quarta-feira, 11 de julho de 2018

Vídeo - O Homem e a Natureza – Episódio 1


Oceanos

Sou o doutor M. Sanjay, sou cientista e conservacionista. Dediquei os últimos 25 anos da minha vida ao estudo e proteção da vida selvagem que eu adoro. Agora minha missão é contar uma história inédita. O que achamos ser selvagem na verdade com o passar do tempo foi formado pelo homem. Podemos ser destrutivos, mudando nossa perspectiva temos o poder de restaurar a natureza de maneiras surpreendentes. Os oceanos são a última fronteira selvagem da Terra mas agora eles estão sitiados. Estudar grandes predadores revela pistas de um passado incrível e compreende-los pode nos ajudar a criar soluções para o futuro onde a vida selvagem, os humanos e os oceanos possam prosperar.

"Agora, os miúdos têm muito mais poder!"



Marc Prensky iniciou a sua carreira como professor do ensino elementar em Nova Iorque, EUA. No sistema educativo americano este é o primeiro nível de ensino para todas as crianças dos 4 aos 11 anos. Não admira, por isso, que Prensky seja um grande defensor de que se dê mais atenção às opiniões das crianças. 
Em 2001, as suas ideias sobre o ensino, educação e tecnologia tornaram-se virais, com a popularização dos seus conceitos de "nativos digitais" e "imigrantes digitais". Uma distinção entre os nascidos antes e depois da revolução digital. 

Prensky é ainda autor de vários livros sobre pedagogia e currículo e criador de jogos. Este americano, de 72 anos, tem viajado por todo o mundo a fazer o que mais gosta: ouvir o que as crianças têm para dizer sobre os mais variados temas. No dia 3 de julho esteve em Braga, como orador na NESTT International Conference 2018. O EDUCARE.PT esteve à conversa com Marc Prensky. 

EDUCARE.PT (E): A tecnologia está a mudar a infância. Como disse, agora, as crianças têm “cérebros extensíveis”. Acha que os professores compreendem inteiramente estas mudanças?
Marc Prensky (MP): Os professores estão conscientes de que há mudanças a acontecer, mas estão assustados. Não acho que compreendam o suficiente sobre os aspetos positivos dessas mudanças. Os professores veem muito claramente os aspetos negativos, como o bullying, e tantos outros. Mas não veem o empowerment que a tecnologia dá às crianças. E é por isso que digo aos professores que pensem nos seus alunos como tendo "cérebros extensíveis" que trabalham em conjunto. Se os professores virem os alunos dessa maneira, vão trabalhar com eles de forma muito diferente. 

E: Mencionou que muitos professores ainda usam a tecnologia de forma "trivial". Ou seja, para fazer coisas que poderiam fazer sem ela. Isto é uma oportunidade?
MP: Sim é. Não estamos a olhar para o poder que a tecnologia nos dá ao ponto de com ela podermos fazer coisas que nunca poderíamos antes. Podemos ter uma equipa composta por pessoas que estão a trabalhar em conjunto e ao mesmo tempo, mas estão localizadas em sítios muito diferentes do mundo. Sem tecnologia seria impossível. Antes, não podíamos criar uma simulação para tentar resolver um problema, agora podemos. E há muitas mais coisas poderosas que estão mesmo aí a chegar. A inteligência artificial está a chegar! Os hologramas estão a chegar! E a pergunta que se deve fazer não é: Como vou usar o holograma para fazer o que costumo fazer? Também não vamos olhar para o holograma e dizer, como a Princesa Leia no filme Guerra das Estrelas: "Ajuda-me Obi-wan Kenobi, és a minha única esperança!"

E: Mas é preciso tempo na escola para tirar partido da tecnologia...
MP: Os professores precisam de mais tempo para explorar estas potencialidades com as crianças. Por outro lado, gostava de ver mais as empresas de tecnologia a irem às escolas com as suas novas invenções tecnológicas e a perguntar às crianças: Como podemos usar isto? O que é que vocês acham que pode acontecer se usarmos isto?

Voltando às oportunidades perdidas, a possibilidade de usar ferramentas de tradução é uma delas! O meu filho, de 13 anos, está a estudar Espanhol e recentemente disse-me: "Sabes, o tradutor do Google é o meu melhor amigo!" Mas muitas pessoas ainda pensam que usar essas novas ferramentas é delegar nelas ou confiar-lhes tarefas que devíamos ser nós humanos a fazer. Eu acho que é apenas uma forma de nos estendermos, de nos ajudarmos. No fundo, até se pode argumentar que os livros são maus, porque confiamos conhecimento neles, mas não são eles apenas uma extensão do pensamento humano? 

