domingo, 17 de maio de 2015

Manual - Guia Prático - Como criar um jardim de infância


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Notícia - Lançamento do novo iPad atrasado


A próxima versão do iPad deverá ser lançada em Junho e não em Abril, como inicialmente previsto. O adiamento deve-se a atrasos na produção do novo tablet
A informação está a ser avançada pela agência financeira Yuanta Securities, originária de Taiwan, que refere que a fábrica onde o iPad 2 está a ser produzido está a ter algumas dificuldades no processo de fabrico, devido ao novo design do tablet da Apple.

De acordo com documentos da Yuanta Securities citados pela agência Reuters, o problema está relacionado com alterações ao design do dispositivo, apresentadas pela empresa de Steve Jobs no início deste mês.

Estas alterações provocaram uma alteração nos processos de produção e consequentemente atrasaram o lançamento do novo iPad.

Com este atraso o lançamento do novo modelo do tablet da Apple passou a estar previsto para Junho e não para Abril, como esperado por vários analistas.

Higiene e Segurança no Trabalho - Powerpoint sobre a Gestão da Prevenção


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sábado, 16 de maio de 2015

Conteúdo - O que é o bullying?

O bullying é um tipo de violência que se caracteriza por ser intencional, continua e de carácter físico, verbal e/ou psicológico sobre um ou mais indivíduos.

O bullying ocorre em qualquer lugar, data e hora. Este problema torna-se possível a partir do momento em que alguns estudantes têm maior poder do que outros e várias vezes as consequências de se ser vítima deste fenómeno são extremas, como é o caso do suicídio.

A primeira pessoa a estudar o bullying foi o Professor Dan Olweus, da Universidade de Bergen (1978 a 1993), na Noruega.


  • As formas de bullying mais comuns são:
Físico

ü      Bater
ü      Empurrar
ü      Roubar
ü      Praxes violentas
ü      Vandalizar e/ou quebrar pertences
Verbal
ü      Insultar
ü      Ofender
ü      Gozar e contar piadas
ü      Ameaçar e provocar
ü      Contar histórias sobre a vítima
Psicológico
ü      Imitar
ü      Humilhar
ü      Fazer sofrer
ü      Perseguir
ü      Discriminar e excluir
ü      Chantagear e amedrontar
ü      Assediar
ü      Não falar e ignorar
ü      Dominar e tiranizar
ü      Isolar
 Abrapia, 2006






O bullying surge a partir do momento em que alguns estudantes têm maior poder do que outros e caracteriza-se pela adopção, para com os seus colegas, de atitudes agressivas sem motivo aparente, magoando-os quer física, quer psicologicamente (Abrapia, 2006; McCarthy, Sheehan, Wilkie e Wilkie, 1996:51). O bullying cada vez mais assume proporções alarmantes, atingindo todas as faixas etárias (Abrapia, 2006), desde o nascimento à morte do indivíduo, e sendo cada vez maior o número de praticantes.

Muitos pesquisadores em todo mundo estudaram este fenómeno e, nas suas pesquisas, concluíram que o bullying está a alastrar a todas as classes sociais e há uma tendência para o aumento desse comportamento com o avanço da idade (Abrapia, 2006). De notar que os adolescentes que praticam bullying têm mais probabilidade de praticar violência doméstica durante a idade adulta (Pereira, 1997).

Segundo Almeida (cit. in Cortellazzi, 2006:1), os casos de bullying não se resumem a conflitos acidentais mas a “situações reiteradas que geram mal-estar psicológico e afectam a segurança, o rendimento e a frequência escolar”, uma vez que o objectivo do agressor é o de ganhar controlo sobre a vítima (Carvalhosa, Lima e Matos, 2001).
Segundo Beane (cit. in Marques, 2006:1), o bullying é uma disciplina da violência e, dentro desta, vale tudo, sendo cada vez mais comum os alunos mais velhos e com maior popularidade intimidarem os mais novos, uma vez que estes são, à partida, vítimas fáceis (Carvalhosa, Lima e Matos, 2001).

