leu com atenção o parecer técnico da CIG, agradece o trabalho realizado, mas considera que não há “matéria objetiva e relevante que justifique” a recomendação de retirar os livros dos pontos de venda. “As liberdades artística e criativa da autora, ilustradoras e editora não podem ser condicionadas por questões de gosto, no mínimo, subjetivas e discutíveis”, conclui. A editora refuta comentários feitos pela CIG e esclarece que os blocos de atividade não são manuais escolares ou de apoio à escola, nem tão-pouco fazem parte de um programa letivo e, por isso, na sua opinião, “é errada qualquer associação destas edições ao contexto da escola”. 

“Ao contrário dos manuais escolares, estes blocos têm uma função diferente, implicam um contacto superficial com as crianças, assumindo um papel de entretenimento, repleto de ludicidade, ainda que explorando competências importantes para a faixa etária a que se destinam. Por isso, parece-nos muito exagerado considerar que a realização deste tipo de blocos de atividades de alguma forma condicione, no futuro, as opções pessoais e profissionais das crianças”, refere a PE no relatório que elaborou.

Os blocos de atividades são livros que têm folhas destacáveis para fins lúdicos e ocupação de tempos livres. Nos dois em questão, o conceito assentou, segundo a editora, “na elaboração de dois blocos de atividades lúdicas com o mesmo conteúdo em termos de competências a abordar, com a mesma tipologia de exercícios e grau de complexidade”. 

“Na forma, um dos blocos deveria ser mais destinado aos rapazes/meninos, contendo elementos gráficos e situações próximos dos seus gostos e preferências mais comuns e o outro, mais ao agrado da maioria das meninas/raparigas. Para tal, cada livro foi entregue a uma ilustradora diferente que livremente desempenhou um trabalho criativo e artístico. Não se conhecem, nem viram o trabalho uma da outra”, adianta a PE. 

Os conteúdos foram concebidos por uma educadora de infância, a execução foi acompanhada por uma coordenadora editorial, a parte gráfica ficou a cargo de uma designer e duas ilustradoras. A empresa livreira assegura que estas mulheres não tiveram como objetivos reforçar a segregação de género ou diferenciar o grau de dificuldade das atividades. Além disso, explica, a seleção das cores e dos elementos gráficos das capas obedeceu a “critérios estéticos e comerciais e à liberdade criativa das ilustradoras”. 

Há bolas no bloco das meninas e peluches no dos meninos e numa das atividades tanto a menina como o menino arrumam os seus quartos. “A maior parte das atividades dos blocos atribui gostos comuns a meninas e rapazes: contacto com a Natureza, animais domésticos e selvagens; atividades extracurriculares; tempo livre com os avós; livros; doces; atividades culturais e desportivas; convívio com os amigos; colecionismo”, exemplifica. 

“Importa esclarecer também que estas obras não foram desenvolvidas sob uma perspetiva comparativa, pelo que consideramos despropositada e desadequada essa abordagem que surgiu nas redes sociais e que, em grande medida, serviu de fundamento ao parecer da CIG”. A PE justifica os blocos de atividades com uma opção editorial e lembra que a compra é livre. “A igualdade de oportunidades não está comprometida, porque todos podem ter acesso à obra que entenderem”. 

A empresa livreira, líder no setor, sublinha que o rigor, a responsabilidade, a proximidade, a excelência e a inovação são valores com que trabalha diariamente e que todas as publicações para crianças “obedecem a grandes cuidados editoriais, congregando o esforço de uma equipa vasta e especializada, incluindo editores, autores, consultores, ilustradores, designers, etc., com profundo conhecimento da área”. E no início do relatório recorda o que diz a Constituição Portuguesa sobre os direitos da liberdade de expressão. 

Informação retirada daqui 

Manual - Z80 Family CPU Peripherals - User Manual


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Biografia - Nicolau Copérnico

(1473 - 1543) Mikolaj Kopernik em polaco, astronomo e matemático nascido em Torun, na Prússia polaca, que derrubou a teoria ptolomaica da astronomia, ao propor a teoria segundo a qual a Terra daria uma volta diária completa em torno de seu eixo e uma volta anual em torno do Sol, a teoria heliocêntrica, desencadeando uma revolução na ciência, na filosofia e na religião.

De uma família de ricos negociantes, iniciou estudando matemática em Cracóvia (1491), universidade fundada (1364) e famosa na época por empreender o estudo da matemática como fundamento da astronomia, direito canônico e astronomia em Bolonha (1497). Professor em Roma, praticou física em Heilberg e foi cônego da catedral de Frauenburg. Voltou à Polônia (1497) para assumir o cargo de cônego da catedral de Frauenburg, que lhe garantia emprego vitalício. Ainda voltou à Itália para estudar medicina e leis em Pádua, universidade fundada desde 1222, e aprofundar seus conhecimentos matemáticos e na língua e cultura da Grécia clássica.

Foi durante seus estudos na Itália que iniciou sua elaboração da teoria do sistema solar, segundo a qual o Sol era o centro do universo e não a Terra, e que esta girava em torno desse astro juntamente com os outros planetas, ao contrário do que pensava Aristóteles e justificou Ptolomeu. Novamente na Polônia, terminou de construir um observatório (1510) e começou a estudar o movimento dos corpos celestes. A partir daí dedicou-se exclusivamente à área que realmente lhe interessava: a astronomia. Publicou Commentariolus (1513), apresentando suas primeiras conclusões sobre o heliocentrismo, mostrando as pesquisas astronômicas que o levaram a duvidar da teoria geocêntrica, então de aceitação geral, segundo a qual a Terra era o centro do universo.

Publicou De lateribus et angulis triangulorum (1542), escrita antes (1533), a base trigonométrica da publicação revolucionária que viria a público no ano seguinte. Pela necessidade de evitar acusações de heresia, procurou e só conseguiu licença papal para publicação de suas conclusões definitivas já muito próximo de sua morte (1543), mesmo assim com o prefácio de que aquelas observações eram puramente hipotéticas, ou seja, sem provas matemáticas, através da obra De revolutionibus orbium caelestium. Assim, suas relações com a igreja nunca chegaram ao declarado antagonismo que caracterizaria a posição dos teólogos como, por exemplo, Galileu. Esta obra, a demonstração da teoria do universo heliocêntrico, conhecida como a revolução copernicana, tornou-se um dos marcos no surgimento da era da ciência moderna, colocando a observação e a experiência acima da autoridade e dos dogmas. É, historicamente, o principal sábio da cosmologia. Entre seus seguidores e consolidadores de suas teorias, destacaram-se Kepler com as leis de movimentos dos planetas, Galileu com sua mecânica e as provas definitivas da teoria e Newton com a gravitação universal.