E: Quando as crianças aprendem tantas coisas através de vídeos no Youtube, isto não deve deixar os professores com medo de serem substituídos pela tecnologia?
MP: [Risos] É por isso que os professores não devem pensar no seu trabalho apenas como uma forma de ajudar os alunos a aprender, mas sim como uma forma de ajudar os alunos a realizar as suas aprendizagens. Assim, o trabalho do professor será necessário enquanto coach [treinadores/formadores]. Mas, se é apenas uma questão de ensinar Matemática, é verdade que o aluno pode aprender na Khan Academy, ou noutros sítios, e isso acabou. Os professores devem ter medo se ainda pensam no seu trabalho desta forma, porque a tecnologia vai substituí-los. Já os substituiu! Mas a outra parte do seu trabalho, a de ser coach, a de ajudar as crianças a tornarem-se melhor adultos, essa não vai acabar nunca. E é isso que tem de ser feito.

E: Vê com "otimismo" a relação das crianças e dos jovens com as tecnologias. Mas vários estudos têm alertado de que eles são mais consumidores do que produtores, com tudo o que isto acarreta de negativo quanto à participação neste mundo digital...
MP: Os leitores são mais consumidores do que produtores. A maioria das pessoas não escreve livros, lê livros! Isso é uma coisa disparatada de se dizer. Alguém inventou essa ideia, mas não corresponde à verdade. Vai haver sempre pessoas que criam ou que produzem, mas a maioria de nós vai ser apenas consumidor.

E: E não há nada de errado nisso?
MP: Nada. Será que todas as crianças têm de fazer filmes? Não! Mas todas as crianças gostam, com certeza, de ir ao cinema. É assim que as coisas funcionam. O que é interessante é que as crianças possam explorar situações em que querem ser criadores. 

Apenas para dar um exemplo. Estava a viajar com o meu filho que tem 13 anos. Era a primeira vez que ele estava na Europa, estávamos em Estocolmo, e ele diz-me: Pai, tenho de ir dar uma volta! E eu respondo: Está bem, mas eu vou caminhar atrás de ti. Não queria deixá-lo sozinho, queria manter um olho nele. Quando percebi que ele estava a fazer um blog. Todos os dias ele publicava qualquer coisa para todos os amigos verem e todos os amigos faziam o mesmo. Estavam todos em sítios diferentes do mundo e estavam a partilhar toda aquela informação. Acho isso formidável. E, se no final decidirem fazer um filme com os melhores momentos das filmagens que fizeram, muito bem. Se não fizerem nada com aquilo, muito bem na mesma. Há muitas situações deste género que vão emergindo. E é isso que os adultos receiam. Agora, os miúdos têm muito mais poder!

E: Em Portugal, as crianças do 1.º ciclo podem aprender programação. É mesmo necessário que aprendam a programar, se a maioria não vai ser programador?
MP: Todas as crianças aprendem Matemática e a maioria não vai ser matemático. Existem coisas que é bom aprender. Ensinar sobre programação não é tanto ensinar a programar, é mais treinar o cérebro a pensar de uma certa maneira. Claro, existem muitas outras formas de fazer isso. Por exemplo, através do ensino das artes. Mas é sempre bom deixar o nosso cérebro trilhar outros caminhos. 

E: Programar será mais uma área que as crianças podem aprender como a Matemática ou a Leitura?
MP: Podem e devem aprender, porque é uma das áreas para o futuro. Pode-se argumentar que também era bom ensinar os alunos a navegar no mar guiando-se pelas estrelas. Seria bom mas não seria importante para o futuro, as crianças não vão precisar de saber isso. 

E: O foco do ensino deve ser o futuro?
MP: Sim. Temos de pensar cuidadosamente sobre o que queremos manter do passado. Algumas coisas serão para manter, mas não todas! Podemos querer continuar a ensinar Shakespeare, mas existem muitos outros escritores que já não vale a pena estudar. 

E: Será mais difícil fazer essa seleção do que manter e descartar?
MP: Não será assim tão difícil, se as pessoas quiserem mesmo fazê-la.