O bullying assume duas formas: o bullying físico/directo e o bullying social/indirecto (Marques, 2006). O bullying físico/directo chama-se assim porque se caracteriza pela violência de carácter físico, como bater e empurrar, sendo também a prática mais comum dos rapazes. Por sua vez o bullying social/indirecto, assume esta definição por se voltar para a vertente psicológica, sendo mais praticado por raparigas e cujo objectivo principal é o de levar a vítima ao isolamento social, regra geral através de práticas como espalhar histórias maldosas, rejeitar, ofender e gozar com os aspectos socialmente significativos da vítima (Wikipédia, 2007; McCarthy, Sheehan, Wilkie e Wilkie, 1996:50).

O bullying ocorre em qualquer lugar, data e hora onde as pessoas interajam umas com as outras, sendo a escola o local onde mais casos se dão (Wikipédia, 2007).

Porém, o bullying não ocorre unicamente nas escolas, actuando em todos os locais onde as pessoas interajam, como é o caso do local de trabalho e da Internet [o chamado cyber-bullying], entre outros.

Estudo feito por Seixas (2005) aos alunos do 3ºciclo de Lisboa:
Agressores – 12%
Testemunhas – 34%
Vítimas – 54% (destes, 30% são vítimas passivas e 24% vítimas/agressores)

Porém este fenómeno faz-se sentir desde cedo, o que é mostrado pelo estudo feito no norte do país, em que 21% dos alunos dos 7 aos 12 anos admitem ser vítimas de bullying, sendo que, destas, 5% sofre maus tratos muitas vezes (Carvalhosa, Lima e Matos, 2001).

Segundo Beanne (2007), o facto das pessoas conhecerem mas optarem por ignorar a existência do bullying, é um dos motivos porque este fenómeno continua a permanecer uma constante na nossa sociedade, constituindo uma espécie de violência secreta (Seixas, 2007), dada a desvalorização que sofre ao ser considerado algo normal e característico do crescimento do jovem, sendo por muitos pais e educadores considerado saudável (Porto Editora, 2007). Outras vezes, este fenómeno perpetua-se pelo facto das pessoas lidarem com ele em silêncio: há crianças que tentam ignorar e esconder o problema por vergonha ou pelos motivos mais diversos, e ninguém sabe o quanto é doloroso e penoso fazê-lo (Porto Editora, 2007).

Porém, a continuação deste fenómeno deve-se ao facto de nos habituarmos a resolver os problemas que vão surgindo como se pode e, na maioria das vezes, não os participando por escrito, já que é comum ignorarem-se denúncias de casos violentos por se considerarem residuais (Portugal Diário, 2007). No entanto, o facto das escolas não disporem de recursos humanos suficientes para agilizar processos também contribuiu para que o bullying continue e existir (Portugal Diário, 2007).
O que falta para que o bullying comece a diminuir é o encorajamento das vítimas a denunciar os agressores e deixarem, assim, de sofrer em silêncio, por medo de represálias (Cortellazzi, 2006).

O bullying é uma constante nas nossas escolas e que, apesar do fenómeno ser conhecido e quase todos saberem o que é e que ele existe, é raramente admitida a sua existência naquele espaço em concreto, apesar de todos saberem que existe. O bullying tende a ser considerado um fenómeno a esconder, pois admitir a sua existência é um acto de coragem. As vítimas continuam a permanecer na escuridão, escondidas do mundo, enquanto os agressores são acompanhados e auxiliados a superar este problema.



Vídeo - Operações com Números complexos

Vídeo - As Principais Ideias de Sócrates

Notícia - No rasto das trilobites



Uma viagem aos mares do Paleozóico
As trilobites surgiram, viveram e extinguiram-se sem deixar quaisquer descendentes muito antes de o Homem ter surgido na Terra. O biólogo Jorge Nunes segue a pistas destes artrópodes marinhos e desvenda algumas das suas inúmeras curiosidades.

As trilobites, parentes afastados dos crustáceos actuais, foram os principais representantes dos artrópodes (grupo a que também pertencem, por exemplo, os caranguejos e os insectos) nos mares do Paleozóico (há 540 a 250 milhões de anos). Dominaram todos os ambientes marinhos, de uma forma similar ao domínio exercido pelos dinossauros durante o Jurássico e o Cretácico, e eram de tal modo abundantes que esse período de tempo geológico também é denominado como “Era das Trilobites”.