Notícia - Árctico e Antárctico partilham 235 espécies

A descoberta está a intrigar cientistas de todo o Mundo. Há pelo menos 235 espécies de animais que tanto vivem no Oceano Árctico (Pólo Norte) como no Antárctico (Pólo Sul), apesar dos 11 000 quilómetros que os separam, concluíram cientistas do Censo da Vida Marinha.
"Encontrar tantas espécies nos dois extremos da Terra, algumas delas sem ligações conhecidas entre si, levanta sérias questões do ponto de vista da evolução", afirmou Russ Hopcroft, da Universidade de Fairbanks, no Alasca, que participou nas expedições do Censo. Entre as espécies comuns às duas regiões polares contam-se cinco espécies de baleias, cinco de aves marinhas e cerca de cem espécies de crustáceos. "Não estamos ainda certos do que tudo isto significa", reconheceu Bodil Bluhm, investigadora no projecto.
As expedições realizadas no âmbito do Censo permitiram também concluir que há espécies a migrar para os pólos para escapar ao aquecimento das águas. A maior recolha de sempre sobre a vida marinha nos pólos envolveu 500 cientistas de 25 países, entre os quais Portugal, nas várias expedições realizadas pelos cientistas.

O Censo concluiu que há 7500 espécies marinhas no Oceano Antárctico e 5500 no Árctico, estimando-se que o número total em todos os oceanos do Planeta seja entre 230 a 250 mil espécies. Segundo Ron O’Dor, director científico do Censo, o projecto encontra--se "numa etapa de síntese, em que se tenta reunir os 17 projectos para dar ao mundo uma imagem da biodiversidade dos oceanos".
O aquecimento global vai levar a que o Árctico, no extremo Norte do Planeta, tal como o conhecemos hoje, deixe de existir dentro de 20 anos, com a temperatura na região a aumentar sete graus centígrados. Especialistas em ciência polar reunidos em Chicago, EUA, consideram que o aquecimento em curso não se trata de "um mero ciclo passageiro", pelo que "o atestado de óbito do Árctico está assinado".
"Teremos um Verão sem gelo no Árctico em 2030 ou antes disso", vaticinou Mark Serreze, da Universidade de Colorado.
A capacidade dos oceanos para absorver e armazenar dióxido de carbono (CO2) diminuiu dez vezes nos últimos 20 anos, provocando um aumento da concentração do gás com efeito de estufa, concluiu o Centro Nacional de Investigação Científica (CNRS) francês.
Segundo o CNRS, nas regiões austrais, a explicação para o fenómeno poderá estar na intensificação de ventos que induzem a circulação em profundidade da água, provocando a subida para a superfície do CO2 retido em águas profundas. Já no Atlântico norte, a explicação pode estar nas "alterações na circulação oceânica, numa resposta dos ecossistemas ou como resultado da actividade biológica". As emissões de CO2 geradas pelo Homem subiram desde os anos 90 de 6000 para 10 000 milhões de toneladas.
Para realizar o Censo da Vida Marinha, os cientistas tiveram de enfrentar ondas de 16 metros no Antárctico. Já no Árctico trabalharam com o auxílio de vigilantes armados, por causa dos ursos polares.
Programa internacional de investigação científica iniciado em 2000, o Censo apresentará resultados finais em 4 de Outubro de 2010, em Londres. Para 2009 estão previstas, entre outras, expedições para conhecer vulcões a 5 mil metros de profundidade.

Bernardo Esteves

Biografia - Francisco Solano

Solano Ortiz de Rozas, Francisco Maria
Marquês do Socorro e de Solana
n: 10 de Dezembro de 1769 em Caracas (Nova Granada) [Venezuela] 
m: 29 de Maio de 1808 em Cádiz (Espanha)

Educado no Seminário dos Nobres de Madrid e na Casa dos Pajens, ingressou no exército nas Guardas Reais de Infantaria. Em 1793, sendo nomeado tenente coronel num regimento de reserva pediu um posto de campanha. Tendo entretanto casado com a marquesa de Solano adoptou o título. Na guerra contra a França, entre 1793 e 1795, participou no sector Catalão, chegando a marechal de campo, o primeiro posto do generalato naquela altura. Após a assinatura da paz entre a Espanha e a França serviu como voluntário no Exército francês do Reno, sob as ordens do general Moreau.
Em 1801 comandou a guarda avançada do Exército espanhol que invadiu Portugal sob o comando de Godoy. Tenente-general em 1802, foi nomeado Governador interino de Cádiz e Capitão General da Andalúzia em 1805, tendo-se distinguido no salvamento dos náufragos e na ajuda aos feridos provocados pela batalha de Trafalgar. Em 1807 comandou a Divisão que ocupou o Alentejo e Algarve em nome de Godoy, Príncipe dos Algarves de acordo com o artigo n.º 2 do tratado de Fontainebleau desse ano, tendo estabelecido o seu quartel-general em Setúbal. Regressou a Espanha, em Março de 1808, por ordem de Godoy para preparar ao que se pensa a retirada da família real espanhola para o México. Recebeu em Badajoz a ordem de aclamação do Rei José que acatou, sendo nomeado novamente capitão-general da Andalúzia por Murat.

A atitude do marquês do Socorro durante a revolta contra os franceses em Cádiz foi dúbia. Não querendo distribuir armas pela população revoltada, também não quis atacar a frota francesa fundeada na baía. Esta última decisão indignou a população que se dirigiu à sua residência oficial, perseguindo-o pelas ruas da cidade e acabando por o matar.

Informação retirada daqui

Vídeo - Isto é Matemática T05E01 Ronaldo e os Ângulos Inscritos

Postal Antigo - Andorra - Vistas de Andorra la Vella e les Escaldes (1998)


Biografia - Armando Gama

Armando António Capelo Dinis da Gama nasceu em Luanda no dia 1 de Abril de 1954. Em 1971 é editado o seu primeiro disco, com o Duo Marinho e Gama, que incluía dois temas da sua autoria.

Com Manuel Cardoso forma os Tantra em 1976. Sai do grupo em 1977, após a edição do álbum "Mistérios e Maravilhas". 