Powerpoint - Dislexia


Powerpoint - Introdução ao Estudo da Química


terça-feira, 10 de julho de 2018

Powerpoint - Curso de Informática Básica - Noções Básicas de um Computador


Vídeo - Haka Português (com humor)

Resumo - Espanhol 4


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Programa - Língua Portuguesa

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Biografia - Bartolomeu Lourenço de Gusmão

Padre, inventor da Passarola.
Nasceu em Santos, Brasil, em 1685; 
morreu em Toledo, Espanha, em 1724.

Bartolomeu Lourenço de Gusmão (1685-1724), por antonomásia o Voador - como precursor da navegação aérea ­, nasceu em 1685, no Brasil (Santos), filho dum modesto cirurgião-mor de presídio, Francisco Lourenço, e de sua mulher, Maria Álvares.

Irmão mais velho do Dr. Alexandre de Gusmão, a quem o futuro reservaria uma carreira brilhante na diplomacia e política de D. João V, fez com ele seus estudos no Seminário Jesuítico da Baía, em que ambos foram discípulos dilectos do reitor, padre Alexandre de Gusmão, cujo nobre apelido ele consentiu que adoptassem desde a adolescência, na falta de mais condigno nome de família.

Por sua precoce inteligência e aplicação a estudos eclesiásticos, fez Bartolomeu de Gusmão no seminário o noviciado para padre jesuíta, de que em breve desistia, mas mantendo a disposição de se ordenar padre secular. Em 1701, o provincial da Companhia manda-o, com 16 anos, ao Reino, a completar os estudos, e muito impressionaram logo favoravelmente em Lisboa os seus conhecimentos profundos de casuística eclesiástica, bem como o vivo engenho em matérias de Matemática e Física Experimental. Quatro anos mais tarde voltava ao Brasil, e lá comprovava a extraordinária vocação para inventos mecânicos, com uma sua bomba hidráulica de elevação de água, cuja instalação ele próprio dirigiu, para fornecimento da do rio Paraguaçu ao seu antigo seminário da Baía, erguido no alto duma colina.

Voltava em 1708 definitivamente a Lisboa, porque, no seu destino de homem, o talento de inventor mecânico atrofiava-lhe o saber eclesiástico, pois trazia então em mente outros mais altos e audaciosos projectos, entre eles o de um aparelho, ou máquina voadora, baseado no velho princípio de Arquimedes acerca dos efeitos de impulsão dos fluidos sobre os corpos neles mergulhados.

Apresentado então na corte e recebido com o maior agrado pelo monarca, requeria-lhe e obtinha em 1709 o privilégio de exclusivo sobre o seu rudimentar aeróstato, depois apelidado, irónica e pitorescamente pelo vulgo, de Passarola. Em resumo, consistia o aparelho num grande balão esférico, de tela consistente, cheio de ar aquecido por estopa a arder na abertura da base, devendo erguer-se livremente na atmosfera, mais densa que o ar quente do balão, e, ao sabor do vento, deslocar-se, voar.

Realizou-se em Agosto a primeira experiência desde o alto do Castelo de S. Jorge, perante o rei e toda a corte. A experiência, como era de prever, foi infeliz, dada a improvisada técnica simplista. Pouco depois de efectivamente se ter erguido nos ares, o aparelho incendiou-se; confirmara-se, porém, na prática, a validez da teoria de base do princípio de Arquimedes para a navegação aérea, e é de crer que se tivessem repetido novas experiências, de que não houve notícia, embora houvesse ficado na tradição que uma nova Passarola, também lançada do Castelo, teria por fim descido intacta no Terreiro do Paço.

A glória dessa primazia viria a ser contestada nos fins do século, em França, por outro aeróstato do matemático e engenheiro francês Monge, aparelho do mesmo tipo, fundado na mesma teoria, e que, menos rudimentar, fora experimentado com mais êxito pelos irmãos Montgolfier, em 1794. Posteriormente, porém, tornou-se indiscutível em conferências várias, e mesmo num recente congresso internacional de aeronáutica, que ao inventor português se ficara devendo, como seu antecessor, a glória dessa conquista do espírito humano, a abrir na História Universal um novo capítulo de progresso de extraordinárias e imprevisíveis consequências científicas e tecnológicas, políticas e sociais.

Como de regra, as infelizes tentativas do autor da «Passarela» concitaram logo as invejas e vaias dos seus detractores, reforçados pelas suspeitas da Inquisição de que Bartolomeu, o Voador, teria tido pacto com o Diabo, sem que, todavia, essa torpeza fizesse decair Bartolomeu de Gusmão no conceito e apreço do Magnânimo, em cuja corte, aliás, seu irmão Alexandre gozava já de sólido prestígio como político e diplomata.