Esses organismos surgiram do Big Bang biológico (explosão de vida, com variadas formas) que ficou conhecido por “Explosão Câmbrica” e que correspondeu a uma enorme diversificação evolutiva dos animais, em que a maioria dos filos actuais e outros extintos surgiram. Tiveram uma ampla distribuição geográfica e uma pequena repartição estratigráfica, isto é, cada espécie teve um período de vida relativamente curto, sendo por isso considerados bons fósseis de idade, uma vez que permitem datar as rochas onde se encontram.

Atingiram o seu apogeu durante o Ordovícico (500 a 435 M.a.), quando terão existido 63 famílias agrupadas em oito ordens, entrando em progressivo declínio que culminou com o seu desaparecimento no final do Pérmico (280 a 230 M.a.), altura em que ocorreu uma extinção em massa, a maior da história da vida na Terra, em que terão desaparecido cerca de 90 por cento das espécies marinhas e terrestres.

Criaturas enigmáticas
Pensa-se que terão existido cerca de 15 mil espécie de trilobites. Contudo, uma vez que constituem um grupo de artrópodes marinhos completamente extinto, se quisermos ter uma ideia do seu aspecto teremos de nos deslocar a um oceanário para contemplar o caranguejo-ferradura (Limulus sp.), o organismo actual (vive nos oceanos Atlântico, Índico e Pacífico) mais parecido com uma trilobite. Trata-se de um crustáceo que é considerado um “fóssil vivo”, uma vez que quase nada evoluiu quando comparado com o seu registo fóssil do Triássico (230 a 195 M.a.), período em que se julga que terá aparecido na Terra.

No entanto, apesar das parecenças entre ambos, muitas são as diferenças que os distinguem, pelo que, se pretendemos conhecer verdadeiramente as famosas trilobites, não nos resta outra alternativa que não seja vasculhar as jazidas fossilíferas à cata dos seus vestígios, esperando que eles nos dêem pistas sobre estas misteriosas criaturas. Neste capítulo, Portugal está bem servido.

As trilobites, cuja designação resulta de o seu corpo estar segmentado longitudinalmente em três lobos, também apresentam uma nítida divisão transversal em três partes articuladas entre si (céfalo, tórax e pigídio). O lobo central continha a maioria dos órgãos vitais associados aos sistemas alimentar e nervoso, enquanto os laterais ofereciam protecção aos apêndices ventrais e a órgãos relacionados com o sistema circulatório. O facto de os segmentos torácicos serem articulados permitia que se enrolassem como resposta a alterações bruscas no meio ou, possivelmente, quando pressentiam algum perigo, como acontece na actualidade com o bicho-de-conta.

As suas carapaças rígidas mineralizadas ofereciam protecção mas obrigavam, de modo similar ao que se verifica com os artrópodes actuais que possuem exosqueletos quitinosos, a mudas regulares, para permitir o crescimento dos respectivos inquilinos. Sob as suas carapaças couraçadas, escondiam-se corpos moles, dotados de numerosos pares de patas, que só muito raramente ficaram fossilizados.

O tamanho das trilobites é muito variável, podendo ir de alguns milímetros até várias dezenas de centímetros, embora na maior parte dos casos apresentem um comprimento que varia entre os três e os dez centímetros. Apesar de serem muito raros os espécimes com mais de 30 centímetros, em Portugal, mais precisamente nas ardósias do Ordovícico com 465 milhões de anos extraídas na Pedreira do Valério em Canelas (Arouca), espécimes com essas dimensões são relativamente comuns.

São oriundas dessa jazida fossilífera as maiores trilobites do mundo, que atingem cerca de 70 cm (Ogyginus forteyi). Existe mesmo um exemplar incompleto com 21 cm, da espécie Hungioides bohemicus, em que a reconstrução do resto do animal permitiu deduzir que teria aproximadamente 90 centímetros de comprimento. Este gigantismo nas trilobites de Canelas ainda constitui um verdadeiro mistério, dado que as mesmas espécies surgem noutras localizações da Península Ibérica com dimensões bem mais modestas.