Em 1978 junta-se a Cris Kopke para formar o duo Sarabanda que dura até 1981.

Trabalha como arranjador e como produtor em vários discos (Dina, Mário Mata, Doce, Damas Rock, etc...). Interpreta o tema principal da série "Bana e Flapi" e as canções da  série "Sport Billy".

Armando Gama e os Cânone em 1981Armando Gama e os Cânone lançam, em 1981, o single "Miúda Funky".

No álbum "Quase Tudo", de 1982, aparece uma primeira versão do tema que iria marcar a sua carreira.

Em 1983 vence o XX Festival RTP da Canção, realizado na cidade do Porto, com "Esta Balada Que Te Dou". É aí que conhece a locutora Valentina Torres que foi a apresentadora do festival desse ano.

Foram feitas versões do tema em inglês ("When Love Has Gone", adaptação de Mike Sergeant), francês ("Ce Soir Je Chante", Kris Kopke) e alemão ("Dieses Lied Ist Mein Geschenk Am Dich", Jan Van Djck). O tema foi editado em 17 países e gravado por alguns nomes estrangeiros.

Em 1984 lança os singles "Mais Uma Canção" e "Amor Até Ao Fim".

O single "No Teu Abraço" foi editado pela Materfonis em 1986.

Armando Gama começa a cantar a duo com a sua esposa, Valentina Torres, com quem lança vários discos.

Em 1992 concorre ao XXX Festival RTP da Canção com o tema "Se Eu Sonhar".

Foi editada uma compilação de Armando Gama na série "Clássicos da Renascença" editada pela Movieplay em colaboração com a Rádio Renascença.

Em 2006 apresenta-se ao vivo com o espectáculo "Armando Gama o 5º Beatle". Grava um DVD experimental, com banda, a 13 de Maio, no Teatro Sá da Bandeira, em Santarém.

DISCOGRAFIA
Quase Tudo (LP, RT, 1982)

SINGLES
Miúda Funky/Não Vou Por Aí (Single, Polygram, 1981) [Armando Gama e os Cânone]
Esta Balada Que Te Dou/Jô (Single, RT, 1983)
Mais Uma Canção/Um Show Grandioso (Single, RT, 1984)
Amor Até Ao Fim/Cantor Popular (Single, RT, 1984)
No Teu Abraço/Qualquer Coisa (No Coração) (Single, Materfonis, 1986)
Adoro Chopin/Tele-Fonema (Single, Discossete, 1987)

COMPILAÇÕES SE
Clássicos da Renascença - Vol. 46 (Compilação, Movieplay, 2000)
Mona Lisa (Máxi-Single, Materfonis, 1986)
O Violino da Carolina/Sonho de Natal (Single, Discossete, 1988)
Maria Linda/Sim Ou Não? (Single, Discossete, 1989) 
Menina Agarra O Rapaz/Sempre Apaixonados (Single, Discossete, 1990)
Portugal Amor e Mar (CD, Discossete, 1993)
Cenas do Casamento (CD, Espacial, 1996)
Tu Tens Outra (CD, Espacial, 1998)

NO RASTO DE...
A solo armando Gama gravou um LP, cinco singles e um cd. Lançou depois vários discos com a sua esposa Valentina Torres. Em 2006, depois de alguns anos de paragem, foi comunicado a assinatura do duo com a editora Mundial.

Armando Gama é presença habitual no Casino do Estoril desde 1999 .´

Biografia retirada de Anos80


Conteúdo - Gottfried Wilhelm Leibniz - O Argumento Ontológico de Leibniz - A Demonstração Leibniziana


Definindo Deus como ' O ser mais perfeito'  - sendo a perfeição, segundo o pensador, a totalidade das qualidades ou atributos afirmativos -,  Leibniz pretende demonstrar a existência de tal ser a partir da compatibilidade entre dois ou mais atributos afirmativos, pois se todos os atributos afirmativos são compatíveis entre si sem gerar contradição, então  deve ser possível conceber um ser com todos estes atributos. Assim,  necessariamente tal ser existe, pois se ele possui todos os atributos afirmativos, não lhe pode faltar a existência.

Conteúdo - Dieta Mediterrânica - Como se define?

A UNESCO definiu a Dieta Mediterrânica (DM) como património cultural imaterial da humanidade. Ou seja, como um conjunto de conhecimentos, transmitidos de geração em geração, constantemente recriado pelas comunidades e capaz de lhes proporcionar um sentimento de identidade e de continuidade, promovendo o respeito pela diversidade cultural e a criatividade humana.

O conceito de Dieta Mediterrânica teve, na sua origem, o estudo dos hábitos alimentares das populações da Grécia e do Sul da Itália, nas décadas de cinquenta e sessenta do século XX. No entanto, podemos encontrar variantes deste padrão alimentar noutros países da Europa meridional, da zona ocidental da Ásia e da orla costeira do Norte de Árica. A par da diversidade de costumes e hábitos alimentares destes povos, é possível identificar uma matriz alimentar comum que assenta na produção e no consumo de azeite (Nestle, 1995).

Em 1993, na International Conference on Diets of the Mediterranean, foram estabelecidas as principais características, deste modo tradicional de alimentação (Serra-Majem, et al., 2004):

-Consumo abundante de alimentos de origem vegetal (produtos hortícolas, fruta, cereais pouco refinados, leguminosas secas e frescas, frutos secos e oleaginosos);
-Consumo de produtos frescos da região, pouco processados e sazonais;
-Consumo de azeite como principal fonte de gordura;
-Consumo baixo a moderado de lacticínios, sobretudo de queijo e iogurte;
-Consumo baixo e pouco frequente de carnes vermelhas;
-Consumo frequente de pescado;
-Consumo baixo a moderado de vinho, principalmente às refeições.

A Dieta Mediterrânica representa um modelo alimentar completo e equilibrado com inúmeros benefícios para a saúde, longevidade e qualidade de vida (Antonia Trichopoulou, Bamia & Trichopoulos, 2009):

A presença abundante de ácidos gordos insaturados (sobretudo monoinsaturados), a partir do consumo de azeite, principal fornecedor de ácido oleico e ácidos gordos polinsaturados ómega 3, provenientes do pescado e dos frutos secos, a par de um baixo consumo de ácidos gordos saturados e trans presentes nas carnes vermelhas, são fatores nutricionais importantes na proteção da saúde cardio e cérebro vascular (Martinez-Gonzalez, et al., 2009; A Trichopoulou, 2003; Antonia Trichopoulou, Bamia & Trichopoulos, 2005;Willett, 2006).