É, aliás, obscuro e confuso o curriculum vitae de Bartolomeu de Gusmão a partir da sua proeza aerostática. Sabe-se que, um tanto deprimido moralmente, os fracassos, decepções e embates da opinião pública o reconduziram às funções eclesiásticas, conquanto em seu espírito possivelmente não esmorecesse a imaginação inventiva para fins práticos.

Em 1710, obtinha privilégio do exclusivo de uma nova bomba hidráulica para esgotar água entrada nos porões das naus; mas, em 1713, talvez receoso do Santo Ofício, abandonou sem grandes recursos materiais o País, vagabundeando quatro anos por Holanda, França e talvez Inglaterra, mantendo-se a custo em ocupações modestas, mesmo a de ervanário em Paris, até se encontrar na Embaixada portuguesa com seu irmão Alexandre, então secretário da missão diplomática do conde da Ribeira. Com ele regressou a Portugal, e então, a expensas dele, se decidiu a completar seus estudos da Baía na Universidade de Coimbra, que em 1720 o doutorava com brilho em Cânones. No ano seguinte ordenava-se padre secular, notabilizando-se, elevado a cónego, como eloquente orador sacro. Por fim, elevou-o D. João V, em 1722, a fidalgo capelão-mor da Capela Real, e já nessa categoria foi como enviado extraordinário a Roma, incumbido de tratar com a Cúria pontifícia da obtenção dos ambicionados privilégios do monarca em benefício da Sé de Lisboa e seu alto Clero.

Nada, porém, tendo obtido o padre Bartolomeu de Gusmão em todo um ano de falhadas negociações, foi seu irmão Alexandre, em 1723, substitui-lo em Roma na difícil missão. No seu regresso ao Reino, porém, designou-o D. João V sócio efectivo da Academia Real de História, entre os 50 candidatos escolhidos, o que lhe valeu terem-lhe sido impressos, até 1721, os seus sermões e outras obras, em três volumes.

Em remate de tão desorbitada existência, pelo excesso de faculdades e inquietação de espírito, uma última desventura lhe estava tristemente reservada. Com efeito, no renovado convívio da corte, viu-se por fim envolvido com um irmão do rei, infante D. Francisco, numa tortuosa intriga, suspeita de escândalo, que o forçou em 1724 a de novo se expatriar escusamente por Espanha, em companhia de outro irmão seu, frei João Álvares, carmelita descalço. Adoecendo gravemente à chegada a Toledo, teve de recolher ao hospital, onde, apesar dos seus ainda robustos 39 anos, veio a morrer esgotado por tão intensa e desordenada vida de actividades e das mais díspares ocupações, efémeros êxitos, lutas, decepções, misérias e grandezas, em permanente insatisfação de espírito, que dia a dia lhe ia minando o rico potencial de vitalidade.

Obscuramente ficava sepultado numa campa rasa de Toledo o imortal precursor da navegação aérea, hoje insuperável glória da Humanidade.
Fonte: 
Carlos Selvagen e Hernâni Cidade, Cultura Portuguesa: 10, Lisboa, Empresa Nacional de Publicidade, 1973.

Biografia retirada daqui

Resumo - Actividades de Diagnóstico e Integração dos Alunos

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Vídeo - Ergonomia, Higiene e Segurança do Trabalho

Documento - " Climat: un Appel de Paris pour la mobilisation internationale"


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Powerpoint - Home


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Conteúdo - Nietzsche, o Eterno Retorno e a Vontade de Poder


Nietzsche abalou convicções e tradições com as suas obras e teorias. Conceitos como "o eterno retorno" e a "vontade de poder" rebelam-se contra os valores cristãos de resignação e procuram recuperar os ideais da antiguidade. O autor defende que somos livres para criar os nossos valores, afastando opiniões e valores "doentios", num ato de superação individual que nos transformará em super-homens, seres com poder, acima das massas.
Friedrich Willhelm Nietzsche nasceu em Rocken, Prússia, a 15 de outubro de 1844. Estudou filologia clássica, estudo crítico dos textos da antiguidade grega e romana,  e os seus trabalhos iniciais despertaram atenção no meio científico. De tal forma que, com vinte e quatro anos, se tornou professor da disciplina, na Universidade de Basileia.