Para além das deformações provocadas pela tectónica (forças que actuam no interior da Terra), que terão originado o achatamento das carapaças, pensa-se que os tamanhos XL poderão ter sido uma adaptação às baixas temperaturas da água, tal como acontece nas faunas boreais de artrópodes marinhos actuais, dado que Canelas corresponderia à margem de um grande paleocontinente que no Ordovícico se localizava no pólo sul (a região correspondente à actual Península Ibérica situava-se na plataforma continental desse continente).

Estes organismos, que se reproduziam através de ovos, possuíam antenas e um par de apêndices locomotores articulados por segmento, localizados na face ventral. A maioria tinha olhos compostos por várias lentes mais ou menos desenvolvidos, de natureza idêntica à dos insectos actuais, existindo no entanto algumas espécies cegas, como acontecia com a Placoparia sp., relativamente comum em algumas jazidas fossilíferas portuguesas.

A rota das trilobites
Em diferentes lugares, as camadas rochosas fazem lembrar páginas petrificadas de gigantescos livros onde se pode ler a história da vida na Terra e conhecer as estórias do seu passado mais remoto. Dado que chegámos tarde para podermos observar as trilobites no seu ambiente natural, resta-nos procurar esses lugares e escutar com atenção os segredos que podem revelar-nos sobre os mares primitivos onde elas reinavam. Ao calcorrear o país num memorável roteiro geológico que permite fazer uma viagem ao passado recuando mais de 250 milhões de anos, podem encontrar-se vestígios diversificados dessas criaturas, desde somatofósseis (que correspondem a partes do corpo fossilizadas) até icnofósseis (indícios da sua actividade vital, como pistas de locomoção, fezes fossilizadas, ninhos com ovos, etc.).

Curiosamente, apesar de estarmos a falar de animais marinhos, as principais jazidas fossilíferas portuguesas do Paleozóico localizam-se longe do mar, algumas a centenas de quilómetros do oceano. Isto explica-se porque esses lugares, terrestres na actualidade, estiveram submersos pelas águas costeiras e fizeram parte do fundo marinho onde se formaram as rochas que actualmente podemos contemplar à superfície e que guardam nos seus estratos valiosos tesouros: os fósseis de trilobites e de muitos outros habitantes dos mares paleozóicos.

Para escolher o rumo e descobrir onde aportar, basta consultar a Carta Geológica de Portugal e procurar os terrenos da Era Paleozóica. Como o objectivo é achar os vestígios das trilobites, será importante saber que em Portugal estes são mais frequentes em rochas dos períodos Câmbrico, Ordovícico e Silúrico. Do Câmbrico, destaca-se Vila Boim, próximo de Elvas; do Ordovícico, Valongo e Arouca, nas proximidades do Porto, e Penha Garcia, no concelho de Idanha-a-Nova; e do Silúrico, Sazes de Lorvão, nas imediações de Penacova.

Dado que nos últimos anos se tem assistido a um grande incremento das actividades de protecção e divulgação do património geológico, alguns desses locais, através das suas autarquias em parceria com instituições de ensino superior, investiram em projectos de conservação e promoção da herança geológica, tendo já sido agraciados com o Prémio de Geoc­onservação (Penha Garcia em 2004, Valongo em 2005 e Arouca em 2008), ou estando inseridos na Rede Europeia de Geoparques: Penha Garcia no Geoparque Naturtejo da Meseta Meridional, desde 2006, e Canelas no Geoparque de Arouca, desde 2009.

Uma viagem ao passado
Embora o Câmbrico de Vila Boim seja notável pela sua fauna de trilobites, a ausência de estruturas de apoio aos visitantes torna difícil aos mais leigos a descoberta do seu património paleontológico. Assim, será recomendável seguir a peugada dos prémios de Geoconservação, onde qualquer curioso, mesmo que pouco letrado em geologia, poderá encontrar sempre, nas estruturas de acolhimento e informação ao público, quem o guie na viagem ao Paleozóico e o auxilie na observação e interpretação das jazidas fossilíferas, verdadeiras janelas abertas para um passado longínquo.