A riqueza em vitaminas, minerais e substâncias com elevado potencial antioxidante como flavonóis, catequinas isoflavononas, antocianinas, e proantocianinas, entre outras, que se encontram nos produtos hortícolas, fruta, leguminosas frescas e ervas aromáticas condimentares, contribuem também para diminuir o risco de desenvolvimento de doenças neuro-degenerativas, de doenças cardio e cerebrovasculares e de vários tipos de cancro (Scarmeas, et al., 2009; Sofi, Cesari, Abbate, Gensini & Casini, 2008).

Os cereais pouco refinados, os quais se destacam o trigo e o arroz, em conjunto com a batata e com as leguminosas representam as principais fontes alimentares de hidratos de carbono complexos e calorias ( Qué es la dieta mediterránea?, 2002).

O elevado consumo de produtos vegetais em detrimento do consumo de produtos alimentares de origem animal contribui para uma distribuição equilibrada do balanço energético diário em que 55 a 60% da energia diária é proveniente dos hidratos de carbono, 25 a 30% dos lípidos e 10 a 15% da proteína, sobretudo de origem vegetal (leguminosas e cereais) (Qué es la dieta mediterránea?, 2002).

A frugalidade e a simplicidade das refeições quotidianas constituem também elementos importantes na manutenção do equilíbrio energético diminuindo o risco de desenvolvimento de obesidade e de outras doenças metabólicas crónicas como a diabetes tipo 2 e a hipertensão arterial (Martínez-González, et al., 2008; Panagiotakos, Polychronopoulos, 2007; Willett, 2006).

A cozinha mediterrânica é uma cozinha simples que tem na sua base as sopas, os cozidos, os ensopados e as caldeiradas onde se incorporam os produtos hortícolas e as leguminosas, com quantidades modestas de carne e que usa como condimentos a cebola, o alho e as ervas aromáticas para enriquecer os seus sabores e aromas. Esta simplicidade contrasta com uma culinária mais rica e elaborada reservada para os dias de festa (Valagão, 2011).

Importa pois preservar e promover este modo de vida, que para além de ser uma forma saudável de comer abrange a história, a cultura e arte de bem viver dos povos que a partilham.

Maria Palma Mateus Lopes – Nutricionista, docente no Curso de Dietética e Nutrição da Escola Superior de Saúde da Universidade do Algarve

Desenhos para colorir - Primavera


UFCD - 0022 - Técnicas de vectorização manual e automática

0022 - Técnicas de vectorização manual e automática
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Técnicas de vectorização manual e automática
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0022
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50 horas
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Objetivos

  • Identificar e aplicar técnicas de vectorização manual e automática.
Recursos Didáticos

Conteúdos

  • Scanner de baixa resolução
  • Digitalização em baixa resolução
  • Vectorização sobre imagens de baixa resolução
  • Vectorização sem imagens
  • Illustrator/Freehand
  • Saídas e análise de fotolitos
  • Adobe Steamline
  • Corel trace
  • Auto trace/freehand
Referenciais de Formação

213001 - Operador/a de Pré-Impressão
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(*) 2008-05-14   Criação de UFCD.

terça-feira, 10 de outubro de 2017

Conteúdo - Autismo - O meu filho é diferente... será autista?


As manifestações da doença são notadas quase sempre antes dos 3 anos, geralmente entre os 6 e os 20 meses de idade. 
Desde os primeiros tempos de vida, a maioria das crianças são sociáveis e procuram activamente o contacto com os outros: jogam ao "faz-de-conta", brincam com os seus pares, gostam de dar e receber mimos.
No entanto, em certos casos, os pais notam que o seu filho não interage com os outros desta forma. É o que acontece com a criança autista, na qual existe problemas em três domínios: socialização, comunicação e comportamento.
Leo Kanner descreveu esta patologia em 1943 e cerca de um ano mais tarde, um grupo de crianças com características semelhantes foi descrito por Asperger. 

Em que idade aparece?
As manifestações da doença são notadas quase sempre antes dos 3 anos, geralmente entre os 6 e os 20 meses de idade.
Tipicamente não existe um período de desenvolvimento normal, embora em cerca de 20% dos casos os pais tenham descrito um desenvolvimento relativamente normal durante um ou dois anos.

É uma doença frequente?
Não. Segundo os estudos mais recentes, para uma população de 10 000 indivíduos há 10 pessoas com autismo. Transpondo para o nosso país, haverá cerca de 10 000 pessoas com esta doença.
O autismo pode ocorrer em qualquer família, independentemente do seu grupo racial, étnico, socio-económico ou cultural.
Sabe-se que é mais frequente no sexo masculino, numa proporção de 4 a 5 rapazes para 1 rapariga.

Quais as causas desta doença?
Foram propostas diversas teorias para tentar explicar o autismo.
Trata-se de uma perturbação biológica, com forte componente genético; contudo, a sua etiologia é desconhecida, parecendo ser multifactorial.
Nas décadas de 40 e 50 acreditava-se que a causa do autismo residia nos problemas de interacção da criança com os pais/família. Hoje sabe-se que esta ligação não tem qualquer fundamento.
A partir dos anos 60, com investigações baseadas em estudos de casos de gémeos e doenças genéticas associadas ao autismo (X frágil, esclerose tuberosa, fenilcetonúria, entre outras), descobriu-se a existência de um factor genético multifactorial e de diversas causas orgânicas relacionadas com a sua origem. Factores pré-natais (como a rubéola materna) e durante o parto (prematuridade, baixo peso ao nascer, infecções graves neonatais) também parecem ter influência no aparecimento das perturbações do espectro do autismo.

Quais as manifestações a que os pais devem estar atentos?
-O bebé com autismo apresenta determinadas características diferentes dos outros bebés da sua idade.
-Pode mostrar indiferença pelas pessoas e pelo ambiente ou ter medo de objectos. Por vezes tem problemas de alimentação e de sono.
-Pode chorar muito sem razão aparente ou, pelo contrário, pode nunca chorar.
-Quando começa a gatinhar pode fazer movimentos repetitivos (bater palmas, rodar objectos, mover a cabeça de um lado para o outro).
-Ao brincar não utiliza o jogo social nem o jogo de faz-de-conta.
-Tem grande dificuldade de interagir com as outras crianças.
-Não utiliza os brinquedos na sua função própria: um carro pode servir como objecto de arremesso e uma boneca para desmanchar.