Os primeiros anos de actividade tiveram a influência de Schopenhauer, filósofo alemão, e do compositor Wagner, de quem se tornou amigo e admirador. Mas este encanto esmoreceu ao longo dos anos e com a evolução do seu trabalho. Em 1872 publica o seu primeiro livro, “A origem da tragédia”, e seis anos mais tarde, rompe em definitivo com os seus influenciadores, com a obra “Humano, demasiado humano”. Estes representavam, então, para Nietzsche, uma orientação nostálgica para o cristianismo com um espírito de renúncia e resignação demasiado afastados dos valores vitais da antiguidade clássica com os quais ele se identificava cada vez mais.

O autor propõe uma revisão dos valores morais, baseados na defesa dos mais fracos e em religiões nas quais a fé escasseava. E propõe uma filosofia individualista, baseada na força e no poder, em que os homens, conscientes da sua liberdade em decidir, podem tornar-se super-homens. Argumentos que, mais tarde, foram utilizados pela propaganda nazi.

A sua própria vitalidade é que se deteriorou cedo. Por motivos de saúde abandonou a cátedra em 1879 e, a partir daí, foi publicando obras relevantes como “A aurora”, “A gaia ciência”, “Assim falava Zaratustra”, “Para além do bem e do mal”, “A genealogia da moral”, entre outros, mas sempre enfermo, dentro e fora das redes da loucura. Morreu em 25 de agosto de 1900, alheado da crescente fama despertada pelos seus trabalhos e da própria realidade.

“É um Clássico” é um programa da RTP2 em que o professor universitário António Caeiro comenta filosofia, filósofos e obras clássicas de forma informal. Veja neste episódio o seu comentário sobre Nietzsche e os conceitos de eterno retorno e vontade de poder.

Conteúdo - 31 Alerta - imagens à descoberta


Resumo - Rectas e Rectas Paralelas


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Conteúdo - Como fazer uma Sarronca


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Conteúdo - Materiais em contacto com alimentos

Legislação aplicável:

Regulamento (CE) nº 1935/2004, de 27 de Outubro de 2004 -Relativo aos materiais e objectos destinados a entrar em contacto com os alimentos

Decreto-Lei nº 175/2007, de 8 de Maio - Assegura a execução e garante o cumprimento, no ordenamento jurídico interno, das obrigações decorrentes do Regulamento (CE) nº1935/2004

Regulamento (CE) nº 2023/2006, de 22 de Dezembro de 2006 - Relativo às boas práticas de fabrico de materiais e objectos destinados a entrar em contacto com os alimentos

Decreto-lei n.º 62/2008, de 31 de Março – Relativo a materiais e objectos em matéria plástica destinados a entrar em contacto com os géneros alimentícios

Regulamento (CE) nº852/2004, de 29 de Abril – Relativo à higiene dos Géneros alimentícios

Não se pode falar em segurança alimentar sem considerar os materiais e objectos destinados a entrar em contacto com os géneros alimentícios, como por exemplo embalagens de plástico, loiça de mesa de vidro, tachos de alumínio, entre outros

O Regulamento nº 1935/2004, de 27 de Outubro estabelece as regras a que devem obedecer o fabrico e a comercialização dos materiais e objectos destinados a entrar em contacto com géneros alimentícios. Neste diploma está previsto que os diferentes tipos de materiais  podem ser abrangidos por medidas específicas, as quais podem incluir:

- Listas de substâncias autorizadas, incluindo substâncias activas e inteligentes (listas positivas) e condições especiais deutilização;

- Critérios de pureza;
- Limites de migração (global e específica);
- Contacto bucal;
- Disposição destinada a assegurar a rastreabilidade;
- Disposições suplementares de rotulagem para materiais e objectos activos e inteligentes

De acordo ainda com o Regulamento (CE) n.º 1935/200, qualquer material ou objecto destinado a entrar em contacto directo ou indirecto com os alimentos, deve ser suficientemente inerte para excluir a transferência de substâncias para os alimentos em quantidades susceptíveis de representar um risco para a saúde humana ou de provocar uma alteração inaceitável na composição dos alimentos ou uma deterioração das suas propriedades organolépticas.

Conforme disposto no capítulo X do Anexo II do Regulamento (CE) nº852/2004, os materiais de acondicionamento e embalagem:

- Não devem constituir fonte de contaminação
- Devem ser armazenados de forma a não ficarem expostos a risco de contaminação

- Deverá ser garantida a sua integridade e higienização antes de utilização para as operações de acondicionamento e embalagem

- Se forem reutilizáveis, deverão ser fáceis de higieniz

 Consulte a nota técnica - Materiais, Objectos e Utensílios que entrem em contacto com os alimentos

http://www.asae.gov.pt/area-tecnico-pericial/materiais-em-contacto-com-alimentos.aspx

Vídeo - Introdução à Psicologia

Biografia - Afonso Costa


Presidente do Conselho de Ministro, ministro, dirigente do Partido Republicano e do Partido Democrático.