Começando esta viagem através dos tempos geológicos pelo magnífico canhão fluvial do rio Ponsul, em Penha Garcia, descobrem-se, brotando das fragas quartzíticas, as famosas “cobras pintadas”, que fazem parte da memória colectiva local desde tempos imemoriais. Neste lugar recôndito, a mais de 160 quilómetros do oceano, considerado como uma das mais importantes jazidas paleontológicas do Paleozóico português, os fósseis esqueléticos (somatofósseis) são muito raros, pelo que os icnofósseis, que correspondem a vestígios de actividades paleobiológicas de invertebrados, são tudo o que resta dos habitantes dos mares primitivos.

As “cobras pintadas”, como lhes chama o povo devido a fazerem lembrar curiosas esculturas de cobras petrificadas, além de terem servido para alimentar o lendário da região, desempenharam um papel muito importante no conhecimento do modo de formação das pistas do tipo Cruziana. Estas são icnofósseis de alimentação das trilobites e de outros artrópodes morfologicamente similares e correspondem a sulcos essencialmente horizontais, bilobados, com uma crista central mais ou menos definida, apresentando intricados padrões ornamentais de estrias. Para percebermos a sua formação, torna-se fundamental regressar ao passado e imaginarmos uma trilobite a alimentar-se de matéria orgânica contida nos sedimentos, escavando e revolvendo o fundo marinho e deixando atrás de si rastos bem delimitados, que são o resultado da escavação do substrato por acção dos apêndices locomotores.

Em Penha Garcia, as pistas cruzianas são salientadas pela sua particular diversidade, pelas dimensões ímpares atingidas por algumas estruturas e pela preservação delicada, muito perfeita e rara, aspectos que tornam este geo­monumento um parque icnológico único a nível nacional e singular no contexto mundial. Estão de tal modo fossilizadas que em determinados momentos do dia, com luz rasante, é possível observar até as mais delicadas marcas dos apêndices locomotores das trilobites que os produziram. Assim, não é de estranhar que alguns dos exemplares de Cruziana encontrados nestas paragens figurem entre os icnofósseis mais bem preservados que se conhecem a nível mundial.

Fazendo eco das palavras de Carlos Carvalho, geólogo da Faculdade de Ciências de Lisboa, os icnofósseis de Penha Garcia “permitem determinar o modo de vida das comunidades bióticas e suas adaptações às variações ambientais, como sejam as modificações da composição do substrato”. Além disso, a granulometria e o grau de consolidação dos sedimentos, em íntima relação com as peculiares condições paleoambientais quando os fundos marinhos fervilhavam de vida, possibilitam igualmente a observação dos “órgãos da zona ventral, incluindo o aparelho locomotor das trilobites, cuja morfologia, modo de funcionamento e aplicações podem ser conhecidas a partir dos diversos icnofósseis atribuídos a este grupo de organismos”.

Em resultado da tectónica e da erosão fluvial, obtém-se em Penha Garcia uma montra invulgar de grandes lajes com inúmeros icnofósseis. Estes são de tal modo abundantes na região que foram comummente utilizados no passado como matéria-prima para a construção de estradas, muros e carreiros pedonais, como se pode verificar na escadaria de acesso ao castelo e ao longo das veredas que atravessam o magnífico vale do rio Ponsul.

Carapaças abandonadas
No roteiro das trilobites, segue-se o Parque Paleozóico de Valongo, localizado nas imediações do Porto. Este parque, que tem o seu nome associado à era geológica em que se formaram as mais importantes rochas da região, visa precisamente preservar e valorizar o seu património natural e em particular o património paleontológico. Apesar de originalmente terem sido formadas no fundo do mar, as rochas mais antigas de Valongo encontram-se actualmente à superfície, em resultado dos movimentos tectónicos, ostentando importantes jazidas fossilíferas de trilobites e outras formas de vida da Era Paleozóica.

A grande quantidade de fósseis de trilobites que surgem nas jazidas de Valongo corresponde, geralmente, a carapaças abandonadas e posteriormente fossilizadas, e não aos exemplares fósseis do organismo completo. Estas carapaças antigas foram libertadas aquando das mudas sucessivas que permitiram o crescimento dos animais, que entretanto segregavam novas carapaças. Nesta região, principalmente em rochas do Ordovícico, foram assinalados vinte e nove géneros de trilobites, sendo os mais frequentes de Placoparia, Neseuretus, Colpocoryphe, Salterocoryphe, Eodalmanitina, Ectillaenus e Nobiliasaphus, que podem ser admirados na exposição patente ao público no Centro Interpretativo. Destes merecem destaque os dois últimos, por corresponderem a espécies que atingiam frequentemente os 50 centímetros de comprimento.