Que outras características têm estas crianças?
Partindo do que se denomina a tríade de perturbações do autismo, com manifestações nos já citados três domínios, podemos agrupar as características:

Domínio social
-Parecem viver no seu próprio mundo, desligadas, alheadas, desinteressadas e insensíveis aos outros.
-Grande dificuldade em interagir com outras crianças: partilhar, cooperar ou jogar à vez são para eles tarefas muito difíceis.
-Seres humanos, animais e objectos poderão ser tratados da mesma forma.
-Relativa incapacidade de partilha de alegrias ou procura de ajuda/conforto em situações de stress.

Domínio da comunicação
-Evitam o contacto ocular e podem resistir ou mostrar desagrado ao serem pegados ou tocados.
-Têm perturbações da linguagem (tanto da compreensão como da expressão), por vezes mesmo uma ausência de linguagem que faz pensar em surdez. Se existe linguagem, o vocabulário é pobre. É frequente não usarem o eu e repetirem de modo estranho, como que em eco, o que acabaram de ouvir (ecolalia).
-Problemas na comunicação não-verbal: mantêm-se muito próximas ou muito afastadas dos interlocutores e olham para os lábios em vez de para os olhos durante a comunicação. Fazem um uso muito pobre da mímica facial ou dos gestos.

 Domínio do comportamento 
-Tendem a entregar-se a jogos e rotinas repetitivas, de forma isolada, como por exemplo fazer girar objectos. Têm com frequência, em particular em situações de angústia e excitação, movimentos repetitivos das mãos, dedos, etc. (por exemplo abanar as mãos como a imitar um passarinho).
-Grande rigidez do pensamento e comportamento, por vezes com crises de auto e heteroagressividade face às mudanças das rotinas ou do meio que as rodeia ou quando são contrariadas.
-Ligações bizarras a certos objectos ou partes destes.
-Por vezes são extremamente sensíveis a cheiros, sabores e sensações tácteis.
-A hiperactividade é um problema comum.
-Em certos casos existem talentos especiais, por exemplo para o cálculo, a música ou o desenho.

Todas as crianças com autismo têm atraso mental?
O défice cognitivo (atraso mental) ocorre em 65-88% dos casos. Algumas destas crianças têm inteligência normal ou até superior, como pode acontecer na síndrome de Asperger.

Há tratamento para esta doença?
É muito importante que a criança seja orientada o mais precocemente possível para uma consulta de Pediatria de Desenvolvimento, onde, no caso de se concluir por este diagnóstico, se irá traçar um programa de intervenção específico. Este envolve vários tipos de terapia (psicológica, de linguagem, ocupacional) e estratégias educativas. O tratamento pode também envolver psicofármacos em situações de agressividade, autodestruição ou convulsões. É fundamental a participação activa da família.

Qual a evolução destas situações?
O prognóstico do autismo tem vindo a melhorar. De acordo com estudos recentes, 5% a 10% destas crianças tornam-se adultos autónomos.
É importante relembrar que nesta doença há uma ampla variedade, quer na qualidade quer na gravidade das manifestações da doença e que cada caso é único e tem que ser abordado de modo individualizado.

Gabriela Marques Pereira in Educare (20-10-2010)

UFCD - 0021 - Ferramenta Photoshop

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(*) 2008-05-14   Criação de UFCD.

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

EFA - STC - Exercício - Automóvel vs Transporte Público - Sociedade, Tecnologia e Ciência

O automóvel é um dos grandes símbolos do século XX industrial e do consumo de massas. Inicialmente objecto de luxo, quase exclusivo de elites, depressa se fez acessível às massas, ainda que em versões diversas de «carros para o povo», legitimando a técnica como fonte original de benefícios para todos. E os benefícios do automóvel incidem sobre duas das dimensões fundamentais da nossa experiência: espaço e tempo. Mais longe, mais rápido, afectando a experiência de tempo e espaço, num mundo em aceleração, o homem moderno passou a deslocar-se preferencialmente sobre rodas.

No entanto, no dealbar do século XXI, o automóvel começa a revelar-se surpreendentemente também uma incomodidade, e, quase tão grave como isso, uma incomodidade tanto com custos económicos como ambientais. O trânsito, a sinistralidade, a poluição (sonora, atmosférica, visual ou global) e o próprio espaço que a sua presença e utilização exigem no serviço ao cidadão individual estão a torná-lo insustentável e alvo de uma necessária, quiçá inevitável, obsolescência enquanto modo de transporte preferencial em meio urbano.

Das instâncias internacionais em que se debate o problema da alteração do clima até à gestão autárquica do espaço da cidade, o automóvel aparece já hoje como pretexto para uma movimentação, embora talvez ainda dispersa e não generalizada, no sentido de encontrar novas estratégias, técnicas ou formas de mobilidade, que se articulam ao modelo estabelecido de predomínio do transporte individual, o qual, inevitavelmente, terá de ser reconvertido – tanto tecnologicamente como nos seus regimes de uso. As novas concepções de políticas dos transportes para os espaços urbanos começam a apontar para mudanças de fundo nos padrões de mobilidade. Mas como é que os cidadãos, utilizadores diários do automóvel, percepcionam esta mudança? Qual a sua consciência dos problemas gerados pelo uso quotidiano e indiscriminado do automóvel e quais as suas atitudes perante as mudanças que se anunciam?

Em Lisboa e no Porto começam a surgir medidas, talvez ainda desconexas e pouco integradas, mas ainda assim que mostram se não vontade política, ao menos a consciência da inevitabilidade de encarar o automóvel como uma fonte de problemas e de promover o uso do transporte público. Igualmente, por força dos compromissos que decorrem do Protocolo de Quioto, adivinham-se novas medidas penalizadoras do uso do automóvel e de incitamento a um maior recurso a formas alternativas de transporte individual e colectivo.