Nasceu em Santa Marinha a 6 de Março de 1871;
morreu em Paris, a 11 de Maio de 1937.

Afonso Costa nasceu no Concelho de Seia, na Beira Alta, sendo o filho mais novo de três irmãos. Em 1888, entrou na faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, sendo um dos melhores alunos do curso. 

Em 1896 era professor da Universidade, sendo o seu mais jovem professor e em 1900 tornou-se professor catedrático. Pouco depois começou a exercer a advocacia com grande sucesso, sendo a sua capacidade argumentativa reconhecida. 

Entrou na política cedo - defendendo ideias republicanas. A partir de 1897, ano da realização do seu primeiro discurso público, a defesa apaixonada e convincente da mudança de regime político tornou-o uma mais-valia para o pequeno partido Republicano e uma das suas figuras mais influentes. 

Foi eleito para a Câmara dos Deputados pelo círculo do Porto, primeiro em 1897, sendo as eleições anuladas, e, em 1900, defendendo claramente a substituição das instituições monárquicas por outras de feição republicana. Pouco depois, o Governo do Partido Progressista caiu realizando-se novas eleições. Afonso Costa não conseguiu ser reeleito. Em 1906, novamente deputado, proferiu um violento discurso na Câmara dos Deputados no debate sobre os adiantamentos à Casa Real em que afirmou, no meio da balbúrdia que "por muitos menos crimes do que os cometidos por D. Carlos I, rolou no cadafalso, em França, a cabeça de Luís XVI!" Possivelmente o mais importante discurso de Afonso Costa, e claramente o mais importante para compreender o fim da monarquia em Portugal. Uma declaração de guerra, clara e inequívoca, do Partido Republicano ao regime monárquico, mas sobretudo uma condenação pública à morte do chefe de Estado português, o rei D. Carlos, que foi aplicada 14 meses depois. De facto, no início de 1908, o País estava em crise. Em Lisboa, um grupo de amotinados tentou destituir a Monarquia e proclamar a República. Foram colocadas bombas em várias esquadras de polícia, o que levou à prisão de vários dirigentes republicanos, prevendo-se a sua deportação, entre eles Afonso Costa. O rei D. Carlos e o herdeiro do trono, D. Luís Filipe, foram assassinados no dia 1 de Fevereiro de 1908. 

Em Outubro de 1910, um levantamento popular conseguiu implantar a República, não tendo havido uma resposta determinada do Exército. Formou-se um Governo provisório chefiado por Teófilo Braga, tentando impor um regimento com apoios unicamente na população urbana num país rural. Afonso Costa ficou com a pasta da Justiça: fez uma revolução num ministério que primava pela discrição. Iniciou reformas claramente anti-clericais, que contribuíram para o aumento da impopularidade do novo regime junto da população e da ala conservadora do republicanismo. Mas o ministro da Justiça e dos Cultos não cedeu às pressões e continuou com a política de afirmação dos valores laicos da República e de separação do Estado das igrejas, instituindo também o registo civil obrigatório. 

Afonso Costa fez parte de outros Governos, tendo dirigido três até 1923. Foi visto como um dos principais responsáveis pela instabilidade que se viveu durante a I República. Afastado, em 1917, pelo golpe de Sidónio Pais, esteve preso durante algum tempo, mas no ano seguinte, com o assassinato do presidente e o fim do Sidonismo chefiou a delegação portuguesa que assinou o tratado de Versalhes, que terminou a Primeira Guerra Mundial. Foi também representante português na Sociedade das Nações. Nos últimos anos da I República, foi algumas vezes convidado a formar Governo, mas recusou sempre. Com o 28 de Maio de 1926, o golpe militar que deu origem a uma prolongada ditadura militar, e deu origem ao Estado Novo, Afonso Costa exilou-se passando a viver em Paris. Tentou ali organizar a oposição, mas sem sucesso. Faleceu na capital francesa em 1937.


Fonte: 
Enciclopédia Portuguesa e Brasileira de Cultura.
A. H. de Oliveira Marques, Afonso Costa, Lisboa, Arcádia, 1972.