Finalmente, rumamos à Pedreira do Valério, em Canelas, para findar em beleza este périplo pela rota das trilobites. Curiosamente, as formações geológicas que ocorrem na área enquadram-se na continuidade dos terrenos paleozóicos de Valongo, que se estendem numa estreita faixa de 310 a 425 metros desde Valongo até às proximidades de Castro d’Aire, segundo a direcção NW-SE. Destaca-se, pela sua relevância, o conteúdo paleontológico das ardósias do Ordovícico Médio, onde foram encontradas as maiores trilobites do mundo.

O opúsculo escrito pelo punho de Armando Guedes lembra que “nas rochas negras de Canelas podem ser encontradas uma quinzena de espécies diferentes de trilobites, associadas a graptólitos (pequenos organismos coloniais hoje também extintos), a conchas de braquiópodes, a cefalópodes, etc.”. No Centro de Interpretação Geológica de Canelas, localizado dentro da propriedade da empresa Ardósias Valério & Figueiredo, realizam-se sessões pedagógicas de divulgação científica que dão a conhecer aos visitantes alguns aspectos da vida dessas misteriosas criaturas que aí viveram há 465 milhões de anos. Depois de aguçado o apetite, segue-se um passeio por diversos locais de interesse geológico que culminará com o visitante de martelo na mão (fornecido pela instituição!) a partir pedra, resgatando com entusiasmo os magníficos fósseis de trilobites que se escondem nas ardósias do Ordovícico. Esta é verdadeiramente uma experiência imperdível para qualquer candidato a paleontólogo amador.

Para quem não tenha fôlego para palmilhar montes e vales à cata dos enigmáticos artrópodes marinhos, deixa-se a sugestão de uma visita aos museus paleontológicos que se orgulham de apresentar alguns dos melhores exemplares jamais recolhidos em Portugal. Desde o Museu Geológico de Portugal e o Museu Mineralógico e Geo­lógico, em Lisboa, ao Museu de Mineralogia e Geologia da Universidade de Coimbra e ao Museu de Paleon­to­logia Wenceslau de Lima, no Porto, não faltarão oportunidades para seguir o rasto das trilobites.

J.N.SUPER 150

Vídeo - A arquitectura da rede do Meo

Documento sobre Água Subterrânea


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sexta-feira, 15 de maio de 2015

Notícia - Meteorologia Agrícola


As condições meteorológicas constituem um dos principais fatores que condicionam o desenvolvimento e a produção agrícolas. Em consequência, a informação agrometeorológica é da maior importância no planeamento das atividades agrícolas e na tomada de decisões da comunidade agrícola. É da competência do Instituto de preparar informação sobre as condições agrometeorológicas de cada ano agrícola, assim como desenvolver aplicações no âmbito da agroclimatologia.

Com as observações diárias da rede de estações meteorológicas do IPMA, faz-se correr diariamente o modelo do balanço hídrico e arquivam-se os valores dos diferentes parâmetros, o que permite não só uma análise em tempo real, mas também uma análise à posteriori da situação agrometeorológica dos últimos dias ou meses, assim como um tratamento estatístico com dados de vários anos. Numa atividade operacional, com utilização da informação obtida do modelo do balanço hídrico, produz o IPMA cada dez dias cartas de Portugal Continental, com indicação dos parâmetros agrometeorológicos, bem como outra informação com interesse para o sector agrícola.

No âmbito da agrometeorologia, são desenvolvidos no IPMA, vários estudos que pretendem contribuir para uma melhor compreensão da interação entre o clima, o desenvolvimento das culturas e a produção agrícola em Portugal Continental.