Mas as viragens de orientação que despontam na política de transportes implicam aceitação social e uma efectiva mudança de comportamento na relação como o automóvel, mormente por parte dos que, adultos e jovens, todos os dias se deslocam, volante nas mãos, para chegar a um local de trabalho, estudo ou lazer. Ora, mesmo no pressuposto de que na vertente política e organizacional esta viragem seja feita de forma consistente, exemplar e coerente, estas mudanças raramente são pacíficas ou isentas de confronto de interesses, desejos, alternativas e percepções diversas. Afinal, o automóvel desempenha uma função social específica e está profundamente enraizado no nosso quotidiano e, se os seus usos viraram 'desusos', no fim de contas, as atitudes e comportamentos dos cidadãos são o elemento fulcral de qualquer mudança que vá ao encontro da ideia de desenvolvimento sustentável.

Adaptado, O Automóvel - Usos e Desusos do Transporte Individual

Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa

Actividade:

1- Após a leitura do texto anterior, realize uma pesquisa sobre a problemática apresentada, tendo em conta os seguintes aspectos:

mudanças dos padrões de utilização no transporte público e privado, observadas em Portugal;
motivações para o uso diário do automóvel em detrimento do uso dos transportes colectivos públicos;
impacto da utilização crescente de transportes individuais (no ambiente, na saúde pública, na qualidade de vida, …);
eficácia das políticas urbana e de transportes, na substituição do transporte individual pelo transporte público;
principais factores a ser melhorados para incentivar o uso do transporte colectivo público.
2- Elabore um texto (2 a 3 páginas) com os resultados da pesquisa efectuada.




Links para sites que abordam a temática dos Transportes e da Mobilidade Sustentável:



Programas para ensinar competências emocionais ajudam a resolver problemas nas escolas


Especialistas em inteligência emocional, uma área da Psicologia, garantem que ensinar os alunos a conhecerem e a regularem as suas emoções é a melhor forma de potenciar resultados escolares e resolver problemas de indisciplina.

Trata-se da nossa capacidade para perceber, expressar e compreender e regular as emoções. A sociedade está mais ciente do potencial da inteligência emocional (IE). “Quando há 25 anos a IE se popularizou era um novo ideário, agora há imensa pesquisa que a suporta como um conceito bem estabelecido na área da psicologia”, explica John Pellitteri, presidente da Sociedade Internacional de Inteligência Emocional (ISEI, na sigla inglesa). Não é de estranhar, por isso, o aumento do número de programas de aprendizagem na área da inteligência social e emocional. 

Como o célebre programa desenvolvido por Marc Brackett, diretor do Centro de Inteligência Emocional de Yale e professor no Centro de Estudos da Criança de Yale, o “Ruler” foi adotado em quase mil escolas públicas e privadas nos EUA, Austrália, Inglaterra, Itália, México e Espanha. É aqui no país vizinho, mais precisamente na região da Andaluzia, que Rosário Cabello, psicóloga, e Pablo Fernández-Berrocal, diretor do Laboratório das Emoções, ambos professores na Universidade de Málaga, estão a aplicar um outro programa designado por “Intemo+”, já testado em dois mil adolescentes espanhóis. 

“Há uma grande necessidade a ser preenchida com a IE nas escolas”, constata John Pellitteri. Mas “para ter professores e diretores de escolas envolvidos nestas questões é preciso mudar o seu estado de espírito”, alerta. “Têm de perceber que as emoções são importantes e não podem ser ignoradas. Só depois se pode começar a pensar em incorporar estes programas nas nossas escolas.” 

Por onde começar? “Não basta ensinar algumas competências do mesmo modo que ensinamos numa aula de História ou Matemática. Tem de haver um compromisso de toda a escola em colocar o foco nas emoções”, explica Marc Brackett. Razão pela qual o “Ruler” tem uma abordagem sistémica. “É preciso mudar todo o sistema da escola. É a melhor maneira de desenvolver as competências emocionais e atingir melhores resultados, melhores relações e menos problemas disciplinares.” 

A Sociedade Internacional de Inteligência Emocional (ISEI) reuniu-se em congresso no Porto, durante quatro dias. Foi o sexto encontro, desde que Pablo Fernández-Berrocal organizou, em 2007, o primeiro, na cidade de Málaga. A ISEI tem representação em Portugal, através da diretora regional Luísa Faria, professora na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto onde se realizou este encontro. 

O presidente da ISEI deu por si a enumerar, um a um, os 42 países representados no Congresso de Inteligência Emocional deste ano. Da Argentina, passando pela Índia, Jamaica aos EUA. “É muito fácil perceber porque necessitamos da IE na sociedade”, explicava ao Observador: “Se olharmos para a economia, condições sociais de vida das pessoas, todos os conflitos no mundo, genocídios, guerras, conflitos internacionais, há tantas áreas onde não existem apenas emoções negativas, mas também uma regulação pobre de emoções.” 

Rosário Cabello, psicóloga, pertence à equipa que durante três anos aplicou o programa Intemo+ a dois mil alunos, com idades entre os 12 e os 17 anos, na Andaluzia. Os resultados mostraram a eficácia do programa na resolução de problemas com o uso de drogas ou a indisciplina. Bastou uma hora por semana e um protocolo rígido. Começava com o resumo da sessão anterior. Seguia-se a introdução da habilidade a desenvolver. Por exemplo, a perceção da emoção – uma das quatro ramificações da IE, que incluiu ainda a facilitação, a compreensão e a regulação. Depois, exercícios em que os jovens trabalhavam a conexão da habilidade com a vida real. E, no final, a recapitulação da sessão numa frase-chave. 

Após seis meses do fim do programa, uma avaliação comprovava aos investigadores, que os resultados obtidos não só se mantinham como aumentavam. O que tinha acontecido? “Os alunos tinham assimilado os conteúdos das sessões e estavam a por em prática o que tinham aprendido”, diz Cabello, com a dose merecida de entusiasmo: “Conseguimos promover a saúde mental destes alunos!” 

O que aprenderam estes adolescentes nesta viagem pelas emoções? O “Intemo+” tem uma atividade que ensinou os alunos a reconhecerem as expressões faciais de cada emoção básica. Elas são sete: medo, tristeza, felicidade, surpresa, nojo, raiva e desprezo. É importante conseguir identificá-las nos rostos daqueles com quem interagimos. Usam-se fotografias de pessoas reais, retiradas, por exemplo de filmes. Se o programa for aplicado a crianças as imagens terão de ser adaptadas. Há quem defenda o uso de rostos de desenhos animados. Outros alegam que assim é mais difícil fazer os mais pequenos percecionar as expressões reais. 

