A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) não está hoje representada pelo seu secretário-geral na reunião com o Ministério da Educação sobre o modelo de avaliação de desempenho, por considerar que o Governo “desrespeitou” o processo negocial.
“Esta não é uma reunião negocial, o ministério vai apenas entregar o projecto de alteração que não foi enviado com antecedência aos sindicatos. Para isso não é necessário ir o secretário-geral. Quando for negociado estarei presente”, afirmou Mário Nogueira aos jornalistas à porta do Ministério da Educação.
O sindicalista considerou ainda um “grande desrespeito” a mudança sistemática do local da reunião nos últimos dias e o facto de o ministério ter marcado unilateralmente um encontro com todas as organizações.
Segundo Mário Nogueira, a delegação da Fenprof vai entregar à tutela um documento com as suas “preocupações” sobre o concurso de professores deste ano, válido para os próximos quatro anos lectivos.
“Queremos perceber como é possível um concurso em que ingressaram nos quadros 396 professores e que ainda há 38 mil lugares de contratados. Uma entidade empregadora não pode precisar de 38 mil pessoas e tê-las todas a contrato”, afirmou.
À porta do ministério, na Av. 5 de Outubro, em Lisboa, estão concentradas várias dezenas de professores que não foram colocados, a exigir um novo concurso já no próximo ano.
Sindicatos de professores e ministério estão hoje reunidos para iniciar a revisão do modelo de avaliação docente, com os representantes dos docentes a defenderem um “corte radical” com o actual sistema e o Executivo a recusar adoptar um novo modelo.
A Fenprof convocou para a mesma hora um protesto de professores e educadores, tendo apelado à participação de professores que não foram colocados no concurso de recrutamento.
Lusa
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