Trata-se de um boletim decendial, que pode ser adquirido ao Instituto, com assinatura anual ou avulso. Pode ser enviado via e-mail ou por correio normal. A informação contida neste boletim inclui:

- Informações meteorológicas sobre o estado do tempo na última década e previsões para os dez dias seguintes;
- Influência do tempo nas culturas;
- Cartas da temperatura média e da quantidade de precipitação observadas na década;
- Quadros com valores da temperatura média, precipitação, humidade relativa, velocidade média do vento, insolação, evapotranspiração potencial, e quantidade de água no solo na década em questão e comparação como os valores normais para aquela época do ano;
- Quadros com valores das temperaturas acumuladas (graus/dia) na década e desde o início dos anos agrícola e civil;
- Quadros com valores médios e extremos de temperatura mínima, máxima, relva e profundidade e humidade relativa;
- Quadros com valores mensais e semestrais dos principais parâmetros e desvios em relação à normal;
- Classificação dos meses quanto à quantidade de precipitação;
- Eventual informação útil para a década em questão.

Vídeo - "Imagine" de John Lennon, versão UNICEF, em Língua Gestual Portuguesa (LGP)

2ºAno - Estudo do Meio - Ficha de Trabalho - Itinerário


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Vídeo - Arte Românica

Manual - Livro com Histórias que Acabam - Contos para a infância


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Notícia - Google leva Street View aos Alpes



A Google já está a preparar uma nova versão para o Street View. Depois das cidades e museus, a aplicação vai permitir em breve visitar virtualmente os Alpes
Desta vez o objectivo da empresa é utilizar o Street View, a funcionalidade do Google Maps que permite visualizar várias cidades ao nível das ruas com imagens a 360 graus, para retratar as principais estâncias de esqui do mundo.

O projecto de levar o Street View à neve foi testado no ano passado durante os Jogos Olímpicos de Inverno, realizados em Vancouver, no Canadá.

Agora a Google trouxe os veículos utilizados na captura das imagens em Vancouver para os Alpes, onde já estão a percorrer algumas pistas de esqui.

Segundo o El Mundo, os vales franceses de Méribel vão ser os primeiros a surgir nesta nova versão do Street View, seguindo-se a região de Zermatt, situada na parte suíça dos Alpes.

Higiene e Segurança no Trabalho - Powerpoint sobre Emergências Químicas


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quinta-feira, 14 de maio de 2015

Conteúdo - A vítima de bullying

A vítima de bullying tende a ser alguém aparentemente mais frágil do que o agressor e cujas características, tanto físicas como psicológicas, a distinguem, de algum modo, da massa de alunos e a tornam facilmente identificável, logo, propícia à prática de bullying, uma vez que não se pode refugiar entre a multidão estudantil (McCarthy, Sheehan, Wilkie e Wilkie, 1996:51).

Regra geral, a vítima de bullying não tem noção de que é vítima, porque não sabe o que é o bullying. Assim sendo, a vítima pensa, simplesmente, que implicam e se metem com ela na escola. Em consequência disto, entra em depressão, perde o apetite (ou ganha um apetite voraz) e anda triste, não sabe bem porquê. Os pais também não compreendem a tristeza do filho.

Muitas vezes, os familiares só se apercebem que têm uma vítima de bullying em casa quando encontram marcas de agressão (ou quando notam que estas são constantes), pertences vandalizados e/ou roupa rasgada.

Confrontada, a vítima tenta disfarçar e negar as evidências (por vezes consegue). Quando o caso é mais grave e o agressor tenta extorquir dinheiro à vítima, torna-se mais fácil perceber que a criança/adolescente está a ser vítima de bullying, porque ela começa a pedir mais dinheiro aos pais ou é apanhada a roubar.

Quando o jovem chega a casa a chorar e a dizer que lhe bateram na escola ou lhe chamaram “nomes”, a sua idade costuma ser igual ou inferior a doze anos, uma vez que, após essa idade, a vítima deixa de contar aos adultos e isola-se, tentando contornar a situação sozinha, porque começa a sentir vergonha de estar a ser agredida e gozada.

Também porque, nesta altura, ela já ouviu dizer, frequentemente, por parte dos adultos, que não ligasse, que eram coisas de criança, que não era nada e que já havia passado. Ou seja, a vítima neste período já se apercebeu que os adultos não prestam a devida importância às suas queixas e, por esse motivo, passou a agir sozinha, fechando-se sobre si mesma ou convertendo-se numa vítima/agressor.

Vídeo - Poema em Linha Reta - Fernando Pessoa

Vídeo - Números Complexos

Vídeo - Indução Eletromagnética - Gerador Elétrico e LED