Compreender a utilidade das emoções e o seu significado são as etapas seguintes. Qual o estado mais adequado para fazer a revisão final de um trabalho para entregar na escola? A euforia não será, com certeza. A depressão faz-nos ver tudo negativo, num grau “mais leve” ajudará a detetar os erros. Como o aluno se deveria sentir para fazer melhor um exame? Tristeza, talvez não. Mas um pouco de tensão certamente evitará alguma distração. Com estas interrogações, Cabello reitera que “saber como usar a emoção é um aspeto muito importante na facilitação emocional”. 

Imagine-se, agora, um outro cenário. Um aluno estudioso recebe uma nota negativa. Que emoção deve sentir? Definitivamente, surpresa. No entanto, esse mesmo aluno é capaz de ir ter com o professor e em vez de se expressar surpreso, mostrar-se furioso. O que despoletará no docente uma reação de defesa e afastamento. 

Voltando atrás. Se o mesmo aluno for capaz de chegar junto do professor e manifestar surpresa, a situação terá um desfecho mais positivo. Porventura, resultado da IE do aluno. Veja-se o quadro completo, segundo Rosário Cabello: “A priori não se justifica que o aluno se aborreça perante a nota negativa. Depois de ver o teste com o professor, a posteriori, talvez tenha motivos para se aborrecer, por exemplo, se perceber que cometeu erros que não devia ou se verificar que o erro foi do professor.” 

Apesar dos resultados, a equipa do Laboratório das Emoções da Universidade de Málaga continua a encontrar resistência nas escolas para intervir. Percebe-se porquê? “Os professores, os diretores e as escolas têm muito trabalho”, constata Cabello. Tanto em Espanha como em Portugal, as escolas são chamadas a atuar em várias frentes. Seja na prevenção do uso de drogas ou da violência na abordagem à sexualidade ou na promoção de bons hábitos alimentares. Tudo cabe dentro das paredes escolares. A IE também quer ganhar o seu espaço. 

Perguntamos se um programa de IE poderia ser a chave para a resolução de muitos destes problemas? “Sim, claro!”, responde Rosário Cabello. “Melhorando a IE podemos também diminuir o consumo de drogas, os comportamentos agressivos, o distúrbios alimentares, porque na base de muitos dos problemas que se geram na adolescência está uma desordem emocional.” Mostrar isso às escolas tem sido o maior desafio para quem trabalha nesta área. 

Desafios não faltam a Marc Brackett, diretor do Centro de Inteligência Emocional, professor no Centro de Estudos da Criança de Yale. Publicou mais de 100 artigos académicos sobre IE e as suas pesquisas têm sido bastante premiadas. Numa dessas pesquisas, Brackett inquiriu estudantes de Yale, professores do ensino público e privado espalhados pelos EUA, funcionários de 50 empresas americanas e centenas de crianças, sobre como se sentiam. As respostas pouco variaram, todos se sentiam cansados, stressados e sobrecarregados, indicando, segundo Brackett, “um mau sinal para o futuro”. 

“Com sentimentos constantes de stress, cansaço e aborrecimento, o cérebro não consegue gerar novas ideias ou ser criativo”, explica Brackett. Além disso, “a maneira como nos sentimos influencia a nossa tomada de decisões. A emoção também conduz a nossa qualidade relacional. O aborrecimento na cara de um entrevistado para um emprego não gera no empregador a vontade de o contratar”. 

Todos sabemos que existem dois tipos de stress, um é bom, o outro mau. Quando Brackett conduziu entrevistas intensivas no grupo de estudantes de Yale verificou que o stress que os afetava era do pior tipo. Os estudantes tinham a perceção de ter feito um grande esforço para entrar naquela prestigiada instituição. No entanto, sentiam que não pertenciam ali. 

Quando os investigadores perguntaram, em alternativa, como se queriam sentir? A resposta surpreendeu. Talvez porque seria de esperar que se quisessem sentir entusiasmados, com energia, alegres. Mas não. Queriam sentir-se amados. “Essa necessidade tem a ver com um sentimento de solidão. Os estudantes sentem-se um produto da educação recebida dos pais, das escolas e chegam à universidade sem identidade”, explica o psicólogo e professor. 

Olhando para os inquéritos realizados às crianças, Brackett explica que os seus níveis de stress são superiores aos dos adultos. E conta a história de uma professora que lhe pedia ajuda com um menino de 12 anos. O rapaz confessava-se preocupado por todos os seus colegas estarem stressados e ele não. 

Como fechar o fosso emocional? É a mesma velha questão de sempre, explica Brackett. “Quando tentamos introduzir a IE num ambiente, a emoção tem de ser valorizada. Mas em muitos contextos a emoção ainda é vista como uma coisa má. Se a cultura de uma escola torna os alunos e os professores cansados e aborrecidos, tentar falar de IE é difícil”, conclui. 

Os mais céticos talvez ainda se interroguem sobre o que fazer com todos os sentimentos? “Podemos usar pensamentos e ações para prevenir, reduzir, iniciar emoções para promover o crescimento pessoal, construir relações, atingir metas e maior bem-estar”. A isto chama-se regular ou gerir emoções e é o que Brackett ensina através do “Ruler” que “não é apenas um programa de IE, mas um modo de colocar a IE no sistema imunitário de qualquer organização”. Essa organização pode ser a escola. 

“É subestimado o quanto as pessoas precisam destas competências emocionais e da regulação emocional.” A quem nunca ouviu falar em IE, Brackett tranquiliza: “A IE é um conjunto de competências, estão localizadas no nosso cérebro, e nunca é cedo ou tarde de mais para as aprender e desenvolver.” E acrescenta: “Promover a IE pode ajudar a construir um mundo onde as pessoas são mais felizes e saudáveis.” Em relação aos mais novos: “Fazer com que as crianças se sintam confortáveis ao experimentarem todas as emoções.” Pablo Fernández-Berrocal, fundador do Lab Emotion na Universidade de Málaga, Espanha, psicólogo desenvolve, programas de inteligência emocional em vários ambientes, escolas e empresas, assegura que “a regulação emocional não é fácil, mas que a inteligência emocional ajuda a evitar erros estúpidos”. Mas está sobretudo preocupado com o impacto da regulação emocional das crianças na sua vida futura. Citando um estudo realizado na Nova Zelândia, em mil crianças seguidas durante 30 anos, o investigador explicou como menos regulação emocional, se relaciona com uma saúde pior, menores rendimentos e mais participações em crimes. 

