A situação da crise na educação merece "uma reflexão crítica", considera Manuel Alegre , afastando, no entanto, uma situação " de oposição" ao actual Executivo socialista. Mas Alegre deixa frisa que "é necessário abordar a questão dos professores com sensibilidade e inteligência política" e deixa um alerta claro : "Os 120 mil professores que foram para a rua manifestar-se por causa de uma avaliação burocrática dificilmente voltarão a votar no PS".
Falando aos jornalistas na sessão de lançamento do segundo número da revista Ops !, Manuel Alegre frisou que "Portugal atravessa hoje uma das mais graves crises do ensino e da Educação , apesar dos muitos investimentos que têm sido feitos na área".
Manuel Alegre renovou as duras críticas - que faz no editorial da Ops ! - mas decidiu alargar as queixas de falta de diálogo ao ministro do Ensino Superior, Mariano Gago.
O ex-candidato a Belém ataca a "lógica de pensamento único, o paradigma que até agora esteve em voga, mas que começa a mudar". Exortou a que esta segunda edição da revista de opinião socialista seja uma oportunidade para que todos "discutam os problemas da educação" e deixou clara a ideia de que "as universidades e as escolas públicas servem para formar cidadãos, cidadãos plenos". Segundo Alegre "as universidades não são unidades de produção", contestando a visão neoliberal que reduz tudo à economia.
Em seu entender, tem de ficar claro que as universidades "não servem para formar quadros para satisfazer as necessidades das empresas ou a economia de mercado" e lamentou que o país faça um esforço de investimento na Ciência de 780 milhões de euros e reserve apenas um milhão para a defesa da língua portuguesa, o que considera "um erro estratégico" pois "existem países em que a política da língua e de defesa da cultura contribuem significativamente para o próprio incremento do PIB".
As críticas de Alegre provocaram já várias reacções da actual direcção socialista. O ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, afirmou à Lusa que as críticas do deputado socialista à política de educação do Governo são próprias da "dinâmica" de "um partido livre e plural como o PS".
Já o ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, desafiou Manuel Alegre a aplicar a sua teoria da "cultura democrática" aos sindicatos dos professores, que o Governo acusa de terem desrespeitado um acordo que assinaram livremente. "Convido o deputado a aplicar esse mesmo critério da cultura democrática ao comportamento das direcções dos sindicatos dos professores, que em Abril assinaram com o Governo um memorando de entendimento e agora em Novembro organizaram uma manifestação contra um acordo que assinaram livremente", declarou Augusto Santos Silva. EVA CABRAL
Falando aos jornalistas na sessão de lançamento do segundo número da revista Ops !, Manuel Alegre frisou que "Portugal atravessa hoje uma das mais graves crises do ensino e da Educação , apesar dos muitos investimentos que têm sido feitos na área".
Manuel Alegre renovou as duras críticas - que faz no editorial da Ops ! - mas decidiu alargar as queixas de falta de diálogo ao ministro do Ensino Superior, Mariano Gago.
O ex-candidato a Belém ataca a "lógica de pensamento único, o paradigma que até agora esteve em voga, mas que começa a mudar". Exortou a que esta segunda edição da revista de opinião socialista seja uma oportunidade para que todos "discutam os problemas da educação" e deixou clara a ideia de que "as universidades e as escolas públicas servem para formar cidadãos, cidadãos plenos". Segundo Alegre "as universidades não são unidades de produção", contestando a visão neoliberal que reduz tudo à economia.
Em seu entender, tem de ficar claro que as universidades "não servem para formar quadros para satisfazer as necessidades das empresas ou a economia de mercado" e lamentou que o país faça um esforço de investimento na Ciência de 780 milhões de euros e reserve apenas um milhão para a defesa da língua portuguesa, o que considera "um erro estratégico" pois "existem países em que a política da língua e de defesa da cultura contribuem significativamente para o próprio incremento do PIB".
As críticas de Alegre provocaram já várias reacções da actual direcção socialista. O ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, afirmou à Lusa que as críticas do deputado socialista à política de educação do Governo são próprias da "dinâmica" de "um partido livre e plural como o PS".
Já o ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, desafiou Manuel Alegre a aplicar a sua teoria da "cultura democrática" aos sindicatos dos professores, que o Governo acusa de terem desrespeitado um acordo que assinaram livremente. "Convido o deputado a aplicar esse mesmo critério da cultura democrática ao comportamento das direcções dos sindicatos dos professores, que em Abril assinaram com o Governo um memorando de entendimento e agora em Novembro organizaram uma manifestação contra um acordo que assinaram livremente", declarou Augusto Santos Silva. EVA CABRAL
Sem comentários:
Enviar um comentário