A necessidade de levar a IE para dentro das escolas seria confirmada pelos resultados sobre o bem-estar dos alunos, avaliados pelo PISA 2015, que mostravam que 19% dos estudantes da OCDE reportavam terem sido vítimas de bullying várias vezes no último mês, mais de 50% sentia-se ansioso, mesmo quando estavam bem preparados para os exames. “Estes alunos pontuam menos a Ciências e estão mais insatisfeitos”, lembra Berrocal. Brackett concorda: “Depois destes resultados é preciso incluir a IE nas escolas assim que possível”. Em Espanha, Berrocal e a equipa do Lab Emotion estão a fazer isso. 

Em Portugal, as experiências de programas de promoção de competências socio-emocionais em ambientes educativos acontecem em intervenções realizadas por académicos, investigadores e estudantes de mestrado e doutoramento. Existem, alguns, adianta Luísa Faria, coordenadora regional para a Europa da ISEI e professora na área da psicologia. São “programas desenhados para alunos do pré-escolar, do primeiro ciclo e para adolescentes e que permitem treinar as emoções, a regulação, a expressão a perceção emocional e que apresentam várias situações fictícias e reais do quotidiano que os alunos discutem e sobre as quais tomam posições”. 

Mas há muito espaço para a educação socio emocional nas escolas portuguesas. Um programa ao nível nacional “ajudaria muito”, garante Luísa Faria acrescentando que “a evidência científica da psicologia tem demonstrado que a inteligência emocional é fundamental para que as pessoas possam ser mais felizes, produtivas, integradas e capazes de transformar os seus contextos de vida”. 

E este é um aspeto particularmente importante, tendo em conta a instabilidade da vida da maioria dos jovens, diz Luísa Faria. “Hoje em dia os jovens saem das faculdades e não sabem bem o que os espera do ponto de vista profissional, têm de criar os seus próprios empregos e ter um conjunto de habilidades, não apenas cognitivas, mas cognitivo-sociais e cognitivo-emocionais. É fundamental para poderem construir percursos de vida mais saudáveis.”

Informação retirada daqui

Powerpoint - Topologias de Redes


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Biografia - Nikola Tesla

(1856 - 1943) Engenheiro eletricista e físico croata nascido em Smiljan, Croácia, então parte da Áustria-Hungria, naturalizado norte-americano (1889), famoso por suas descobertas no campo da eletrotécnica e da radioeletricidade, como os princípios da corrente alternada (1881). Filho de um sacerdote ortodoxo sérvio, foi um brilhante estudante e dotado de uma memória fotográfica. Cursou a escola politécnica de Graz, na Áustria, onde estudou principalmente física e matemática e fez sua graduação na Universidade de Praga (1880). Trabalhou como engenheiro eletricista na telefônica de Budapeste, Hungria, onde passou a se interessar por motores e correntes elétricas (1882). Depois de passar um período em Paris, onde trabalhou na Companhia Continental Edison, foi para os EEUU (1884), estabelecendo-se em Nova York, onde se tornou assistente de Thomas Alva Edison.

Atritado com o patrão perdeu este emprego (1886), mas no ano seguinte (1887) ganhou bastante dinheiro de patrocinadores para construir um laboratório próprio em New York City, onde deu início independentemente a sua genialidade. Criou a corrente alternada e vendeu a patente para George Westinghouse, que iniciou a campanha junto ao governo dos EEUU pela adoção da nova modalidade de corrente. Iniciou viagens (1891) pelos Estados Unidos e Europa, durante as quais apresentou relatórios detalhados sobre aplicações da corrente alternada de alta freqüência e outras descobertas.

Ainda desenvolveu numerosos inventos de produção ou movidos a eletricidade como o motor elétrico e registrou mais de 100 patentes, entre eles o acoplamento de dois circuitos por indução mútua, que seria utilizado nos primeiros geradores industriais de ondas hertzianas, o princípio do campo magnético rotativo como meio de criar energia por meio da corrente alternada e projetou o primeiro motor assíncrono de campo giratório. Também inventou as correntes polifásicas, dos comutadores e da ligação em estrela, novos tipos de geradores e transformadores e sistemas de comunicação sem fios e de transmissão de energia.

O Museu Tesla, em Belgrado, Iugoslávia, foi criado e dedicado ao inventor. A tesla, uma unidade de densidade de fluxo magnético do sistema MKS, foi criada (1956) em sua honra.

Notícia - Ovos podres poderão curar a impotência?

Não há muito tempo foi noticiado que era um mito a ideia de que comer mais que dois a três ovos por semana aumentava drasticamente os níveis de colesterol no sangue. Agora, surge uma investigação que demonstra que o gás libertado pelos ovos podres pode ser uma cura para a impotência. Os ovos podem estar definitivamente a chegar ao topo dos alimentos mais populares.

Apesar de ser tóxico e do seu odor reconhecidamente nauseabundo, o gás presente nos ovos podres, o ácido sulfídrico, em pequenas quantidades, desempenha um papel importante no corpo humano, como demonstra uma investigação de cientistas italianos, referida pela revista “Science”.

Os investigadores da Universidade de Nápoles, Federico II, sabiam que o ácido sulfídrico está associado a erecções em ratos. Dessa forma, decidiram juntar o ácido sulfídrico a pequenas tiras de pele de pénis, obtida através de oito operações de mudança de sexo. Foi verificado que as veias existentes no pedaço de pele relaxaram, o que significa que na vida real isto permitiria um aumento do fluxo sanguíneo e uma consequente erecção.

O gás parece actuar como um neurotransmissor que aumenta o relaxamento vascular e a segregação de hormonas. O Viagra actua da mesma forma através de outro gás, o óxido nítrico. Os investigadores começam agora a testar se o ácido sulfídrico nos pode proteger contra os riscos de ataques cardíacos e se pode ser uma alternativa aos comprimidos azuis.

Segundo a “Science”, o fisiologista Rui Wang, da Universidade de Ontário no Canadá, saúda a descoberta, mas alerta para o facto de que é cedo para falar de comprimidos compostos por ácido sulfídrico. Como salienta Wang, os níveis de concentração de ácido sulfídrico usados na investigação para causar erecções são tóxicos, o que por enquanto impede a sua aplicação clínica.

Rafael Pereira

Vídeo - Consciencialização sobre higiene e segurança alimentar para o manipulador de alimentos